Fraudes Espirituais e Armadilhas Perigosas


 

 

 Autor: C. J. Jacinto


 Em sua primeira epístola, mais precisamente no capítulo 2, versículo 26, de 1 João, o apóstolo João expõe a razão pela qual escreveu suas epístolas, afirmando: "Estas coisas vos escrevi acerca dos que vos enganam." De maneira semelhante, o propósito deste artigo é apresentar advertências sobre indivíduos que se utilizam do nome de Cristo, do Evangelho e da fé cristã para enganar e manipular.

 A respeito daqueles que agem dessa forma, o apóstolo Paulo, em 2 Timóteo, capítulo 3, versículo 8, os descreve como "corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé". Em contraste, em 1 Timóteo, capítulo 6, versículo 11, Paulo delineia as características do homem de Deus, que busca a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência e a mansidão.

 Em Romanos 16:18, Paulo descreve uma das principais estratégias empregadas por falsos mestres e enganadores: através de palavras persuasivas, eles seduzem e desviam o coração dos incautos.
 As advertências de Paulo não se limitam a isso. Em Efésios, no capítulo 4, versículo 14, ele adverte que os cristãos não se comportem como crianças inconstantes, levadas por todo vento de doutrina e pela astúcia dos homens que, com engano, induzem ao erro. Notem a perspicácia de Paulo, que já identificava, em sua época, as táticas fraudulentas empregadas para manipular pessoas incautas. Essa estratégia, baseada no engano e na fraude, tem sido recorrente em diversos contextos, como demonstrarei aos leitores deste artigo. Constata-se, assim, uma continuidade: as mesmas táticas que os enganadores do tempo do Novo Testamento utilizavam ainda são empregadas nos dias atuais.
 Outra passagem relevante, presente em 2 Pedro, capítulo 2, versículos 1 e 2, também aborda o tema do engano. O apóstolo Pedro adverte sobre aqueles que, por meio da manipulação, visam ao lucro. Tais práticas fraudulentas são motivadas, essencialmente, por ambições egoístas: a busca por fama, reconhecimento, veneração e, acima de tudo, o ganho financeiro proveniente da exploração religiosa.


 Recentemente, tive a oportunidade de ler um artigo do Dr. Ron Rhodes, renomado apologista nos Estados Unidos e autor de diversas obras, algumas delas traduzidas para o português. O título do artigo, que se apresenta como uma questão, é: "Os médiuns psíquicos estão se comunicando com espíritos desencarnados ou com espíritos demoníacos?". O artigo foi publicado no site apologético Christian Answers, que também edita um periódico, com excelente teor biblico. O texto, que serve como um guia para debates sobre apologética, foi escrito em Austin, Texas. Nele, Ron Rhodes aborda a mediunidade, com foco especial nos médiuns ligados à certos segmentos da Nova Era, frequentemente denominados canalizadores ou médiuns psíquicos. O autor oferece uma análise concisa das técnicas empregadas por muitos médiuns, motivados pela busca de reconhecimento, fama e lucro, referindo-se a essas práticas como "pesca de informações".

 No artigo, o Dr. Ron Rhodes apresenta uma posição clara: ele reconhece a existência de relatos de experiências sobrenaturais e de fenômenos paranormais descritos por médiuns. Contudo, em sua análise, Rhodes também aborda o subjetivismo e as estratégias utilizadas por alguns médiuns para manipular, enganar e obter ganhos financeiros, fama e reconhecimento. Segundo Rhodes, a busca por notoriedade, inerente à prática da mediunidade, pode satisfazer o ego. Ele examina as táticas e técnicas empregadas, que, por serem subjetivas, relativas e genéricas, possibilitam que os médiuns façam afirmações que parecem corretas, mas que, na realidade, baseiam-se em informações deduzidas do contexto.

 Nos Estados Unidos, é frequente a participação de médiuns psíquicos em programas televisivos. Estes médiuns psiquicos, comumente, utilizam uma audiência para demonstrar suas supostas habilidades paranormais. Para tanto, empregam diversas técnicas subjetivas, conhecidas como "pesca de informações". Essa subjetividade é empregada para tentar obter abordagens e apresentar alegadas manifestações mediúnicas, ou como evidências de comunicação com o mundo espiritual. Trata-se, em última análise, de uma tática que pode ser identificada por qualquer indivíduo com um mínimo de conhecimento sobre a dinâmica do engano e da manipulação de informações, frequentemente utilizada para fins de lucro ou para obtenção de vantagens pessoais contextualizados a uma circunstância.

 Diante da presença de um público, como em sessões mediúnicas, onde indivíduos buscam mensagens ou informações do plano espiritual, a receptividade pode tornar as pessoas vulneráveis a equívocos. É crucial que os participantes adotem uma postura crítica e estabeleçam critérios rigorosos para avaliar as informações recebidas, supostamente provenientes do mundo espiritual, o que é algo praticamente ausente, tornando a possibilidade de engano muito grande. Um conhecimento básico das Escrituras será suficiente para não se envolver com a mediunidade.


 A Bíblia Sagrada, em 1 João, capítulo 4, versículo 1, adverte sobre a necessidade de discernimento, instruindo a não acreditar em todo espírito, mas a prová-los. Portanto, ao se envolver em práticas espiritualistas ou espíritas, é imperativo que se utilize o discernimento bíblico e não se aceite qualquer informação sem análise crítica e espiritualmente sadia. A ausência de critérios pode conduzir à manipulação e ao engano e a perdição eterna.  A seguir, alguns exemplos. Um médium, diante de uma audiência, pode comunicar informações generalistas, como a de que alguém estaria vivenciando uma transformação pessoal. Por exemplo, o médium poderia declarar: "Percebo que alguém aqui está em um momento de profunda mudança". Dada a natureza genérica dessa afirmação, proferida a um grupo numeroso, é provável que ressoe com indivíduos que estejam, de fato, enfrentando crises ou transições significativas.


 Essa abordagem se assemelha à ação de um pescador que lança uma isca em um lago repleto de peixes; inevitavelmente, algum peixe será atraído. Da mesma forma, as informações transmitidas funcionam como uma isca. Em uma plateia de 40, 50, 60, 70 ou até 100 pessoas, quanto maior o número de presentes, maior a probabilidade de que alguém esteja passando por um período de crise ou transformação pessoal. Tais experiências são comuns e inerentes à vida humana, manifestando-se em nossos círculos sociais e familiares. Portanto, o exemplo ilustra como uma informação genérica, direcionada a uma multidão, pode encontrar ressonância com indivíduos que vivenciam experiências semelhantes àquelas descritas.

 Uma estratégia empregada é o uso de nomes, pois a evocação de laços familiares e parentais frequentemente desperta emoções.  

 Um suposto médium pode, por exemplo, perguntar: "Há alguém presente que tenha perdido um ente querido cujo nome inicie com a letra 'S'?" Em um grupo numeroso, a probabilidade de encontrar alguém nessa situação é alta. Essa abordagem aumenta significativamente as chances de o médium obter uma resposta que pareça precisa. A técnica reside na ambiguidade e na subjetividade da pergunta, o que eleva a taxa de sucesso. Quase invariavelmente, em um grupo de 20, 30, 40 ou mais pessoas, haverá alguém que se encaixe na descrição, utilizando um nome iniciado pela letra 'S'. É essa dinâmica que muitos médiuns utilizam, com o objetivo de obter resultados. Essa prática não se baseia em informações sobrenaturais, mas sim em uma técnica de "pesca" de informações. O médium lança uma pergunta abrangente, confiante de que alguém responderá positivamente, pois a natureza genérica da questão garante que ela ressoe com pelo menos um indivíduo presente.

 Outra estratégia, utilizada para obter informações ou manipular a interpretação, consiste em convencer as pessoas de que estão recebendo mensagens de origem sobrenatural. O médium, nesse caso, pode direcionar ao público a seguinte afirmação: "Percebo, estou recebendo informações de que há alguém na platéia que perdeu a mãe." Considerando uma platéia numerosa, com 100 a 150 pessoas, por exemplo, a probabilidade de que alguém tenha vivenciado essa perda é considerável. Dessa forma, a chance de erro é minimizada. Essa abordagem resulta, quase sempre, em um sucesso na tentativa de parecer dotado de capacidade adivinhatória.
 Em uma sessão, a probabilidade de acerto é alta, o que diminui o risco de equívocos para o médium. Esses exemplos ilustram como a obtenção de informações e o uso de perguntas genéricas são empregados de forma a contextualizar as afirmações. Essas perguntas, por terem um significado genérico possuem em si um efeito psicológico e dinâmico em situações que envolve muita gente, e por isso mesmo geram resultados positivos.  

 Indivíduos, desprovidos de cautela e senso crítico, podem acreditar que o médium está recebendo mensagens do além, quando, na realidade, ele está utilizando a dedução e a coleta de informações para, com alta probabilidade de acerto, obter sucesso em sua performance. O contexto, portanto, garante uma posição segura para a obtenção de resultados, e o uso desse truque dá uma enorme vantagem para quem conhece essa estratégia.

 Dessa forma, alguns médiuns psíquicos empregam uma dinâmica que facilite alcançar seus propósitos. Adicionalmente, considere o seguinte exemplo: diante de uma audiência numerosa, composta por muitos indivíduos de idade avançada, a probabilidade de um médium abordar temas relacionados à saúde, a fim de inferir possíveis enfermidades, tende a aumentar. Isso se deve ao fato de que, com o avançar da idade, cresce a predisposição ao desenvolvimento de doenças. Portanto, é fundamental compreender que um médium psíquico pode manipular as circunstâncias e, a partir delas, elaborar suas deduções, visando maximizar o número de acertos, em consonância com o contexto social no qual está inserido.

 Ao longo de minha jornada cristã, vivenciei diversas situações, principalmente em contextos eclesiásticos pentecostais e neopentecostais, nas quais observei a utilização de uma prática enganosa por alguns pregadores que usam as mesmas táticas dos médiuns psiquicos. Essa prática consistia na obtenção de informações prévias sobre os fiéis, utilizadas posteriormente como "isca" para manipular a audiência durante cultos ou sessões de cura. Não se tratava de revelações divinas, mas sim de uma técnica de manipulação baseada no uso estratégico de informações para alcançar um objetivo específico.

 Embora seja importante ressaltar que nem todos os pregadores adotam tais práticas, é frequente em movimentos carismáticos o uso de táticas semelhantes às dos médiuns, quero reiterar aqui, que durante muitos anos fui uma testemunha presencial do que estou afirmando, e creio que os leitores que estão familiarizado com esses tipos de pregadores não irão discordar. Muitos pregadores carismaticos baseadas em supostas revelações divinas e novas revelações espirituais, com o objetivo de alcançar determinados fins usam o método da “pesca de informações” aproveitando as mesmas circunstâncias e contextos: uma platéia com uma boa quantidade de pessoas. A seguir, apresentarei alguns exemplos. Conheço pregadores que, do púlpito, afirmaram ter recebido revelações divinas sobre dificuldades enfrentadas por indivíduos presentes na congregação. Ao lançar essa "isca" para um grupo com mais de cinquenta ou sessenta pessoas, a probabilidade de acerto é considerável, enquanto a de erro é reduzida ao minimo. Essa estratégia, portanto, pode ser empregada por alguns pregadores para autenticar seu ministério, angariar fama e poder, e até mesmo obter recursos financeiros dos fiéis. Ao se valer de uma abordagem comercial da religião, o pregador pode necessitar dessas táticas e técnicas para garantir o lucro, explorando o suposto dom de revelação que na verdade nada mais é do que o mesmo truque usado por médiuns psiquicos.


É relativamente simples replicar as técnicas empregadas por certos médiuns, conforme detalhado no artigo do Dr Ron Rhodes.

 Considero fundamental compreendermos essa dinâmica com clareza, pois, ao longo da minha experiência, observei diversas instâncias de manipulação semelhantes. A vigilância atenta a esses aspectos é crucial. O propósito deste artigo é elucidar e alertar sobre essas questões, razão pela qual o estou escrevendo.
É observável que um indivíduo pode ocupar um lugar de destaque, como um púlpito, e, direcionando seu olhar a uma vasta audiência reunida em um culto, insinuar algo por motivos egoístas e maquiavelicos. A partir de suas inferências, pode, então, invocar o nome de Deus como fonte de revelação, afirmando que alguém entre os presentes, especialmente em um grupo com diferentes faixas etárias, está acometido por condições como diabetes, hipertensão, depressão ou insônia e a margem de acertos ser extremamente grande, e se ele errar, ainda assim estará diante de expectadores totalmente passivos. Um outro truque ainda será usado pelos manipuladores carismáticos, eles se autoconsideram um grande poder de Deus, mediadores com uma missão espiritual e agentes consagrados para serem os representantes especiais na terra, isso provoca um impacto psicológico muito grande nas pessoas sem discernimento. Na possibilidade de algum erro ou ser questionado ou ainda confrontado por alguém, ele usará o terrorismo psicológico, o uso de uma falácia chamada de “Ad Baculum” que significa responder com ameaças para impor medo no oponente, questionar o enviado ou o homem usado por “deus” significa confrontar o próprio Deus e sofrer as piores conseqüências possíveis. Aqui podemos observar como um enganador se serve de amplo arsenal maquiavélico para manter seu sistema de engano. Um simples conhecimento das Escrituras nos leva ao fato simples que homens verdadeiramente santos , estarão sempre prontos para responder com mansidão e temor, a qualquer que pedir uma razão acerca das coisas relacionadas ao ministério cristão (Leia I Pedro 3:15)


Pregadores maquiavélicos usam a tática “Os fins justificam os meios” podem se valer de estratégia psicológicas, eles são extremamente egoístas e farão uso dessas coisas. Diante de uma platéia heterogênea, ele terá sucesso ao enunciar frases genéricas, como se fossem aleatórias mas que alcançam sempre alguém de forma certeira. Expressões como "Deus está revelando que há alguém aqui com diabetes", "alguém com pressão alta", "alguém com insônia" ou "alguém que usa antidepressivos e não consegue dormir" são lançadas como uma espécie de "isca". É certo que atingirá alguém, pois em grandes multidões, especialmente em eventos religiosos com foco em curas, cuja divulgação se estende além do âmbito da igreja, as pessoas, em especial as que sofrem algum tipo de enfermidade, são atraídas para esses eventos.  

 Nessas circunstâncias, é praticamente inevitável que alguém na platéia se identifique com as afirmações, dado o elevado número de pessoas que sofrem de condições de saúde comuns nos dias atuais, e a atração de propaganda de eventos que promovem curas induzem muita gente a tentar buscar uma cura alternativa para enfermidades.
A razão pela qual abordo este tema reside na minha observação, ao longo dos anos, de inúmeros pregadores que empregam estratégias e táticas semelhantes às utilizadas por médiuns, com o objetivo de enganar e manipular o público, conforme evidenciado aqui. A liberdade com que essas práticas se manifestam em ambientes carismáticos, pentecostais e neopentecostais é muito grande, e repito ainda mais, a falta de discernimento também é absurdamente enorme. Dificilmente testemunhei a denúncia dessas ações após os cultos, mesmo diante do uso e abuso de técnicas de manipulação, com informações imprecisas e especulações, as pessoas permanecem passivas e indiferentes.


 O emprego do nome de Deus em vão, a manipulação de informações e a suposta revelação divina baseada em pressupostos, sem qualquer questionamento ou oposição por parte das lideranças religiosas e dos fiéis, é algo recorrente. Diante da ausência de contestação a essa conduta, as pessoas tendem a aceitar e acreditar que esses pregadores realmente recebem informações de uma fonte divina, assemelhando-se aos que creem  em muitos médiuns psíquicos que usam essas táticas abordadas aqui neste artigo. Consequentemente, a fé é depositada, muitas vezes de forma ingênua, na suposta revelação celestial dos pregadores, sem usar discernimento bíblico e espiritual. Jesus nunca ensinou que devemos ser passivos nas questões espirituais, ele nos advertiu muito acerca de falsos profetas, nos convocou a vigilância e sobriedade e a sermos prudentes como as serpentes.(Leia Mateus 10:16)

 
 A facilidade com que muitos impostores operam em contextos religiosos decorre da carência de profundidade espiritual em alguns e do pragmatismo em outros. Esse tipo de pregação, embora não se baseie nas Escrituras e, em alguns casos, induza à prática de fraudes espirituais, atrai grande número de pessoas. Um amigo meu, também cristão, compartilhou sua experiência em relação à sua igreja. Ele relata que, durante os cultos de estudo bíblico, o templo permanece quase vazio, pois as pessoas demonstram pouco interesse em aprender sobre todos os conselhos de Deus e nutrir-se de alimento sólido. Contudo, em uma ocasião, um pregador, que na verdade era um falso profeta e alegava receber revelações divinas e possuir dons extraordinários, foi convidado. O templo se encheu de fiéis, uma grande multidão compareceu para ouvi-lo, mesmo que ele proferisse disparates, heresias e erros teológicos os presentes se sentiram satisfeitos. Essa situação evidencia o interesse de pessoas sem discernimento e a irresponsabilidade de líderes que, movidos pelo pragmatismo, buscam atrair multidões e obter benefícios financeiros, explorando a fé alheia abrindo espaço nos púlpitos para falsos pregadores e hereges, quando a bíblia ordena que hereges devem ser evitados. (Tito 3:10) Essa condição espiritual favorável permite que esses enganadores prosperem, explorando a incredulidade e a falta de discernimento.


 Em sua epístola universal, Judas, no capítulo 1 e versículo 11, adverte sobre aqueles que se deixam seduzir pelo erro, em busca da recompensa como Balaão. Este, motivado pelo desejo de lucro, tentou negociar seus dons espirituais, levando o povo ao engano. Da mesma forma, nos dias atuais, alguns indivíduos induzem outros ao erro e praticam a fraude espiritual, impulsionados pela ambição de fama, reconhecimento e ganho financeiro. Agindo com essa cobiça, exploram a fé e a ignorância alheias, visando alcançar seus objetivos. São motivados a usarem técnicas maquiavélicas no contexto religioso, introduzindo praticas cujo desempenho é objetivo, mas totalmente enganador. Que a graça divina e a iluminação do Espírito Santo guiem os leitores a discernir que tal conduta é contrária aos ensinamentos bíblicos, pois se baseia em erros e induz à crença em falsas doutrinas e a perdição eterna.

 

Ajudas Adicionais:

 

 

Livreto Grátis: Pequeno Tratado Sobre Idolatria.

 

https://drive.google.com/file/d/1tIVIZgpXfMtnLkZn3GxawEjTSO7pJqG-/view?usp=drive_link

 

Livreto: Percepção Espiritual – Como Obter?

 

https://drive.google.com/file/d/13CTSsmkHYoNQcm1B1ZlxRjl-uhOPUvIQ/view?usp=drive_link

 

Livreto: Potestades das Trevas Como é e Como Opera

 

https://drive.google.com/file/d/1y82sTIya-YQRv9cFchmuC6ijHmJn5Fj-/view?usp=sharing

 

 

 

 

 

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