A visão de alguns mestres da igreja primitiva simplesmente se inclinava para vias alternativas no que tange a realidade ultima da teodiceia como problema resolvido de forma mais simples, porém esses conceitos aos poucos inclinou-se para erros teologicos profundos, como podemos conferir nas declarações abaixo:
"Uma
segunda tentativa para solucionar o problema do mal foi o ensinamento de
que Deus deliberadamente permitiu o mal em sua criação para criar um universo no qual os poderes morais do homem pudessem ser exercitados e
a alma do homem pudesse ser purificada, limpa e desenvolvida. De acordo
com essa visão, sem o mal não
haveria um mundo no qual a natureza do homem pudesse ser
perfeita. Um líder proponente dessa visão foi o bispo de
Lião, Irineu, que encarava a
queda do homem como uma bênção, pois isso era essencial para o desenvolvimento
do homem à perfeição. “O destino original do homem não foi ab-rogado
pela queda; a verdade é que a queda tem, no
seu significado, a intenção de levar
os homens a atingirem a perfeição à qual eles se destinam”
Orígenes,
como já vimos, também foi um proponente desse ponto de vista. Deus permitiu o mal, disse Orígenes, porque sem lutar contra o mal, a alma humana não
poderia propriamente desenvolver-se. De fato, o próprio diabo era tão parte do plano de Deus que ele também seria salvo quando o drama
divino estivesse finalmente concluído no final dos tempos e toda a criação
recuperasse a união com Deus. O mal então não existiria mais, porque não seria
mais necessário" (Fonte: John Stanford. Mal: o lado sombrio da realidade. Edições Paulinas)
C. J. Jacinto
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