Contra o Teismo Aberto


 

   

Paul Enns em Manual de Teologia Moody explica sobre o teísmo aberto:





"O teísmo aberto afeta diretamente a doutrina da inerrância bíblica, ao postular que Deus não conhece o futuro e comete equívocos, como as porções proféticas das Escrituras teriam credibilidade? Na tentativa de resolver o relacionamento entre soberania de Deus e a responsabilidade humana, eles tem comprometido a inerrancia das Escrituras. A proposta do teismo aberto mina...qualquer especie de garantia, quer seja dos autores humanos, se irão escrever livremente de forma precisa o que Deus quer que seja registrado, ou se o que Deus prediz irá de fato acontecer" (Manual de teologia Moody Paul Enns Pagina 238  Editora Batista Regular)



DEUS CONTROLA O UNIVERSO

 

Na Escritura, aprendemos que Deus não é o criador e conservador do uni- verso, mas o controlador dele. Ele não criou o universo e então o abandonou, Ele agora governa ativamente toda parte e toda atividade no universo. Este ensino está envolvido na declaração que Deus “conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade” (Efésios 1:11).

As seguintes passagens também ensinam esta doutrina: Jó 37:3, 4, 6, 10-13;

Salmos 135:7; 104:14; Mateus 5:45; 6:26, 30.

A doutrina do controle de Deus no universo não nega a realidade das segundas causas: ela meramente mostra a Deus como a primeira causa e o Criador de todas as segundas causas. Deus arranjou as segundas causas de modo que elas cumprissem a Sua vontade. As leis físicas são reais: elas prevalecem em todos os casos, salvo onde Deus as afasta nos Seus atos miraculosos. Levanta-se o vapor, a chuva cai e o vento assopra segundo certas leis; mas Deus ordenou essas leis e Ele agora sustenta todas as coisas segundo a natureza original de cada uma e conforme a Sua intenção para


 

com elas, de maneira que Deus é realmente Quem causa o vapor subir, a chuva cair e o vento assoprar. Negar a existência da lei é tolice. Representar a lei como operando independente de Deus é infidelidade.

O controle de Deus não cessa com as forças impessoais do universo: ele esten- de-se e compreende todas as ações dos homens. Isto se mostra pelas seguintes passagens: Êxodo 9:12; 12:36; Salmos 33:14,15; 76:10; Provérbios 19:21; 16:4; 20:24;

21:1; Jeremias 10:23; Daniel 4:35; Isaías 44:28; João 12:37,39,40; Atos 4:27,28.

Entende-se que tal controle dos homens inclui seus atos maus bem como os bons. O controle de Deus dos atos maus humanos pode ser dividido em quatro tipos:

 

1.   PREVENTIVO

Gênesis 20:6; 31:24; Salmos 139:3; 76:10.

 

2.     PERMISSIVO

Salmos 81:12,13; Oséias 4:17; Atos 14:16; Romanos 1:24,28.

É na área da vontade permissiva ou absoluta do controle de Deus que 1 Samuel 18:10 trata. Aqui nos é dito que “o mau espírito da parte de Deus se apoderou de Saul”. É assim que devemos entender Deus e o endurecimento e a cegueira entre os pecadores, como em Êxodo 9:12; Romanos 9:18; João 12:40. É também a este assunto que devemos referir Atos 4:27,28, o qual tem a ver com a crucificação de Cristo. Deus ordenou que Cristo morresse sobre a Cruz, mas Ele meramente deteve o Seu poder coercitivo e permitiu que os ímpios seguissem a sua própria inimizade natural contra Cristo. Em 2 Samuel 24:1 e 1 Crônicas 21:1 percebemos a prova de fato que algumas vezes na Bíblia as coisas que Deus permite a outros cometerem são atribuídas a Ele. Em 2 Samuel 24:1 diz-se que Deus moveu Davi a numerar Israel, ao passo que, em 1 Crônicas 21:1, a mesma coisa é atribuída a Satanás.

 

3.     DIRETIVO

Gênesis 50:20; Isaías 10:5. Assim, enquanto Deus permite o pecado, Ele tam- bém o dirige para realizar tais propósitos como Lhe apraz.


 

 

4.     DETERMINATIVO

Deus não permite o pecado e o dirige, mas marca os limites além dos quais não pode ir e Ele prescreve as linhas dos seus efeitos. Veja 1:12; 2:6; Salmos 124:2; 1 Coríntios 10:13; 2 Tessalonicenses 2:7.

A doutrina do controle de Deus do universo refuta o deísmo, o qual ensina que Deus criou o universo e depois se retirou dele, deixando-o funcionar independente- mente de Sua direção.

As citações a seguir podem ajudar a explicar a relação de Deus com o pecado:

 

“Que os pecados dos homens procederam deles mesmos; que, no pecar eles rea- lizam essa ou aquela ação é de Deus, que separa as trevas de acordo com o seu prazer.” (Agostinho).

“Deus não é a força causal, mas a força dirigente nos pecados do homem. Os homens estão em rebelião contra Deus, mas não estão fora de Seu controle. Os decretos de Deus não são a causa necessária dos pecados do homem, mas eles são os limites pré-determinados e prescritos que direciona os atos pecaminosos dos homens.” (C. D. Cole, Baptist Examiner, Examinador Batista, 01 março de 1932).

“Aquilo que o pecado deseja, o homem deseja; o homem é culpado; o homem é condenado, mas o Deus Onisciente impede esses desejos de produzirem ações indiscriminadamente. Ele compele tais desejos divinamente a tomar um deter- minado e estreito curso. As inundações de iniquidade originam-se nos corações dos homens, mas eles não são permitidos a cobrir a terra; eles estão limitados a transcorrer no canal da vontade Soberana de Deus e os homens são ignorante- mente assim limitados, de modo que nenhuma parte do propósito de Deus falhe. Ele canaliza as inundações dos ímpios a fluir conforme a Sua providência para girar o moinho do Seu propósito.” (P. W. Heward).



 

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