NÃO SOFRA MAIS?

 

NÃO SOFRA MAIS?

A perspectiva cristã do sofrimento

O evangelho é uma mensagem de otimismo futuro, de uma glória vindoura que nos remete a viver a vida presente com uma expectativa muitas vezes angustiante para que cresça mais e mais o desejo do retorno de Cristo e da entrada triunfante ao mundo vindouro.

 

Motivados por uma ênfase niilista e uma visão egoísta da vida, muitos projetaram o slogan evangelístico “não sofra mais”.          Acontece que o sofrimento é parte intrínseca da condição humana, e isso inclui os regenerados, quando o assunto é a passagem sobre a vida terrena.

Quando Jesus prometeu a descida de um poder espiritual no dia  de pentecostes (Atos 1:8) os pregadores esquecem de mencionar que esse poder era para capacitar os cristãos a se tornarem mártires! Em Atos, Cristo afirmou que o poder para serem testemunhas, era um poder do martírio (testemunhas no grego é “martus” de onde vem a palavra mártir)

Jesus falou acerca do sofrimento, disse aos seus discipulos “No mundo tereis aflições” (João 16:33) Num termo geral, mesmo ao homem regenerado que ainda carrega um corpo mortal e tem de lidar com o velho homem, o pecado é um tributo que todo o homem da terra para viver em um mundo de pecado. Por esse motivo, ainda que vivendo sob a luz da glória do evangelho, é fato que entramos no reino de Deus por meio de muitas tribulações (Atos 14:22) Em todo o novo testamento encontramos exortações constantes, a sermos vigilantes, sóbrios,negar-se a si mesmo, sofrer o resto das aflições de Cristo (Veja Filipenses 1:27 e 30)

Cristo não chama um homem para uma festa no mundo, em meio aos espinhos da vida Ele nos concede o poder espiritual da frutificação. A luz do mundo num conceito figurativo do contexto cultural neotestamentario é algo que produz a luz se desgastando e sofrendo a perda de coisas materiais e temporais; uma lâmpada de azeite.

Somos chamados a seguir a Cristo, tomando uma cruz (Mateus 16:24) sofrer perseguições por causa da justiça (Mateus 5:10) sofrer por causa de Cristo (Mateus 5:10) por  fidelidade ao Evangelho (Romanos 8:36) sofrer por tornar-se santo (II Timóteo 3:12) Sofrer as aflições do combate na militância cristã (II Timóteo 1:8, 2:3, 2:21  e  4:5)

O sofrimento cristão é um polimento, um processo, faz parte da vida espiritual, do crescimento e da maturidade (Leia Romanos 8:18 Filipenses 3:20 e 21 II Coríntios 4:16 e 17 I Pedro 4:12 e 13 e Romanos 8:35)

Por certo podemos declarar como Jó:

“Porém Ele sabe o meu caminho, provando-me Ele, sairei como o ouro” (Jó 23:10)

 

 

C. J. JACINTO