Freud e Jung: As origens Anticristãs da Psicologia


 


Freud e  Jung e o Conflito com a Fé Cristã: Uma Análise para Cristãos.

Introdução

Sigmund Freud  e Gustav Jung são as figuras mais influentes da história da psicologia, Freud em particular, foi  um dos mais proeminentes críticos da religião. Sua teoria psicanalítica sugere que a fé religiosa é uma ilusão criada pelo ser humano para lidar com medos e incertezas. Para cristãos evangélicos, essa perspectiva pode ser desafiadora e requer uma análise cuidadosa. Neste artigo, exploramos as principais críticas de Freud à fé cristã e como elas podem ser respondidas a partir de uma visão bíblica. No final do artigo farei uma abordagem sobre Jung.

Hans-Dieter Leuenberger em "A Historia do Esoterismo Mundial" (Editora Pensamento) afirmou: "Hoje é a psicologia que cada vez mais aceita a transmissão esotérica, principalmente devido a influencia de C. G. Jung, a de Sigmund Freud e Wilhelm Reich" (Pagina 27)

A Visão de Freud sobre a Religião

Freud via a religião como uma forma de "neurose coletiva", uma tentativa do ser humano de projetar um pai celestial para preencher suas necessidades emocionais. Em sua obra O Futuro de uma Ilusão, ele argumenta que a crença em Deus é um mecanismo de defesa psicológico. Ele também sugeria que os sentimentos religiosos derivam do complexo de Édipo, uma fase infantil de desenvolvimento em que a figura paterna é temida e desejada ao mesmo tempo. A pressuposição Freudiana sobre a crença em Deus é tão infantil quanto a teoria que defende. Há uma enorme complexidade filosófica envolvendo a existência de Deus e disputas intermináveis envolvendo as mentes mais brilhantes, então supor que  crença em Deus é uma neurose, Freud apenas reduziu seu próprio intelecto ao absurdo.

A Crítica Cristã às Ideias de Freud

A partir de uma perspectiva cristã, as ideias de Freud podem ser questionadas de várias maneiras:

1.    A Religião Como Resposta à Verdade, Não um Produto da Mente: Freud pressupõe que Deus é apenas uma construção psicológica, mas os cristãos acreditam que a fé é uma resposta a uma realidade objetiva. A Bíblia ensina que Deus se revelou através da criação, das Escrituras e da pessoa de Jesus Cristo (Romanos 1:20). Em Cristo temos expressão exata da Pessoa Divina (Hebreus 1:1) A prova da existência de Deus é Cristo, creio ser essa a prova final, a encarnação do Verbo é a expressão visível do Deus invisível (João 1:1)

2.    A Experiência Espiritual Como Evidência: Milhões de pessoas ao longo da história testificam experiências espirituais reais e transformadoras. Se Deus fosse uma mera projeção psicológica, tais experiências teriam sido amplamente desmentidas pela ciência, o que não aconteceu. Creio que a metamorfose da consciência humana, a regeneração e a transformação interior são evidencias claras do poder do Evangelho (II Coríntios 5:17)

3.    A Necessidade Humana de Deus: Freud via a fé como um desejo infantil por segurança, mas do ponto de vista cristão, essa necessidade existe porque fomos criados para um relacionamento com Deus. Como afirma Agostinho: "Fizeste-nos para Ti, e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em Ti". Muito mais do que a explicação fraca de Freud, a crença em Deus reflete o discernimento de uma realidade ultima, uma causa matriz da existência de todas as coisas. Assim como o homem em um deserto pode sentir sede, sem perceber a existência da água, a ter fome, sem encontrar um pão, a necessidade do homem interior em ter uma comunhão com Deus aponta para a existência dEle.

 

Freud e os Limites da Psicanálise e suas Ideias Perigosas

Apesar de suas contribuições à psicologia, Freud não era um cientista religioso e suas conclusões sobre a fé derivam de pressuposições filosóficas, não de experimentação empírica. A própria psicanálise é um campo controverso e não oferece provas definitivas contra a existência de Deus.

Freud ensinava:A mente do homem e escrava das pulsações do inconsciente. Os problemas psíquicos advêm da repressão dos desejos e impulsos do inconsciente. Só a libertação dos desejos pela violação dos tabus e proibições morais e sociais dará a possibilidade da sanidade mental do homem. (chamado de permissivismo freudiano). Essas idéias acabam confrontando a moral judaico-cristã e promove o relativismo moral.

E quanto a Jung?

Gustav Jung envolveu-se com o gnosticismo e com o espiritualismo, enquanto Freud entrou para um terreno extremamente árido, Jung entrou em um terreno extremamente pantanoso.

Seu Envolvimento com Religiões Orientais

Jung contribuiu de forma importante na interpretação dos textos religiosos orientais para o publico ocidental, ideias hindus, budistas e taoistas permeiam seus escritos e encontram-se inseridas na estrutura mais profunda de seu pensamento. Mais relevante ainda ´[e ele ter reformulados varias ideias esotéricas orientais na linguagem mais prontamente acessível da psicologia, disponibilizando o pensamento oriental para um publico mais amplo. O destaque talvez seja o conceito de que a consciência transcende o ego, o a personalidade individual, e inclui um centro superior que  Jung chama de self” (Bruxaria Global Pagina 147  Randall Verarde   Cultura Cristã)

Jung se Envolveu com Fenômenos Paranormais

Jung se envolveu com a pesquisa de fenômenos paranormais e mediúnicos, acreditava no mundo paranormal e defendia a ideia que a compreensão da paranormalidade e só pode ser alcançada com um conhecimento correto da psicologia, medicina e religião, (O Sagrado Off Limites Aldo Natale Terrin Loyola Pagina 117)

 

Jung se Envolveu com Esoterismo e Ocultismo

Tem havido uma infinidade de escritos da  nova era  nos dias de hoje, desde a astroteologia e cosmogênese de Helena Blavatsky aos  Ensinamentos Secretos de todas as idades escritos por Manly P. Hall, o advento da literatura oculta fez seu caminho para a Psicologia, agarrando o rabo de ciência moderna e ocultismo. O reverenciado psicólogo e discípulo gênio de Sigmund Freud, CG [Carl Gustav] Jung, criou uma ponte entre a psicologia e o esoterismo, conduzindo a nova era do século 21 em uma nova direção. Em seu livro  Encountering Jung, Jung on Synchronicity and the Paranormal,  Rodrick Main explica os aspectos inextricáveis ​​entre as experiências de Jung com o paranormal e seus desenvolvimentos monumentais na psicologia profunda.” (https://the-artifice.com/carl-jung/)

Jung Inclinou-se ao Gnosticismo

A sincronicidade acrescenta sentido à experiência, acentua o modelo atual da ciência e, como o 'Tio Tom' de uma época antiga, coloca-a em uma velha caixa empoeirada. Muitas das teorias significativas de CG Jung derivam de suas leituras sobre o ocultismo. “Eu naturalmente examinei a literatura ocultista pertinente ao assunto e descobri uma série de paralelos de diferentes séculos com nosso sistema gnóstico.” (Chalquist) Mais tarde, na carreira de Jung, ele estudou o gnosticismo, em que tal religião e prática tem muitas conexões com o de Jung. Psicologia profunda e esta religião esotérica. Os gnósticos (do grego, gnosis) eram uma religião antiga, perseguida pela igreja, cujos ensinamentos estão carregados de muitas obscuridades. (Para mais informações sobre gnosticismo, ver Prefácio de Lance Owens em Ribi, 2013) Muitos termos junguianos são emprestados dos gnósticos, 'Gnose' por exemplo, é o estado de realização, no qual se atingiu o conhecimento dos mistérios espirituais. Na psicologia junguiana, é um estado em que o inconsciente pode atingir seu potencial absoluto. O gnosticismo está repleto de doutrinas alegóricas, como a alegoria de Sofia e o estado paradisíaco do Jardim do Éden. Em Jung's O Livro Vermelho (Liber Novus), ele expressa muitos sentimentos alusivos aos ensinamentos dos gnósticos e seus mistérios, como o aparecimento de Filêmon. Filemom faz parte da mitologia grega, parceiro de Baco, que recebe em casa Hermes e Zeus, disfarçados de viajantes, hospitaleiros, quando seus vizinhos mais ricos os rejeitam. (Ver, Britannica, Mitologia Grega) De acordo com Sonu Shamdasani, o escritor de introdução ao Livro Vermelho de Jung , Filemom representava uma expressão tridimensional dos pensamentos mais íntimos de Jung. Depois de construir uma torre nas margens superiores do Lago Zurique em Bollinger, Jung considerou esta torre como “Philemonis sacrum-Fausti poenitentia” (santuário de Philemon-Fausti Arrependimento). Como Jung estava tão ligado a Filêmon, ele se tornou um aspecto personificado de si mesmo. Jung escreveu: “Filêmon era pagão e trouxe consigo uma atmosfera egipto-helenística com uma coloração gnóstica. Sua figura apareceu pela primeira vez para mim num sonho” (https://the-artifice.com/carl-jung/)

Todo  o Livro Vermelho  é um livro obscuro, carregado de alegorias e alusões, a maioria das quais não pode ser entendida sem um conhecimento abrangente da mitologia grega e da filosofia esotérica de Manly. P Hall e Cornelius Agrippa. A inspiração de Jung para a ciência e a sincronicidade foram os físicos quânticos de sua época, que acabaram virando a cabeça da ciência moderna. No livro de Main sobre  Encountering Jung, the Paranormal and Synchronicity, O estudo de Jung dos conceitos de física começou a mostrar uma imagem mais clara da física e sua conexão com a literatura esotérica. O que torna Jung um gênio não são suas obras sobre literatura ocultista, mas como Jung conseguiu usar suas pesquisas no ocultismo e nas filosofias antigas e combiná-las com a ciência. Jung não era apenas um psiquiatra que queria saber sobre os sonhos e seus símbolos, mas também transformou a maneira como as pessoas se olham, dando às pessoas hoje algo além do espelho para olhar.https://the-artifice.com/carl-jung/

A filosofia do Movimento Nova Era, promoveu o ocultismo, a paranormalidade, a bruxaria e espiritualismo em larga escala e sua popularidade agora, e a psicologia profunda junguiana preparou o caminho para um novo ciclo de pensamento. Quer a disciplina seja ciência ou religião, como uma lâmina de barbear, o Junguianismo rompe as barreiras entre o empirismo e o esoterismo. Jung é o professor definitivo do século 20 que abriu um caminho para uma nova psicologia, mostrando à mente moderna a imagem da alma. Como é essencial conhecer o mundo, o que se deve conhecer primeiro é a si mesmo. O Junguianismo ensina à mente que o homem / mulher é um reflexo de todas as coisas externas a ele. Não podemos trocar o junguianismo por outra coisa, porque se o fizéssemos, estaríamos perdidos em um velho paradigma. (https://the-artifice.com/carl-jung/)

Conclusão

O pensamento de Freud desafiou a fé cristã, mas suas críticas podem ser respondidas com base na razão e na Escritura. A religião não é uma simples projeção psicológica, mas sim uma resposta a um Deus real e pessoal. Para os cristãos evangélicos, a fé em Cristo continua sendo a única resposta verdadeira para as questões fundamentais da existência humana.

O pensamento de Jung desafiou a fé cristã promovendo praticas que as Escrituras condenam abertamente, seu envolvimento com o ocultismo deve ser uma alerta constante contra a tendência da igreja moderna em flertar com a psicologia e contrabandear para dentro da teologia e da espiritualidade cristã os conceitos da psicologia que foi contaminada pela incredulidade de Freud e pelo ocultismo de Jung.

 

C. J. Jacinto

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