A historia bíblica narra
que é possível crer em Deus, ter um bom zelo religioso, ser minoria, manter certo
estilo de vida devota, separação da política e do estado, manter o status de
uma visão teocrática da vida e ao mesmo tempo ser contra Cristo. E realmente
podemos perceber isso todas as vezes que
estudamos acerca do farisaísmo no Novo Testamento. Por esse fato ser algo que realmente
compromete a vida de muitas pessoas que se dizem “cristãs” a norma seguinte,
como contexto ao assunto é a condição espiritual dos cristãos sem Cristo de Laodicéia, é trágica a condição de uma assembléia em que Cristo não seja o centro,
pois está fora (Apocalipse 3: 20) Assim os fariseus ensinam muito e servem de
alerta para qualquer “conservador” que não é cristocentrico, mas apenas um
humanista egocêntrico enrustido sob a capa de uma falsa piedade. Estou
abordando algo que está baseado em forte experiência de convívio com esse tipo
de gente. Os Fariseus tinham tudo o que um conservador tem hoje, todos os
aparatos religiosos eram de primeira qualidade, acrescentado de uma enorme
quantidade de parafernálias supersticiosas para dar mais encanto e expressão a
religião exteriorizada. É por isso que você encontra mais farisaísmo onde
existe mais legalismo. Porque uma coisa produz outra. E os fariseus excediam a
muito a qualquer grupo da época de Cristo, era notável a postura e o zelo, o Dr
Ezequias Soares escreveu a respeito deles em seu Manual de Apologética: “Os fariseus,
do hebraico prushim, que significa ‘separados’, porque não concordavam com os
saduceus. Defendiam a separação do Estado da religião e achavam que o estado devia
ser regido pela Torá, a lei de Moisés. Eram provenientes principalmente da
classe média urbana, mas havia alguns camponeses. Representavam o povo, e
apesar de serem minoria na sociedade pré-cristã, exerciam fortes influências na
comunidade judaica. Eram membros do sinédrio e tornaram-se inimigos implacáveis
de Jesus. Os evangelhos estão repletos de provas do comportamento negativo dos
fariseus e de suas hipocrisias. Jesus os censurou severamente em Mateus 23.
Eles se caracterizaram de maneira marcante pela hipocrisia. A palavra fariseu tornou-se
sinônima de hipócrita e fingido, até os dias de hoje.” Ora sabemos que um
cristão conservador segue os passos de Cristo, eu tenho sido conservador
durante todos esses anos, sempre tentando livrar-se de todos os aspectos do farisaísmo
e de qualquer elemento destrutivo e não bíblico, que fere e contradiz qualquer
preceito bíblico no seu todo. Mas acredito que temos que tomar muito cuidado,
porque se perdemos o centro, vamos ficar gravitando em falsas aparências que
enganam a todos. Se perdermos o foco central da vida espiritual que é Cristo,
ficaremos fora da órbita do evangelho, estaremos longe do centro do Novo
Testamento que é o Salvador Bendito, Verbo que se fez carne o Filho de Deus. E ainda que se apresentem
todos os aparatos religiosos próprios de um religioso sofisticado, isso é puro
humanismo, pura religião dogmatizada sob a plataforma do ego, o que gera
orgulho, intolerância, fanatismo, extremismo e hipocrisia. Temos que sustentar em nossa própria
realidade espiritual tudo aquilo que desejamos achar na vida dos outros, e
parece que isso não é tão fácil. Quando movemos para o centro (Efésios 1:10)
nossa vida ganha foco e vida espiritual autêntica, seremos conservadores segundo
os padrões da igreja de Filadélfia, seres dependentes da graça de Deus, crendo
na obra consumada e perfeita de Cristo na cruz, vivendo no mundo sem ser do
mundo, sendo sal e luz, conversando a justiça do Reino de Deus, porém
expressando a imagem de Cristo (Romanos 8:29) e não deformando a imagem dele e
da fé cristã. O verdadeiro conservador faz isso, expressa a imagem de Cristo em
sua vida, e Deus é glorificado com essa expressão das coisas espirituais mais
sublimes.
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