Relativismo e o Século da Obscuridade Espiritual





 Percebendo as tendências malignas do presente século, o pastor
Hernandes Dias Lopes escreveu: “Desde Emmanuel Kant, com sua obra "a crítica da razão pura", que a sociedade deixou de pensar em termos de verdade absoluta. Hegel, conhecido como o ditador filosófico da Alemanha, aprofundou essa cova, quando postulou a idéia de que a verdade é relativa. Esses conceitos se consolidaram na pós-modernidade. Agora, o entendimento pós-moderno é que cada um tem sua própria verdade. A verdade deixou de ser objetiva para ser subjetiva. Com isso, assistimos estarrecidos, não apenas um ataque aos valores morais, mas uma inversão dos valores morais. O profeta Isaías já havia denunciado essa atitude: "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!" (Is 5.20). É isso que estamos vendo na mídia todos os dias. Faz-se apologia do aborto, do adultério, do homossexualismo, da violência, da mentira. Porque plantamos uma idéia falsa no passado, estamos fazendo uma colheita maldita hoje. É tempo de alçarmos nossa voz e denunciar o perigo da inversão de valores!”.  Que o espírito do erro se estabeleceu completamente em nossos dias, e terá pleno domínio nos próximos anos, não há duvida nenhuma. Quem corre os maiores riscos? O cristão. O primeiro fato que desejo estabelecer é que agora, surge desde instituições mundiais que pavimentam o caminho do anticristo, como a ONU e a EU, uma nova tolerância sob a capa da intolerância, a pluralidade de verdades religiosas, para estabelecer a utopia do “irenismo”, ou seja um mundo plural, onde cada verdade deve ser particular, tendo como partida a crença de que todas as religiões são verdadeiras e legitimas e portanto não deve existir em hipótese alguma o proselitismo e qualquer tipo de disputas apologéticas. As Nações Unidas, vem exercendo um papel central para a mudança desses paradigmas, e o notável é que cada vez mais essa organização torna-se anticristã, opondo-se aos valores ocidentais que foram cimentados pelos  valores morais judaico cristãos. Inclinando-se e adotando ideais anticristãos de cunho místico esotéricos, abraçando o ocultismo e abrindo as portas para a feitiçaria, através de abertura e simpatiza ás da nova era. Não é admirável que a ONU tenha fortes inclinações para o humanismo e para o anti-semitismo, pois na sua matriz espiritual ela tornou-se uma plataforma que ergue um futuro ditador mundial, bem como também é um útero por onde ele será gerado e apresentado ao mundo.
Para que isso possa ocorrer são necessários processos de mudanças impostas sob novas perspectivas, é necessário uma desconstrução moral, sem contudo usar um ataque frontal, é nesse fator, que o relativismo. O relativismo não nega a verdade, apenas adota a multiplicação da verdade em contradições. Apenas pluraliza conceitos com a negação de qualquer absoluto, e assim tenta equilibrar uma unidade a partir da pluralidade. Mas como se alcança esse alvo? Através de uma reforma psicológica, Pascal Bernardin, no livro Maquiavel Pedagogo explica: “Uma revolução pedagógica baseada nos resultados da pesquisa psicopedagógica está em curso no mundo inteiro. Ela é conduzida por especialistas em Ciências da educação que, formados todos nos mesmos meios revolucionários, logo dominaram os departamentos de educação de diversas instituições internacionais: Unesco, Conselho da Europa, Comissão de Bruxelas e OCDE. Na França, o Ministério da Educação e os IUFMS estão igualmente submetidos a sua influência. Essa revolução pedagógica visa a impor uma “ética voltada para a criação de uma nova sociedade” e a estabelecer uma sociedade intercultural. A nova ética não é outra coisa se não uma sofisticada reapresentação da utopia comunista. O estudo dos documentos em que tal ética está definida não deixa margem a qualquer dúvida: sob o manto da ética, e sustentada por uma retórica e por uma dialética freqüentemente notáveis, encontra-se a ideologia comunista, da qual apenas a aparência e os modos de ação foram modificados. A partir de uma mudança de valores, de uma modificação das atitudes e dos comportamentos, bem como de uma manipulação da cultura, pretende-se levar a cabo a revolução psico lógica e, ulteriormente, a revolução social. Essa nova ética faz hoje par te dos programas escolares da França, e é obrigatoriamente ensinada em todos os níveis do sistema educacional. Estando claramente definido o objetivo, para atingi-lo são utilizados os resultados da pesquisa pedagógica obtidos pelos soviéticos e pelos cripto comunistas norte americanos e europeus. Trata-se de técnicas psicopedagógicas que se valem de métodos ativos destina dos a inculcar nos estudantes os “valores, as atitudes e os comportamentos” definidos de antemão. Por essa razão foram criadas os IUFMS, que se empenham em ensinar essas técnicas de manipulação psicológica aos futuros professores.” (pagina 6)
Todo esse processo de mudanças de paradigmas na sociedade pós moderna tem influenciado a igreja de nossos dias, o relativismo tem poluído a igreja, começando pelo ecumenismo, onde tenta unificar contradições, atribuindo mudanças da importância da doutrina, colocando-a sobre o amor. Assim a unidade de nossos dias, nada mais é do que uma falácia, e somente serve para enfraquecer a igreja, para preparar a vinda do anticristo, o relativismo conseguiu entrar na maioria das igrejas por causa de uma anomalia doutrinárias que ganha cada vez mais força no pensamento teológico  moderno: o antinomianismo. Assim, a reforma psicológica que ocorre na sociedade afeta a igreja, porque os membros procedem de lá, e se eles adentram para dentro das denominações, e essas não pregam absolutos e nem defendem a sã doutrina com o simples objetivo de preservar a verdade e combater a mentira, acabam cedendo ao pragmatismo, tendo em vista que a questão principal da igreja moderna e sua liderança pragmática é voltar-se para os resultados. A igreja moderna não é sustentada pela graça e pela simplicidade do evangelho, tornou-se uma instituição cheia de departamentos e idéias mundanas, que precisa de um grande fluxo de dinheiro para manter-se, assim procede a ruína por falta dessa simplicidade, e compromete os absolutos por causa das conveniências. O que ocorre fora no mundo, esse fenômeno social, essa lavagem cerebral em grande escala, é o crepúsculo da destruição da civilização, os dias de Noé quando como alertou o Salvador. A tendência de unir opostos, e promover verdades “elásticas” para conduzir a humanidade a uma visão relativista tem sido uma marca que sinaliza uma civilização em decadência. Assim casamentos mistos, incompatíveis corrompeu a família e o individuo, produzindo gigantes e corrompendo o pensamento humano, pois toda a verdade bíblica é absoluta, e se abandonamos os absolutos, Contaminamos a fonte. Nós vimos um retrato da sociedade ímpia em Romanos 1:18 a 32, há um processo de declínio e uma consumação, a primeira é deter a verdade em injustiça (Romanos 1:18) nesse processo, como vimos nas cartas de Paulo, é feito de modo sutil, pois Paulo sempre adverte que satanás tem ministros disfarçados de ministros de justiça (II Coríntios 11:14 e 15) assim como também pode promover falsos discursos por trás de uma falsa identidade (Gálatas 1:8) em seguida o processo continua: Corromper a verdade com discursos que enganam (Romanos 1:21) aqui temos a mudança social pelo discursos, a lavagem cerebral, as falácias, e o relativismo moral fará uso desses subterfúgios e métodos usando o discurso da “paz e amor” da unidade e bem social da humanidade, para alcançar seus intentos mais sinistros, e por fim a mudança virá: mudaram a verdade de Deus em mentira (Romanos 1:25) o resultado social é catastrófico, basta ler Romanos 1:29 em diante e teremos o retrato de uma sociedade dominada pelo relativismo moral. Finalizando, quero reiterar as palavras de John T Pless, no seu livro “Manejando bem a Palavra da Verdade” ele comenta: “Vivemos em uma cultura em decadência, na qual o bom é chamado de mau, e o mau é chamado de bom, o verdadeiro epítome da descrição do apostolo Paulo da troca da verdade pela mentira. O casamento é severamente atacado, e a homossexualidade é vista como um estilo de vida aceitável. A integridade pessoal e publica parece ter se evaporado. Premissas morais básicas são questionadas e, em muitos casos, rejeitadas em nome da tolerância e da diversidade. Os cristãos hoje se defrontam com uma dupla tentação. Por um lado, há uma pressão crescente para que a igreja se ajuste ao espírito da época. Tentativas são feitas para redefinir a lei de Deus ou tornar seus limites mais elásticos. Os mandamentos de Deus são vistos como princípios gerais, valores autoescolhidos ou relíquias de uma visão antiga do mundo que não mais se aplicam dentro da fluidez da cultura pós-moderna, não como a palavra de Deus que sentencia e condena o pecado”(pagina 9). Assim, a guerra cultural é a nossa ameaça, mas de modo oculto é uma guerra de idéias, sem espadas, sem armas, é uma guerra ideológica contra a graça de Deus, contra a lei de Deus contra a igreja de Deus e contra o próprio Deus, é o homem assumindo sua posição de supremo rebelde, para em seguida ser destituído de sua completa rebelião, sem os absolutos bíblicos, a sociedade semeia o fracasso e a ilusão, e se insiste nessa tragédia ideológica, cava a própria ruína.


"Sem um coração transformado pela graça de Cristo, nós vamos apenas continuar a gerar escuridão externa e interna."  Matt Chandler

 O pecado nos atrai, porém deve ser resistido, e somente quando tomamos conhecimento dos mandamentos de Deus, o pecado pode ser confrontado com a obediência.

Se a graça que você defende, é aquela que te isenta de obedecer aos mandamentos, essa não é a graça de Deus. Porque a graça de Deus não nos conduz a iniqüidade. O que é iniqüidade? No grego, a palavra grega é anômalos, que significa "sem lei"


Autor: Clavio J. Jacinto



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