A TORRE DE BABEL E A PÓS-MODERNIDADE


 


A TORRE DE BABEL E A PÓS-MODERNIDADE

 

Gênesis 11:1 a 6

Como um evento histórico revelam as tendências de nossa época 

 

A torre de Babel é a representação do esforço humano de independência, auto-suficiência e auto-redenção, na definição, na sua raiz profunda, a confusão! Um oposto de trevas e de esclarecimento espiritual, pois a construção da torre exigiu sabedoria como engenharia civil, então nela encontramos a dura lição de cegueira espiritual é compatível com uma intelectualidade avançada. Na Torre, há um grito humanista “Façamos” é uma unidade coletiva, a força da civilização em direção a uma unificação. Há uma vontade determinada em movimento, a criação de um ideal distópico, é uma força dinâmica que promove um ideal elevada; “Façamos uma torre”. Esse é o grito primal do homem Adâmico, o clamor da independência, um processo de queda que se desenvolve pela elevação do orgulho, esse é o Grito “subirei acima nos céus e além das estrelas” (Isaías 14:13) é um meio de expressão, uma coletividade rebelde dizendo: “Estamos aqui” “somos fortes” somos importantes” “queremos independência” lavrada na alma manchada pelo pecado está o “queremos ser como Deus” “queremos nosso lugar nas alturas”.

 

O símbolo da modernidade são as torres, elas representam o domínio total da tecnologia, o controle da humanidade e a quebra do sigilo e a invasão da privacidade. Também os grandes edifícios mostram a opulência da civilização atual, a construção de mega-estruturas, para a concentração de pessoas, é a marca do consumismo, do orgulho humano, da opulência, prosperidade de um capitalismo enfermo. Na antiguidade eram as pirâmides e os zigurates, e o fim deles foi uma trajetória de tragédias, pois já desgastadas pela opulência, as magistrais estruturas dos templos dos povos ameríndios serviam para o sacrifício humano, um anátema que a humanidade nunca deixou, portanto, a sequência sempre será a perpetuidade dessa arrogância, o aborto cumpre muito bem o papel de sacrifício humano no contexto da religião humanista.

 

A torre de Babel também é o símbolo do empoderamento político, é um progresso organizado, a união de todos por uma causa só, não queremos uma religião que nos prenda, queremos a liberdade de subir, alcançar as estrelas, queremos a independência, chegar num “ponto Ômega” assim, é a primeira tentativa de uma ordem mundial unificada, estejamos todos juntos e iremos expulsar a religião de nossas escolas, de nossos edifícios, de nossas instituições e de nossos livros. Se há uma suprema majestade nas maiores alturas, também há um homem fomentado pela força intelectual capaz de desenvolver um projeto de subida acima das estrelas. Se for possível alcançar o trono de Deus, também será possível expulsá-lo de lá.

 

Em suma. Babel é o esforço humano de alcançar uma imortalidade sem a ajuda de Deus, é filosoficamente o trans humanismo, politicamente o marxismo, religiosamente o paganismo e todas as religiões centradas no suor humano como meio licito de obter a graça divina, esotericamente é a reencarnação, cientificamente é o darwinismo cultural, é o desastre humano.

 

Todo esse processo de edificação da Torre gera poluição, isso obscurece a visão da própria altura em que seus mestres e simpatizantes se erguem. Não conseguem perceber que o poder das alturas, a subida no poder sempre tende a causar um impacto maior numa queda. Está no coração humano essa disputa pela evidência, a postura engendrada nos degraus de títulos, a receber os holofotes do sucesso secular. Um homem que sobe os degraus do poder, quase sempre tende a cair, é necessário ter um coração muito puro para permanecer imune do orgulho e da corrupção quando se está em uma posição de poder e de destaque. Quanto mais se dá louvor, veneração, admiração elogios, aplausos a um homem, quanto mais se dá autoridade a ele, mais e mais o diabo duplicará todas as tentações para que ele se torne mais orgulhoso, mais arrogante, mais cego, mais corrupto e como o monarca babilônico, ele se sentirá como uma suprema divindade sentindo que toda a Babilônia está sob suas mãos e que ela subsiste porque ele a construiu.

 

Não é admirável que os homens da Torre de Babel tenham um sentimento similar de orgulho e de arrogância? Naquele momento da história a colmeia humana era o símbolo da rebelião, a evidência de que os filhos de Adão ainda estavam dispostos a contrariar a palavra de Deus, a ordem divina era se espalharem sobre à terra, a decisão deles foi: “não queremos uma ordem divina, não queremos um mandamento para obedecer, não queremos se submeter a nada mais do que aos nossos próprios instintos e desejos” “queremos liberdade de pensamento, escolher o que é melhor para nós.” O dilúvio foi a lição esquecida, e temo que os cidadãos desse presente século maligno esteja se esquecendo das lições dos dias de Noé (Mateus 24:39)

 

Ainda desejo salientar que a Torre foi erguida para que todos estivesse em um mesmo lugar, funcionaria como uma espécie de prisão sem grades, uma vida circular, limitada sob uma rotina de subir e descer, seus cidadãos seriam presos por uma rotina tecida sobre um ideal de conquistas espaciais e atemporais, a liberdade que tanto aspiravam era circular, girando em torno de uma impossibilidade, pois a ruptura da Torre era evidente, o esquema humano chegaria ao fim, e não pense que foi um desastre, pois se continuassem erguendo andares sobre andares, a queda posterior por consequência da cegueira produzida pelo orgulho seria catastrófica! Então Deus interveio na história humana, a pergunta a seguir é: para onde a tecnologia nos levará com suas torres de controle e domínio? Quando Deus intervier na história, você estará na torre ou fora dela?

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