Fraqueza
Precisamos de homens que saiam da
rotina, da vida ordinária, para a extraordinária e para isso apenas precisamos
de amor puro e paixão com zelo. Acontece que as pessoas que Deus usa são
pessoas apenas dispostas a serem ferramentas, desprendidas de qualquer tipo de
egoísmo ou orgulho, o Espírito Santo testifica que Elias era homem sujeito as
mesmas paixões que nós (Tiago 5:17) A disposição do coração era o que fazia a
diferença e a consagração da vontade a Deus e o negar-se a si mesmo. Assim João
Batista pregava no deserto, sem pompas e sem glamour, era rústico o homem que
abre o caminho para o Messias entrar, e o mesmo Messias Emanuel veio repousando
toda a fragilidade humana numa total dependência do outro, numa manjedoura
dentro de uma estalagem para animais. O extraordinário não é senão o caminho
dos fracos que se entregam a Deus e então sob as correntezas suaves da graça,
emanam doçura espiritual, muito vigor e se emancipam da rotina para viver o
sobrenatural debaixo da grandeza de Deus, e nos diz o Espírito “Porque o meu
poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II Coríntios 12:9) ora esse é o trabalhar de
Deus na alma humana Semeia-se em fraqueza o corpo de um redimido, mas a
ressurreição de um salvo será em um corpo vigoroso (I Coríntios 15:43). A
grande obra consumada na Cruz é o poder de Deus para a salvação de todo o que
crê, mas ela se deu pela via dolorosa da fraqueza do Cordeiro (II Corintios
13:4) Quão bendita é essa verdade, Deus procura homens fracos, canais por onde
Deus trabalha para manifestar a Sua força. E nós, na nossa fraqueza somos
instrumentos da graça, quando deixamos de ver o simples de forma como é, e
então passamos a ver todas as coisas de forma especial para o Senhor, como
instrumentos humildes, passamos do natural para o sobrenatural, quando tudo o
que fizemos é selado com o amor puro, pois nesse amor espiritual genuíno, Deus
recebe sempre a honra e a glória através de nós. J. Urteaga descreve essa
mudança de posição do ordinário para o extraordinário na vida dos homens
comuns: “A graça não cria a atividade humana; sobrenaturaliza a que existe; faz
com que formalmente sejam santas, sobrenaturais, as obras humanas executadas
com retidão de intenção. Quando uma obra está naturalmente terminada, está com
a graça, sobrenaturalmente realizada. E este o fundamento da santificação da
vida ordinária”. Então seja um instrumento ainda que frágil, porém consagrado
nas mãos do Deus Todo Poderoso, como fez Davi que em singela humildade enfrenta
a força de Golias e o vence porque Deus era com ele e não com Golias.
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