Em Filipenses 3:8 Paulo
fala sobre a excelência do conhecimento de Cristo, acho que o centro da vida
espiritual é ELE em pessoa, o Ressuscitado e entronizado. A obra do Espírito
Santo no coração humano é levar a realidade de Cristo ao centro da nossa vida.
Essa centralidade de Cristo na vida do cristão se dá mediante o triunfo dEle
sobre a cruz, o pecado, o inferno e os demônios. O mover da historia universal
é esse centro, pois em Cristo a história da redenção se consumou e ainda assim
terá a consumação de todas as coisas no futuro, e ELE será o centro (Efésios
1:10) veja que até mesmo o tempo na perspectiva humana entronizou Cristo, “antes
e depois de Cristo” esta é a meta-narrativa da existência da civilização. De modo que nos surpreenda, o apelo do
Consolador bendito que procede da parte do Pai, que tenhamos o Espírito de
Cristo (Romanos 8:9). O conhecimento da excelência
de Cristo não se dá antes de conhecermos Ele como o Cordeiro de Deus que tirou
os nossos pecados, não nossos méritos, mas a sua grande, magnífica e perfeita
obra de salvação, a completa redenção que ELE conquistou mediante o derramar da
Sua vida na cruz. Quão grande é a satisfação quando percebemos nossa miséria espiritual,
a condição adâmica da nossa pobre alma devastada pelo efeito do pecado, enferma
até as profundezas de nossa existência, mas em Cristo encontramos o perdão e a
vida necessária, assim como Ele mesmo é o preço pelo resgate de nossa vida
presa pelos grilhões terríveis da maldição do pecado. Ele toma essa maldição
sobre Si (Gálatas 3:13). Devemos conhecer mãos sobre isso. A cruz teve efeito
punitivo sobre Cristo, mas o castigo era nosso. Reconhecer isso, o Cordeiro que
morre por nossos pecados e prosseguir, eis o progresso real na vida espiritual,
prosseguir até o Cristo que ressuscitou para a nossa justificação. Horatius
Bonar no seu livro: A Justiça Eterna, revela que não podemos falhar na primeira
fase, para alcançar a plenitude da excelência do conhecimento de Cristo na
segunda. “O homem sempre tratou o pecado como uma desgraça não como um crime;
como uma doença, e não como culpa; como um caso medico, não como judicial.
Nisso reside a essência da imperfeição de todas as religiões ou teologias
meramente humanas. Elas falham em reconhecer o aspecto judicial da questão,
como aquele do qual a verdadeira resposta deve depender; bem como em reconhecer
a culpa ou criminalidade do malfeitor, como aquilo que deve ser tratado em
primeiro lugar, antes que qualquer resposta verdadeira ou uma resposta
aproximada possa ser dada”. Assim elevamos nosso coração até a mensagem da
cruz, por esse motivo, a vida cristã começa com arrependimento, pois há o
reconhecimento de nossa condição de perdido e a necessidade da obra redentora
sobre a nossa alma. A justiça de Cristo aplicado sobre nós, de modo a produzir
os efeitos necessários da justificação sobre nossa vida. Não podemos começar a
ter um entendimento claro da pessoa e da obra de Cristo sem resolver esses
aspectos teológicos dentro de nossas convicções espirituais. Cristo sendo o
centro da vida abundante, é na Sua morte o centro da nossa restauração. Olhamos
para a totalidade do que Cristo é, da necessidade da cruz e do imperativo
maior: a vitória de Cristo (Colossenses 2:15) Fé total na obra consumada e
perfeita de Cristo na cruz Francis Schaeffer afirma: “Estamos cobertos pela
justiça de Jesus Cristo, nossa culpa desapareceu com base na sua obra consumada
na cruz, a sua obediência passiva. Mas nós também estamos cobertos por sua
perfeita justiça, com base na sua obediência ativa. Sendo assim, nós, podemos
ser chamados de santos agora mesmo”
Quão grande é essa obra
redentora, todo o livro de Hebreus aborda esse sacrifício perfeito da obra
consumada de Cristo. É nesse aspecto da excelência da obra salvifíca de Cristo
que encontramos os degraus da vida em plenitude. Quer encontrar verdadeira felicidade
e sentido para a vida? eis o que posso apresentar: Jesus Cristo. Com base na
sua excelente e perfeita obra Ele pode afirma e oferecer a todos os homens um
Caminho ao Pai, uma ressurreição e uma vida eterna (João 14:6)
Agora me deixe concluir
parte desse assunto, tomamos I Pedro 2:7, e vimos como Cristo é precioso para
aqueles que encontram a excelência em Sua Pessoa e Obra. Na sua Pessoa estão escondidos todos os
tesouros do conhecimento, mas antes da posse dessas riquezas, reconhecemos a
nossa justificação pela excelência da obra de Cristo na cruz. Thomas Watson
Explica o que significa justificação pela redenção da obra da cruz: “É uma
palavra emprestada dos tribunais. Refere-se a uma pessoa acusada que é
declarada justa e olha para ela como se não tivesse pecado”.
De fato é um erro
confiar em nossos méritos e em nossas obras (Efésios 2:8 e 9) devemos sim
confiar plenamente em Cristo e descansar na sua excelente obra perfeita e
consumada na cruz. A vida de santidade, um elevado nível de espiritualidade mantém
vivo no coração todos os aspectos doutrinários e reais que envolvem a pessoa de
Cristo e a sua Obra. Amém
Clavio J. Jacinto
Comunhão Biblica Bereiana
Paulo Lopes SC
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