Um grande artista tomou seu pincel e com tintas
de varias cores vivas, começou a pintar uma tela, pouco a pouco, uma
maravilhosa obra de arte estava surgindo, os contornos das montanhas, as flores
e o azul celeste mesclado de nuvens passageiras, a relva a beira de um lago
espelhado e as arvores tocadas por uma brisa de verão, tudo parecia perfeito,
como se fosse o próprio paraíso escrito em imagens inspiradas pela
sensibilidade do artista. Depois de concluída a obra, um certo mercador comprou
para presentear um rei, que vendo aquele lindo presente, colocou em exposição
no seu palácio. Tão arrebatadora era aquela obra de arte, que um estrangeiro;
visitando aquelas terras e o palácio, deparou-se com aquele quadro magnífico.
Ele perguntou quem era o artista, de modo que o rei respondeu que era um de
seus súditos. O estrangeiro procurou o pintor, e chegando à oficina de pinturas
daquele homem, procurou o autor daquele quadro artístico que tinha visto no palácio
do rei, e então tomando os pinceis do artista, prostrou-se em reverencia aquele
pincel, e tomando-o, voltou ao palácio e apresentou o “autor” do quadro, e
disse ao rei que chamasse todos os homens daquele reino para prestar uma
homenagem solene ao responsável pela grande pintura paisagística em exposição
em seu palácio, e assim procedendo, apresentou um pincel ao rei e disse que se
fizesse uma homenagem ao instrumento, e desse as condecorações merecidas ao
artista. O rei vendo a insensatez daquele homem mandou chamar o artista que fez
uso do pincel para pintar aquele lindo quadro, de modo que veio de imediato,
então o rei chamou o estrangeiro e disse:
- És insensato, um verdadeiro bobo. Esse
pincel que deste para que possa homenageá-lo nada pode por si mesmo, é apenas
um instrumento. As mãos que foram usadas e a mente que imaginou, esse é do
verdadeiro artista, a ele deve ser dada toda honra gloria e condecorações. E
apresentando o artista a todo o povo, lhes deu a devido honra; e todos
aplaudiram aquele artista, dando todas as homenagens, aplausos e elogios.
No mundo natural, as coisas são assim, os insensatos,
são como o estrangeiro dessa parábola, veneram instrumentos, idolatram instrumentos,
aplaudem instrumentos, e muitos o fazem quando aplaudem, elogiam, veneram e até
idolatram pregadores, cantores, pastores, e qualquer que seja apenas
instrumentos nas mãos de Deus. Esse é o grande pecado dessa geração de crentes,
que se inclinam diante dos pinceis que “tangem” uma boa musica sacra ou de
pregadores que “pintam” um impecável sermão bíblico. Lembre-se de uma vez por
todas, somos apenas instrumentos, e que fazemos de bom, é Deus quem está
fazendo através de nós, e por isso, é Ele quem merece todo o louvor, honra e
glória. “Porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5)
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