O Humanismo e o Anticristo



 
 



O que é humanismo?  Uma boa definição pode ser encontrada em: Christianity on Trial de Collin Chapman. Pagina 233: “Em termos gerais, o humanismo contemporâneo subscreve uma visão da vida que é centrada no homem e em sua capacidade de construir uma vida ao mesmo tempo para si e para os companheiros no mundo atual. A ênfase é colocada nos próprios recursos intelectuais e morais do homem, e a noção de religião sobrenatural é rejeitada. Uma das tendências mais importantes do humanismo moderno é sua confiança nas aplicações da investigação científica e sua avaliação da verdade, da realidade e da moral em termos puramente humanos.” Humanismo é em termos gerais a crença nas potencialidades humanas bem como a fé de que ele superará todas as dificuldades existenciais e triunfará completamente sobre essas dificuldades. Ou como descrito “Uhe Humanist Manifesto 2000”:  “Uma convicção de que, com razão, um mercado aberto de idéias, boa vontade e tolerância, o progresso pode ser feito na construção de um mundo melhor para nós e nossos filhos.”
Os humanistas seculares aceitam a visão filosofica  do mundo chamada de naturalismo, acreditam nas leis fisicas do unicerso mas não em entidades sobrenaturais não fisicas, como demonios, deuses ou outros “seres espirituais  seres fora do reino do universo natural (The Humanist Manifesto 2000 Pagina 5)
 Entre as principias caracteristicas distintivas do humanismo, enconramos as crenças na “Confiança na razão humana”  no “Progresso e desenvovimento concedendo melhorias a condição humana” e na “Autonomia do homem”
 Há uma esperança depositada nas potencialidades humanas, o humanismo é uma ideologia distópica, prevê a necessidade de uma nova ordem mundial, um globalismo, uma unidade integral de todos os povos, nesse caso debaixo da autoridade de homens, homens regendo homens. “O nacionalismo, enraizado como está em unidades geográficas arbitrárias, deve ser substituído por um globalismo baseado na unidade do homem. Deve haver uma organização mundial à qual a soberania nacional possa ser renunciada em todos os assuntos internacionais. Que nossos meninos lutem sob a bandeira da ONU Não mais sob o comando de comandantes americanos.”(1)

 Essa confiança é cimentada sob convicções anticristãs, a declaração de Nietzsche é o um eco puramente humanista:  “A vida acaba onde o ‘Reino de Deus’  começa”. (Crepúsculo dos Ídolos pagina 24) a fim de fortalecer a confiança em si mesmo, o homem precisa renegar a fé em qualquer divindade, mas precursores do humanismo como Friederich Nietzsche exerceram um ódio muito maior sobre a fé cristã.(Veja II Corintios 4:4 e Apocalipse 21:8) Certo humanista assim descreveu o pensamento e a influencia de Nietzsche: “Para qualquer um que o conhecesse em seu auge, Friedrich Nietzsche parecia um genial homem de letras de estilo antigo: um solteirão tranqüilo, elegante e não-mundano, gentil com as crianças e extremamente educado. Mas aqueles que mantiveram sua prodigiosa produção de livros - ele escreveu mais de um por ano, depois de um bom passo na década de 1880 - sabiam que a maneira branda ocultava a ambição incandescente. O professor gentil gostava de pensar em si mesmo como um animal feroz em fúria, um terrorista intelectual que iria "dividir a história em duas metades". Sua missão: destruir os últimos vestígios do cristianismo por meio de uma "filosofia do futuro" de espírito livre - uma admirável nova filosofia pagã anunciando um admirável mundo pagão. ‘Eu não sou homem’, disse ele: Eu sou dinamite." (2) e “Um dos livros em que Nietzsche depositou suas esperanças foi Crepúsculo dos Ídolos - um manifesto imoral que apoiava o ‘instinto de vida’ em sua luta contra os preceitos morais sombrios. ‘Não existe um fato moral’, escreveu Nietzsche. ‘O sentimento moral tem isto em comum com o sentimento religioso: acredita em realidades que não existem.’ Mas ele pretendia fazer ondas ainda maiores com Assim Falou Zaratustra, uma rapsódia pseudo-bíblica sobre um pregador oriental messiânico que vagueia pela terra com uma águia e uma serpente, pregando a "morte de Deus". Deus morreu, segundo nos dizem, de um excesso de "piedade", e seu destino deveria ser um aviso para todos nós. Devemos ‘ter cuidado com a piedade’, diz Zaratustra, e nunca esquecer que nosso primeiro dever não é para os outros, mas para nós mesmos. Devemos também aprender a pensar no presente como o prelúdio de uma nova época alegre - uma era liberada não apenas pela morte de Deus, mas também pelo fim da humanidade como a conhecemos e sua transfiguração no ‘Übermensch’, em outras palavras, algo pós-humano, sobre-humano ou melhor que humano. E se acharmos esses oráculos desconcertantes ou repulsivos, isso não está neles, mas em nossos próprios preconceitos demasiadamente humanos: assim falou Zaratustra.”
O Humanismo deseja exercer um destino pela perspectiva do sentimento humano (Jeremias 17:9) a razão deve ser a autoridade que interpreta as circunstancias, isso nada mais é do que o desconstrucionismo, onde o homem torna-se o arbitro para decidir o significado das coisas. Diante de dilemas existenciais, ao ateísmo que tanto prevalece entre os humanistas, declaraçãos pessimistas ecoam nas vozes de seus profetas incrédulos, Jorge luzi Borges, por exemplo, declarava:  “Tudo termina com a morte” (3) Esses são aforismos típicos de homens que perderam a fé em Deus, que precisam recorrer desesperadamente a algo que possa preencher o tamanho vazio devastador causado na alma por causa da incredulidade, e então recorrem aos entulho das vãs filosofias para tentar dar sustento a uma vida vazia de sentidos, por causa do escoamento da esperança, precisam recorrer a auto-ilusão. Em “Assim Falou Zaratustra” Nietzsche escreveu “Mortos estão todos os deuses, agora queremos que viva o super-homem”  a declaração da morte de Deus ocorre mais  três vezes nesse livro, e retrata a triste realidade: O fim de toda esperança em Deus nessa vida, leva o incrédulo ao encontro de todo o desespero na eternidade

Em “assim Falou Zaratustra” Friedrich Nietzsche escreve por parábolas, o personagem principal do livro é asceta, um sábio eremita ou algo parecido, algo peculiar a religião de Zoroastro, é o livro escrito antes da sua “loucura”, o evangelho dos humanistas, o livro sagrado dos niilistas, do qual Nietzsche foi o principal porta voz e profeta, a idéia central de  “Assim Falou Zaratrusta” é sarcástica e moralmente trágica,   um dualismo entre o “bem” e  o “mal”, a intenção de Nietzsche é negar as religiões, principalmente a cristã, do qual ele tomou oposição ferrenha, há uma ataque contra as instituições cristãs e seus lideres, que ele considerava falidos, daí o a declaração que deixou o filosofo famoso “Deus está morto”. Há porém uma esperança, Nietzsche acredita no homem, acredita numa nova aurora moral, uma nova constituição do reino do “super-homem” a plenitude da razão após a conquista da conquista de si mesmo. Toda a idéia de Nietzsche é desconstrucionista, em ultima instancia, não é um modelo ideológico e filosófico puramente fatalista e pessimista, porque ele acredita que deve surgir uma nova era onde a razão humana pode alcançar o ápice do sentido existencialista, em no capitulo sete de “Crepúsculo dos Ídolos” Nietzsche declarou: “de que não existem absolutamente fatos morais” essa é uma declaração relativista, a chama do inferno que ilumina a lógica humanista. Assim como a palavra de Deus conduz o homem para a sensatez, a chama do relativismo humanista secular conduziu seu principal profeta para a escuridão da loucura e lança a sociedade para a ruína total. A filosofia Nietzschitiniana é a o homem conquistando a superação de todas as suas dificuldades, a humanidade conquistaria os patamares mais elevados mediante o esforço em superar-se a si mesmo.
É evidente que o humanismo projeta uma sociedade antropocêntrica emergente, a glória da criatura é a suma do sentimento anticristão. É uma tragédia espiritual tirar a esperança do evangelho para colocar em homens falíveis declaradamente mentirosos (Romanos 3:4) por isso associados com o diabo que é o pai da mentira (João 8:44) que engana todo mundo (Apocalipse 12:9) e prende a vontade dos homens (II Timóteo 2:26) Essa tendência de rebelar-se contra Deus é natural a sociedade adâmica, a essência das inclinações do diabo e seus associados é levantar-se contra tudo o que se chama Deus, para erguer uma oposição”AntiDeus” é necessário que se exclua qualquer tipo de tolerância para competir com outra divindade. Assim, a mensagem da cruz precisa ser substituída pela mensagem humanista, negar um Salvador Divino é antes de tudo uma necessidade para idolatrar a si mesmo como próprio salvador. Assim, a tendência dessa geração perversa e corrompida (Filipenses 2:15)  é feita de homens corruptos de entendimento (I Timóteo 6:5 e II Timóteo 3:8) tais são servos da corrupção (II Pedro 2:19) pecadores condenados e entenebrecidos de entendimento (Efésios 4:18) vivendo debaixo do domínio de Satanás (Efésios 2:1 e 2)

Notas
Citado em  “O Pensamento Vivo de Jorge Luiz Borges” Martin Claret Pagina 73

Bibliografia
The Humanist Manifesto 2000. Fundamental Evangelistic association

Assim Falou Zaratustra. Friederich Nietzsche. Melhoramentos

O Crepusculo dos Idolos Friederich Nietzsche Melhoramentos

Christianity on Trial. Colin Chapman. A Lion International Paperback




Autor : Clavio J. Jacinto


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