Parte II
O homem sofre de uma enfermidade moral
e espiritual grave, ela tem uma origem, está lá no livro de Genesis. Aceitar o
relato histórico do livro de Genesis e em seguida apropriar-se da providencia
divina relativa a redenção humana é uma necessidade vital (I Pedro 2:24 e João
3:3) Francis Schaeffer adverte: “Quando o homem despreza o relato histórico da
queda em Genesis, ele vai perder todo o contato com a mensagem cristã” (1) Martin Lloyd Jones também assevera: “O
renascimento é absolutamente e totalmente essencial, uma pessoa não pode ver e
muito menos entrar nele, a não ser que tenha nascido de novo” (2) O humanismo e sua rebelião sustentam o orgulho
da raça humana caída, aqui está um drama, e por si mesmo, numa conduta tão
trágica, apenas apresentam as provas cabais de que a bíblia tem muita razão
quando aborda a natureza do homem caído e sua suprema necessidade de
reconciliar-se com Deus. Nada pode remeter um homem sensato para dentro das
verdades bíblicas, quanto essas tolices humanas em querer viver independente do
Criador e tornar-se dono do próprio destino e construir suas ilusões ensina da
plataforma do pecado, essa situação é apenas um reflexo do fogo do desespero
que arde dentro do coração do homem efêmero, que sente a necessidade da
imortalidade, pois foi criado para isso, mas numa teimosia diabólica insiste
que não precisa buscar os recursos divinos porque ele crê nas potencias
escondidas dentro do próprio ser, há uma anseio no coração, mas o homem
mergulha desesperadamente no pântano do pecado para tentar saciar essa sede,
tem uma enorme fome por coisas espirituais, mas busca comer daquilo que o diabo
oferece, Deus proibiu mas o diabo ofereceu, Eva tomou e comeu e assim
prossegue. Não pode ser mito uma abordagem tão transparente+ que se repete na historia do homem durante todos esses
séculos, assim ao fazer um estudo panorâmico da queda e da redenção W. Graham
Scroggie escreveu: “A historia humana, vista como um todo, é um drama que
apresenta o conflito da mente humana com o tenebroso problemas da vida, esse
drama revela o desenvolvimento das instáveis paixões e emoções humanas, revela
o conflito entre a fé e a duvida, entre alegria e tristeza, entre esperança e
desespero” (3) Sim nesse drama o centro é a cruz, mas o home não aceita que
Deus intervenha, lutou com o diabo para evitar que a redenção se consumasse,
ele não quer a mensagem da cruz, ela é muito escandalosa, um insulta a lógica e
o orgulho humano, deve ser evitada, deve existir um caminho mais sensato ao
coração humano, então o orgulho, vírus mortal alojado nas profundezas da alma
humana entoa uma musica que o ego ama, o homem pode conquistar a vida eterna
por seus próprios méritos, é suave e maravilhosa essa musica aos ouvidos do
pobre pecador, essa sedução é a sedução do discurso humanista, anticristão até
as profundezas, tem todo o apoio logístico de cada demônio e de cada espírito
imundo, essa é a marcha da civilização pós-moderna, pois o humanismo é um
engano, do que começo até o fim, pois começa com o homem sem Deus e termina em
separação eterna entre Deus e os homens (Apocalipse 20:14 e 15). Podemos
reconhecer que de fato, o humanismo é o lado filosófico e cultura do
renascimento, mas em todo o caso, o iluminismo nada mais promove do que a luz
da razão, e a luz da razão expandiu as trevas da incredulidade, parece um paradoxo,
mas nem sempre o fogo produz a luz, as vezes o que produz é fumaça tóxica, e
não luz pura, e onde se acendeu o fogo do iluminismo para exaltar a razão
humana, expandiu-se tal nebulosidade e pensamentos tóxicos, que a incredulidade
prevaleceu ao Aldo de um espírito completamente oposto a fé cristã, devido a
esse fato, o humanismo apenas recebe ainda mais sentença quando vai ao tribunal
das Escrituras, pois quando lemos Romanos 1:18 a 32, o que vimos na verdade é
uma forma de humanismo ascendente na cultura do império romano, muitos
filósofos gregos tinham uma inclinação humanista, eles não são os autores da
religião humanista, mas alguns filósofos gregos contribuíram muito para que a idéia
se expandisse e perpetuasse, a idéia, a finte original do humanismo é o próprio
diabo, pois seu discurso a Eva remete a importância do ser humano, numa altura
tal, que poderia competir com Deus, você não percebe isso lendo Genesis 3? Veja
que é essa tendência do homem, ele faz algo, descobre as coisas, se aprofunda
em questões cientificas e filosóficas, porque Le foi criado a imagem de Deus,
não porque é divino em si mesmo, e pode alcançar uma emancipação eterna buscando
os recursos psicológicos dentro de si, o discurso do diabo era “sereis como
Deus” dentro desse discurso tão pequeno, se esconde toda uma semente religiosa.
É impossível falar em divindade sem associar-la com religião, no fundo o que o
diabo quis dizer é que o homem não precisava prostar-se para servir ao criador,
o homem devia servir a si mesmo, não deveria adorar ao Criador, deveria adorar
a si mesmo, não deveria cultura o criador, deveria cultuar a si mesmo, não
deveria amar ao criador, mas deveria amar-se completamente, assim esse gérmen
apenas cresce, esse vírus apenas se multiplica do coração de Eva para o Coração
de Adão, logo em seguida infecta também o coração de Caim e chegamos em Gênesis
6 onde toda uma civilização é humanista. Lá estamos vendo o auge de uma
civilização que a meu ver encontrou auto-suficiência em todas as áreas da vida,
e alcançou um nível de vida material muito elevado, mas estavam corrompidos de
tal maneira que deviam ser eliminados, ali estava o espírito humanista
predominando, influenciando a ciência, o comportamento social, todas as esferas
da sociedade estavam comprometidas. Aos olhos humanos era um auge, a
prosperidade, o conhecimento, a filosofia e a auto-sufucuencia era marcas
profundas na vida cotidiana de homens rebeldes, começaram a surgir gigantes, e
isso seriam homens fortes, semideuses, seriam idolatrados, endeusados, não
sabemos exatamente qual foi a causa do surgimento desses gigantes, mas eles
estavam lá, eram enormes, fortes, potencialmente grandes, e isso seria a fé no
homem, um estagio biológico alterado, uma mudança genética, uma mutação nos
genes, um ser hibrido, não sabemos exatamente, mas sabemos que eles existiam
porque a bíblia descreve que eles estavam lá vivendo entre os povos daquela
civilização fada ao fracasso moral e espiritual (Veja Genesis 6:4 com II Samuel
21:20 e I Crônicas 20:6) depois do dilúvio parece que ressurgiu novamente essa
tendência da auto-idolatria e o sentimento de emancipar-se completamente da
dependência divina, a torre de Babel seria o auge do orgulho humano, o homem
conquistando o espaço demonstrando suas potencialidades através de seus
zigurates e obras monumentais (Genesis 10:10 com 11:4) e a inclinação dos
sentimentos era que fosse feito um nome para exaltar o próprio homem, tudo isso
é humanismo denunciado pelas Escrituras sagradas, e desde os primórdios a
tendência humana sempre foi confiar em si mesmo e nutrir a crença que poderia
conquistar a imortalidade por seus próprios esforços confiando nas capacidades
inerentes a natureza humana. Mal pode o homem cego, entender que o ego endurece
o coração de tal maneira que torna a sua alma em sepultura para enterrar todas
as suas virtudes. Em tudo isso, vimos o espírito do erro, influenciando o homem
a acreditar em mesmo, a exaltar a própria dignidade ao custo de suas
potencialidades. Por mais lindo que seja todo esse discurso humanista em
desejar vencer os problemas que interferem na vida e até conduzem ao desespero
e a falta de sentido existencial, a verdade é que o fracasso sela cada
tentativa humana de querer conquistar uma vida futura cheia de dignidade
humana, PR meios puramente humanos. O fracasso sela a o empreendimento humano,
porque ele já nasce contaminado com o pecado. Alguns homens como Petrarca
(1304-1374) tiveram uma percepção
humanista da condição humana, ele descobriu através de textos antigos, as
conquistas gloriosas do império romano, tudo isso ressoa muito bem com o
sentimento de Nabucodonosor que olha para a magnífica Babilônia e se considera
uma divindade por ser responsável por todo o esplendor do império e da famosa
cidade antiga, mas o que não conseguiram perceber é que a ruína procede a
exlatação humana, sempre e em continuidade é assim desde o berço da primeira
civilização até a ultima será sempre esse ciclo que renascimento e queda, e a
historia sempre revela que a bíblia tem razão e o racionalismo não, as
Escrituras apontam para a verdade e a razão humana sempre cai, de forma viciada
na armadilha egoísta de que o home pode se erguer da queda usando as próprias
forças, mas como, pois ele mesmo foi o causador de sua própria desgraça? Pois e
o homem no primórdio, ainda dentro dói jardim, com todo O estado de pureza, com
capacidades puras e com o coração ainda límpido, pois não estava afetado pela
contaminação do pecado, não conseguiu por si mesmo manter-se em tal estado de
perfeição, como ousa o homem acreditar que sendo um pobre pecador fracassado,
crer na conquista da dignidade humana, na imortalidade e outras bênçãos que seu
coração brada em desesperado anseio, por meio dos próprios méritos? Digo sem
medo de errar, a historia da bíblia, ela dá o veredicto final, no tribunal das
Escrituras todo o homem é mentiroso (Romanos 3:4) não há nenhum justo sequer
(Romanos 3:10). Cristo é base da redenção, para que seja feito um novo
homem (II Coríntios 5:17) a base pela qual é feito o novo homem é em Deus e não
o homem em si mesmo (Efésios 4:24) pois além de Cristo ser o modelo do homem
perfeito, cada homem regenerado parte do princípio de ser um como Ele é não em
divindade, mas em caráter e vida espiritual (Romanos 8:29 com Efésios 1:10) o ensino
das Escrituras é que precisamos ir a Cristo (Mateus 11:28) pois é nele que
encontramos a vida eterna, e nele e por meio dele que vem a restauração, pois
antes Ele triunfou sobre a morte e sobre o império da morte (Hebreus 2:14) a
parábola do filho prodigo nos oferece a lição do homem que fracassa buscando
seguir seus próprios sentimentos e viver emancipado dos valores tradicionais,
veja que mesmo obtendo um sucesso ocasional e desfrutando de alguns momentos de
alegria, sua dependência e confiança em si mesmo, vai conduzi-lo para uma
experiência de frustração e desespero, ele não alcança a utopia desejada
seguindo seu próprio racionalismo, mas o caminho que trilhou levou-o gradualmente
para uma completa decepção da vida, seus recursos se acabaram, a alegria
evanesceu-se, suas potencialidades decaíram, a visão poética do filho pródigo
tornou-se em uma condição extremamente miserável, as rosas murcharam, já não dá
pra poetizar a vida comungando com os porcos e convivendo com a lama, não há
inspiração suficiente nessa tragédia, então precisa deixar de olhar para si
mesmo, porque o caminho que traçou por sua razão o conduziu para a total
desgraça, agora precisava restabelecer uma nova visão, precisava retroceder e
reajustar sua cosmovisão, era preciso voltar, ele foi um fracasso total, (Leia
Lucas 15:11 a 32) assim também vemos Sara que queria um filho porém de acordo
com seus próprios sentimentos e opiniões, da mesma forma, Jonas, que desejava
projetar a sua vida de acordo com seus sentimentos racionais. O homem precisa
se arrepender de seus pecados (Lucas 13:1 a 5) precisa de perdão dos pecados
(Lucas 5:24 I João 1:9 etc) precisa se desprender dos laços diabólicos, essa
tecelagem produziu cordas de egoísmo humano, mas o tecelão foi o próprio diabo
que usou material humano para prender o homem (II Timóteo 2:26) Cristo é o
Salvador do mundo (I João 4:14 João 4:42) o homem pecador jamais deve confiar
em si mesmo, mas em Deus e em Cristo (João 14:1 a 4) ira, a suma de toda essa
verdade, é que Cristo deixou o exemplo de vida (I Pedro 2:21) e Ele sendo
humano e divino, viveu dependendo de Deus, e esse modelo é completamente
antihumanista, sem contudo deixar de resgatar a verdadeira identidade e o real
propósito da existência do homem, e isso por si mesmo já revela o quanto o
cristianismo leva o homem ao triunfo existencialista, por meio de Cristo e o
quanto o humanismo está fracassado por fiar-se a si mesmo em questões
espirituais e eternas.
Notas parte II
(1) A Obra Consumada de Cristo. Franscis Schaeffer Oagina 30 Editora Cultura
Cristã
(2) Deus o Espirito Santo Martin Lloyd Jones. Pagina 115. PES
(3) O Descortinar do Drama da Redenção .W. Graham Scroggie. Pagina 15
Edições Tesouro Aberto.
Bibliografia dos
documentos pesquisados:
The Humanist Manifesto
2000 Fundamental Evangelistic association
Assim Falou Zaratustra
Friederich Nietzsche Melhoramentos
O Crepusculo dos Idolos
Friederich Nietzsche Melhoramentos
Christianity on Trial. Colin Chapman. A Lion International Paperback
Autor: Clavio Juvenal
Jacinto
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