Em seu magnífico livro “Admirável Mundo Novo” Aldous Huxley apresentou uma distopia futurística ambientado num futuro onde a sociedade é controlada pelo estado. Um lugar sombrio onde as pessoas são condicionadas e classificadas em castas (Alfa a Ipsilon) O interessante nessa sociedade distópica é que os seres humanos alcançavam a felicidade, a satisfação pessoal e a paz através do consumo de uma droga chamada “soma” que eliminava todo o tipo de tristezas e concedia a possibilidade de um condicionamento social.
O uso de drogas, e em particular, a maconha, traz consigo essa inclinação humana a buscar paliativos e viver sob o efeito de algo que possa trazer prazeres e alegrias em um mundo marcado por turbulências, sofrimentos e conflitos emocionais extremos. Mas essa é apenas uma das armadilhas falsas que as drogas oferecem, uma felicidade falsa, injetando no homem uma paz falsa, felicidade falsa, “zumbificando” a consciência e impondo ao homem um pesado custo de servidão avassaladora.
A origem de drogas como a maconha, tem uma associação direta com o ocultismo e com doutrina de demônios, o uso antigo de poções e “plantas sagradas” tinham uma conexão direta com o mundo dos espíritos caídos, na antiguidade, entre xamãs e ainda hoje é usada em lugares como o Tibet e na África como um meio de transcendência espiritual e contato com espíritos (demoníacos)
Abaixo, uma narrativa sobre uma religião vinculada ao uso de maconha para alcançar a expansão da consciência e a indução de experiências espirituais ocultistas:
“O Rastafaria foi desenvolvido pela primeira vez na África durante a década de 1930, após a coroação de Haile Selassie I na Etiópia. Os seguidores passaram a vê-lo como um Deus, e acredita-se que ele retornará novamente um dia para trazer aqueles que foram explorados durante o tráfico de escravos de volta à sua terra natal na África. Enquanto as crenças tradicionais incluíam ideias de superioridade dos negros sobre os brancos, e a ideia de que os negros um dia governariam o mundo, as crenças modernas incluem o respeito pela natureza, a supremacia da vida e o poder da fala.O uso de maconha tem sido vinculado à prática, e é na verdade chamada de “erva sagrada” ou “erva da sabedoria”. Hoje, uma ampla gama de pessoas diversas em todo o mundo usa a droga por razões espirituais e como uma maneira de experimentar relaxamento e proximidade com outros que participam de seu uso. Ela é usada antes de qualquer cerimônia importante e também usada às vezes antes da meditação para encorajar imagens pacíficas na mente “(1).
Pesquisas acadêmicas mostram que de fato, o uso da maconha induz usuários intoxicados a experimentarem níveis de êxtases que induzem a experiencias místicas e espirituais:
“C. T Tart Investigou o estado alterado de intoxicação por maconha. Um estudo de questionário de 150 usuários experientes de maconha descobriu que 76% acreditavam em PES, com relatos frequentes de experiências enquanto intoxicados que foram interpretadas como psíquicas. 69% relataram que experimentaram telepatia enquanto intoxicados, 32% relataram precognição e 13% relataram psicocinese. 50% experimentaram ver auras ao redor de pessoas e 44% relataram experiências fora do corpo. Essas descobertas sugerem que a maconha, usada sob as condições psicológicas adequadas, pode facilitar a manifestação de psi. A importância da paranormalidade ostensiva de várias experiências associadas à intoxicação por maconha em sistemas de crenças é discutida, independentemente de tais experiências serem realmente paranormais.” (2)
Portanto não é admirável que a associação das drogas com a feitiçaria e o ocultismo seja reconhecida por pesquisadores sérios, mas que de certa forma é ignorado por aqueles que defendem a liberação e o uso de maconha e outros tipos de drogas com fins medicinais e recreativos:
“Acredita-se que os enteógenos expandem a mente e revelam verdades ocultas sobre o universo, bem como sobre si mesmo. Enquanto enteógenos como LSD, cogumelos, ayahuasca, peiote, MDMA e similares são tão duradouros e fortes que exigem um compromisso de tempo enquanto você vivencia sua "viagem", a cannabis é um enteógeno que altera a consciência de maneiras muito mais sutis. Isso significa que, embora seus efeitos possam definitivamente ser usados e direcionados para o trabalho espiritual, ele pode ser usado diariamente, se desejado, sem efeitos nocivos e sem a necessidade obrigatória de um guia ou xamã” (3)
A legalização do consumo de drogas oferece um perigo real, essa tendência atual de legalização, tendo representantes políticos aparelhados a ideologias de esquerda como defensores radicais desse direito, apenas seguem as diretrizes de uma distopia falsa, anticristã, induzindo pessoas a desgraça e ao engano, principalmente no âmbito espiritual, pois as implicações demoníacas são claras e tem o apoio da Palavra de Deus como esclareço no final deste artigo
Antes, quero deixar aqui a advertência retirada de um artigo escrito pelo Christian Institute Research (Instituto Cristão de Pesquisas) sobre a polemica da legalização de entorpecentes, repito, uma tendência debatida e defendia em nossos dias:
“Houve um grande esforço para legalizar o uso da maconha medicinal. Embora tenha sido eficaz no tratamento de algumas doenças, a progressão da maconha medicinal também aumentou muito o acesso e a aceitação social desta droga. Não acredito que os benefícios médicos de fumar maconha superem o risco por pelo menos quatro razões. A primeira razão é o impacto que a aceitação da maconha medicinal tem em nossa cultura. A maconha medicinal tem efeitos sociais negativos porque aumenta muito o número de indivíduos que usam a droga. Segundo, a proibição bíblica contra a intoxicação se aplica a quase todos que fumam maconha. Terceiro, embora os perigos para a saúde física tenham sido exagerados no passado, há perigos físicos e psicológicos envolvidos em fumar maconha. Por último, e mais importante, há perigos espirituais em fumar maconha. A maconha é usada para melhorar nossa experiência terrena para nos sentirmos iluminados, explorando nossa energia interior e nos sentirmos um com o universo. Isso é consistente com os objetivos do pensamento religioso oriental e é antitético à mensagem de Jesus Cristo. Encontramos maior significado e paz não por meio da introdução de uma substância química psicoativa em nossos cérebros, mas por meio da pessoa e da obra de nosso Salvador.”
A bíblia condena o uso da maconha e outros psicoativos que induzem aos estados alterados de consciência, viagens astrais, experiências místicas, contatos com seres espirituais do mundo demoníaco, idolatria e chama isso de feitiçaria.
As drogas, na antiguidade e em muitos cultos “new age” e religiões xamanicas, estão associadas a idolatria e a culto aos demônios. Essa é a tendência, a inclinação do homem natural, o que Paulo chama de satisfazer as concupiscências da carne (Gálatas 5:16) ser escravo dos demônios. Falando acerca das obras da carne (As inclinações do homem dominado pelo efeito da queda e do pecado) Paulo em Gálatas 5:20 fala acerca da feitiçaria como um produto do homem adâmico, que não foi regenerado e que está sob o efeito da queda. Quando olhamos o grego, a palavra traduzida por feitiçaria é o substantivo feminino “pharmakeia” no contexto do Novo Testamento está relacionada diretamente ao uso de poções mágicas, beberagens e consumo de drogas que induziam os praticantes de religiões pagãs ao contato com suas divindades, e isso era chamado de feitiçaria. As plantas “sagradas” que tem princípios psicoativos eram consumidos com o intuito de levar alguém aos estados alterados de consciência justamente para possibilitar o contato com entidade espirituais, o que se deduz que serviam como abertura para o mundo espiritual e a possibilidade de contato com seres espirituais (demônios) como Paulo esclarece em I Coríntios 10:20) Pharmakeia está associada a babilônia abominável do livro de Apocalipse (Apocalipse 9:21 e 19:21) um sistema satânico, de culto aos demônios, e essa babilônia maldita intoxica os povos com a sua “pharmakeia” suas drogas possantes que abre os “portais” da consciência humana, para que os demônios possam se apossar e escravizar os homens ímpios.
Fontes Consultadas
(1) https://www.cultursmag.com/part-i-drugs-as-a-spiritual-tool-marijuana/
(2) https://psycnet.apa.org/record/1993-41754-001
(3) . https://cannacon.org/cannabis-and-spirituality/
(4) https://www.equip.org/articles/medical-marijuana-miracle-drug-spiritual-poison/
AUTOR:
C. J. Jacinto
0 comentários:
Postar um comentário