Conflito de Vontades



Conflito de Vontades


A oração modelo do Senhor Jesus tem uma espinha dorsal, ela é a base da vida regenerada, a vida transformada pelo Espirito Santo através do novo nascimento tem um foco central “Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu” (Mateus 6;10) Em Jonas 1:1 a 4 temos uma chamada divina, mas a vontade divina entra em conflito ao chamado divino.  A lição de Jonas é “Sirvo a Deus do meu jeito”. Esse foi o meio pelo qual ele interpretou a ordem “levanta e vai a Nínive” ele foi a Tarsis. Há um conflito de vontades aqui, e Jonas apenas quer servir a Deus do seu jeito.  Assim, a intervenção corretiva de Deus lança Jonas em situações dramáticas. O Cristão deve discernir a vontade de Deus, e não tomar a direção oposta, nisso consiste o conflito dentro de nós. Veja a cena em Gênesis 39:7 a 10, Jose está em um conflito, ele precisa tomar uma decisão, e então corre do pecado, nesse caso foi a vontade do Senhor que prevaleceu na vida de José. Em Gênesis 22, Deis ordena que Abraão sacrifique Isaque, essa é uma grande escolha, entre o que Deus quer e o que o homem quer, então Abraão leva o seu filho para oferecê-lo em holocausto ao Senhor. Que grande conflito deve ter surgido no coração daquele pai, porém ele seguiu a ordem, contra a própria vontade, com certeza. Agora chegamos em I Samuel  11, Davi contempla uma mulher, ela é casada, seu marido está na guerra, e Davi não vence a sua vontade, seus instintos pecaminosos prevalecem e tomam as rédeas da sua vontade e ordena que Davi coabite com Betseba. Desastre moral, eis o que pode ser dito sobre tal coisa! Mas quando chegamos a Daniel 3:8 a 4 vimos como os três amigos de Daniel não se curvaram diante da estatua erguida no campo de Dura. Não importa os riscos, o forno da cremação estava aceso, as chamas estavam famintas, por isso a decisão estava moldada por um princípio: arriscar a própria vida para fazer a vontade de Deus ou a vontade própria para a segurança pessoal. A escolha dos três jovens foi fazer a vontade de Deus. Assim chegamos ao Novo Testamento, a  vida de João Batista em Mateus 14:1 a 12. Ele tem a frente uma escolha, defender o pecado por conveniência ou a vontade de Deus ao risco da própria vida.  Ao invés de olhar para a sua vontade, o Batista olhou para a vontade de Deus. Não há conflitos de vontade na vida de um homem santo. Ele sabe que perdoar é a ordem divina, sabe que orar estudar as Escrituras, ser justo, bondoso, piedoso, prudente, vigilante denota fazer a vontade de Deus. Mas o velho homem com seus instintos tem desejos santos, o que importa para o ego é  a própria vontade, nosso clamor porém é “Deleito-me em fazer a tua vontade” (Salmos 40:8)

Clavio J. Jacinto

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