Transformados e não Reformados



“Hoje, sem duvida, a maioria das pessoas se utiliza da religião, principalmente dos credos religiosos que, além de depreciar os pecados humanos, ameaçam o homem que peca com punições e encorajam as boas ações como sinal de salvação. Essa espécie de religião tende a atrair membros que, consciente ou inconscientemente, lutam para reprimir suas personalidades sombrias”
 (John Stanford em :Mal o Lado sombrio da realidade pagina 112)


Acredito ser essa acusação legitima, devido ao fato de muitas pessoas abraçarem uma fé por motivos completamente errados. Estamos diante de um dilema. Quem se “converte” entende sobre a questão clara do evangelho que relaciona a necessidade de novo nascimento? Entende o convertido a profundidade da mensagem da cruz? Entende o convertido das implicações sérias da obra consumada e perfeita de Jesus na cruz? Não! a conversão não é uma mudança de estruturas mentais, uma reformulação de conceitos da consciência, não é um agrupamento de normas aplicáveis no âmbito religioso denominacional. A metanoia consiste numa mudança radical do coração, a regeneração é uma transformação poderosa do Espírito Santo no interior do pobre e miserável pecador que percebe sua condição de condenado e aceita a redenção efetuada por Cristo na cruz como uma substituição eficaz, totalmente eficiente e aceitável por Deus Pai e que garante a absolvição completa do pobre pecador perante o tribunal da justiça divina.

Não se adere à religião cristã apenas para reformar a vida e aplacar o peso da consciência que sofre no intimo com as feridas do pecado herdados na queda, ou a alma aceita o fato da sua condição desastrosa de morte espiritual, e isso só ocorre com o sopro impetuoso do Espírito Santo no coração mediante a pregação do evangelho autentico, ou isso nunca ocorrerá de fato! O homem morto em seus pecados não precisa da maquiagem da religião pragmática, precisa de uma ressurreição espiritual que procede da morte de Cristo na cruz.


C. J. Jacinto

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