A Utopia Irênica
A utopia irênica é uma ideologia pacifista
que tenta unir todas as religiões com o objetivo de promover a tolerância
mutua. Promovem a conciliação de todas as crenças opostas para promover a paz
mundial, criar uma super-religião global e assim, garantindo o fim a todos os conflitos. A abolição de
todas as religiões, principalmente as monoteístas, traria fim as guerras e
daria a tão almejada paz a humanidade. Essa tão almejada utopia tem seus
promotores mundiais, entre eles, a ONU, que tem forte influencia mística da nova
era, e possuem ambições sincréticas universais seguidas de tendências
claramente anticristãs e anti-semitas.O Ideal parece ser muito elevada; um
mundo sem opostos religiosos, a redução das crenças ao individuo e nada mais, a
validação e consolidação de todas as crenças como verdadeiras e legitimas, o
fim do proselitismo. Nesse paraíso, o relativismo torna-se absoluto, e a
verdade fica reduzida nível pessoal,
ninguém terá o direito de impor suas crenças aos outros, porque a crença dos
outros, não importa o quão absurda e oposta seja, é também uma verdade
indiscutível. Crêem os defensores dessa visão utópica, que isso irá trazer paz
a toda a humanidade, e assim entraremos para uma nova era de paz, daremos um
salto quântico e evolutivo para níveis mais elevados de espiritualidade, e o
paraíso seria restaurado pelos homens de “boa vontade”.
Ora, sabemos que a pretensão por trás dessa
ideologia nada mais é do que uma agenda esotérica teosófica, que tanto
influenciou a ONU desde o principio da sua fundação. Por dar uma enfase das
carências mais necessárias da humanidade, o discurso soa muito bem aos ouvidos
mais humanistas e seculares. De uma fonte esotérica lemos : “ A carta das
nações unidas começa com uma vigorosa proclamação do primeiro objetivo do
movimento teosófico: a fraternidade universal.
O movimento teosófico é uma semente de fraternidade universal, do mesmo
modo que a ONU é um instrumento para a sua germinação no plano visível e
externo” (1) Desde seus fundamentos, a teosofia influenciou muito a ONU, Annie
Besant, por exemplo admitia que a ONU seria o instrumento para instituir uma
religião única mundial. “Ela cria que a Sociedade Teosófica tinha um rol
significativo a desempenhar, ajudando a criar ‘a verdadeira liga espiritual de
todas as nações’. Sem inspiração espiritual, ela sentia que uma liga política,
nunca poderia alcançar seu objetivo” (2) Assim vimos que o espírito do
anticristo segue a sua motivação elementar; uma política eclética
espiritualista, e nesse caso através da ONU, influenciando todas as nações
trazendo elas ao aprisco teosófico universal, é dessa fonte que emerge a utopia
irênica. Isso é bem mais que ecumenismo, a principio, sabemos que o ecumenismo
tinha o propósito de unir a cristandade, a certa forma protestantes e
católicos, mas a visão utópica irênica-Teosofica, é bem mais avançada
ideologicamente, pois não haverá paz mundial e os homens não alcançarão uma
nova era, se não abrirem mão de suas convicções exclusivistas e aderiram a uma
crença elástica, tolerante para com os erros doutrinários dos outros. Diante de
uma visão dessa, duas coisas podem ocorrer, a primeira é a rejeição completa da
bíblia, que será classificado como livro obsoleto e contrario aos idéias mais
elevados da humanidade, ou ela passará por uma revisão, até surgir uma versão completamente
eclética ao ponto de reajustar-se com
qualquer crença, creio que essa ultima hipótese seja a mais plausível, pois há
uma tendência atual de criar novas versões bíblicas, cada vez mais diluídas,
para moldar-se aos padrões da apostasia que a cristandade atual enfrenta. A
herança espiritual teosófica está ultimamente ligada a crença de que Lúcifer
foi um ser angelical que caiu para redimir a humanidade. Helena Petrovna
Blavastski e posteriormente outros lideres teosóficos defenderam essa tese,
como vimos, nas seguintes palavras tiradas de uma pagina teosófica: “Não
conhecemos as razões de Bailey para escolher o nome original, mas podemos supor
que eles, como a grande mestra HP
Blavatsky, a quem respeitavam tanto, tentaram obter uma profunda compreensão do
sacrifício feito por Lúcifer. Alice e Foster Bailey eram estudantes e
professores de Teosofia, uma tradição espiritual que vê Lúcifer como uma dos
anjos solares, estes Seres avançados desceram (daí "a queda"), de
Vênus para o nosso planeta. Na
perspectiva teosófica, a descida destes anjos solares não foi uma queda no
pecado ou na desonra, mas sim um ato de grande sacrifício, como o nome de
"Lúcifer" sugere, significando portador de luz.(3) A visão
teosófica de um anjo solar, vindo de Venus, chamado de “anjo de luz” ou
“portador da luz” que se “sacrifica” a fim de doar a própria luz aos homens que
saem de um estagio primitivo para um salto quântico espiritual, ou seja, um
novo estagio mais avançado, essa só foi uma
evolução esotérica possível por causa do sacrifício de lúcifer. Assim, a
crença fundamental da teosofia é que lúcifer, um anjo, “caiu” mas a sua queda
foi um sacrifício de redenção, não para trazer o pecado e provocar a queda descrita
em Genesis 3, mas tão somente foi um ato de bondade, para tirar os homens das
cavernas, para um estagio mais avançado, essa é a idéia mais primitiva da
evolução, esotérica na sua essência, e depois foi re-adaptada para a linguagem
e a visão secular por Charles Darwin. Sob esse aspecto, repousa o cenário da
ONU, a influencia de idéias teosóficas sobre essa organização é evidente, e sob
essa crendice repousa a nova religião mundial, a síntese de todas as crenças,
um cenário de paz e prosperidade, debaixo de uma super-religião totalmente
inclusiva, onde aceita todas as crenças como legitimas e não deixa espaço para
qualquer tipo de exclusivismo. Nosso mundo vem sendo treinado a esse tipo de
visão desde a década de 1970, quando o movimento nova era ganhou propulsão, até
as décadas posteriores, onde conseguiu penetrar em todos os setores da
sociedade, inclusive nas igrejas cristãs. Por trás do movimento Nova Era estava
os conceitos teosóficos, e a utopia irênica, repousa os ideais da “fraternidade
universal” de todos os homens através da unificação de todas as crenças, a tese
e a antítese de todas as formas de credos, religiões e dogmas, até formar a
grande síntese, a super-religião mundial e dessa maneira levar o homem ao topo
da felicidade social. Esses ideais parecem ser muito elevado, porém é falacioso
e completamente anticristão. Blavatski começou o movimento teosófico usando
somente conceitos ocultistas e esotéricos, somente mais tarde, percebendo a
ausência de conceitos cristãos no movimento, Alice Bailey e Rudolf Steiner
injetaram conceitos cristãos do movimento teosófico, Steiner fundou o movimento
antroposofico, justamente com o intento de unir cristianismo e teosofismo. Uma
vez que Jesus faz declarações exclusivistas como lemos em João 14:6 e que os
apóstolos aderem a mesma doutrina, salvação somente através de Cristo como
lemos em Atos 4:12, e aqui essa é uma das bases fundamentais da doutrina dos
apóstolos mencionadas em Atos 2;42, a idéia de uma super-religião mundial,
trazendo paz e harmonia a humanidade, isso é uma oposição direta ao céu, já que
nos novos céus e nova terra haverá sim um só rebanho e um só pastor, a versão
pirata dessa realidade é a utopia
irênica, e trata-se de uma versão falsificada, porque o livro de apocalipse não
apóia a síntese da verdade coma idolatria e muito menos com o ocultismo, por
isso lemos que a salvação não pertencem nem a idolatras e muito menos a
feiticeiros, mas a parte que lhes cabe é o lago de fogo (Apocalipse 21:8) assim
religiões pagãs, idolatras, religiões falsas, crenças antibiblicas, seitas
anticristãs, todas são condenadas pelas Escrituras. Paulo ensina que o homem
herege deve ser evitado (Tito 3:10) um evangelho diferente daquele descrito nas
paginas do Novo Testamento é um anátema (Gálatas 1:8 e 9) adverte o mesmo
apóstolos sobre filosofias vã (Colossenses 2:8) e isso se encaixa perfeitamente
contra a teosofia e seus afiliados políticos ou religiosos. A bíblia não diz
que há muitos deuses mas um só Deus (Deuteronômio 6:4 I João 5:20 etc.) o
paganismo que sustenta-se pela crença nos méritos humanos, e sobrevive com a
base fundamental do sistema soteriologico é uma falsificação diabólica, e nisso
consta heresias nefastas e negadoras do sacrifício vicário de Cristo e a justificação pela fé
nEle (Romanos 1;17 Efésios 2:8 e 9 João 3;16 a 18) assim, heresias como a reencarnação,
auto-divinização, justificação pelas obras, e todas outras crenças antibiblicas
são mentiras de satanás para enganar o homem e conduzi-lo a perdição eterna.
Clavio J. Jacinto
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