Jesus, Deus Pai e o Sábado da Cessação
O fato ocorreu num sábado, os vigilantes da lei, cuja missão era a observação restrita da lei como um meio de alcançar reputação e graça, não gostaram do que Jesus fez, curar um paralítico. Após a cura, Jesus ordena que o home tome o seu leito a vá para casa. Ora essa era uma suposta quebra do sábado, e ateou o fogo do zelo sem entendimento dos judeus. Jesus foi perseguido por causa disso, acusado de não guardar o sábado, notemos que em João 15:16 João afirma que Jesus fazia essas coisas no sábado, ou seja, mandar os outros carregar leitos depois de serem curados. A resposta magistral de Jesus é notável, quando foi acusado: “Meu Pai trabalha até adora (Ele fez essa declaração no sábado!) e eu trabalho também” (João 5:17)
Dessa afirmação clara, concisa e enfática, vem o esclarecimento maior, a palavra sábado, não significa somente descanso, e de fato nunca pode ser aplicada para Deus, pois não se cansa (Veja Isaías 40:48) Então o que entendemos dessa passagem, primeiro a divindade de Cristo, pois Deus Pai trabalha até agora, e Ele também atuou na criação (Hebreus 1:1 a 3 João 1:1 e 3) o momento que Cristo afirmou isso, no sétimo dia, entendemos que em Gênesis, houve um cessar da obra da criação, e não um descanso como se Deus estivesse cansado, assim, a atuação de Cristo no sétimo dia, como um ato de repouso sob uma atividade laboral não funciona. O carregar o leito simboliza labor, atividade, como o trabalhar continuo do Pai, sem descanso, significa que as aplicações foram dadas a Israel e não a igreja, era um cessar de atividades egoístas e não altruístas, era um cessar de atividades que comprometesse o exercício da piedade. Não há como fugir do fato, Jesus disse num dia de sábado que o Pai trabalha até a gora e Ele também, isso nos leva a conclusão firme de que o cerimonialismo envolvia a observação, e Cristo era perseguido e acusado de ser um violador da lei, por não cumprir os pormenores extrabiblicos e as confabulações registradas nas tradições judaicas sobre o que se deve e não se deve fazer no sábado, fazendo assim um sistema de observância puramente fictício e desvinculado de seu sentido original. Algo que vimos hoje em dia, por movimentos sabatistas que acusam cristãos bíblicos de não observarem com rigidez um dia descanso que deveria ser usado como um cessar de acusar os outros de considerarem todos os dias iguais, levando em conta que todos os dias, são dias de cessação. Cessar de pecar, de murmurar, de mentir, de invejar, de odiar, de enganar, de murmurar. Quando nossos dias são consagrados e santificados, a ampliação da cessação de algo é para dar continuidade a santificação que deve marcar todos os nossos dias.
C. J. Jacinto
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