Descampado está meu coração
Desertos sem nevoas, montanha
sem chuvas
As ordinárias branduras de todas
as ausências
Dos póstumos noturnos dessas
incandescências
Do fortuito brado de trovões do
clamor pungente
Das forças dos sopros desses
grãos secos flutuantes
Em hélices de poeiras na secura
efervescência
Nas planícies do barro sem
molde, terra de convalescença
Do intrépido vôo das nuvens sem
fluidos náuticos
Nesse coração sequioso e vazio
e hálito caustico
Nas planuras desse infinito que
traz todas as desavenças
Presto a fervura da alma
afável, a luminescência
Quisera eu, das noites dessas
mais conspícuas torrentes
Bradar por fontes no frescor de
anseios mais ardentes
Pudesse por todos os gritos, na
aura afaz de toda a clemência
Achar em Ti todas as fontes que
jorram vossas condescendências
Assim no conforto de tantos
mananciais balsâmicos
Fugiria eu desse funéreo
deserto tão mordente
Do vale sarcástico e de tantos
medos irônicos e tirânicos
Descansaria nos braços paternos
de um Deus clemente
Clavio J. Jacinto
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