A Distinção Entre Criador e Criatura





O livro de Gênesis atesta a criação como uma obra de Deus, não como expansão de sua própria pessoa. A questão em si é verdadeira, é uma criação distinta de seu Criador. É importante que isso seja uma verdade absoluta devido as tendencias atuais em divinizar a criação. Embora o Criador seja distinto da sua criação, ele porém mantem o sustento, o gereciamento total de todas as esferas implícitas nela, visiteis e invisíveis. Os dois lados da criação, o espiritual e o físico, estão entrelaçados nesse mesmo princípio de gereciamento total.(Hebreus 1:3 João 1:1   ) A vinda de Cristo na plenitude dos tempos (Galatas 4:4) une essa realidade com a verdade de modo a entendermos isso de forma mais concreta.  A distinção da encarnação está no fato de que o processo se dá por transição. O Verbo se fez. Não está implícito de que outra carne seria divina. Ela é uma exclusividade do mistério divino que se faz carne (II Timóteo 3:16) uma carne, mas não toda a carne. Essa distinção confere o fato de que só há um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem (I Timóteo 2;5) aqui temos a noção da peculiaridade de Cristo, pois há uma graça no ato da encarnação (João 3:16) e dessa forma o processo está delineado na força da natureza expressa na condição imposta para que a encarnação seja consumada. A distinção é clara, a encarnação do Verbo, revela que a criação não é uma extensão do Criador, mas um resultado da sua vontade operadora e de seu poder absoluto. A parte, não devemos confundir criação e Criador, porque são completamente distintos. O criador rege e a criação se submete, o Criador criou e o universo apareceu, um é matriz das coisas e a outra é as coisas que surgem distintas de uma matriz. Da forma como vimos no Verbo e a Sua atuação dentro do mundo criado, distinto do Pai que está nos céus. De modo como Cristo lida com a matéria criada e sujeição de toda  natureza de acordo com os propósitos da sua autoridade sobre os átomos na transformação da água no vinho, na força da natureza quando apazígua a tempestade, na autoridade sobre a massa atômica quando multiplica pães, no domínio em todo o âmbito espiritual quando expulsa demônios, e no controle absoluto sobre a vida quando oferece vida eterna e ressuscita os mortos. No conceito cristão, no âmbito da sã doutrina, o Senhor tem domínio sobre a matéria, o Verbo mantem a estrutura de seu corpo ressurreto, mas nem todo o corpo ressurreto será divino, da mesma forma que se encarnou, mas a matéria total não é uma expressão tipica dessa encarnação, a matéria é o produto do poder de Deus, mas ela não é divina em hipótese alguma. Cristo continua sendo distinto, como a matéria era matéria antes da encarnação, continua essa distinção depois da ressurreição.. Devemos manter esse status doutrinário como uma verdade absoluta, pois ela conserva a noção da soberania, integridade, santidade e pessoalidade do Criador. A criação submissa, sob a autoridade do UM que a rege, do DEUS Bíblico, TRIUNO e Todo Poderoso que amantem no seu curso, ainda que seja difícil de entende essa compatibilidade da perfeição sob o caos que está atuando pelo efeito do pecado sobre as coisas criadas. Teremos um dia respostas mais elevadas, na consumação final do proposito divino.
“Não importa o que pensa o homem, ele tem de se haver com o fato e o problema de que há algo que realmente existe. O cristianismo oferece uma explicação do porque desta existência objetiva. Em contraste com o pensamento oriental, a tradição hebraico-cristã afirma que Deus criou um universo real fora de Si mesmo. Não estou atribuindo à expressão “fora de si mesmo” uma aceção espacial; quero apenas dizer que o universo não é uma extensão da essência de Deus , não é simplesmente um sonho de Deus algo existe realmente, para se pensar, com que se tratar e investigar, revestido de uma realidade objetiva. O cristianismo outorga  certeza da realidade objetiva e de causa e efeito, certeza suficientemente sólida para que sobre ela se assente o fundamento do saber. Destarte, existem realmente o objeto, e a história, e a causa e o efeito.” (A Morte da Razão. Francis Schaeffer. Pagina 14)

Clavio J. Jacinto



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