Uma Nova "espiritualidade" Para um "Admirável novo mundo"



Uma Nova "espiritualidade" Para um "Admirável novo mundo"

 
Uma Nova "espiritualidade" Para um "Admirável novo mundo"



Há uma guerra declarada contra a fé cristã e todas as religiões institucionais monoteístas, as tradições antigas que se ergueram através dessa fé cristã agora são alvos de ataque e destruição. Esse ataque teve um começo “oficial” na década de 1960, a nova espiritualidade consiste na abertura dimensional vinculado a experiência do sagrado através das drogas, seguida da revolução sexual e do feminismo. Essas três fontes poluídas emergiram para destruir o “velho mundo” e declarar a “era de Aquário” o surgimento de um “Admirável Mundo Novo”. Assim a abertura para um novo tipo de espiritualidade, a base de uma nova “farmakeia” a feitiçaria ganharia novas roupagens, essa revolução teve seus “profetas” Aldous Huxley, Timothy Leary, Terence MCkenna etc.
Para muitos adeptos da crença de que a “nova era” começou em 14 de janeiro de 1967, as religiões tradicionais estariam chegando ao fim, uma droga chamada LSD, seria o veículo pelo qual os novos espiritualistas entraram numa nova experiência, a droga atuaria de modo como “Portal dimensional” a través de estados alterados de consciência. Era o início de uma nova religião mágica, esotérica e ocultista, na verdade completamente demoníaca, que surgiria num contexto “aquariano” para superar as “velhas religiões ocidentais” e impor uma nova sociedade utópica.
A idéia de uma “Era de Aquário” está vinculada a outra idéia utópica: Uma Nova Ordem Mundial. Entre os defensores de uma mudança de paradigmas na sociedade, estavam figuras bem conhecidas no mundo ocultista, entre eles Helena Petrovna Blavatsky, Alice Bailey e o polemico satanista Aleister Crowley.
Crowley foi uma figura controversa ao extremo, ele foi um dos principais expoentes da cultura libertária, que ganhou forma nos anos de 1960, para ele o seculo XX seria caracterizado pelo advento de um “Aeon de Horus” um conceito ocultista que se encaixa com a visão do estabelecimento mundial de uma nova era, essa seria a chegada de uma era de ouro, uma sociedade libertaria, humanista e pautada num espiritualismo fundamentado no contato com “divindades” seres de outras dimensões, algo provocado em torno da experiência de estados alterados de consciência provocados por drogas psicodélicas.
Crowley era um visionário espiritualista que se auto-denominava de “a besta” sua vida era envolvida pelo consumo de drogas em busca de experiências espirituais, sem limites na prática de ocultismo bem fora do convencional, também se envolveu com o tantrismo e formas de promiscuidade na prática de sexo ritual com finalidades mágicas. Em 1904 no Egito, teve contato com uma entidade demoníaca chamada de “Aiwass” que ditou mensagens que compõem o “livro da lei”. No segmento ocultista, algumas  entidades demoníacas conforme as descrições de Crowley, tinham o mesmo perfil dos “seres” descritos por abduzidos’ em experiências com alienígenas e pessoas envolvidas com experiências com OVNIs.
A visão de Crowley era oposta santidade, sua visão era extremamente anômala, professava um tipo de iniqüidade, que caracteriza muito o homem de pecado descrito por Paulo em sua segunda carta aos Tessalonicenses. O seu jargão era “Faça o que quiser: essa é a lei”. Aqui jaz a matriz do relativismo e a autonomia máxima da rebelião humana. É necessária que se diga que Crowley até certa medida parecia não acreditar em um diabo real, ele acreditava que se tratava de uma espécie de “arquétipo” um símbolo do ego que tem ânsias por tornar-se divino.
Crowley compôs um “hino a lúcifer” na verdade, a forma como declara sua visão no hino é a divindade do próprio homem, a velha mentira do Diabo em Gênesis 3 se perpetuando através dos séculos e é desse modo que contemplamos o vinculo das ideias de Crowley com a Nova Era.
Durante os períodos de 1980 e 1990 o movimento Nova Era floresceu muito, acontece que esse novo modelo de religião de síntese, de pluralidade múltiplas e relativista no quesito de uma verdade, é um modelo exato de religião universal para se estabelecer uma ordem mundial. No movimento Nova Era não há absolutos, não há doutrinas definidas, o que existe é uma unidade na diversidade, tudo se mistura nessa síntese, sufismo, hinduísmo, budismo, cristianismo, espiritualismo, OVNIs, paganismo, física quântica, taoísmo, xamanismo etc. A verdade é relativa e o homem é divino. A desintegração das estruturas religiosas convencionais está em pauta desde então, assim como o movimento de liberação das drogas, o feminismo, o relativismo e o ocultismo. Há uma armadilha por trás dessa tendência relativista, a intolerância com uma verdade absoluta, decompõe completamente a base de uma liberdade espiritual e social que seus adeptos propõem, porque o relativismo como estrutura social traz consigo o paradoxo perigoso do totalitarismo como forma de opressão sobre todos aqueles que querem permanecer vinculados as religiões tradicionais e em especial os cristãos que aderem á verdades absolutas como sendo de valor incalculável e negociáveis diante dessas tendências completamente anticristãs nas suas formas e manifestos. Assim esse ideal utópico espiritualista operará por meio de expurgo, livrando-se daqueles que podem ser considerados “inimigos” de uma Nova Ordem Mundial onde deve prevalecer a paz pelo relativismo e a síntese de opostos, reduzindo a verdade a conceitos meramente pessoais, sem a permissão de ultrapassar a esses limites.
Aldous Huxley escreveu um mundo assim em seu romance diatópico “Admirável Mundo Novo” nesse sistema mundial, os sistemas tradicionais são considerados arcaicos, a vida torna-se socialmente sintética, a abolição da família e do casamento, a destruição dos valores judaico cristãos e a proibição de leitura de livros pertencente a velha ordem das coisas como a Bíblia e os clássicos da literatura mundial. A Nova Era de Huxley é uma mescla de sexo grupal e promiscuidade, consumo de uma droga chamada “soma” que serve como paliativo contra os problemas existencialistas e uma espécie de musica intoxicante e psicodélica. Não é admirável que essas pautas sejam defendidas pelos adeptos do movimento Nova Era e fizeram parte do movimento Hippie da década de 1960 nos Estados Unidos da America.
De Crowley aos nossos dias, espíritos demoníacos que mantinham contato com ele, parecem também manter uma clara conexão com abduções e a paranormalidade que envolve o fenômeno OVNI nas ultimas décadas. Na fase seguinte, a pós-modernidade, a espiritualidade esotérica vigente apela para os ETs como os novos deuses que vem do espaço, são os salvadores da humanidade. Mesmo os mais céticos materialistas agora estão cedendo a essa tendência de nutrir uma esperança de que em breve a terra será visitada por extraterrestres com tecnologia avançada, cujo espectro, o perfil é uma entidade evoluída e moral e intelectualmente bem mais avançada do que os humanos, o correlato dessa crença é que a vida evoluiu muito mais cedo em outros planetas, as civilizações intergalácticas seriam mais adiantadas que os homens aqui na terra, esses seriam os novos deuses vindo do espaço exterior. Dessa nova crença, surgem agora novos modelos de evolução, para alguns a vida não evoluiu aqui na terra, ela começou em outro planeta e o gérmen da vida veio de um desses supostos planetas, essa teoria é chamada de panspermia. A crença de que a vida veio de fora da terra abre uma possibilidade de que qualquer tipo de enganação espiritual que se apresenta como forma de “ETs” associam a panspermia ao engano de que os Ets sejam os verdadeiros criadores da humanidade. O passo para idolatrar que se apresente com esse perfil é muito grande.
É notável que a expectativa de um possível contato com ETs vem crescendo muito em nossos dias, e isso faz parte de um grande engano universal.
Apesar da idéia de que os alienígenas sejam os verdadeiros criadores da civilização não é nova, ela foi defendida por alguns pesquisadores de arqueologia fantástica como Zacharias Sitchin e outros, hoje em dia a idéia tem muitos simpatizante entre acadêmicos.
Poucos sabem que o mito popular dos aliens, a forma como é apresentada na televisão e descrita por muitos, na casuística e no imaginário popular, o perfil dos alienígenas como são descritos de cabeça grande, olhos enormes, nariz e boca minúsculas, uma cabeça desproporcional ao corpo é na verdade um esboço da entidade espiritual que Aleister Crowley mantinha contato durante suas experiências ocultistas e que apresentou de forma constante em suas narrativas e anotações. Essa entidade “macrocéfala” era chamado por Crowley de LAM. Foi o perfil da entidade LAM que se tornou popular nas descrições das aparições de seres alienígenas a bordo OVNIs nessas últimas décadas em todo o mundo. Essa abordagem que Crowley fez dessa entidade tem apenas um detalhe particular, não é era oriunda de outras partes do universo, mas era um ser de “outras dimensões” ou melhor uma entidade demoníaca.
Alguns pesquisadores sérios perceberam que o fenômeno envolvendo discos voadores e alienígenas estava intimamente associado a formas pagãs de religiões e mitos e com o mundo mágico “crowleyano” e estavam conduzindo a humanidade para novas formas de experiências místicas e espiritualistas. A base das crenças da Nova Era seguem nessa mesma direção. O paralelo entre entidades espirituais demoníacas descritas nas experiências de Crowley e as ocorrências envolvendo OVNIs hoje em dia estão conectadas por serem de uma mesma origem.
Junto a essas novas crenças que emergem na pós-modernidade e está vinculada a religião de mistérios e paganismo, bem como as origens do xamanismo e da feitiçaria, com suas formas mais dantescas de contato com um mundo invisível povoado de entidades não físicas, está a associação entre o uso de drogas, poções mágicas e substâncias psicoativas e a abertura, o portal dimensional onde o ocultista tem contato e recebe instruções e revelações de entidades parafísicas, descrito nas Escrituras como demônios.
Tanto Crowley quanto seus seguidores acreditavam que o anticristo poderia ser trazido ao mundo através de rituais demoníacos, a base pelo qual a Nova Era seria estabelecida, era uma sociedade preparada para a instituição de novos paradigmas, após a destruição do cristianismo. A oposição de Crowley não era senão contra a fé cristã, a base pelo qual a plataforma da sua oposição se revela é buscando um conceito bíblico e apocalíptico, ele se declarou a besta 666. Hoje depois de muitas décadas, aquelas crenças e as manifestações que se desenvolveram num estágio primário desde a era crowleyana até a revolução Hippie e o florescimento mundial do relativismo religioso promovido pelo movimento Nova Era, entramos no seu processo final, quando percebemos que parte da cristandade está prostrando-se ao relativismo moral e está aberta ao ecumenismo bem como cedendo espaço para novos tipos de espiritismo de matriz neoplatónica e gnóstica. Infelizmente poucos cristãos percebem essas tendências hoje em dia.

Clavio J. Jacinto
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