ONU: Uma Perspectiva Cristã Conservadora

0 comentários


 



 

 

A ONU tem sido há décadas um dos arautos mundiais, representado sobretudo da "Nova Espiritualidade" e de um globalismo unificador com base nos princípios ocultistas da Nova Era. Sete anos após o nascimento da ONU, um livro foi publicado pela teosofista e fundadora do LUCIS TRUST, a teosofista Alice Bailey, abordando o questão do "planejamento" para formular um governo mundial. (1)

 A plataforma da ONU erguida sobre um propósito de promover a ‘paz” entre as nações, tem sido controversa desde o principio, saindo do campo político e submergindo no espiritualismo ocultista, como exemplo dessa tendência citamos Robert Mueller, discípulo da teósofa Alice Bailey, é o criador do modelo educacional da ONU, hoje copiado em todo o mundo. (2) Outro exemplo clássico e evidente é a existência de uma sala de meditação voltada para a cultura espiritualista teosófica/pagã/nem age, com certeza  um reflexo da religião de síntese do futuro, pautada num universalismo relativo e inclusivo e ao mesmo tempo intolerante a toda a forma de exclusivismo. (3) Bailey que foi uma especie de profeta da Nova Era e do despertamento ocultista que dominou as ultima decadas em todo o mundo e se infiltrou já desde muito tempo na ONU estabelece o proprosito:

“Hoje, a visão que está na mente dos homens, é a da Era de Aquário, embora não se deem conta. O futuro verá corretas relações, a verdadeira comunhão, a partilha de todas as coisas (vinho, sangue, vida e pão, satisfação econômica) e conhecerá a boa vontade; temos assim um quadro do futuro da humanidade quando todas as nações estarão unidas em completo entendimento e a diversidade de línguas – simbolizando as diferentes tradições, culturas, civilizações e pontos de vista – não será barreira alguma para as corretas relações humanas. No centro de cada um destes quadros se encontra o Cristo. Deste modo, finalmente se realizarão os expressos objetivos e empenhos da Organização das Nações Unidas e uma nova igreja de Deus, extraída de todas as religiões e de todos os grupos espirituais, dará fim à grande heresia da separatividade. O amor, a unidade e o Cristo Ressuscitado estarão presentes e Ele demonstrará para nós a vida perfeita (4)

Essa tendência claramente messiânica e espiritualista da ONU me faz lembrar do Livro de Apocalipse onde está escrito que as nações do mundo inteiro serão seduzidas por um sistema político/ocultista/feticihista (5)

Debaixo dessa agenda de serem arautos da paz e da segurança, quando na verdade apenas demonstraram fracasso após fracasso, apenas conseguiram manifestar um extremo anti-semitismo e uma inclinação quase idolatra a ditadores brutais, a voz que proclama “Paz e segurança” para as nações ímpias, nada mais é do que um eco profético que expõe o fim dos tempos e a grande enganação (6)

Em seu excelente livro, United Nations and New Age, David Cloud adverte: “As nações Unidas são um foco de misticismo anticristão e da Nova Era. Com as suas ambições mundiais, filosofia humanista, anti-semitismo e ambições sincréticas, é uma instituição que está involuntariamente a fazer preparativos para a vinda do anticristo. É uma torre de Babel do fim dos tempos”

 Um governo mundial único, essa é uma das aspirações da ONU, seus diretores em diversas épocas eram místicos, gnósticos, ocultistas e tudo isso apenas deflagra o caráter espiritual da ONU. Um tentáculo diabólico que endossa a agenda do anticristianismo e do anti-semitismo.

Não é admirável que tantos místicos orientais, espiritualistas e ocultistas tem dado proeminência aos anseios da Instituição globalista? O famoso Guru Hinduista Sri Chinmoy fez declarações exaltando a missão universalista e inclusiva da ONU, o que ele desejava era proclamar ao mundo que a esperança de um mundo de paz e “igualdade” era a ONU.  (7)  Notavelmente em 1975 Idi Amin, naquela época presidente da Uganda, discursou na Assembléia da ONU sobre a expulsão do Estado de Israel da ONU e a extinção de Israel como estado, o que numa linguagem política anti-semita significa destruição dos judeus. (8) a reação dos presentes foi de aplausos...

O drama sinistro por trás desse processo de querer parecer o representante global da esperança mundial é um discurso épico de pura hipocrisia e representa um perigo para os cristãos e judeus. Guilherme Fiuza adverte: “A configuração da Organização das Nações Unidas no avançar do século 21 foi passando a não representar união democrática alguma. Basta ver a escalada da ofensiva chinesa sobre o Ocidente. Como pode um regime ditatorial indevassável ás aferições de liberdade ascender ao status de parceiro leal das nações que se dizem democráticas?” (9)

 As sombras sinistras do governo do anticristo nunca foram dissipadas do horizonte do mundo, e mais do que nunca, parecem formar uma nuvem tempestuosa e avassaladora sobre nosso planeta moribundo, é verdade que a maioria dos cristãos estão dormindo sobre brasas, brincando de faz de conta que tudo vai bem, dançando a musica religiosa encima de um campo minado. Poucos percebem o perigo que se  espreita...

 

Referencias:

 

(1)    Alice B. Bailey, de Discipleship in the New Age - vol. II, p. 35.

(2)   https://x.com/OdeCarvalho/status/886751357180538880

(3)   https://culturadefato.com.br/a-sala-de-meditacao-paga-da-onu-runas-altares-e-misterio-satanico/

(4)   https://www.nucleoaquarianobrasil.org/images/nab/obra-do-mestre-dk/livros/O-Destino-das-Nacoes.pdf

(5)   Apocalipse 18:23

(6)   I Tessalonicenses 5:3

(7)   Extraido de United Nations and tge New Age David Cloud

(8)   Idem

(9)   Passaporte 2030 Guilherme Fiuzza Avis Rara Editora pagina 134

 

 

Autor: C. J. Jacinto

claviojj@gmailcom

 

 


PSÍQUICO OU ESPIRITUAL?

0 comentários

 



 

Em Gênesis 1:3 o Espírito Santo se movia sobre a face das águas. O movimento da vida de Deus é correlato á ordem. O Espírito não projeta o caos, não é de Sua natureza promover a desordem, pois a desordem está associada a anomalia e a anomalia à iniquidade.  A ordem dinâmica de Deus e a criação perfeita ocorre após o mover do Espírito.

Em Jó 1:19 um vento destrutivo aparece e derruba as paredes da casa onde os filhos de Jó estavam reunidos, essa destruição causou a morte dos filhos do antigo patriarca. Temos aqui o modelo de um vento de destruição. O espírito de Deus não procede assim.

Em Atos 2 o Espírito Santo veio como um vento impetuoso, Sua ação foi interagir de modo a organizar o que o pecado de Babel provocou, a confusão das línguas! No pentecostes, não houve confusão, embora os incrédulos tentassem provocar isso, no pentecostes houve a restauração da mensagem da misericórdia de Deus, consumada no intimo amor de Deus: A mensagem do Evangelho, a mensagem da cruz.

Em João 5:1 a 3 um anjo vinha mover as águas do tanque de Betesda, como um vento que move a face das águas, para dar restauração.

Em Atos 1:31 o mover de Deus vem pela oração e durante todo o período histórico do livro de Atos, pela pregação da Palavra de Deus, a palavra inspirada pelo fôlego divino, é a vida espiritual autentica (Que procede de Deus)  que torna a Palavra de Deus viva e  eficaz. Um poder espiritual que se manifesta sem causar desordem, não induz ao caos. É uma ação do Espírito Santo, impor a ordem e reconstruir o caos. Assim a Palavra de Deus pregada e a oração são condições necessárias para a presença e o poder de Deus.

A intenção do Espírito Santo, a terceira Pessoa Divina do Deus único, é a ordem, Ele restaura, Seu mover e Sua ação é inserir no ambiente a ordem e a santidade, o temor e a reverencia.

Sem essas características, ainda que um ambiente esteja carregado de emoções religiosas e extáticas, ainda que alguém possa experimentar uma transcendência, ela não pode proceder do Espírito Santo, de fato essas coisas podem ocorrer pela emergência dos poderes psíquicos.  Todo o trabalho do Espírito Santo é fazer com que a imagem do homem caído e espiritualmente destruído seja restaurada, para que ele, através da regeneração, tenha a partir de sua essência mais intima á imagem de Cristo.

C. J. Jacinto

Escotismo (Heresias Erigenistas)

0 comentários

 





 

 

O escotismo é um sistema filosófico e teológico que segue a tradição de John Duns Scotus. Scotus foi um estudioso da ordem franciscana e viveu aproximadamente de 1266 a 1308. Ele foi um proeminente filósofo escolástico e é um Doutor da Igreja Católica. Ele é chamado de "Doutor Sutil" por seu método acadêmico refinado. Os escritos de Scotus são volumosos e abrangem muitos assuntos diferentes. Este artigo considerará brevemente algumas das principais doutrinas teológicas que ele desenvolveu (ou contribuiu) através das lentes do cristianismo evangélico, sustentado por uma abordagem filosófica tomista .

Talvez o maior impacto teológico de Scotus pertença à doutrina católica da 
Imaculada Conceição . Esta posição sustenta que Maria, a mãe de Jesus (tocando Sua natureza humana), foi concebida sem pecado. Scotus argumentou que Maria precisava de redenção como todos os outros seres humanos, mas através dos méritos da crucificação de Jesus dados antecipadamente, ela foi concebida sem a mancha do pecado original. A Igreja Católica declarou essa doutrina como dogma em 1854, com uma forte inclinação na obra de Scotus.

Para tirar essa conclusão, Scotus se aventura além de qualquer dedução teológica razoável. Primeiro, a Bíblia ensina claramente que somente Jesus Cristo é sem pecado ( 
1 Pedro 2:22 ; 1 João 3:5 ). Assim, a Imaculada Conceição não tem base nas Escrituras. Um segundo enigma também se desenvolve a partir dessa doutrina e raciocínio. Se Maria poderia ser (essencialmente) concebida sobrenaturalmente sem uma natureza pecaminosa, então por que não Jesus? Para evitar manchar Jesus com pecado, Maria tinha que ser sem pecado. Mas então não há nenhuma boa razão para pensar que a mãe de Maria não deveria ter o mesmo requisito, e assim por diante. Deve-se notar que a Igreja Católica tenta responder a essas perguntas, mas as muitas preocupações relevantes não foram suficientemente abordadas.



Scotus expôs as diferenças entre 
pecados mortais e veniais . Como a Imaculada Conceição, este é um ensinamento central da Igreja Católica. Pecados mortais são aqueles que separam o homem de Deus pela eternidade se não houver arrependimento. Pecados veniais são pecados menores que ferem o relacionamento entre Deus e o homem, mas não resultam em fissura permanente. Scotus acreditava que Adão podia pecar venialmente antes da Queda ( Gênesis 3 ). Essa diferenciação dentro do pecado não é apoiada biblicamente, nem há qualquer razão para pensar que Adão pecou antes que ele e Eva comessem o fruto proibido.

Scotus também acreditava que Cristo teria se encarnado mesmo se Adão não tivesse pecado. Ele é citado dizendo:

Pensar que Deus teria desistido de tal tarefa se Adão não tivesse pecado seria completamente irracional! Digo, portanto, que a queda não foi a causa da predestinação de Cristo e que se ninguém tivesse caído, nem o anjo nem o homem nesta hipótese Cristo ainda teriam sido predestinados da mesma forma. ( Fonte )

Esta é uma noção muito curiosa que não encontra nenhuma base discernível nas Escrituras. Parece que o oposto é o caso, dado o que o apóstolo Paulo escreve em 2 Coríntios 5:21 : "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado, para que fôssemos feitos justiça de Deus." O próprio Jesus Cristo diz: "O Filho do Homem veio para dar a sua vida em resgate por muitos ( Mateus 20:28 ; Marcos 10:45 ).



Sublinhando as questões acima mencionadas com as principais conclusões teológicas de Scotus está o compromisso evangélico com a 
Sola Scriptura . Esta doutrina, que significa "Somente a Escritura", é adotada da Reforma Protestante e sustenta que a Bíblia é a única autoridade para a fé e prática cristã. Quando o ensino da igreja não pode ser reconciliado com a Escritura, o ensino deve ser rejeitado. O próprio Jesus condenou os fariseus por tornarem a palavra de Deus nula em favor das tradições do homem ( Mateus 15:1-9 ). No entanto, algumas das doutrinas de Scotus vão além da questão do fundacionalismo bíblico e chegam perigosamente perto de impugnar a natureza de Deus.



Scotus pensava que o homem pode produzir esse simpliciter . Isso significa que o homem pode produzir o ser por geração. Como ele negou uma distinção entre essência ("o que" algo é) e existência ("aquele" algo é), Scotus sustentou que o homem pode produzir o ser da mesma forma que Deus. Mas a criação do ser só pode pertencer propriamente a Deus. Somente Deus é o próprio Ser e, portanto, somente Deus pode transmitir o ser. Aquilo que existe à parte de Deus recebe o ser de Deus a cada momento em que existe; nada existe à parte de Deus que o sustenta ( 
Atos 17:25-28 ; Hebreus 1:3 ). Algo não pode dar o que não tem. O homem não pode produzir esse simpliciter porque o homem não tem esse simpliciter .

Scotus acreditava ainda na predicação unívoca dos atributos divinos. Isso quer dizer que quando alguém diz "Deus é sábio" e "Salomão é sábio", o significado da palavra "sábio" é o mesmo em cada predicação. Scotus defende sua doutrina da univocidade apelando para sua noção frequentemente usada do infinito. Assim, Deus é sábio e Salomão é sábio no mesmo sentido, mas o grau de perfeição difere.



A doutrina da univocidade é muito difícil de aceitar, porque Deus não é o mesmo tipo de ser que Salomão. Deus não é um ser, mas o próprio Ser . Também é estranho dizer que a bondade de Deus difere apenas em grau da bondade do homem. Um homem pode ser bom na medida em que atinge o fim apropriado ( telos ) de sua natureza, mas Deus é Seu próprio fim e não se pode dizer que Ele "tem" bondade,ao contrário, Ele simplesmente ébondade em si. Assim, uma comparação de bondade por grau, mesmo invocando o infinito, não faz justiça adequada à bondade, sabedoria, nem a qualquer outro atributo divino. Ao falar sobre Deus, parece que a única maneira de fazê-lo adequadamente é por linguagem analógica (por exemplo, em parte o mesmo, em parte diferente). Além disso, a Bíblia parece implicar a coerência da linguagem analógica, por exemplo em 
Isaías 55:8-9 .



John Duns Scotus foi um pensador original e contribuiu muito para o pensamento ocidental. Ele é digno de estudo porque fez contribuições interessantes para questões significativas na filosofia e na teologia cristã. Embora os cristãos evangélicos considerem muitas de suas conclusões questionáveis, o trabalho de Scotus fornece um meio excelente para mergulhar em questões importantes sobre a doutrina e a prática da igreja.

 

Fonte: https://www.blogos.org/churchhistory/scotism.php