Jesus ensinou que o maior dos mandamentos é “amar ao Senhor
teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma e de todo o teu pensamento”
Lemos essa declaração em Mateus 22:37. Esse princípio espiritual vai além de
uma vida de sentimentos superficiais, pois atinge o centro do nosso ser, a essência
da existência do homem criado a imagem e semelhança de Deus é amá-lo, a
totalidade da expressão do amor é que determina a plenitude da vida espiritual.
Nossa existência terrena deve ser sinalizada por esse sentimento de amor cuja características
devem ser de proporções enormes, ou melhor, não deve haver limites para se amar
a Deus.
Jesus tomou a ordem de Deuteronômio 6:5. A declaração é o ápice
da vida cristã, amar a Deus constitui a ação mais elevada do homem e deve
ocupar sempre a atitude fundamental do homem transformado pelo evangelho.
Devemos ter essa verdade em mente, o remanescente fiel terá a
marca distintiva de um amor enorme pelo Senhor e pela Sua Palavra. Aqui vale a
pena ressaltar que deve ser a doutrina central da igreja local e bíblica, deve
ser o estandarte e o selo devocional de cada redimido. Aqui está a ênfase, o
centro do labor da pregação e a estrutura doutrinaria na proclamação da igreja
Fiel: Amar o Senhor de todo coração alma e pensamento. Eis o grande e o maior
de todos os mandamentos. Os judeus podiam ter uma relação direta com os
escritos de Moisés, aliás tinham uma relação muito estreita com a lei, mas não
tinham com o Deus que se fez carne. Havia um zelo sem entendimento, não havia a
relação de paternidade divina, não havia uma aceitação do Messias como Verbo
que se fez carne, não podiam expressar amor verdadeiro por Deus, pois não
reconheceram a Cristo como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Assim a teologia morta vela pela dureza
de coração frio, todo o legalismo exteriorizado é desproporcional á ênfase em um
assunto fora do mandamento supremo: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração, alma e pensamento. O amor nos leva a ação desde o interior, é o poder
central no coração que se manifesta em atos de afeições e atitudes para com
Deus de forma vertical e ao próximo na sua forma horizontal. Em seu livro “Afeições
Espirituais” Jonathan Edwards afirmou: “A religião verdadeira é de natureza
pratica, e Deus constituiu a natureza humana de modo que as afeições sejam a
mola mestra das ações dos homens, isso também mostra que a religião verdadeira
tem de consistir em grande medida nas afeições”. O cristianismo verdadeiro e
espiritual tem esse caráter central, o amor profundo por Deus de todo o
coração, alma e pensamento. Este deve ser o assunto central do púlpito, a
teologia central da igreja bíblica e dos redimidos é uma resposta reação ao
amor de Deus que se manifestou ao dar Cristo para morrer pelos nossos pecados.
Assim, amar a Deus é antes de tudo o núcleo de toda a realidade teológica. Sem
um amor verdadeiro por Deus não pode existir verdadeira pregação e verdadeiro
evangelismo, nem verdadeira devoção e muito menos verdadeiro amor ao próximo.
Uma religião sem esses aspectos funcionais é outro evangelho.
O cerne da teologia de Mateus 22:37 e 38 é amar a Deus acima
de todas as coisas, ou seja o Eterno acima do temporário, o Criador acima de
toda as criaturas, O mais Precioso na sua qualidade exata de pureza e riqueza
ao invés das coisas que se corrompem. Amar a Deus de todo o coração alma e
pensamento é colocar nossos sentimentos mais elevados e preciosos na Eternidade
onde Deus está e no Deus de toda a Eternidade. Eis um absoluto que jamais devemos
abrir mão. Ame ao Senhor, declare não somente a doutrina, mas o sentimento faça
isso diante de todos os homens, em qualquer hora e lugar, estando sozinho ou na
multidão, seja um adorador constante, declare que você ama a Deus e ao Seu
Cristo ressurreto e glorioso.
Nosso sumo bem é Deus, Ele é o nosso tudo, em Colossenses 2:3
Paulo fala que no Senhor encontramos as fontes da sabedoria e conhecimento que
são as colunas da verdadeira riqueza (Provérbios 16:16). Concordo com Peter
Kreeft quando afirma: “somente desejar a Deus é melhor do que possuir o mundo
inteiro. Essa ausência é melhor do que todas as presenças; esse desejo é melhor
do que qualquer satisfação” Que o amor á Deus de todo o coração, alma e
pensamento seja a nossa realidade espiritual pratica e permanente. Amém.
Clavio J. Jacinto
Comunhão Biblica Bereiana
Paulo Lopes SC
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