O que é a igreja moderna? É uma
instituição que recolhe roupas usadas para fazer brechó ao invés de doá-las aos
necessitados, que faz cantina pra vender pizza, salgadinhos e refrigerantes ao
invés de dar de graça aos famintos ou de promover uma comunhão ágape entre os
irmãos mais carentes, é a detentora de uma plataforma elevada chamada púlpito
que gera disputas de cargos eclesiásticos e estrelismo religioso, a igreja
moderna está mais interessada no marketing do que na cruz, investe mais no
templo de pedra do que no coração humano, promove reuniões para divertir a
carne ao invés de mortificá-la, vive alheia as paginas do Novo Testamento e
divorciada dos ensinos de Cristo. Igreja moderna é isso, uma mistura de pragmatismo,
maquiavelismo e humanismo com evangelho, mistura perigosa, essa igreja produz
comportamentos tão estranhos, que se tornou uma fonte que sustenta todo tipo
ações bizarras, essa igreja é capaz de gerar um enorme contingente de motivos
para virar piada na boca dos incrédulos. Estarei sempre fora desse circo!
O que a igreja verdadeira deve
ser? Deve ser a portadora da graça de Deus num mundo ferido pela desgraça do
pecado, deve ser a promotora do perdão num mundo mortalmente ferido pelas
chagas provocadas pelo egoísmo, deve ser o farol sobre a Rocha a orientar uma
humanidade que naufraga nas turbulências da rebelião humana, deve ser a fonte
com uma torrente de águas espirituais para saciar a sede do homem sedento, deve
ser a representante social da equidade nos níveis mais avançados, deve ser o
sal puro que retém o processo de putrefação moral do mundo, deve ser a morada
da divina misericórdia para que a compaixão seja o impulso de todas as ações,
deve ser a portadora de libertação para todos os homens aprisionados em seus
vícios mortais, deve ser a promotora de uma mensagem de esperança para um mundo
desesperado, deve erguer o estandarte da cruz no solo do inimigo de Deus: a
razão humana egoísta e falida deve ser detentora da mais singela humildade para
dar a colhida substancial aos mais fracos e pobres, deve ser a mão assistencial
a limpar as chagas dos feridos a dar o vinho da alegria aos infelizes, enxugar
as fluentes lacrimais dos oprimidos e dar um abraço no solitário, portanto,
desça da cavalgadura, desça até o nível do mais ferido pelos ladrões da vida e
sendo anônimo num mundo que idolatra o espetáculo, deixe que os levitas e
sacerdotes passem de largo, carregando o fardo maldito da própria religião
meritória e insensível encerrada de forma hermética com mil grilhões dentro de
um templo que estava fadado a ser demolido, pedra por pedra.
CLAVIO J. JACINTO
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