Homem Falido e Graça Divina
Um dos capítulos mais notável de “Mente em Chamas” de Blaise Pascal é o capitulo 7, sobre contradições humanas. Pascal aborda bem a condição do homem incrédulo e sem Deus, me faz lembrar de outro livro magnífico; “Nascido Escravo” de Martinho Lutero. Qualquer homem que avança no estágio espiritual percebe a condição terrível do homem caído e falido. O problema do homem é seu estado natural de falencia total, assim carece ele de ajuda do Espírito Santo para se erguer das ruínas da queda, mesmo recebendo ajuda promissora do Senhor o homem ainda se envolve com seu egoísmo, notável que mesmo pessoas regeneradas tendem a ficar em vigilância com o próprio ego a fim de não cair nos laços que o diabo faz usando as cordas do egoismo humano. O que aprendi com a leitura do livro de Pascal firmou mais ainda minhas convicções de uma dependência permanente do Senhor para não cairmos na escravidão do ego, assim depois dessas leituras a partir dos livros de Pascal e Lutero, fiz a conclusão: O ego do homem é um dos maiores ídolos que se estabelece dentro dele, o ego é avaro, orgulhoso e materialista, deforma todo o caráter humano e faz com cada um de nós torne-se como criaturas terríveis e odiáveis e porque não dizer, como as piores criaturas do universo. O caminho da santidade faz homens bons mas o custo é muito elevado, pelo precipício da devassidão é mais fácil o homem tentar satisfazer os desejos da sua alma, tentando saciar a fome do seu proprio egoismo.
Tecnognose
A
computação é a essência da ordem. Ela fornece a capacidade para que uma
tecnologia responda de forma variável e apropriada ao seu ambiente para
executar sua missão. (Ray Kurtzweil em: A Era das Máquinas Espirituais). A
missão da tecnologia na perspectiva dos transhumanistas, é a conquista da
imortalidade mediante o conhecimento adquirido através de muitos anos,
processado desde o centro do ego, para convergir num novo sistema que possa
unir homem e máquina, para dar início a uma nova raça. Essa é tecnognose, o
homem é seu próprio salvador usando a tecnologia para alcançar a imortalidade e
se tornar um deus.
Não
é admirável hoje em dia que a fé secular ganha novas proporções a medida que o
tempo avança? Muitos cientistas não somente estão crendo na redenção humana
pela tecnologia avançada, como também estão cada vez mais cativos á idéia de
que há vida inteligente no espaço e que em breve a planeta receberá a visita de
seres oriundas de outros planetas. As duas crenças tem se fortalecido muito nas últimas décadas, de modo que muitos estejam otimistas quanto a isso. O processo
dessa mudança de paradigma se dá justamente por causa dos pressupostos
evolucionistas, essa tendência é puramente racional e secular, é o fruto da
incredulidade institucionalizada, a primeira evidencia que se expõe nisso é que
o homem não vive em um estado puramente racional e secular, ele precisa de uma
transcendência, e o transhumanismo, principalmente o hedonista, preenche esse
quesito, assim como também a fé em uma raça alienígena ultra-avançada, que
alcançaram esse estágio pelos mecanismos da teoria da evolução darwinista, a fé
otimista é que uma super raça esteja vivendo num planeta orbitando uma estrela
do imenso universo que nos rodeia. Mais exótica ainda é a crença de que em
breve eles surgirão no nosso espaço, e farão um pacto com os governos deste mundo. Essas novas divindades serão
adoradas, idolatrado, reverenciadas pelas pessoas em todo o mundo. Tudo porém não passa de uma ilusão montada com o fim de produzir o engano final, esse
nível de engano profundo será mais aceitável pela sociedade porque terá o
endosso de grandes cientistas e filósofos da nossa era, que cegos pelo orgulho
humanista, diante dos acontecimentos, serão proclamados como profetas de uma
nova era, quando se derem conta da enganação sofisticada em que ficaram
enredados, para a grande maioria, será tarde demais...
A
vã filosofia alcançará seu auge (Colossenses 2:8) a velha mentira se repete
desde a antiguidade (Genesis 3:4 e 5) pois o diabo engana todo o mundo
(Apocalipse 12:9) Assim, a criatura será honrada no auge desse sistema, e o
Criador será ignorado e esquecido (Romanos 3:24 e 25)
C. J. Jacinto
Livreto Gratis: 100 Pensamentos Selecionados
Depois de decadas pregando, estudando, pesquisando, fiz essa seleção de reflexões, o livreto assim como todas as minhas obras são oferecidas gratuitamente.
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Clavio J. Jacinto
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AS DUAS CAUSAS DA ENCARNAÇÃO DO VERBO DE DEUS
Há Bíblia aponta para duas causas distintas da encarnação
do Verbo e que estão unidas em um só propósito magnífico que revela a preciosa
graça de Deus para com o pobre pecador. Lemos isso em Romanos 4:25 “O qual foi
entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa
justificação”. A primeira causa da encarnação do Verbo, a vinda do Filho
de Deus a esse mundo, foi por causa da condição do homem pecador, assim na
queda o homem é expulso por Deus da Sua presença, mas quando o homem anda
errante no seu desterro, é Deus queM busca o desterrado. Assim o Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo, se faz sacrifício em substituição, morrendo
no lugar do pecador, tomando a sua condenação, e a causa inclui que vai tomar a
maldição que não lhe pertence mas é totalmente do pecador, porém Cristo, o
Verbo Divino assume o lugar do condenado, e morre no maldeiro (Galatas 3:13).
Todos pecaram (Romanos 3:5) é bem verdade, estão mortos em seus pecados, o homem pecador é um cadáver espiritual, está
morto em ofensas e pecados (Efesios 2:2) terrível e pavorosa condição. Mas
Cristo, o Verbo de Deus, o Cordeiro imaculado, vai dar a sua vida pelo Seu próprio sangue, e nos resgatar da nossa vã maneira de viver “Sabendo que não
foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro que fostes resgatados da vossa
vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como um cordeiro imaculado e incontaminado” (I Pedro
1:18 e 19) assim a conclusão é que Ele toma sobre si os nossos pecados (I Pedro
2:24) “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus
veio ao mundo para salvar os pecadores.”(I Timoteo 1:15) Pago de forma perfeita
e eficiente, obra consumada e eficaz, dá vida ao pecador condenado, e essa é a
causa primeira, distinta da segunda, porque a primeira ´pe a causa da segunda,
que por sua vez, vem como resultado da obra tão eficaz que foi realizada pelo
verbo na cruz do Calvário. Que grande maravilha! pois Paulo diz que Cristo foi
entregue por causa de nossas transgressões, mas ressuscitou por causa da nossa
justificação (Romanos 4:25) assim a segunda causa não é menos importante de
maneira alguma, porque a ressurreição é a verdade da vida abundante que Cristo
pode dar por cada pecador que crer no evangelho. A ressurreição é a garantia da
perfeição e eficiência da morte de Cristo em favor dos pecadores, é uma causa
segunda por ordem de importância, e essa ressurreição literal é uma obra de
riquezas inescrutáveis, a pérola da salvação foi obtida pelas feridas de
Cristo, as suas chagas profundas selaram uma obra perfeitamente eficaz e nos
possibilita a regeneração, por isso somente Ele pode oferecer a vida em abundância (João 10:10) pois somente Ele tem para nos dar, é verdadeira também o fato de que somente Ele pode conceder a vida eterna através do perdão dos
pecados que é oferecido a todos os que crerem na causa primeira “Ele foi
entregue por causa das nossas transgressões” pois ela nos remete para a maior
vitória do universo, o triunfo do sacrifício vicário de Cristo sobre o salário do pecado “Ressuscitou por causa da nossa justificação”. Crê o amado leitor
nessas duas causas? pois o mesmo Senhor que ressuscitou literalmente voltará
triunfante, amém.
C. J. JACINTO
A Superstição do Acaso
Falar Sobre
a complexidade das coisas tentando buscar suas origens no nada e no acaso é uma
mágica cientifica, um fetichismo filosófico, uma superstição sofisticada. O
nada não é uma entidade para fazer coisas. Forças cegas não podem organizar
complexidade, principalmente organizar coisas altamente intricadas em meio ao
caos. Então posso afirmar com toda a certeza do coração, com forte convicção,
nada é nada, porém é uma verdade absoluta: Deus é tudo e criador de tudo
“Uma exigêngia-ghave para um
progesso evolugionário é um registro
“esgrito” de realização, pois senão o processo
estaria condenado a sempre encontrar soluções para problemas já resolvidos. Para os primeiros
organismos,
o registro era escrito
(incorporado) em seus corpos, codificado
diretamente na química
de suas
estruturas celulares primitivas.
€om a invenção
da genética
com base
no DNA,
a
evolução havia
projetado um computador digital para registrar seu trabalho manual. Esse projeto permitia
Experiências mais complexas. Os
agregados de moléculas chamados células se organizaram
em sociedades
de células
com a aparência
das primeiras
plantas e animais multicelulares
por volta
de 700
milhões de
anos atrás.
Para os próximos
1s0
milhões de
anos, os
primeiros planos de
corpos básicos
dos animais
modernos foram
projetados, incluindo um
esqueleto baseado em
coluna vertebral,
que forneceu
aos primeiros
peixes com
um eficiente estilo
de natação.”
Fonte: A
Era das Maquinas Espiirtuais. Ray Kurzweil. Pagina 28 Editora Aleph
G. K.
Chesterton Pensador cristão:
“Os
materialistas evolucionistas vêem-se bem representados na visão de que todas as
coisas vêm de um ovo, um germe oval indistinto e monstruoso que, por acaso,
põs-se a si mesmo”
Fonte: O
que há de Errado com o Mundo. Editora Ecclesiae Pagina 29
R. C.
Sproul, teologo cristão
“O acaso
não é uma entidade. Não-entidades não tem poder porque não existem. Dizer que
algo acontece ou é causado pelo acaso é atribuir poder instental ao anada. Mas
é absurdo afirmar que nada produziu algo. O nada sequer existe e, logo não tem
poder para causar algo”
Fonte:
Enciclopedia Apologetica. Norman Geisler. Editora Vida Pagina 9
Francis
Schaeffer filosofo e pensador cristão:
“Estamos considerando a existencia o fato de que algo exista. Lembre-se da declaração de
Jean Paul Sartre, de que a questão filosófica básica é que as coisas existem, ao
invés de que não existem. A primeira resposta elementar é que tudo o que existe
originou-se de absolutamente nada. Em outras palavras, parte-se do nada. Agora
para se sustentar esta visão, é preciso que seja absolutamente nada. é preciso
que chamo de nada de nada. O nada não e ser algo; nem algo, nada. Se quisermos
aceitar esta resposta, tem que ser nada de nada, o que signi que não pode haver
nenhuma energia,nenhum movimento e nenhuma personalidade.”
Fonte: O
Deus que se Revela. Francis Schaeffer. Editora Cultura Cristã. Pagina 46
Clavio J. Jacinto
Suficiencia das Escrituras
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A VINDA DO DIA MAU
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Evolucionismo Dogmatico
“A teoria darwiniana é
constantemente proposta no âmbito da estudos, históricos e científicos, da
escola primária à universidade, em uma versão estereotipada, resumida mais ou
menos no seguinte esquema: o a vida se originou de um mero caso ; as inúmeras
espécies vivas que existem ou existiram na Terra são o resultado do acaso e da seleção
natural ;o ser humano evoluiu casualmente a partir de seres semelhantes aos
macacos atuais, através de uma série de ‘elos de conexão’ semi-humanos. Darwin e sua teoria, no entanto, agora se
tornou uma tópico de fogo cruzado, que gera controvérsias ferozes e muitas
vezes partidárias de ambos os lados, pós e contra; existe, de fato, uma frente ‘darwinista’
implacavelmente entricheirada em defesa da ‘teoria’, que se opõe igualmente determinada
frente "anti-darwinista", que a ataca. As razões para tanto
determinação é compreensível, dado que a controvérsia a favor ou contra Darwin
toca diretamente em questões como a origem do homem e da vida, a presença de um
design inteligente subjacente à natureza ou ao invés do absoluto aleatoriedade dos
eventos, a existência ou não de um Deus etc. O debate, portanto, transbordou da
esfera acadêmica estreita, estendendo-se como um incêndio florestal e se
espalhou por toda parte, menos do que na escola, onde A teoria darwiniana ainda
está sendo proposta aos estudantes até hoje como uma teoria monolítica,
acrítica e irrefutavel. As razões para esse dogmatismo são ditas em breve:
apresentar a teoria da Darwin como uma verdade única e infalível, acima de tudo
significa alguém defender certa visão - a
científica (ou a visão de um cientista?) - da realidade, em oposição a uma
visão ‘sobrenatural’ ou religiosa.” .”(A Fabrica de Manipulação: Enrica
Perucchietti - Gianluca Marletta – tradução livre)
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Clavio J. Jacinto
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A ILUSÃO DA DEMOCRACIA MODERNA.
A democracia é o pior dos regimes políticos, mas não há nenhum sistema
melhor que ela. (Winston Churchill)
Essa declaração de Churchill tem um sentido definido pelo contexto da experiência
de vida política que ele teve. Porque a democracia colocou Adolf Hitler no
poder, por isso é lógico concluir que uma ditadura totalitarista surgiu no útero
da democracia alemã. Então o que vimos hoje, o fim da privacidade e o surgimento de uma democracia digital que invade a privacidade de
cada individuo global e impõe regras de controle, é uma mudança de paradigmas políticos
fazendo do termo “democracia” apenas um neologismo. A percepção
sobre um estado que controla indivíduos mesmo em tempos de democracia, já vem
de alguns filósofos antigos, por exemplo: Thomas Hobbes (autor do livro
Leviatã) e outros, porém devido ao fato d estamos vivendo essas mudanças hoje,
o risco de cairmos na mesma gravidade do totalitarismo que surgiu na Europa na
segunda guerra mundial é grande. Aliás, tudo indica que a sociedade esteja
caminhando nessa direção. Não estou falando sobre um ressurgimento do nazismo,
mas do espírito que impulsionou a plataforma do totalitarismo alemão naquela época.
A diferença é que agora estamos bem mais avançados tecnologicamente de modo que
a eficácia de um estado totalitário de controle total de cada individuo é antes
de tudo, uma ameaça bem mais terrível, nossos tempos são tempos perigosos. Mas creio
que o problema maior seja a falta de discernimento dos cristãos. Embora a bíblia
aponte para um futuro mundo de controle total, parece que hoje em dia, temos um
numero muito grande de pessoas que professam a fé cristã e não estejam
preparadas para entrar em um sistema que tenha um controle total de cada pessoa
que deseje usufruir de um neo-capitalismo pautado em um sistema digital de
controle total. O problema principal dessa mudança de sistema, onde a
privacidade está acabando é que não há muita resistência para isso, não estamos
preocupados com o fato de que estamos sendo rastreados, vigiados e dados
pessoais estão sendo coletados pelo sistema que estamos usando, e isso principalmente
para usuários de internet. A liberdade pessoal está sendo a moeda de troca para
recebermos todos os “benefícios” desse sistema global de monitoramento e
rastreamento de indivíduos. Muito bem, embora exista meios alternativos de
sairmos da vigilância quase onipresente do olho digital global, a verdade é que
pouca gente realmente se interessa por isso. O meio pelo qual toda a plataforma
do controle total se dá de forma tão rápida é justamente por causa da pouca resistência,
inclusive entre os cristãos, que embora conheçam certas passagens da s
Escrituras (apocalipse 13 por exemplo) não se dão ao luxo de vigiarem mais em
um mundo cada vez mais restrito por causa do monitoramento digital de pessoas
em qualquer parte do mundo. A maioria esmagadora dos usuários de mídias nem
sequer percebem ou fazem idéias que suas conversas estão sendo gravadas e
ouvidas, em uma pagina que aborda o assunto afirma: “O mais recente
escândalo de espionagem até o momento: revelações sucessivas sobre assistentes
de voz do Google, Apple e Amazon, que gravaram as conversas dos usuários sem o
seu conhecimento.” (1)
Deveríamos
estar assustados com isso, em estado de alerta, vigiando e tomando muito
cuidado, mas o encanto das novas tecnologias é difícil de ser quebrado. Então
aceitamos o negócio, o vicio da tecnologia nos remete para um beco sem saída,
não é preciso afirmar que praticamente todos parecem estar dispostos a não
perderem esse mundo encantado que a tecnologia nos oferece, viver fora do paraíso
digital é impensável para alguns e impõe um estado desesperador para
outros. O sistema democrático atual funciona
em meio a pequenas oligarquias e um olho central mundial que dá suporte as
oligarquias que já funcionam dentro desse novo sistema “tecnosocial”. Infelizmente,
isso pode ser observado de forma muito clara com o problema social causado pela
pandemia do “coronavirus” e o meio como muitos governos trataram o problema na
tentativa de impedir o contágio e disseminação do covid-19: Controle e
monitoramento de pessoas via telefonia móvel com acesso a internet. A vigilância
digital ganhou assim expressão e provou que um sistema de controle total e o
fim da privacidade bem como da democracia tal como conhecemos é um fato irrefutável!
O que surge no cenário atual é um neologismo; “democracia digital” onde o indivíduo entra no mundo do faz de contas que tem liberdade e privacidade mas
já vendeu a sua credulidade ao sistema que o vigia durante todo o tempo.
C. J. Jacinto
CRISTIANISMO BIBLICO CONTRA O PAGANISMO
A respeito da fé cristã
que durante todo o tempo em que morreu o ultimo apostolo e encerrado o cânon do
Novo Testamento, alguns anos depois a reintrodução de elementos pagãos na
igreja pode ser observado por qualquer pessoa que tenha a mente aberta. Paulo
já tinha percebido a realidade desse desvio (Atos 20:29) durante toda a era
joanina, tempo em que o apostolo ficou desterrado em Patmos, Jesus apresentava
o quadro doutrinário de muitas igrejas em Apocalipse 2 e 3. Aqui temos fatos
bíblicos e advertências sobre a permanência ou não na sã doutrina e os perigos
que envolvem a apostasia. (Tito 2:1 I Timóteo 4:1 II Pedro 2:1 Colossenses 2:8
I João 4:1 a 5 etc.) A maior parte das ramificações da cristandade não são
integralmente apostólicas, pois não permaneceram na doutrina dos apóstolos.
Durante a reforma protestante, parece que os reformadores radicais (Anabatistas)
perceberam que tanto a igreja católica que estava seriamente paganizada, quanto
os reformadores, esses também ainda estavam apegados a muitas tradições
pagãs. Escritores e teólogos sérios
entendem o valor dessas implicações que apresento aqui, mas eu gostaria de
citar o autor católico Jean-Claude Barreau, no livro: Quem é Deus” (publicado
pela Editora Vozes na década de 1970) lemos a confissão desse pensador católico
a respeito da sua própria igreja e dos fatos decorrentes ao assunto que
apresento nesse artigo:
“O cristianismo
herdeiro do judaísmo dos profetas, que derrubavam os ídolos, lutou muito tempo
contra Baal, mas recuperou em grande dose esta fé pagã. Podemos dizer que o
próprio cristianismo foi ‘repaganizado’. No começo foi por zelo apostólico: era
necessário utilizar os templos e as festas dos pagãos, não chocá-los
desnecessariamente. Depois chegou-se até certa cumplicidade. a ‘repaganização’
do cristianismo foi tão profunda que o Papa chegou a ser designado de ‘soberano
pontífice’ que era titulo dado ao sumo-sacerdote pagão de Roma. Uma estranha
indulgencia para com todas as superstições tomou conta da igreja. Muitas vezes
os próprios sacramentos foram e são compreendidos como ritos mágicos. Os
padres, homens segregados, puros, depositários de estranhos poderes, revestidos
de roupas especiais, eram assimilados inconscientemente aos feiticeiros da
aldeia e as mulheres não podiam olhar-lhes na face. “
“Um ambiente onde
dominava o pavor de Deus, a culpabilidade, uma idolatria a Maria abusivamente
revestida dos méritos da grande Artemis.” Jean-Claude Barreau então prossegue
com palavras decisivas e com coragem declara a respeito dessa descrição que ele
faz do seu próprio cristianismo:
“a fé precisamente
deverá libertar o homem de seus medos, pequenos ou grandes. Para que isto se
torne possível será necessário antes libertar o cristianismo do obsceno culto a
Baal”
Conclusão: o caminho de
retorno é ficar com o Novo Testamento e viver segundo os seus princípios
espirituais e doutrinários.
Clavio J. Jacinto
Dez maneiras de Adquirir Discernimento Espiritual
Primeiro:
estude todo o Novo Testamento de forma a se familiarizar completamente com o
ensino de Cristo e dos apóstolos.
Segundo:
Tente memorizar e estudar todas as passagens que tratam de apostasia, as advertências,
os sinais e os elementos que compõem o fenômeno da apostasia para os últimos dias.
Terceiro:
Leia bons livros de bons escritores, homens piedosos e de alguma forma
contribuem para a permanência da sã doutrina em um mundo que se arrasta para o
engano.
Quarto:
Evite pregadores pragmáticos, maquiavélicos e relativistas, eles são responsáveis
pela disseminação do erro no meio da cristandade.
Quinto;
tenha uma bíblia padrão e não use versões modernas, ecumênicas e cheias de
omissões e adulterações, procure saber qual era a bíblia dos grandes teólogos e
pregadores do passado, e permaneça nas veredas antigas.
Sexto: Seja
exigente consigo mesmo, procure sempre freqüentar uma igreja bíblica e
envolver-se com cristãos bíblicos.
Sétimo:
mantenha a vida cristã sob a guarda de uma vigilância constante orando e
exercendo uma vida de piedade pratica.
Oitavo:
Tente manter a disciplina da pureza mental a fim de viver debaixo da autoridade
do Espirito de Cristo.
Nono: Não
tenha uma percepção frágil, tudo o que envolve a vida eterna e a verdade
precisa ser mantido com prudência e dedicação. Lembre-se que os bereanos foram
nobres porque não tinham um conceito frouxo de espiritualidade mas eram
exigentes quanto a biblicidade de um sermão.
Décimo: Seja
dedicado ao estudo da teologia e se aprofunde nos estudos das Escrituras
buscando sempre a doutrina com rigor, buscando um diálogo promissor com
cristãos mais maduros e que tenham as respostas para a razão da esperança
cristã.
Leitura
complementar (Download grátis)
Transhumanismo e a Futura Religião Humanista
O
mundo pós-moderno e tecnológico, da inteligência artificial e da nanotecnologia
forma um novo padrão de religião, porém dentro das velhas filosofias
humanistas: a divindade do homem. é incrível como uma era de tecnologia
avançada acaba produzindo novos profetas que apontam para o homem como uma
divindade alternativa num sistema utópico pregado pelos mensageiros do
transhumanismo. É o velho clichê diabólico do Eden, conferindo aos primeiros
humanos a superstição da auto-divinização produzido pela independência de um
Criador e a auto suficiência da criatura. No final das contas, a filosofia por
trás desse otimismo humanista é a mesma linguagem satânica das eras mais
primitivas da terra. Abaixo, trecho do livro: “A Era das Máquinas Espirituais
de ray Kurzweil (Publicado no Brasil pela Editora Aleph.) . As predições
profeticas dos adeptos dessa nova religião, confere novos “insights” com direito
a crença da fusão homem máquina sem excluir experiências espirituais como um direito desse
futuro novo homem ciber-divino. Esse futurismo está ganhando cada vez mais
força nesses últimos dias, já percebido por outras mentes em outros tempos, não
somente por escritores de ficção científica, mas até mesmo por teólogos do
quilate de Teilhard de Chardin, que de alguma forma ensinava um ponto omega da
evolução humana. Além é claro desse otimismo na tecnologia e a crença no
potencial humano já terem outros profetas também de outros tempos: os
criogenistas. A resposta bíblica muitas vezes aponta para um oposto num avanço
da sabedoria humana: “Dizendo-se sabios, tornaram-se loucos” (Romanos 1:22) e a
consequencia dessa convergência da muita sabedoria se tornar em loucura vem um
resultado aterrador: “Honraram e serviram mais a criatura do que o criador...”(Romanos
1:25) o resultado final dessa tragédia
filosófica é “Deus os entregou a um sentimento perverso...”(Romanos 1:27) a
seguir um trecho do livro citado acima, apenas como uma forma de deixar claro
que para um “admirável novo mundo humanista” o homem é seu próprio salvador e
alcançar a imortalidade através de seus esforços científicos. Resumindo: o
transhumanismo transforma o homem no seu próprio redentor.
“Segundo
o autor, o intervalo de tempo necessário para a evolução e o aprimoramento
tecnológico ficará cada vez menor com o passar dos anos. E é esta a tese que
sustenta suas previsões e que, por mais fictícias que possam parecer a
princípio, as torna perfeitamente plausíveis. Em menos de 100 anos as máquinas atingirão
a mesma habilidade do cérebro humano um tempo ínfimo se comparado aos cerca de
1 bilhão de anos de evolução que os homens precisaram para desenvolver sua inteligência.
Mas não ficarão por aí. Não será surpresa se num futuro próximo as
inteligências artificiais adquirirem personalidade própria e sentimentos antes
exclusivamente humanos, até mesmo Experiências espirituais.
Até 2099, a longevidade física atingirá proporções inimagináveis, e a imortalidade
será possível por meio de um processo de transferência da mente para outro
suporte que não o carbono de nossos corpos. A maioria das entidades conscientes
não terá uma presença física permanente. Não haverá uma clara distinção entre
homem e máquina e, possivelmente, criador e criatura se fundirão para formar
uma nova espécie biotecnológica.” (A Era das Maquinas Espirituais. Ray Kurzweil.
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Clavio J. Jacinto
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Globalismo e Ideologia de Genero
A Ideologia de genero é um sistema emergente
pautado no relativismo moral que predomina na mentalidade pós-moderna. Essa
sequencia de raciocinio de que não há absolutos definidos como macho e femea,
homem e mulher, mas muitos generos dentro desses dois termos que já não são
mais verdades basilares que determinam a especie, é puro equivoco, uma falacia
filosofica sem embsamento cientifico mas puramente ideologico e nada mais do
que isso. E o que dizer mais? de fato, ideologia de genero deveria ser chamado
de heresia filosofica produto de uma apostasia cientifica.
“Em geral, a ideologia de gênero afirma que
as diferenças sexuais entre homens e mulheres seria apenas ‘morfológico’ e que,
em substância, eles dificilmente importariam; em vez disso, a diferença homem /
mulher seria principalmente cultural; isto é, homens eles seriam homens apenas
porque foram educados por homens, mulheres seriam mulheres só porque eles são educados
por mulheres. Além disso, entre o homem e a mulher, haveria um número
indefinido de outros "gêneros", que incluiria, entre outros,
homossexualidade masculina, lesbianismo, bissexualidade etc. Os sexos,
portanto, eles não seriam uma evidência natural, mas apenas um
"caminho" com o qual a pessoa se percebe como resultado de
condicionamento genético ou cultural ou, de acordo com outras versões, por
"escolha" durante o curso da vida.”(A Fabrica de Manipulação: Enrica
Perucchietti - Gianluca Marletta)
C. J. Jacinto
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Heresia Globalista
"Para alcançar um governo global, baseado nos pressupostos ideológicos do globalismo, não pode ser ignorado o esquema de aniquilação das grandes tradições espirituais que durante milenios form os guias da humanidade. O poder global não pode compartilhar das mesmas tradições opostas aos desígnios globalistas e muito menos com qualquer religião com doutrinas absolutas opostas ao relativismo de uma nova ordem mundial" (Tradução livre com adaptações de um trecho do livro: A Fabrica de Manipulação. Enrica Perucchietti e Gianluca Marletta. O livro original foi publicado em italiano)
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Tecnocracia Digital
As Democracias
estão naufragando e desde então tem surgido um novo tipo de democracia: a
democracia digital de monitorizarão totalitarista. Cada vez mais o indivíduo está perdendo a privacidade e um novo mundo tecnocrático está surgindo, a vigilância
do “grande irmão” do romance distópico de George Orwell é mais real do que
nunca e a tendência é que em um curto espaço de tempo, haja um controle total a
nível global. Parece que foi Aldous Huxley que disse: “Os fatos não deixam de
existir porque são ignorados”. Estamos agora nesse momento em que você está
lendo este artigo, o processo em que se encerra a democracia vinculada a livre
expressão e privacidade. Os fatos não deixarão de ser reais e as ameaças desse
sistema não irão diminuir se o leitor não ignorar esse divisor de águas que
mudará o rumo da civilização. As coisas vieram a tona desde que o analista de
sistemas norteamericano Edward Snowden de anunciou todo o sistema de vigilância
digital da NSA (Agencia de Segurança Nacional dos EUA) E O PROGRAMA DE
VIGILANCIA Prism. Isso ocorreu em 2013, e Snowden fez essa denuncia com provas
documentais, ele acusou a NSA de invadir a privacidade de cidadãos em todo o
mundo, denunciou a coleta de dados de usuários de internet (Roubo de dados de usuários
do Google, Youtube etc.) Snowden foi acusado de roubo de informações sigilosas
de propriedade do governo americano e fugiu para Hong Kong.
A partir
desse fato, o que ocorre no mundo todo é que cada vez mais a privacidade está
indo embora e o grande olho digital está vigiando todos os cidadãos a nível global,
e pouca resistência existe para que esse sistema ganhe proporções absolutamente
totalitaristas, vigiando os passos , conversas e ações de cada cidadão no
mundo. Al Buehrer Escritor de ficção cientifica, adverte: “não somos paranóicos,
mas você sabia que os bancos de dados da ‘mente’ global são iguais aos olhos de
Deus, tecnologicamente falando. Eles vêem um pardal cair...”
Nesse
sistema de encantos tecnológicos, onde as pessoas passam a depender
completamente da tecnologia para viver, se faz necessário alertar que os
governos também estão organizando um sistema de vigilância total para nos
controlar. Outra verdade é que a tragédia
que desponta no fim dos tempos pegará muita gente de surpresa, mesmo em meio as
evidencias, porque além de trocar a liberdade pela segurança, a maioria não vê nenhuma
ameça ou algo que seja incômodo em ser vigiado o tempo todo. Mas ouça o que diz
Snowden: “Argumentar que você não se importa com o direito á privacidade porque
não tem nada a esconder não é diferente de dizer que não se importa com a
liberdade de expressão porque não tem nada a dizer” O problema do controle
total é a perda da liberdade do individuo surge dentro de um cenário nada
esperançoso para o mundo, mas e quanto aos cristãos? se a maioria permanecer
indiferente diante dessa situação, apenas mostrar que estão mais interessados
em si mesmos do que na verdade. As implicações que esse sistema de vigilância totalitária
envolve será futuramente um problema para todos os que não aderirem ao
relativismo que mais e mais se estabelece na sociedade. Desde muitas décadas, o
movimento Nova era vem preparando terreno para o estabelecimento de uma
religião global absolutamente relativizada que irá impor como crime os que
aderirem a qualquer tipo de absolutos principalmente aqueles vinculados a fé
cristã. Nenhuma forma de exclusivismo religioso será aceito quando o anticristo
surgir no cenário mundial para exercer seu domínio absoluto sobre os povos, a
paz e a segurança da maioria custará o sangue de uma pequena minoria que
resistirá a todo o império relativista anticristão que se estabelecerá no
mundo. A pergunta é: os cristãos atuais
estão cientes desses fatos?
CLAVIO J. JACINTO
A JUSTIFICAÇÃO
Considerando que a maioria das religiões dão enfase aos méritos humanos como a forma legitima de alcançar a justificação perante Deus na apresentação das boas obras que tais insistem em dar valor regenerativo e o poder de apagar os próprios pecados, muitas heresias se desenvolveram através dessa visão salvifica, que, não tem apoio nas Escrituras. A salvação pelos méritos proprios é uma ilusão, um erro, é um caminho puramente humanista, não tem resplado nas Escrituras, ofende a graça de Deus. A seguir, aprsento o capitulo 7 da magnifica obra de T. P. Simmons, na sua extraordinaria Teologia Sistematica (Publicada no Brasil pela Imprensa Palavra Prudente) considerando que o referente capitulo dessa obra sistematica reflete muito bem o ensino biblico sobre o tema, apresento aqui como um meio de não cairmos em heresias humanistas, mas fortalecer a fé na obra consumada e perfeita de Jesus na cruz.
A
Justificação
A justificação é aquele ato instantâneo, divino,
eterno, gracioso, livre
e judi- cial,
pelo qual, Deus,
devido ao mérito
do sangue e da justiça
de Cristo, liberta
um pecador arrependido e crente da penalidade da Lei. Restaurado ao favor de Deus e
considerado como possuindo a justiça imputada de Jesus Cristo;
em virtude de tudo disso ele é adotado
e feito como filho.
I - O
AUTOR DA JUSTIFICAÇÃO
Deus é o autor da justificação. O homem nada
tem que ver
com a sua justificação, a não ser o recebê-la através
da fé que o Espírito Santo o habilita a exercer. A Escritura
declara: “É Deus quem os justifica” (Romanos
8:33). E outra vez
lemos: “Sendo
justificados gratuitamente pela sua graça,
pela redenção que há em Cristo
Jesus.” (Romanos 3:24).
De Cristo se pode dizer
que nos justifica só no sentido
que Ele pagou
o preço da redenção.
II
- A CAUSA
E MOTIVO DA JUSTIFICAÇÃO DIFERENCIADOS
É apenas nos tribunais
da terra que “causa” e “razão” encontram os usos aceitáveis como sinônimos. Num processo judicial
uma “causa” significa a mes- ma coisa de “base”
ou “razão” da ação. Em outros casos
não devem ser con-
fundidos e, principalmente, não devem ser confundidos com respeito à jus-
tificação. Estritamente falando,
a causa de uma ação é o agente, força
motriz, base ou a razão pela qual, ou por causa
de que, a ação é efetuada ou produzida.
Na medida em que é adequado falar de uma causa mediata,
ou causa relacio- nada, a referência aqui é a razão fundamental ou a causa originária. A razão básica, como usada aqui significa alicerce, base, aquilo sobre qual tudo tem o seu apoio principal.
Com estas
definições diante de nós, estamos preparados para observar que o amor de Deus, acionando a Sua graça e misericórdia, é a causa de nossa justificação; enquanto a morte de Cristo e a expiação efetuada
por essa morte, assim, é a razão
básica, ou seja,
a razão fundamental da nossa justificação. Que o amor de Deus é a
causa da nossa justificação é claro nas duas passagens seguintes:
“Mas Deus, que é
riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou... nos
ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em
Cristo Jesus” (Efésios 2:4 e 6).
“Mas Deus
prova o seu
amor para conosco, em que Cristo
morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8).
Mas Deus não
poderia de forma consistente basear, ou fundamentar, a nossa salvação
em Seu amor, porque o amor, agindo sozinho,
não poderia ig- norar
nossos pecados de forma consistente. A justiça de Deus, decorrente de Sua santidade, tinha que ser satisfeita. Assim,
era necessário que o amor for-
necesse uma base justa para a nossa
salvação. Romanos 3:25 e 26 diz em lin-
guagem bela e impressionante como essa base foi fornecida. Por amor, Deus enviou Cristo para morrer para que
Ele pudesse salvar os pecadores e ainda ser
justo. Cristo foi uma “propiciação”. A propiciação é aquilo que propicia.
Propiciar é apaziguar, conciliar. Um esclarecimento poderoso
deste apazigua- mento e
conciliação que ocorre na justificação nos é dada em Salmos 85:10 “A misericórdia e a verdade
se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.”
Qual a base fundamental desta reconciliação? Simplesmente o amor, mi- sericórdia ou graça de Deus? Não. Estes devem encontrar um alicerce,
uma base justa, antes que eles possam se tornar eficazes no perdão do homem;
senão a misericórdia violaria a verdade e a justiça
de Deus iria ser anulada.
O fundamento dessa reconciliação é a propiciação ou expiação feita por
Jesus Cristo. As únicas
pessoas que terão problema com esta declaração são aque- les que negam que Cristo prestou
uma satisfação própria,
real, completa, exata e absoluta à justiça retributiva
pelo sofrimento de toda a penalidade da lei que os pecadores crentes
merecem sofrer no inferno por seus pecados.
Essas pessoas vão encontrar a base da justificação no amor e misericórdia soberanos de Deus ou em algo feito pelo pecador.
II
- OS MEIOS DA JUSTIFICAÇÃO
Fé no sangue de Cristo é o
meio de justificação. Estude Atos 13:89; Romanos 3:24-25 e 28; 5.1 e 9; Gálatas
2:16. É bom notar a partir dessas passagens que a fé pela qual somos
justificados não é fé no amor, graça
e mi- sericórdia de Deus, mas
fé naquilo que o amor,
a misericórdia e a graça
de Deus forneceram, ou seja, o sangue de Cristo. Este fato explica
melhor a discussão anterior.
Pela fé a
justificação é aplicada e a torna pessoal ou experimental. É assim que chegamos
ao gozo dos benefícios da morte expiatória de Cristo.
Fé, como estudamos
anteriormente, não tem mérito em si, quando so- zinha. Não é uma mão cheia
oferecendo algo, mas uma mão vazia recebendo algo. O exercício da fé vem da obediência interna. É por causa deste
fato que a Escritura alude
a “obediência da fé” (Romanos 16:26), a obediência ao Evangelho (Romanos 10:16:
II Tessalonicenses 1:8;
1 Pedro 4:17) , “obediência à verdade”
(I Pedro 1: 22)... e obedecendo “de coração à forma de doutrina a que fostes entregues.” (Romanos 6:17) Mas isso
não é a obediência meritória. É total- mente sem mérito como é o ato de um
mendigo em comer alimentos que têm sido dado a ele.
A justificação é pela fé,
pelas seguintes razões:
Para que seja segundo
a graça – Romanos 4:16.
A jactância pode ser excluída – Romanos 3:27.
Porque pela fé somos identificados com Cristo da mesma forma que fomos identificados com Adão pelo nascimento natural.
Atos 13:39 – deve-se ler, “nEle”, em vez de “por
Ele”; 1 Coríntios 1:30; 15:22; Efésios
2:5,6; Colossenses 3:3;
I João 4:17. “A união
com Adão e com Cristo
é a base da imputação. Mas o paralelismo é incompleto. Enquanto o pecado de Adão é imputado a nós, porque
é nosso; a justiça
de
Cristo é imputada a nós, simplesmente por causa de nossa união
com Ele, de maneira nenhuma
por causa da nossa justiça
pessoal. No primeiro
caso, a virtude é levada em conta,
no outro não está. No pecado, nossos
delitos estão incluídos; na justificação nossos
merecimentos são excluídos. (H. B. Smith,
Presbyterian Review, Revisão
Presbiteriana, Julho 1881)
Porque a fé “opera pelo amor.” (Gálatas 5:6); é o meio pelo qual Cristo
habita em nosso coração (Efésios
3:17-19; Gálatas 2:20);
pelo qual somos progressivamente
transformados na imagem de Cristo em nossas vidas (Romanos 1:17, 2 Coríntios 3:18.); e, portanto, estamos
impedidos de converter “em dissolução a graça de Deus” ( Judas 4). “Assim
Deus constituiu a alma que as afeições,
e também a consciência, são afetadas e controladas pela
fé; e a pureza de uma e integridade da outra, e a atividade de ambos, dependem daquilo
que o homem crê; sendo isso verdadeiro, nenhuma mente pode evitar
a convicção de que o princípio da fé, que Cristo colocou
na base do sistema
cristão é, sendo
a natureza das coisas, o único princípio pelo qual os po-
deres morais do homem podem
ser trazidos para
uma atividade feliz,
harmoniosa e perfeita “( J. B. Walker, Philosophy Plan of Salvation, Filosofia do Plano de Salvação, pág. 177).
Não há conflito entre
Tiago e Paulo
sobre a questão
da justificação pela
fé. Paulo usou a palavra
grega “dikaioo” para significar “declarar, pronunciar alguém jus- to, com justiça, ou aquilo
que ele deveria
ser”, enquanto Tiago
usou a mesma
palavra para significar “mostrar, exibir,
evidenciar alguém ser justo ou aquilo que ele deveria ser. “ Paulo
diz que Abraão
foi justificado, no sentido daquela
definição que ele usa
o termo, antes da circuncisão (Romanos 4:9,10), enquanto Tiago diz que Abraão foi justificado, no sentido daquela
significação que ele usa o termo, quando
se ofereceu Isaque. Referência ao Gênesis 17, revela que Abraão foi circuncidado um ano antes do nascimento de Isaque,
que está registrado em Gênesis 21.
Isaque tinha aproxima- damente 25 anos de idade na época de Abraão oferecer-lhe. Assim, é claro
que Paulo e Tiago não estavam falando
da mesma coisa.
Para outros casos em que a palavra
grega é usada no mesmo sentido em que Tiago
usa, veja Mateus
11:9 e 1 Timóteo 3:16.
Além disso, note que Tiago
afirma com Paulo que “Abraão
creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça” (Tiago 2:23).
II
- A NATUREZA
DA JUSTIFICAÇÃO
1.
É INSTANTÂNEA
É um ato e não um processo. Ela ocorre e é completa
no momento em que o indivíduo crê. Não admite graus
ou fases. Do publicano se diz ter
descido à sua
casa justificado. Ele foi justificado completamente no momento
em que colocou sua fé na obra propiciatória de Cristo.1 Refere-se à justificação do crente sempre
no tempo passado. Em toda a Bíblia não há o mais leve
vislumbre de um processo contínuo
na justificação.
2.
É ETERNA
Quando alguém é justificado, está justificado por toda a eternidade. A justifica-
ção não pode jamais
ser revogada ou revertida. É uma vez
para sempre até
a eterni- dade. Por essa
razão Deus pergunta: “Quem intentará acusação
contra os escolhidos de
Deus?” (Romanos 8:33).
Cristo pagou o resgate inteiro
e fez a satisfação completa por todos os crentes; doutra
maneira Cristo teria
de morrer outra
vez, ou então
o crente cairia em condenação pelos seus pecados
futuros. Mas lemos
que a oblação de Cristo se fez uma vez (Hebreus
10:10), e que o crente
“não entrará em condenação,
mas passou da morte para a vida.”
( João 5:24).
(Não esquecendo-nos que a Obra
propiciatória de Cristo tem sua eficácia mesmo antes dos acontecimentos que se deram no Calvário. A Bíblia deixa
claro que, antes
do Calvário, a salvação se dava pela
fé no Salvador que haveria de vir.)
Tendo a posição do crente em foco, ele já passou
o juízo. Foi julgado
e absolvido completa e eternamente. Que Paulo ensinou
uma justificação eterna
e imutável mos- tra-se no fato de ele sentir-se responsável a defender sua doutrina contra
os ataques dos que contenderiam que tal doutrina dava licença a pecar. Esta
é a acusação que se faz hoje contra a doutrina
que ora estabelecemos.
Finalmente lemos: “Porque
com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que
são santificados.” (Hebreus
10:14). É verdadeiro que são os santificados considerados neste contexto, mas é aplicável
aos justificados também;
porque, santificados e justificados são um. Se os santificados são aperfeiçoados para sempre, assim são os justificados. A perfeição
aqui é a de posição
diante de Deus.
1.
É GRACIOSA E LIVRE
O pecador não merece nada das mãos de Deus,
a não ser a condenação. Logo, a
justificação é inteiramente de graça. Está assim estabelecido em toda parte
na Escritura, exceto
por Tiago que
empregou o significado secundário do termo.
No sentido primário do termo a justificação nunca
é representada como sendo pelas
obras ou obediência do homem.
Veja Romanos 3:20; 4:2-6;
Tito 3:5.
E, enquanto que a justificação é baseada na obra meritória e expiatória de Cristo, contudo, da parte de Deus, é livre e espontânea, desde
que Deus não estava sob nenhuma obrigação de permitir a Cristo agir
como nosso substituto.
2.
É SOMENTE JUDICIAL E DECLARATIVA
A justificação, no sentido primário, é um termo
forense ou judicial. É um ato feito no tribunal celestial. Não faz o crente internamente justo ou santo.
Fá-lo justo apenas quanto
à sua posição. Muitos sempre
confundem a justificação com a santifi- cação; mas tais não são a mesma coisa.
Justificação é apresentada como o oposto
de condenação, ao passo
que santificação como
o oposto de uma natureza pecaminosa. Veja Romanos 5:18.
1.
RESTAURAÇÃO AO
FAVOR DE DEUS
A justificação não apenas liberta
meramente o homem da penalidade da Lei: fá-lo à vista de Deus como
um que nunca
quebrou a Lei.
A justificação torna
o crente tão inocente
perante Deus em relação à sua posição
como Adão foi antes de cair.
2.
IMPUTAÇÃO DA JUSTIÇA DE CRISTO
As passagens seguintes ensinam que, na justificação, a justiça de Cristo nos é
imputada ou dada: Romanos
3:22, 4:3-6, 10:4;
Filipenses 3:9.
Que a justiça é o assunto nessas
passagens é provado
pelo fato de que Cristo é
“para nós foi feito... Justiça”
(1 Coríntios 1:30) e temos essa justiça
“em” Cristo (2 Coríntios 5:21). É ainda provado por Romanos 5:18,19,
onde é dito que temos
recebido a justificação “por um só ato de justiça” e “somos feitos
justos” “pela obe- diência de um”, e Este
“um” é, certamente, Jesus
Cristo. Comenta D. B. Ford muito apropriadamente:
“Paulo não tem onde usar a frase exata:
Deus imputa a nós a justiça de Cristo
sem as obras, mas equivale à mesma coisa
quando ele fala
da justiça de Deus, que será nossa
pela fé em Jesus Cristo,
quando ele afirma
que somos justificados gratuitamente e por graça pela redenção
que há em Cristo Jesus;
quando afirma que ‘justificação de vida’ é através do ato justo
e da obediência do segundo
Adão; que a nossa fé em Cristo, pela qual somos
justificados, é imputada
a nós por jus- tiça; que Cristo
é o fim da lei para a justiça; que ele é feito para nós justiça;
e que nos tornamos a justiça de Deus nEle”
(An American Commentary on the New Testament,
Um Comentário Americano sobre o Novo
Testamento).
Nas passagens dadas na discussão anterior é evidente
que a justiça de Cristo é
igual à obediência de Cristo. A chave para
o significado da obediência de Cristo é dada
em Filipenses 2:8 e Hebreus
5:8. Foi a obediência feita num estado de humi- lhação. Objeta-se por parte
de alguns que,
como homem, Jesus
devia obediência à lei
para si mesmo, por isso Ele não poderia obedecê-la para nós. É verdade que Jesus,
como homem, devia obediência à lei, em respeito ao homem, mas,
como Deus, Ele não
devia obediência à lei, para
com o homem. Como Deus,
Jesus devia obediência às leis de justiça,
como elas dizem respeito a um ser infinito. Nem Deus está isento de
lei. Ele não
pode desobedecer à lei, em respeito ao ser infinito (isto é, Ele não
pode fazer o que é errado para
Ele) e permanecer Deus. Mas Deus,
sendo infinito e, portanto, independente, tem direitos e prerrogativas que não pertencem ao finito e dependente homem. Por exemplo, ao homem é ordenado não matar, mas Deus pode tirar a vida como Lhe agradar,
porque Ele é o doador
da vida. Ao homem é ordenado
não julgar, mas Deus julga. Ao homem é proibido
gloriar-se em si mesmo, mas a
glória pertence a Deus essencialmente.
Portanto, quando Jesus
trouxe divindade em união com a humanidade na encarnação, a divindade era voluntária e gratuitamente sujeita
à lei de Deus para
o homem. Isto foi verdadeiramente tão vicário e substitutivo como
Sua morte na cruz.
E foi necessário para fazer-nos positivamente justos. Não é suficiente que sejamos
perdoados, desculpados. Isto,
por si só, isentar-nos-ia do inferno, mas
não teria nos dados direitos ao céu.
Para ter direito
ao céu, temos
de ter o mérito positivo e perfeito de Jesus Cristo. Hebreus
10:14.
1.
ADOÇÃO DE FILHOS
Lemos: “Deus enviou
Seu Filho... para remir os que estavam
debaixo da Lei, a
fim de recebermos a adoção
de filhos.” (Gálatas
4:4,5). É na base desta redenção
que somos justificados. A adoção
é o clímax da justificação. Cristo tomou nosso
lugar; portanto, quando cremos nEle,
tomamos Seu lugar
como um filho.
É assim que recebemos o direito de nos tornarmos filhos. A adoção
é necessária para que
sejamos “herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo” (Romanos
8:17), e para que
tenhamos direito legal
à herança “incorruptível, incontaminável, e que
não se pode murchar, guardada nos céus” para
nós (1 Pedro 1:4).
Quando fomos justificados, já éramos filhos
do diabo. Não podíamos ser ‘desnascidos’ como tais. Por isso tínhamos
de ser transferidos da família do diabo para
a de Deus por adoção.
Tornamo-nos filhos experimentalmente pela regeneração, mas legalmente pela adoção. Regeneração e adoção não são as mesmas.
2.
LIBERDADE
DA PENALIDADE DA LEI
As seguintes passagens afirmam este benefício: Romanos 6:14; 7:4-6;
10:4; 1 Coríntios 9:21;
Gálatas 2:19, 5:18.
O que essas passagens significam? Elas devem ser entendidas corretamente à luz do ensinamento neotestamentário como um todo.
1)
Há sentidos em que o crente
está sob a lei de Deus e de Cristo
A. Ele está sob a lei de Cristo
quanto à prova
de salvação em sua vida.
João 14:24; 1 João 2:4.
B. Ele está sob a lei de Deus enquanto
o Espírito trabalha
nele a justiça da lei. Romanos 8:4.
2)
Há sentidos em que o crente não está debaixo da lei Romanos
A. Ele não está sob a lei com a pena que vem da mesma. Romanos
10:4; Gálatas 3:13. Cristo,
por Sua morte, tendo cumprido
as exigências da lei na íntegra para os
crentes, encerrou o poder da lei para condenar. Por esta razão, o crente não pode nun- ca
estar novamente em condenação e não tem os seus
pecados cobrados dele
como merecendo a pena da lei.
João 5:24; Romanos
4:7, 8; 8:1,
33, 34. O crente não pode pecar
com impunidade absoluta, pois Deus lida
com ele debaixo
da graça como
um filho, e não como
estando debaixo da lei. 1 Coríntios 11:31,32; Hebreus 12:7.
B. Ele não está sob
a lei como uma força
externa forçando a sua obediência. Ele tem a lei escrita
no seu coração (Hebreus 8:8-10;
10:16, 2 Coríntios 3:6.).
C. Ele não está sob a lei no sentido de ter que ganhar com a lei uma justiça meritória. Ele já a tem em Cristo através
da fé, como
já foi assinalado.
D. Ele não está sob a lei mosaica como um todo,
nem qualquer parte
dela, como tal, em qualquer sentido.
A lei mosaica foi a lei de Deus para uma nação terrestre. Como tal, foi um ajuste
da regra original e perfeita de justiça. Isso é mostrado no Sermão da Montanha, em que Jesus
mostrou as bases
de alguns dos
preceitos da lei mosaica, mostrando o seu âmbito limitado. Que o crente
não está sob a lei
de Moisés é mostrado em 1 Coríntios 9:21. A lei de Cristo
é simplesmente o reino perfeito
e eterno da justiça
nas mãos de Cristo.
2.
PAZ COM DEUS
Romanos 5:1.
O crente tem paz com Deus por causa e pelo conhecimento de todos estes benefícios.
Postado por
Clavio J. Jacinto
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