Titanic
Corações de gelo em motores de
fogo fátuo
Cruzando a fronteira da vida pra
morte
Ergue na proa tão fútil clamor
ferrenho
A febre volátil dos vorazes
grilhões da alma
A noite se casa com a escuridão
misteriosa
As nuvens feridas, olhos de
chagas que irão chorar
No rasgo, a fenda do ferro e o
hematoma glacial
Leito eterno, dos montes abissais
da ancora adormecida
Por teus flácidos muros de luxo e
orgulho
O violino lamenta tantos brados
de murmúrios sinistros
Pois os líquidos do fim do mundo
estão derramados
O beijo de aço da foice da morte
que sela a sangue o destino
Entre desesperos de almas e todas
as cruéis ânsias
Mãos súbitas na finura do frio, perde a vida que se acha
Depois de encontrar no fundo, a
fome que sucede
O mar saciado, no sorriso gótico
das ondas, devorou quase tudo
Quando o sol revelou tal estrondo
de magoas
Os gritos já estavam lacrados na
sepultura do silencio
Os cadáveres perdidos nesse
universo tantas de águas
Flutuavam no etéreo mundo do
magistral oceano
Sobre adoração
O grande escritor evangélico A.
W. Tozer dizia que “A adoração é a jóia
perdida da igreja evangélica”, ele percebeu já em seus dias, que a religião
cristã estava saindo do foco central que é Cristo (Efésios 1:10) e estava sendo
conduzido para a glória e honra da criatura (Romanos 1:25) A doutrina do Senhorio
de Cristo e da soberania de Deus, foi substituída por uma falsa divindade evangélica,
vamos chamá-lo de “o deus utilitarista” um suposto ser transcendental
desenvolvido sob a capa de uma teologia deformada Paris Reindhead certa vez
falou sobre isso: “O deus utilitarista que dispõe dos meios para satisfazer
nossos desejos egoístas, esse é o deus do cristianismo pragmático, um falso
evangelho tão parecido com o verdadeiro que engana os mais descuidados” Já não
há mais espaço devocional para uma adoração autentica tipo Louvai-o no firmamento
do seu poder”(Salmos 150:1) porque
agora, o poder de Deus só tem um objetivo: satisfazer as necessidades humanas,
está fora do foco adorar a Deus pelo que Ele é, já se busca por causa dos
interesses do que Ele pode fazer. Quando o homem inverte suas carências, uma inversão
de valores espirituais também ocorre, seu coração degenerado passa a motivá-lo
em busca de uma religião de sentimentos e satisfações egocêntricas. (Jeremias
17:9) o que precisamos hoje é de uma reavaliação de nossas intenções e
motivações, ver se realmente estamos adorando em espírito e em verdade “Sê
exaltado í Deus, sobre o céu e seja a tua glória sobre toda a terra”(Salmos
57:11) “Salvação, glória e honra pertencem a Ele”(Apocalipse 19:1) a glória
revelada pela autentica adoração, coloca Deus no centro do coração humano
(Isaias 42:12, 60:2, Jeremias 17:12 e 33:9, Daniel 2:27 Ezequiel 43:4 e 44:4,
Salmos 66:2 e 73:24) O Senhor deve ser o centro de nossas afeições mais
profundas, de outra maneira nossa piedade será apenas uma religião formalista e
superficial.
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