Eu sempre fui fascinado
por literatura diatópica, quando era novo convertido, a implicação moral vigente
era que literatura cultural não era viável na biblioteca de um cristão. Esse
foi um tabu que quebrei por experiência própria, porque comecei ler alguns
livros que me proporcionasse um pensamento mais abrangente sobre apologética cristã
no que tange toda a cosmovisão não cristã, eu precisava descobrir o que os incrédulos
pensavam a cerca da crença deles e da minha. Isso teria como um princípio a
regra de ouro:
“É preciso tomar a luz
do evangelho e ir até onde a escuridão da incredulidade, da filosofia humanista
e da cultura em geral, para avaliar sob a glória da obra da cruz de Cristo e do
ensino das Escrituras, o que de fato há de errado e perigoso nesses recônditos da
humanidade caída”
Isso era o que tinha
como apreço ao seguir em frente e ler as obras de Albert Camus. Aliás, um bom
começo para entrar na era secular para avaliar essas revoluções de idéias, era
ter uma familiaridade com o pensamento de Francis Schaeffer, que realmente nos
fornece meios bíblicos para uma teologia de firmeza e amparo na caminhada de
pesquisas nesse assunto. Afinal de contas, as obras Nietzsche estavam logo ali.
Assim outro princípio seria colocado em prática, logo pensei:
“É preciso seguir o
pensamento de alguém que já andou pela escuridão do mundo adâmico com a luz do
evangelho, trazendo de lá a experiência magnífica do quanto à fé cristã é
superior a qualquer cosmovisão mundana”
O cristão de hoje está
em apuros, segue a doutrinação anticristã sob um fino revestimento de
cristianismo, é o “anti” sob a mascara de uma aparência ilusória. Há um
problema sério no cristão moderno, ele se adéqua muito bem como massa de
manobra midiática como qualquer outro homem mundano. Ou seja, temos poucas
cabeças pensantes, que realmente conheceram a verdade que liberta. Vivemos em
tempo de controle total, cada vez mais e sob circunstâncias que anestesiam a consciência,
de modo a tornar-se cada vez menos perigoso o jogo da troca da liberdade pela
segurança, e grande parte dos cristãos está disposto a negociar a sua liberdade
em situações sociais emergenciais.
Vem-me a tona outro
pensamento, eu preciso me deter nessa questão de controle total, porque isso
está acontecendo hoje, é uma experiência de vida social pós-moderna. Estamos
cercados por muros invisíveis, a sociedade está infectada por ideologias não
convencionais, são idéias implantadas num plano oculto, cripto-ações, talvez
seja um termo correto para descrever uma intenção ideológica escondida por trás
de uma ação que parece transparente. Geralmente o sistema midiático tem
trabalhado assim. Nós cristãos abertos a esse sistema, não temos feito nenhuma
oposição a isso, temos aceitado o condicionamento que esse sistema impõe. Via
de regra, negociamos a nossa segurança em troca da nossa liberdade, a igreja
ocidental em curto prazo, irá pagar por essa prostituição espiritual! eis meu
pensamento:
“Qualquer cristão que
deseje sobreviver a onda anti cristã que surge no cenário anticristão pós-moderno
e pré-tribulacional (Um conceito aqui que define a crise mundial necessária para
a entrada para a grande tribulação) precisam manter comunhão permanente com
Cristo da forma mais radical possível e compartilhar uma comunhão mais intensa
com cristãos que tenham o mesmo discernimento espiritual”
Muito bem, então volto
a falar sobre o sistema midiático, porque mais do que nunca, é preciso que o espírito
do erro domine a mente do homem, é preciso que haja uma invasão da privacidade
do pensamento seguido do controle de todos os fluxos da personalidade de um indivíduo,
para que em seguida possa ter possibilidade de uma manipulação e um controle
total de uma pessoal e seguir um processo de controle coletivo. A parte mais dramática
desse cenário, é que no final das contas, a conveniência pela segurança pessoal
será um fator, um divisor de águas, os homens irão trair-se uns aos outros, a
fim de manter o “Status Quo” desse sistema invisivelmente fechado, de controle
total. Onde fica o cristão no meio de
uma sociedade debaixo desse totalitarismo tecnocrata e ideológico? Quem está
preparado para isso? percebem os líderes cristãos essas tendências malignas que
emergiram desde as ultimas décadas e que pelo sistema midiático vem ganhando
terreno numa velocidade muita alta, abreviando toda e qualquer perspectiva de
um futuro de controle total, traduzindo todas perspectivas como uma iminência obvia?
Ah! Aqui estou eu
pensando nessas coisas, é difícil, porque quase ninguém compartilha disso,
nesse mundo em que estou inserido, a minha linguagem não é eclesiástica, ela é
realista, mas quem de fato se importa com a realidade? Eu apenas meneio a
cabeça, me afastando da mídia. Já faz alguns anos que abandonei praticamente a
televisão, e quando faço uso de qualquer meio de comunicação, tento ser o mais
seletivo possível. Tento manter-se fora dos vínculos da manipulação social, mas
não é fácil pensar independente, quando a coletividade torna-se um grande cérebro
sob o controle de uma grande força de manipulação mundial. Alguns poucos
cristãos ainda percebem o que alguns já alguns argutos pensadores perceberam
sobre as tendências de um mundo que jaz no maligno, para finalizar essa
conversa que parece ser comigo mesmo, mas que o dileto (e raro leitor de meus
artigos poesias e crônicas) que leu essas minhas declarações, possa repetir
comigo, até que o fato seja bem perceptível na consciência, e apresento pra você
as declarações de certo Joseph Pulitzer (1847-1911) que aqui no momento em que
escrevo essas linhas, digo sem ter vergonha dessa declaração, não me lembro de
quem se trata. Embora já tenha ouvido falar sobre ele,:
“com o tempo, uma
imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil
como ela mesma”
Quantos cristãos estão
debaixo dessa influência midiática?
Quase todos
infelizmente, mas acredito num despertar. Porque Cristo, nosso divino Salvador
afirmou: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”
Clavio J. Jacinto
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