Homem Falido e Graça Divina

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Um dos capítulos mais notável de “Mente em Chamas” de Blaise Pascal é o capitulo 7, sobre contradições humanas. Pascal aborda bem a condição do homem incrédulo e sem Deus, me faz lembrar de outro livro magnífico; “Nascido Escravo” de Martinho Lutero. Qualquer homem que avança no estágio espiritual percebe a condição terrível do homem caído e falido. O problema do homem é seu estado natural de falencia total, assim carece ele de ajuda do Espírito Santo para se erguer das ruínas da queda, mesmo recebendo ajuda promissora do Senhor o homem ainda se envolve com seu egoísmo, notável que mesmo pessoas regeneradas tendem a ficar em vigilância com o próprio ego a fim de não cair nos laços que o diabo faz usando as cordas do egoismo humano. O que aprendi com a leitura do livro de Pascal firmou mais ainda minhas convicções de uma dependência permanente do Senhor para não cairmos na escravidão do ego, assim depois dessas leituras a partir dos livros de Pascal e Lutero, fiz a conclusão: O ego do homem é um dos maiores ídolos que se estabelece dentro dele, o ego é avaro, orgulhoso e materialista, deforma todo o caráter humano e faz com cada um de nós torne-se como criaturas terríveis e odiáveis e porque não dizer, como as piores criaturas do universo. O caminho da santidade faz homens bons mas o custo é muito elevado, pelo precipício da devassidão é mais fácil o homem tentar satisfazer os desejos da sua alma, tentando saciar a fome do seu proprio egoismo.

Tecnognose

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A computação é a essência da ordem. Ela fornece a capacidade para que uma tecnologia responda de forma variável e apropriada ao seu ambiente para executar sua missão. (Ray Kurtzweil em: A Era das Máquinas Espirituais). A missão da tecnologia na perspectiva dos transhumanistas, é a conquista da imortalidade mediante o conhecimento adquirido através de muitos anos, processado desde o centro do ego, para convergir num novo sistema que possa unir homem e máquina, para dar início a uma nova raça. Essa é tecnognose, o homem é seu próprio salvador usando a tecnologia para alcançar a imortalidade e se tornar um deus.
Não é admirável hoje em dia que a fé secular ganha novas proporções a medida que o tempo avança? Muitos cientistas não somente estão crendo na redenção humana pela tecnologia avançada, como também estão cada vez mais cativos á idéia de que há vida inteligente no espaço e que em breve a planeta receberá a visita de seres oriundas de outros planetas. As duas crenças tem se fortalecido muito nas últimas décadas, de modo que muitos estejam otimistas quanto a isso. O processo dessa mudança de paradigma se dá justamente por causa dos pressupostos evolucionistas, essa tendência é puramente racional e secular, é o fruto da incredulidade institucionalizada, a primeira evidencia que se expõe nisso é que o homem não vive em um estado puramente racional e secular, ele precisa de uma transcendência, e o transhumanismo, principalmente o hedonista, preenche esse quesito, assim como também a fé em uma raça alienígena ultra-avançada, que alcançaram esse estágio pelos mecanismos da teoria da evolução darwinista, a fé otimista é que uma super raça esteja vivendo num planeta orbitando uma estrela do imenso universo que nos rodeia. Mais exótica ainda é a crença de que em breve eles surgirão no nosso espaço, e farão um pacto com os governos deste mundo.  Essas novas divindades serão adoradas, idolatrado, reverenciadas pelas pessoas em todo o mundo. Tudo porém não passa de uma ilusão montada com o fim de produzir o engano final, esse nível de engano profundo será mais aceitável pela sociedade porque terá o endosso de grandes cientistas e filósofos da nossa era, que cegos pelo orgulho humanista, diante dos acontecimentos, serão proclamados como profetas de uma nova era, quando se derem conta da enganação sofisticada em que ficaram enredados, para a grande maioria, será tarde demais...
A vã filosofia alcançará seu auge (Colossenses 2:8) a velha mentira se repete desde a antiguidade (Genesis 3:4 e 5) pois o diabo engana todo o mundo (Apocalipse 12:9) Assim, a criatura será honrada no auge desse sistema, e o Criador será ignorado e esquecido (Romanos 3:24 e 25)

C. J. Jacinto

Livreto Gratis: 100 Pensamentos Selecionados

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Depois de decadas pregando, estudando, pesquisando, fiz essa seleção de reflexões, o livreto assim como todas as minhas obras são oferecidas gratuitamente.






Link para download:

https://drive.google.com/file/d/1OXUhro95q-_kHQTRDkVpWPO0bg12lKpu/view?usp=sharing

AS DUAS CAUSAS DA ENCARNAÇÃO DO VERBO DE DEUS

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Bíblia aponta para duas causas distintas da encarnação do Verbo e que estão unidas em um só propósito magnífico que revela a preciosa graça de Deus para com o pobre pecador. Lemos isso em Romanos 4:25 “O qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação”.  A primeira  causa da encarnação do Verbo, a vinda do Filho de Deus a esse mundo, foi por causa da condição do homem pecador, assim na queda o homem é expulso por Deus da Sua presença, mas quando o homem anda errante no seu desterro, é Deus queM busca o desterrado. Assim o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, se faz sacrifício em substituição, morrendo no lugar do pecador, tomando a sua condenação, e a causa inclui que vai tomar a maldição que não lhe pertence mas é totalmente do pecador, porém Cristo, o Verbo Divino assume o lugar do condenado, e morre no maldeiro (Galatas 3:13). Todos pecaram (Romanos 3:5) é bem verdade, estão mortos em seus pecados,  o homem pecador é um cadáver espiritual, está morto em ofensas e pecados (Efesios 2:2) terrível e pavorosa condição. Mas Cristo, o Verbo de Deus, o Cordeiro imaculado, vai dar a sua vida pelo Seu próprio sangue, e nos resgatar da nossa vã maneira de viver “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como um cordeiro imaculado e incontaminado” (I Pedro 1:18 e 19) assim a conclusão é que Ele toma sobre si os nossos pecados (I Pedro 2:24) “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores.”(I Timoteo 1:15) Pago de forma perfeita e eficiente, obra consumada e eficaz, dá vida ao pecador condenado, e essa é a causa primeira, distinta da segunda, porque a primeira ´pe a causa da segunda, que por sua vez, vem como resultado da obra tão eficaz que foi realizada pelo verbo na cruz do Calvário. Que grande maravilha! pois Paulo diz que Cristo foi entregue por causa de nossas transgressões, mas ressuscitou por causa da nossa justificação (Romanos 4:25) assim a segunda causa não é menos importante de maneira alguma, porque a ressurreição é a verdade da vida abundante que Cristo pode dar por cada pecador que crer no evangelho. A ressurreição é a garantia da perfeição e eficiência da morte de Cristo em favor dos pecadores, é uma causa segunda por ordem de importância, e essa ressurreição literal é uma obra de riquezas inescrutáveis, a pérola da salvação foi obtida pelas feridas de Cristo, as suas chagas profundas selaram uma obra perfeitamente eficaz e nos possibilita a regeneração, por isso somente Ele pode oferecer a vida em abundância (João 10:10) pois somente Ele tem para nos dar, é verdadeira também o fato de que somente Ele pode conceder a vida eterna através do perdão dos pecados que é oferecido a todos os que crerem na causa primeira “Ele foi entregue por causa das nossas transgressões” pois ela nos remete para a maior vitória do universo, o triunfo do sacrifício vicário de Cristo sobre o salário do pecado “Ressuscitou por causa da nossa justificação”. Crê o amado leitor nessas duas causas? pois o mesmo Senhor que ressuscitou literalmente voltará triunfante, amém.



C. J. JACINTO

A Superstição do Acaso

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Falar Sobre a complexidade das coisas tentando buscar suas origens no nada e no acaso é uma mágica cientifica, um fetichismo filosófico, uma superstição sofisticada. O nada não é uma entidade para fazer coisas. Forças cegas não podem organizar complexidade, principalmente organizar coisas altamente intricadas em meio ao caos. Então posso afirmar com toda a certeza do coração, com forte convicção, nada é nada, porém é uma verdade absoluta: Deus é tudo e criador de tudo
                            

“Uma  exigêngia-ghave  para  um  progesso  evolugionário  é  um  registro “esgrito de realização, pois senão o processo estaria condenado a sempre encontrar   soluções   para   problemas   já   resolvidos.   Para   os   primeiros organismos, o registro era escrito (incorporado) em seus corpos, codificado diretamente  na  química  de  suas  estruturas  celulares  primitivas.  om  a invenção  da  genética  com  base  no  DNA,  a  evolução  havia  projetado  um computador digital para registrar seu trabalho manual. Esse projeto permitia Experiências mais complexas. Os agregados de moléculas chamados células se  organizaram  em  sociedades  de  células  com  a  aparência  das  primeiras plantas  e  animais  multicelulares  por  volta  de  700  milhões  de  anos  atrás. Para  os  próximos  1s0  milhões  de  anos,  os  primeiros  planos  de  corpos básicos  dos  animais  modernos  foram  projetados,  incluindo  um  esqueleto baseado  em  coluna  vertebral,  que  forneceu  aos  primeiros  peixes  com  um eficiente estilo de natação.”
Fonte: A Era das Maquinas Espiirtuais. Ray Kurzweil. Pagina 28 Editora Aleph

G. K. Chesterton Pensador cristão:

“Os materialistas evolucionistas vêem-se bem representados na visão de que todas as coisas vêm de um ovo, um germe oval indistinto e monstruoso que, por acaso, põs-se a si mesmo”

Fonte: O que há de Errado com o Mundo. Editora Ecclesiae Pagina 29

R. C. Sproul, teologo cristão

“O acaso não é uma entidade. Não-entidades não tem poder porque não existem. Dizer que algo acontece ou é causado pelo acaso é atribuir poder instental ao anada. Mas é absurdo afirmar que nada produziu algo. O nada sequer existe e, logo não tem poder para causar algo”

Fonte: Enciclopedia Apologetica. Norman Geisler. Editora Vida Pagina 9

Francis Schaeffer filosofo e pensador cristão:

“Estamos considerando a existencia o fato de que algo exista. Lembre-se da declaração de Jean Paul Sartre, de que a questão filosófica básica é que as coisas existem, ao invés de que não existem. A primeira resposta elementar é que tudo o que existe originou-se de absolutamente nada. Em outras palavras, parte-se do nada. Agora para se sustentar esta visão, é preciso que seja absolutamente nada. é preciso que chamo de nada de nada. O nada não e ser algo; nem algo, nada. Se quisermos aceitar esta resposta, tem que ser nada de nada, o que signi que não pode haver nenhuma energia,nenhum movimento e nenhuma personalidade.”

Fonte: O Deus que se Revela. Francis Schaeffer. Editora Cultura  Cristã. Pagina 46


Clavio J. Jacinto



Suficiencia das Escrituras

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A VINDA DO DIA MAU

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Evolucionismo Dogmatico

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“A teoria darwiniana é constantemente proposta no âmbito da estudos, históricos e científicos, da escola primária à universidade, em uma versão estereotipada, resumida mais ou menos no seguinte esquema: o a vida se originou de um mero caso ; as inúmeras espécies vivas que existem ou existiram na Terra são o resultado do acaso e da seleção natural ;o ser humano evoluiu casualmente a partir de seres semelhantes aos macacos atuais, através de uma série de ‘elos de conexão’ semi-humanos.  Darwin e sua teoria, no entanto, agora se tornou uma tópico de fogo cruzado, que gera controvérsias ferozes e muitas vezes partidárias de ambos os lados, pós e contra; existe, de fato, uma frente ‘darwinista’ implacavelmente entricheirada em defesa da ‘teoria’, que se opõe igualmente determinada frente "anti-darwinista", que a ataca. As razões para tanto determinação é compreensível, dado que a controvérsia a favor ou contra Darwin toca diretamente em questões como a origem do homem e da vida, a presença de um design inteligente subjacente à natureza ou ao invés do absoluto aleatoriedade dos eventos, a existência ou não de um Deus etc. O debate, portanto, transbordou da esfera acadêmica estreita, estendendo-se como um incêndio florestal e se espalhou por toda parte, menos do que na escola, onde A teoria darwiniana ainda está sendo proposta aos estudantes até hoje como uma teoria monolítica, acrítica e irrefutavel. As razões para esse dogmatismo são ditas em breve: apresentar a teoria da Darwin como uma verdade única e infalível, acima de tudo significa alguém  defender certa visão - a científica (ou a visão de um cientista?) - da realidade, em oposição a uma visão ‘sobrenatural’ ou religiosa.” .”(A Fabrica de Manipulação: Enrica Perucchietti - Gianluca Marletta – tradução livre)

A ILUSÃO DA DEMOCRACIA MODERNA.

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A democracia é o pior dos regimes políticos, mas não há nenhum sistema melhor que ela. (Winston Churchill) Essa declaração de Churchill tem um sentido definido pelo contexto da experiência de vida política que ele teve. Porque a democracia colocou Adolf Hitler no poder, por isso é lógico concluir que uma ditadura totalitarista surgiu no útero da democracia alemã. Então o que vimos hoje, o fim da privacidade e o surgimento de uma democracia digital que invade a privacidade de cada individuo global e impõe regras de controle, é uma mudança de paradigmas políticos fazendo do termo “democracia” apenas um neologismo.  A percepção sobre um estado que controla indivíduos mesmo em tempos de democracia, já vem de alguns filósofos antigos, por exemplo: Thomas Hobbes (autor do livro Leviatã) e outros, porém devido ao fato d estamos vivendo essas mudanças hoje, o risco de cairmos na mesma gravidade do totalitarismo que surgiu na Europa na segunda guerra mundial é grande. Aliás, tudo indica que a sociedade esteja caminhando nessa direção. Não estou falando sobre um ressurgimento do nazismo, mas do espírito que impulsionou a plataforma do totalitarismo alemão naquela época. A diferença é que agora estamos bem mais avançados tecnologicamente de modo que a eficácia de um estado totalitário de controle total de cada individuo é antes de tudo, uma ameaça bem mais terrível, nossos tempos são tempos perigosos. Mas creio que o problema maior seja a falta de discernimento dos cristãos. Embora a bíblia aponte para um futuro mundo de controle total, parece que hoje em dia, temos um numero muito grande de pessoas que professam a fé cristã e não estejam preparadas para entrar em um sistema que tenha um controle total de cada pessoa que deseje usufruir de um neo-capitalismo pautado em um sistema digital de controle total. O problema principal dessa mudança de sistema, onde a privacidade está acabando é que não há muita resistência para isso, não estamos preocupados com o fato de que estamos sendo rastreados, vigiados e dados pessoais estão sendo coletados pelo sistema que estamos usando, e isso principalmente para usuários de internet. A liberdade pessoal está sendo a moeda de troca para recebermos todos os “benefícios” desse sistema global de monitoramento e rastreamento de indivíduos. Muito bem, embora exista meios alternativos de sairmos da vigilância quase onipresente do olho digital global, a verdade é que pouca gente realmente se interessa por isso. O meio pelo qual toda a plataforma do controle total se dá de forma tão rápida é justamente por causa da pouca resistência, inclusive entre os cristãos, que embora conheçam certas passagens da s Escrituras (apocalipse 13 por exemplo) não se dão ao luxo de vigiarem mais em um mundo cada vez mais restrito por causa do monitoramento digital de pessoas em qualquer parte do mundo. A maioria esmagadora dos usuários de mídias nem sequer percebem ou fazem idéias que suas conversas estão sendo gravadas e ouvidas, em uma pagina que aborda o assunto afirma: “O mais recente escândalo de espionagem até o momento: revelações sucessivas sobre assistentes de voz do Google, Apple e Amazon, que gravaram as conversas dos usuários sem o seu conhecimento.” (1)
 Deveríamos estar assustados com isso, em estado de alerta, vigiando e tomando muito cuidado, mas o encanto das novas tecnologias é difícil de ser quebrado. Então aceitamos o negócio, o vicio da tecnologia nos remete para um beco sem saída, não é preciso afirmar que praticamente todos parecem estar dispostos a não perderem esse mundo encantado que a tecnologia nos oferece, viver fora do paraíso digital é impensável para alguns e impõe um estado desesperador para outros.  O sistema democrático atual funciona em meio a pequenas oligarquias e um olho central mundial que dá suporte as oligarquias que já funcionam dentro desse novo sistema “tecnosocial”. Infelizmente, isso pode ser observado de forma muito clara com o problema social causado pela pandemia do “coronavirus” e o meio como muitos governos trataram o problema na tentativa de impedir o contágio e disseminação do covid-19: Controle e monitoramento de pessoas via telefonia móvel com acesso a internet. A vigilância digital ganhou assim expressão e provou que um sistema de controle total e o fim da privacidade bem como da democracia tal como conhecemos é um fato irrefutável! O que surge no cenário atual é um neologismo; “democracia digital” onde o indivíduo entra no mundo do faz de contas que tem liberdade e privacidade mas já vendeu a sua credulidade ao sistema que o vigia durante todo o tempo.


C. J. Jacinto

CRISTIANISMO BIBLICO CONTRA O PAGANISMO

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A respeito da fé cristã que durante todo o tempo em que morreu o ultimo apostolo e encerrado o cânon do Novo Testamento, alguns anos depois a reintrodução de elementos pagãos na igreja pode ser observado por qualquer pessoa que tenha a mente aberta. Paulo já tinha percebido a realidade desse desvio (Atos 20:29) durante toda a era joanina, tempo em que o apostolo ficou desterrado em Patmos, Jesus apresentava o quadro doutrinário de muitas igrejas em Apocalipse 2 e 3. Aqui temos fatos bíblicos e advertências sobre a permanência ou não na sã doutrina e os perigos que envolvem a apostasia. (Tito 2:1 I Timóteo 4:1 II Pedro 2:1 Colossenses 2:8 I João 4:1 a 5 etc.) A maior parte das ramificações da cristandade não são integralmente apostólicas, pois não permaneceram na doutrina dos apóstolos. Durante a reforma protestante, parece que os reformadores radicais (Anabatistas) perceberam que tanto a igreja católica que estava seriamente paganizada, quanto os reformadores, esses também ainda estavam apegados a muitas tradições pagãs.  Escritores e teólogos sérios entendem o valor dessas implicações que apresento aqui, mas eu gostaria de citar o autor católico Jean-Claude Barreau, no livro: Quem é Deus” (publicado pela Editora Vozes na década de 1970) lemos a confissão desse pensador católico a respeito da sua própria igreja e dos fatos decorrentes ao assunto que apresento nesse artigo:
“O cristianismo herdeiro do judaísmo dos profetas, que derrubavam os ídolos, lutou muito tempo contra Baal, mas recuperou em grande dose esta fé pagã. Podemos dizer que o próprio cristianismo foi ‘repaganizado’. No começo foi por zelo apostólico: era necessário utilizar os templos e as festas dos pagãos, não chocá-los desnecessariamente. Depois chegou-se até certa cumplicidade. a ‘repaganização’ do cristianismo foi tão profunda que o Papa chegou a ser designado de ‘soberano pontífice’ que era titulo dado ao sumo-sacerdote pagão de Roma. Uma estranha indulgencia para com todas as superstições tomou conta da igreja. Muitas vezes os próprios sacramentos foram e são compreendidos como ritos mágicos. Os padres, homens segregados, puros, depositários de estranhos poderes, revestidos de roupas especiais, eram assimilados inconscientemente aos feiticeiros da aldeia e as mulheres não podiam olhar-lhes na face. “
“Um ambiente onde dominava o pavor de Deus, a culpabilidade, uma idolatria a Maria abusivamente revestida dos méritos da grande Artemis.” Jean-Claude Barreau então prossegue com palavras decisivas e com coragem declara a respeito dessa descrição que ele faz do seu próprio cristianismo:
“a fé precisamente deverá libertar o homem de seus medos, pequenos ou grandes. Para que isto se torne possível será necessário antes libertar o cristianismo do obsceno culto a Baal”
Conclusão: o caminho de retorno é ficar com o Novo Testamento e viver segundo os seus princípios espirituais e doutrinários.

Clavio J. Jacinto



Dez maneiras de Adquirir Discernimento Espiritual

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Primeiro: estude todo o Novo Testamento de forma a se familiarizar completamente com o ensino de Cristo e dos apóstolos.
Segundo: Tente memorizar e estudar todas as passagens que tratam de apostasia, as advertências, os sinais e os elementos que compõem o fenômeno da apostasia para os últimos dias.
Terceiro: Leia bons livros de bons escritores, homens piedosos e de alguma forma contribuem para a permanência da sã doutrina em um mundo que se arrasta para o engano.
Quarto: Evite pregadores pragmáticos, maquiavélicos e relativistas, eles são responsáveis pela disseminação do erro no meio da cristandade.
Quinto; tenha uma bíblia padrão e não use versões modernas, ecumênicas e cheias de omissões e adulterações, procure saber qual era a bíblia dos grandes teólogos e pregadores do passado, e permaneça nas veredas antigas.
Sexto: Seja exigente consigo mesmo, procure sempre freqüentar uma igreja bíblica e envolver-se com cristãos bíblicos.
Sétimo: mantenha a vida cristã sob a guarda de uma vigilância constante orando e exercendo uma vida de piedade pratica.
Oitavo: Tente manter a disciplina da pureza mental a fim de viver debaixo da autoridade do Espirito de Cristo.
Nono: Não tenha uma percepção frágil, tudo o que envolve a vida eterna e a verdade precisa ser mantido com prudência e dedicação. Lembre-se que os bereanos foram nobres porque não tinham um conceito frouxo de espiritualidade mas eram exigentes quanto a biblicidade de um sermão.
Décimo: Seja dedicado ao estudo da teologia e se aprofunde nos estudos das Escrituras buscando sempre a doutrina com rigor, buscando um diálogo promissor com cristãos mais maduros e que tenham as respostas para a razão da esperança cristã.


Leitura complementar (Download grátis)

Transhumanismo e a Futura Religião Humanista

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O mundo pós-moderno e tecnológico, da inteligência artificial e da nanotecnologia forma um novo padrão de religião, porém dentro das velhas filosofias humanistas: a divindade do homem. é incrível como uma era de tecnologia avançada acaba produzindo novos profetas que apontam para o homem como uma divindade alternativa num sistema utópico pregado pelos mensageiros do transhumanismo. É o velho clichê diabólico do Eden, conferindo aos primeiros humanos a superstição da auto-divinização produzido pela independência de um Criador e a auto suficiência da criatura. No final das contas, a filosofia por trás desse otimismo humanista é a mesma linguagem satânica das eras mais primitivas da terra. Abaixo, trecho do livro: “A Era das Máquinas Espirituais de ray Kurzweil (Publicado no Brasil pela Editora Aleph.) . As predições profeticas dos adeptos dessa nova religião, confere novos “insights” com direito a crença da fusão homem máquina sem excluir  experiências espirituais como um direito desse futuro novo homem ciber-divino. Esse futurismo está ganhando cada vez mais força nesses últimos dias, já percebido por outras mentes em outros tempos, não somente por escritores de ficção científica, mas até mesmo por teólogos do quilate de Teilhard de Chardin, que de alguma forma ensinava um ponto omega da evolução humana. Além é claro desse otimismo na tecnologia e a crença no potencial humano já terem outros profetas também de outros tempos: os criogenistas. A resposta bíblica muitas vezes aponta para um oposto num avanço da sabedoria humana: “Dizendo-se sabios, tornaram-se loucos” (Romanos 1:22) e a consequencia dessa convergência da muita sabedoria se tornar em loucura vem um resultado aterrador: “Honraram e serviram mais a criatura do que o criador...”(Romanos 1:25)  o resultado final dessa tragédia filosófica é “Deus os entregou a um sentimento perverso...”(Romanos 1:27) a seguir um trecho do livro citado acima, apenas como uma forma de deixar claro que para um “admirável novo mundo humanista” o homem é seu próprio salvador e alcançar a imortalidade através de seus esforços científicos. Resumindo: o transhumanismo transforma o homem no seu próprio redentor.

“Segundo o autor, o intervalo de tempo necessário para a evolução e o aprimoramento tecnológico ficará cada vez menor com o passar dos anos. E é esta a tese que sustenta suas previsões e que, por mais fictícias que possam parecer a princípio, as torna perfeitamente plausíveis. Em menos de 100 anos as máquinas atingirão a mesma habilidade do cérebro humano um tempo ínfimo se comparado aos cerca de 1 bilhão de anos de evolução que os homens precisaram para desenvolver sua inteligência. Mas não ficarão por aí. Não será surpresa se num futuro próximo as inteligências artificiais adquirirem personalidade própria e sentimentos antes exclusivamente humanos, até mesmo Experiências espirituais.

Até 2099, a longevidade física atingirá proporções inimagináveis, e a imortalidade será possível por meio de um processo de transferência da mente para outro suporte que não o carbono de nossos corpos. A maioria das entidades conscientes não terá uma presença física permanente. Não haverá uma clara distinção entre homem e máquina e, possivelmente, criador e criatura se fundirão para formar uma nova espécie biotecnológica.” (A Era das Maquinas Espirituais. Ray Kurzweil. Editora Aleph)




Clavio J. Jacinto



Globalismo e Ideologia de Genero

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A Ideologia de genero é um sistema emergente pautado no relativismo moral que predomina na mentalidade pós-moderna. Essa sequencia de raciocinio de que não há absolutos definidos como macho e femea, homem e mulher, mas muitos generos dentro desses dois termos que já não são mais verdades basilares que determinam a especie, é puro equivoco, uma falacia filosofica sem embsamento cientifico mas puramente ideologico e nada mais do que isso. E o que dizer mais? de fato, ideologia de genero deveria ser chamado de heresia filosofica produto de uma apostasia cientifica.

“Em geral, a ideologia de gênero afirma que as diferenças sexuais entre homens e mulheres seria apenas ‘morfológico’ e que, em substância, eles dificilmente importariam; em vez disso, a diferença homem / mulher seria principalmente cultural; isto é, homens eles seriam homens apenas porque foram educados por homens, mulheres seriam mulheres só porque eles são educados por mulheres. Além disso, entre o homem e a mulher, haveria um número indefinido de outros "gêneros", que incluiria, entre outros, homossexualidade masculina, lesbianismo, bissexualidade etc. Os sexos, portanto, eles não seriam uma evidência natural, mas apenas um "caminho" com o qual a pessoa se percebe como resultado de condicionamento genético ou cultural ou, de acordo com outras versões, por "escolha" durante o curso da vida.”(A Fabrica de Manipulação: Enrica Perucchietti - Gianluca Marletta)



C. J. Jacinto

Heresia Globalista

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"Para alcançar um governo global, baseado nos pressupostos ideológicos do globalismo, não pode ser ignorado o esquema de aniquilação das grandes tradições espirituais que durante milenios form os guias da humanidade. O poder global não pode compartilhar das mesmas tradições opostas aos desígnios globalistas e muito menos com qualquer religião com doutrinas absolutas opostas ao relativismo de uma nova ordem mundial" (Tradução livre com adaptações de um trecho do livro: A Fabrica de Manipulação. Enrica Perucchietti e Gianluca Marletta. O livro original foi publicado em italiano)

C. J. Jacinto.

Tecnocracia Digital

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As Democracias estão naufragando e desde então tem surgido um novo tipo de democracia: a democracia digital de monitorizarão totalitarista. Cada vez mais o indivíduo está perdendo a privacidade e um novo mundo tecnocrático está surgindo, a vigilância do “grande irmão” do romance distópico de George Orwell é mais real do que nunca e a tendência é que em um curto espaço de tempo, haja um controle total a nível global. Parece que foi Aldous Huxley que disse: “Os fatos não deixam de existir porque são ignorados”. Estamos agora nesse momento em que você está lendo este artigo, o processo em que se encerra a democracia vinculada a livre expressão e privacidade. Os fatos não deixarão de ser reais e as ameaças desse sistema não irão diminuir se o leitor não ignorar esse divisor de águas que mudará o rumo da civilização. As coisas vieram a tona desde que o analista de sistemas norteamericano Edward Snowden de anunciou todo o sistema de vigilância digital da NSA (Agencia de Segurança Nacional dos EUA) E O PROGRAMA DE VIGILANCIA Prism. Isso ocorreu em 2013, e Snowden fez essa denuncia com provas documentais, ele acusou a NSA de invadir a privacidade de cidadãos em todo o mundo, denunciou a coleta de dados de usuários de internet (Roubo de dados de usuários do Google, Youtube etc.) Snowden foi acusado de roubo de informações sigilosas de propriedade do governo americano e fugiu para Hong Kong.
A partir desse fato, o que ocorre no mundo todo é que cada vez mais a privacidade está indo embora e o grande olho digital está vigiando todos os cidadãos a nível global, e pouca resistência existe para que esse sistema ganhe proporções absolutamente totalitaristas, vigiando os passos , conversas e ações de cada cidadão no mundo. Al Buehrer Escritor de ficção cientifica, adverte: “não somos paranóicos, mas você sabia que os bancos de dados da ‘mente’ global são iguais aos olhos de Deus, tecnologicamente falando. Eles vêem um pardal cair...”
Nesse sistema de encantos tecnológicos, onde as pessoas passam a depender completamente da tecnologia para viver, se faz necessário alertar que os governos também estão organizando um sistema de vigilância total para nos controlar.  Outra verdade é que a tragédia que desponta no fim dos tempos pegará muita gente de surpresa, mesmo em meio as evidencias, porque além de trocar a liberdade pela segurança, a maioria não vê nenhuma ameça ou algo que seja incômodo em ser vigiado o tempo todo. Mas ouça o que diz Snowden: “Argumentar que você não se importa com o direito á privacidade porque não tem nada a esconder não é diferente de dizer que não se importa com a liberdade de expressão porque não tem nada a dizer” O problema do controle total é a perda da liberdade do individuo surge dentro de um cenário nada esperançoso para o mundo, mas e quanto aos cristãos? se a maioria permanecer indiferente diante dessa situação, apenas mostrar que estão mais interessados em si mesmos do que na verdade. As implicações que esse sistema de vigilância totalitária envolve será futuramente um problema para todos os que não aderirem ao relativismo que mais e mais se estabelece na sociedade. Desde muitas décadas, o movimento Nova era vem preparando terreno para o estabelecimento de uma religião global absolutamente relativizada que irá impor como crime os que aderirem a qualquer tipo de absolutos principalmente aqueles vinculados a fé cristã. Nenhuma forma de exclusivismo religioso será aceito quando o anticristo surgir no cenário mundial para exercer seu domínio absoluto sobre os povos, a paz e a segurança da maioria custará o sangue de uma pequena minoria que resistirá a todo o império relativista anticristão que se estabelecerá no mundo.  A pergunta é: os cristãos atuais estão cientes desses fatos?

CLAVIO J. JACINTO

A JUSTIFICAÇÃO

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Considerando que a maioria das religiões dão enfase aos méritos humanos como a forma legitima de alcançar a justificação perante Deus na apresentação das boas obras que tais insistem em dar valor regenerativo e o poder de apagar os próprios pecados, muitas heresias se desenvolveram através dessa visão salvifica, que, não tem apoio nas Escrituras. A salvação pelos méritos proprios é uma ilusão, um erro, é um caminho puramente humanista, não tem resplado nas Escrituras, ofende a graça de Deus. A seguir, aprsento o capitulo 7 da magnifica obra de T. P. Simmons, na sua extraordinaria Teologia Sistematica (Publicada no Brasil pela Imprensa Palavra Prudente) considerando que o referente capitulo dessa obra sistematica reflete muito bem o ensino biblico sobre o tema, apresento aqui como um meio de não cairmos em heresias humanistas, mas fortalecer a fé na obra consumada e perfeita de Jesus na cruz.

A Justificação










A justificação é aquele ato instantâneo, divino, eterno, gracioso, livre e judi- cial, pelo qual, Deus, devido ao mérito do sangue e da justiça de Cristo, liberta um pecador arrependido e crente da penalidade da Lei. Restaurado ao favor de Deus e considerado como possuindo a justiça imputada de Jesus Cristo; em virtude de tudo disso ele é adotado e feito como filho.

I - O AUTOR DA JUSTIFICAÇÃO

Deus é o autor da justificação. O homem nada tem que ver com a sua justificação, a não ser o recebê-la através da que o Espírito Santo o habilita a exercer. A Escritura declara: “É Deus quem os justifica” (Romanos 8:33). E outra vez lemos: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que em Cristo Jesus.” (Romanos 3:24).
De Cristo se pode dizer que nos justifica no sentido que Ele pagou o preço da redenção.

II    - A CAUSA E MOTIVO DA JUSTIFICAÇÃO DIFERENCIADOS

É apenas nos tribunais da terra que “causa” e “razão” encontram os usos aceitáveis como sinônimos. Num processo judicial uma “causa” significa a mes- ma coisa de “base” ou “razão” da ação. Em outros casos não devem ser con- fundidos e, principalmente, não devem ser confundidos com respeito à jus- tificação. Estritamente falando, a causa de uma ação é o agente, força motriz, base ou a razão pela qual, ou por causa de que, a ação é efetuada ou produzida. Na medida em que é adequado falar de uma causa mediata, ou causa relacio- nada, a referência aqui é a razão fundamental ou a causa originária. A razão básica, como usada aqui significa alicerce, base, aquilo sobre qual tudo tem o seu apoio principal.
Com estas definições diante de nós, estamos preparados para observar que o amor de Deus, acionando a Sua graça e misericórdia, é a causa de nossa justificação; enquanto a morte de Cristo e a expiação efetuada por essa morte, assim, é a razão básica, ou seja, a razão fundamental da nossa justificação. Que o amor de Deus é a causa da nossa justificação é claro nas duas passagens seguintes:
“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou... nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Efésios 2:4 e 6).
“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8).
Mas Deus não poderia de forma consistente basear, ou fundamentar, a nossa salvação em Seu amor, porque o amor, agindo sozinho, não poderia ig- norar nossos pecados de forma consistente. A justiça de Deus, decorrente de Sua santidade, tinha que ser satisfeita. Assim, era necessário que o amor for- necesse uma base justa para a nossa salvação. Romanos 3:25 e 26 diz em lin- guagem bela e impressionante como essa base foi fornecida. Por amor, Deus enviou Cristo para morrer para que Ele pudesse salvar os pecadores e ainda ser justo. Cristo foi uma “propiciação”. A propiciação é aquilo que propicia. Propiciar é apaziguar, conciliar. Um esclarecimento poderoso deste apazigua- mento e conciliação que ocorre na justificação nos é dada em Salmos 85:10 “A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.”
Qual a base fundamental desta reconciliação? Simplesmente o amor, mi- sericórdia ou graça de Deus? Não. Estes devem encontrar um alicerce, uma base justa, antes que eles possam se tornar eficazes no perdão do homem; senão a misericórdia violaria a verdade e a justiça de Deus iria ser anulada. O fundamento dessa reconciliação é a propiciação ou expiação feita por Jesus Cristo. As únicas pessoas que terão problema com esta declaração são aque- les que negam que Cristo prestou uma satisfação própria, real, completa, exata e absoluta à justiça retributiva pelo sofrimento de toda a penalidade da lei que os pecadores crentes merecem sofrer no inferno por seus pecados. Essas pessoas vão encontrar a base da justificação no amor e misericórdia soberanos de Deus ou em algo feito pelo pecador.

II       - OS MEIOS DA JUSTIFICAÇÃO

no sangue de Cristo é o meio de justificação. Estude Atos 13:89; Romanos 3:24-25 e 28; 5.1 e 9; Gálatas 2:16. É bom notar a partir dessas passagens que a pela qual somos justificados não é no amor, graça e mi- sericórdia de Deus, mas naquilo que o amor, a misericórdia e a graça de Deus forneceram, ou seja, o sangue de Cristo. Este fato explica melhor a discussão anterior.
Pela fé a justificação é aplicada e a torna pessoal ou experimental. É assim que chegamos ao gozo dos benefícios da morte expiatória de Cristo.
Fé, como estudamos anteriormente, não tem mérito em si, quando so- zinha. Não é uma mão cheia oferecendo algo, mas uma mão vazia recebendo algo. O exercício da vem da obediência interna. É por causa deste fato que a Escritura alude a “obediência da fé” (Romanos 16:26), a obediência ao Evangelho (Romanos 10:16: II Tessalonicenses 1:8; 1 Pedro 4:17) , “obediência à verdade” (I Pedro 1: 22)... e obedecendo “de coração à forma de doutrina a que fostes entregues.” (Romanos 6:17) Mas isso não é a obediência meritória. É total- mente sem mérito como é o ato de um mendigo em comer alimentos que têm sido dado a ele.
A justificação é pela fé, pelas seguintes razões:
Para que seja segundo a graça Romanos 4:16. A jactância pode ser excluída Romanos 3:27.
Porque pela somos identificados com Cristo da mesma forma que fomos identificados com Adão pelo nascimento natural. Atos 13:39 deve-se ler, “nEle”, em vez de “por Ele”; 1 Coríntios 1:30; 15:22; Efésios 2:5,6; Colossenses 3:3; I João 4:17. “A união com Adão e com Cristo é a base da imputação. Mas o paralelismo é incompleto. Enquanto o pecado de Adão é imputado a nós, porque é nosso; a justiça de Cristo é imputada a nós, simplesmente por causa de nossa união com Ele, de maneira nenhuma por causa da nossa justiça pessoal. No primeiro caso, a virtude é levada em conta, no outro não está. No pecado, nossos delitos estão incluídos; na justificação nossos merecimentos são excluídos. (H. B. Smith, Presbyterian Review, Revisão Presbiteriana, Julho 1881)
Porque a “opera pelo amor.” (Gálatas 5:6); é o meio pelo qual Cristo habita em nosso coração (Efésios 3:17-19; Gálatas 2:20); pelo qual somos progressivamente transformados na imagem de Cristo em nossas vidas (Romanos 1:17, 2 Coríntios 3:18.); e, portanto, estamos impedidos de converter “em dissolução a graça de Deus” ( Judas 4). “Assim Deus constituiu a alma que as afeições, e também a consciência, são afetadas e controladas pela fé; e a pureza de uma e integridade da outra, e a atividade de ambos, dependem daquilo que o homem crê; sendo isso verdadeiro, nenhuma mente pode evitar a convicção de que o princípio da fé, que Cristo colocou na base do sistema cristão é, sendo a natureza das coisas, o único princípio pelo qual os po- deres morais do homem podem ser trazidos para uma atividade feliz, harmoniosa e perfeita “( J. B. Walker, Philosophy Plan of Salvation, Filosofia do Plano de Salvação, pág. 177).
Não conflito entre Tiago e Paulo sobre a questão da justificação pela fé. Paulo usou a palavra grega “dikaioo” para significar “declarar, pronunciar alguém jus- to, com justiça, ou aquilo que ele deveria ser”, enquanto Tiago usou a mesma palavra para significar “mostrar, exibir, evidenciar alguém ser justo ou aquilo que ele deveria ser. Paulo diz que Abraão foi justificado, no sentido daquela definição que ele usa o termo, antes da circuncisão (Romanos 4:9,10), enquanto Tiago diz que Abraão foi justificado, no sentido daquela significação que ele usa o termo, quando se ofereceu Isaque. Referência ao Gênesis 17, revela que Abraão foi circuncidado um ano antes do nascimento de Isaque, que está registrado em Gênesis 21. Isaque tinha aproxima- damente 25 anos de idade na época de Abraão oferecer-lhe. Assim, é claro que Paulo e Tiago não estavam falando da mesma coisa.
Para outros casos em que a palavra grega é usada no mesmo sentido em que Tiago usa, veja Mateus 11:9 e 1 Timóteo 3:16. Além disso, note que Tiago afirma com Paulo que “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça” (Tiago 2:23).

II        - A NATUREZA DA JUSTIFICAÇÃO


1.   É INSTANTÂNEA
É um ato e não um processo. Ela ocorre e é completa no momento em que o indivíduo crê. Não admite graus ou fases. Do publicano se diz ter descido à sua casa justificado. Ele foi justificado completamente no momento em que colocou sua na obra propiciatória de Cristo.1 Refere-se à justificação do crente sempre no tempo passado. Em toda a Bíblia não o mais leve vislumbre de um processo contínuo na justificação.

2.     É ETERNA
Quando alguém é justificado, está justificado por toda a eternidade. A justifica- ção não pode jamais ser revogada ou revertida. É uma vez para sempre até a eterni- dade. Por essa razão Deus pergunta: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus?” (Romanos 8:33). Cristo pagou o resgate inteiro e fez a satisfação completa por todos os crentes; doutra maneira Cristo teria de morrer outra vez, ou então o crente cairia em condenação pelos seus pecados futuros. Mas lemos que a oblação de Cristo se fez uma vez (Hebreus 10:10), e que o crente “não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” ( João 5:24).
             
(Não esquecendo-nos que a Obra propiciatória de Cristo tem sua eficácia mesmo antes dos acontecimentos que se deram no Calvário. A Bíblia deixa claro que, antes do Calvário, a salvação se dava pela no Salvador que haveria de vir.)


Tendo a posição do crente em foco, ele passou o juízo. Foi julgado e absolvido completa e eternamente. Que Paulo ensinou uma justificação eterna e imutável mos- tra-se no fato de ele sentir-se responsável a defender sua doutrina contra os ataques dos que contenderiam que tal doutrina dava licença a pecar. Esta é a acusação que se faz hoje contra a doutrina que ora estabelecemos.
Finalmente lemos: “Porque com uma oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados.” (Hebreus 10:14). É verdadeiro que são os santificados considerados neste contexto, mas é aplicável aos justificados também; porque, santificados e justificados são um. Se os santificados são aperfeiçoados para sempre, assim são os justificados. A perfeição aqui é a de posição diante de Deus.

1.     É GRACIOSA E LIVRE
O pecador não merece nada das mãos de Deus, a não ser a condenação. Logo, a justificação é inteiramente de graça. Está assim estabelecido em toda parte na Escritura, exceto por Tiago que empregou o significado secundário do termo. No sentido primário do termo a justificação nunca é representada como sendo pelas obras ou obediência do homem. Veja Romanos 3:20; 4:2-6; Tito 3:5.
E, enquanto que a justificação é baseada na obra meritória e expiatória de Cristo, contudo, da parte de Deus, é livre e espontânea, desde que Deus não estava sob nenhuma obrigação de permitir a Cristo agir como nosso substituto.

2.     É SOMENTE JUDICIAL E DECLARATIVA
A justificação, no sentido primário, é um termo forense ou judicial. É um ato feito no tribunal celestial. Não faz o crente internamente justo ou santo. Fá-lo justo apenas quanto à sua posição. Muitos sempre confundem a justificação com a santifi- cação; mas tais não são a mesma coisa. Justificação é apresentada como o oposto de condenação, ao passo que santificação como o oposto de uma natureza pecaminosa. Veja Romanos 5:18.
1.   RESTAURAÇÃO AO FAVOR DE DEUS
A justificação não apenas liberta meramente o homem da penalidade da Lei: fá-lo à vista de Deus como um que nunca quebrou a Lei. A justificação torna o crente tão inocente perante Deus em relação à sua posição como Adão foi antes de cair.

2.     IMPUTAÇÃO DA JUSTIÇA DE CRISTO
As passagens seguintes ensinam que, na justificação, a justiça de Cristo nos é imputada ou dada: Romanos 3:22, 4:3-6, 10:4; Filipenses 3:9.
Que a justiça é o assunto nessas passagens é provado pelo fato de que Cristo é “para nós foi feito... Justiça” (1 Coríntios 1:30) e temos essa justiça “em” Cristo (2 Coríntios 5:21). É ainda provado por Romanos 5:18,19, onde é dito que temos recebido a justificação “por um ato de justiça” e “somos feitos justos” “pela obe- diência de um”, e Este “um” é, certamente, Jesus Cristo. Comenta D. B. Ford muito apropriadamente:
“Paulo não tem onde usar a frase exata: Deus imputa a nós a justiça de Cristo sem as obras, mas equivale à mesma coisa quando ele fala da justiça de Deus, que será nossa pela em Jesus Cristo, quando ele afirma que somos justificados gratuitamente e por graça pela redenção que em Cristo Jesus; quando afirma que ‘justificação de vida’ é através do ato justo e da obediência do segundo Adão; que a nossa em Cristo, pela qual somos justificados, é imputada a nós por jus- tiça; que Cristo é o fim da lei para a justiça; que ele é feito para nós justiça; e que nos tornamos a justiça de Deus nEle” (An American Commentary on the New Testament, Um Comentário Americano sobre o Novo Testamento).

Nas passagens dadas na discussão anterior é evidente que a justiça de Cristo é igual à obediência de Cristo. A chave para o significado da obediência de Cristo é dada em Filipenses 2:8 e Hebreus 5:8. Foi a obediência feita num estado de humi- lhação. Objeta-se por parte de alguns que, como homem, Jesus devia obediência à lei para si mesmo, por isso Ele não poderia obedecê-la para nós. É verdade que Jesus, como homem, devia obediência à lei, em respeito ao homem, mas, como Deus, Ele não devia obediência à lei, para com o homem. Como Deus, Jesus devia obediência às leis de justiça, como elas dizem respeito a um ser infinito. Nem Deus está isento de lei. Ele não pode desobedecer à lei, em respeito ao ser infinito (isto é, Ele não pode fazer o que é errado para Ele) e permanecer Deus. Mas Deus, sendo infinito e, portanto, independente, tem direitos e prerrogativas que não pertencem ao finito e dependente homem. Por exemplo, ao homem é ordenado não matar, mas Deus pode tirar a vida como Lhe agradar, porque Ele é o doador da vida. Ao homem é ordenado não julgar, mas Deus julga. Ao homem é proibido gloriar-se em si mesmo, mas a glória pertence a Deus essencialmente.
Portanto, quando Jesus trouxe divindade em união com a humanidade na encarnação, a divindade era voluntária e gratuitamente sujeita à lei de Deus para o homem. Isto foi verdadeiramente tão vicário e substitutivo como Sua morte na cruz. E foi necessário para fazer-nos positivamente justos. Não é suficiente que sejamos perdoados, desculpados. Isto, por si só, isentar-nos-ia do inferno, mas não teria nos dados direitos ao céu. Para ter direito ao céu, temos de ter o mérito positivo e perfeito de Jesus Cristo. Hebreus 10:14.

1.    ADOÇÃO DE FILHOS
Lemos: “Deus enviou Seu Filho... para remir os que estavam debaixo da Lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” (Gálatas 4:4,5). É na base desta redenção que somos justificados. A adoção é o clímax da justificação. Cristo tomou nosso lugar; portanto, quando cremos nEle, tomamos Seu lugar como um filho. É assim que recebemos o direito de nos tornarmos filhos. A adoção é necessária para que sejamos “herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo” (Romanos 8:17), e para que tenhamos direito legal à herança “incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus” para nós (1 Pedro 1:4). Quando fomos justificados, já éramos filhos do diabo. Não podíamos ser ‘desnascidos’ como tais. Por isso tínhamos de ser transferidos da família do diabo para a de Deus por adoção. Tornamo-nos filhos experimentalmente pela regeneração, mas legalmente pela adoção. Regeneração e adoção não são as mesmas.

2.     LIBERDADE DA PENALIDADE DA LEI
As seguintes passagens afirmam este benefício: Romanos 6:14; 7:4-6; 10:4; 1 Coríntios 9:21; Gálatas 2:19, 5:18. O que essas passagens significam? Elas devem ser entendidas corretamente à luz do ensinamento neotestamentário como um todo.
1)  sentidos em que o crente está sob a lei de Deus e de Cristo

A.   Ele está sob a lei de Cristo quanto à prova de salvação em sua vida. João 14:24; 1 João 2:4.
B.  Ele está sob a lei de Deus enquanto o Espírito trabalha nele a justiça da lei. Romanos 8:4.
2)   sentidos em que o crente não está debaixo da lei Romanos

A.  Ele não está sob a lei com a pena que vem da mesma. Romanos 10:4; Gálatas 3:13. Cristo, por Sua morte, tendo cumprido as exigências da lei na íntegra para os crentes, encerrou o poder da lei para condenar. Por esta razão, o crente não pode nun- ca estar novamente em condenação e não tem os seus pecados cobrados dele como merecendo a pena da lei. João 5:24; Romanos 4:7, 8; 8:1, 33, 34. O crente não pode pecar com impunidade absoluta, pois Deus lida com ele debaixo da graça como um filho, e não como estando debaixo da lei. 1 Coríntios 11:31,32; Hebreus 12:7.
B.  Ele não está sob a lei como uma força externa forçando a sua obediência. Ele tem a lei escrita no seu coração (Hebreus 8:8-10; 10:16, 2 Coríntios 3:6.).
C.   Ele não está sob a lei no sentido de ter que ganhar com a lei uma justiça meritória. Ele a tem em Cristo através da fé, como foi assinalado.
D.  Ele não está sob a lei mosaica como um todo, nem qualquer parte dela, como tal, em qualquer sentido. A lei mosaica foi a lei de Deus para uma nação terrestre. Como tal, foi um ajuste da regra original e perfeita de justiça. Isso é mostrado no Sermão da Montanha, em que Jesus mostrou as bases de alguns dos preceitos da lei mosaica, mostrando o seu âmbito limitado. Que o crente não está sob a lei de Moisés é mostrado em 1 Coríntios 9:21. A lei de Cristo é simplesmente o reino perfeito e eterno da justiça nas mãos de Cristo.

2.    PAZ COM DEUS
Romanos 5:1. O crente tem paz com Deus por causa e pelo conhecimento de todos estes benefícios.