Pragmatismo, Maquiavelismo e Humanismo
Qual é o
problema hoje em dia, o que afeta a igreja de hoje, sua liderança e a teologia?
Outrora, a grande ameaça contra a igreja era o liberalismo, hoje, as táticas de
infiltração têm devastado contaminado e comprometido a vida espiritual da
igreja. Membros e lideres estão debaixo dessa devastadora contaminação, e três
correntes filosóficas entraram de modo muito sutil, sendo não percebidos, ainda
que a devastação seja evidente, a falta de discernimento impede os cristãos de combatê-la,
só um pequeno remanescente, a maioria deles, solitários apologistas, ainda
percebem essas vertentes infernais que são anticristãs e demoníacas, mas que,
por reformulações foram rotuladas para serem aceitas ou passarem despercebidas
aos olhos dos descuidados. Desejo
salientar aqui essas vertentes filosóficas demoníacas, minha intenção é
capacitar o leitor a detectar essas correntezas do inferno e admoestá-lo a combatê-las
desde suas fontes.
A primeira:
o humanismo. Protágoras foi o pai do
humanismo, dele vem a frase formal “O homem é a medida de todas as coisas” a
teologia moderna inclusive sob o manto de arranjos musicais, tem sido
teologicamente infectada com o vírus do humanismo. o homem é o centro, no atual
cenário do universo religioso, o homem é o centro, é a estrela, é o herói da
mitologia gospel, homens cantam para homens, e chama isso de musica cristã, na
verdade é musica humanista com frases de feitos adequadas para confundir os
desfavorecidos de discernimento, foi assim que o diabo fez, ao tentar Cristo,
citou o Salmo 91, para dar rotulo teológico em embasamento bíblico para algo
que era da sua própria natureza: diabólica. Pastores posam como estrelas, apóstolos
como “super-lideres” a divisa laicato e sacerdócio evangélico, classificou o
ultimo como uma casta de ungidos intocáveis cuja via do terceiro céu está
aberta e o “dom de infabilidade” é uma vigência legal. Essa super-enfase na liderança evangélica e o
silencio total do sacerdócio de todos os santos, macula os teólogos,
professores e pregadores de fortalecerem o humanismo. E as novas teologias,
feitas no capricho a preencher as aspirações humanas? Não são elas o condimento
venenoso que compromete sermões superficiais e cheios de elucubrações pós-modernas?
o homem ama ser o centro, ama os elogios, ama ser importante, quanto mais um
homem é pecador, muito mias ainda será egoísta, tal como, quanto mais um homem
é santo, mais ele será humilde. Não há espaço para uma teologia cristocentrica,
num sermão feito na medida para agradar a todos. Pregue o que os homens
pecadores anseiam ouvir e haverá sempre um demônio pronto a te auxiliar para isso.
(I Timóteo 4:1) você não é o centro, não é a medida de todas as coisas, a
medida de todas as coisas é Cristo, a nós cabe carregar uma cruz e negar a nós
mesmos, qualquer humanista tende a ouvir doutores que falem tudo o que
satisfaça a própria concupiscência, mesmo professando uma fé cristã, é um
cristianismo humanista, qualquer que reverencie e idolatre lideres e artistas
gospel, muitos deles na arte da retórica, é humanista. Qualquer homem que
exalte a necessidade emocional e materialista humana, que exalte o homem, é
humanista, qualquer pregação que exerça ênfase sobre o coração humano e sobre
os desejos do homem, colocando Deus em lugar de servo ao invés de Senhor é
humanista. A igreja de Tiatira era humanista, exaltava uma figura humana
chamada de Jezabel, a de Laodiceia exaltava a própria condição materialista de
seus membros, era também humanista. A exaltação indevida a homens é idolatria,
o humanismo promove as potencias do homem, quando se confia demasiadamente em
pessoas, isso é humanismo, quando a doutrina do sacerdócio universal de todos
os crentes se enfraquece, a idolatria aos lideres se perpetua, o homem não é o
centro nem da igreja e muito menos da existência cósmica.
Segundo:
pragmatismo. O movimento carismático usa e abusa do pragmatismo, a importância
da funcionalidade do método como garantia de uma certeza absoluta é uma falácia
perigosa. Olhamos para experiências espirituais por exemplo. Revelações
extra-biblicas acréscimos doutrinários estranhos ao Canon das Escrituras,
experiências com entidades que se passam por “Jesus” e locuções interiores e
vozes internas que promovem experiências espirituais profundas, porém
antibiblicas, elas são comuns no espiritualismo. Entidades que se passam por
“Jesus” dando conselhos e ensinando novas doutrinas, todas essas experiências
são aceitas pelo pragmático. Ele simplesmente aceita algo como verdadeiro
porque tem um vinculo funcional, não porque seja bíblico, mas porque funciona.
Não importa o quão ambíguo e relativo seja, a idolatria do sentimento e da
experiência é algo notório, pois causa um impacto pessoal em quem recebe. Não
se faz uso do discernimento, apenas se aceita, porque a experiência espiritual
está vinculada ao sentimento que chamo de “síndrome profetista” deixe-me
explicar, qualquer pessoa cristão ou pagã, espiritualista ou cética, que passa
por uma experiência espiritual e sobrenatural, tende a acreditar ser uma pessoa
com uma missão especial, um escolhido divino, um profeta comissionado para
receber mensagens do mundo espiritual para advertir a humanidade sobre
iminentes juízos, reformular as bases da religião ou restaurá-la. Agora, deixe-me
dizer, acredito em experiências espirituais, elas deve nos conduzir para dentro
da ortodoxia, e não nos afastar das doutrinas centrais da fé cristã, deve nos
conduzir para mais próxima da mensagem da cruz e da obra consumada e perfeita
de Cristo, e não para longe desse fato eterno, deve produzir em nós uma crença
mais firme na autoridade e suficiência das Escrituras e não enfraquecer a
autoridade delas. Pragmatismo usa métodos para angariar fundos monetários, para
produzir “conversões”. O pragmatismo
está presente em todo o sistema que gera benefícios pessoais ou não, ele tem um
fim, por exemplo, elogiar alguém. Ora podemos elogiar pessoas abastadas, por
interesses pessoais, e isso claro, funciona, os trocadilhos, as preferências, a
atuação dentro das estruturas psicológicas em que se decide por aquilo que
atinge nossos interesses, então usamos métodos aplicados a essas
alternativas. Quando inventamos um meio
ilícito, não aprovado pelas Escrituras, mas que com argumentos de que isso gera
“fé”, aqui está a forma de um pragmatismo, amuletos por exemplo. Muitos
argumentam debaixo dessa filosofia. Leve um “lenço ungido” pra casa, isso lhe
dará proteção, e até a cura. Venha para
a campanha dos sete dias de oração, tudo isso são idéias permeadas com o pragmatismo.
Pergunte a alguém que adota idéias de campanhas de curas cuja ênfase está em
superstições, amuletos ou números, e a resposta será porque essa estratégia
funciona. Agora, deixe-me dizer, não somente em igrejas carismáticas que
encontramos o pragmatismo, assim como o humanismo, esses conceitos filosóficos
se encontram dentro de muitas igrejas não pentecostais, ainda que em menor
escala, mas estão lá.
Terceiro:
maquiavelismo, talvez aqui esteja algo tão demoníaco quanto o pragmatismo e o
humanismo. Maquiavel foi um filosofo e cientista político italiano que escreveu
um clássico da literatura universal, abordando as estratégias para se chegar a
que se deseja nesse caso no âmbito político. Dele é a celebre frase: “Os fins
justificam os meios” e essa máxima da filosofia maquiavélica é adotada por
muita gente hoje em dia. Vejamos um exemplo de maquiavelismo nas Escrituras, e
temos o diabo para citar, na tentação o tentador usou texto das Escrituras para
tentar induzir Cristo ao pecado. Aqui temos um método maquiavélico, os fins
justificam os meios. o diabo usou as Escrituras de forma indevida para chegar a
um fim que ele desejava contra a integridade do Salvador. Agora me deixe dizer
ainda mais, o maquiavelismo está presente de diversas formas na vida da maioria
dos lideres, porque a maioria é interesseira, e tenta manipular todas as
circunstâncias a fim de agradar a todos e levar vantagem pessoal em tudo.
Durante anos eu tenho presenciado o maquiavelismo nas formas mais evidentes, e
tudo porque tinha um fim em evidencia, ter vantagem, daí o termo “puxa saco”
tão comum hoje em dia, porque alguém quer tirar vantagem agindo de forma
incoerente, porque o que está em voga é tirar vantagem as custas dos demais.
Pelo fato da maioria estar alheia a esse s fatos, porque não se fala muito
sobre isso hoje em dia, pois de outra forma, irá desmascarar muita gente,
inclusive lideres religiosos, então existe uma conspiração universal dentro da
cristandade para manter o povo na ignorância, para extorquir, manipular e
enganar. Por favor, não estou relativizando o problema, apenas salientando que
isso existe e é real, além de ser uma gravidade sem precedentes na historia da
igreja. Quando os fins justificam os meios, os fins mais egoístas podem ficar
escondidos por trás de um manto de falsa piedade. O diabo fez isso, usou a
bíblia para induzir Cristo ao pecado. Já
presenciei muitas coisas na minha vida cristã, já presenciei em reunião de
obreiros, o uso de terrorismo psicológico, para que impedir a “oposição” de
criticar uma decisão errada, já ouvi bajulação publica com o intuito de
promoção pessoal, já presenciei pactos profanos por força maior, a vantagem
eclesiástica. Já vi gente esconder a falsidade por trás de uma mascara de
honestidade, e de uma maneira ou outra, isso é maquiavelismo descarado.
Assuntos ligados a essa ética profana são comuns hoje em nossos dias. Tomamos
como exemplo, a ênfase que se dá nas preferências pessoais e o uso de dois
pesos e duas medidas, tudo para tentar levar vantagens. Usar esses meios,
ludibriar, elogiar, dar preferências a um individuo abastado, porque ele pode
dar uma boa oferta para a igreja e até mesmo outras coisas. Enfim, podemos usar
muitos exemplos. Tirar vantagem por meios ilícitos e interesses egoístas, é
maquiavelismo. Não importa se o testemunho for uma mentira, desde que alguém
fique comovido e se “converta” através dessa mentira emocional, isso justifica
o ato. Consagrar um obreiro, não porque ele tem uma chamada o é capacitado a
exercer o oficio, mas pelo fato dele dar um bom dizimo, é maquiavelismo. Usar
de técnicas de manipulação psico-emocional, como um meio de acender um fogo
emocional coletivo nas pessoas também é. Lembro-me certa vez de um pregador
pentecostal, que afirmava ver anjos entrando e saindo do templo e pousando na cabeça
de um e outro, e isso de certa forma, gerou um efeito coletivo, onde a maioria
das pessoas acreditava piamente nessas supostas visões individuais, choravam,
gritava, e se emocionavam. O uso dessas estratégias são puramente métodos
maquiavélicos e acreditem! Isso PE mais comum hoje em dia. Todas essas coisas
são gravíssimas, não podemos justificar meios ilícitos, extorquir, mentir e
manipular, porque isso dá “bons resultados”
do ponto de vista ministerial e eclesiástico. outro exemplo comum hoje
em dia é a negligência quanto a pregar contra o pecado, sermões suaves, que não
ofendem e que deixem todos á vontade, é um método usado hoje. a pregação
bíblica expositiva, falar de certos assuntos como santidade, separação do
mundo, castidade, pudor e outros temas é considerado como um meio de espantar
os fregueses religiosos, pode diminuir a renda da instituição e comprometer o
futuro promissor de u ministro do evangelho. Então é melhor selecionar os temas
a serem abordados nos sermões, a fim de conduzir cada ouvinte na permanência e
na freqüência ao templo. Os fins justificam os meios. Na idéia de Maquiavel a
guerra pode ser justificada se ela traz a paz, a mentira pode ser um meio
licito caso o resultado seja positivo e bom.
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