A doutrina da
ressurreição é ensinada tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Jó 19:26 I Coríntios
15:13 e 14) é uma doutrina de esperança, para o homem redimido, que está em
Cristo e coloca NELE a sua esperança, o cristão enfrentará a ultima batalha, o ultimo
inimigo a ser vencido é a morte, e a morte será vencida pela ressurreição em um
corpo glorioso conforme o corpo de Cristo, esse corpo será distinto do corpo
dos ressuscitados para a condenação, (Daniel 12:2) pois haverá uma ressurreição
universal, porém a salvação será somente dos redimidos através da obra
consumada e perfeita de Cristo na cruz. e só os salvos possuirão corpos
glorificados para viverem eternamente no novos céus e na nova terra.
O assunto da ressurreição
é pertinente a imortalidade abençoada, a bem aventurança da visão beatífica na
sua plenitude experimentará somente o salvo, aquele que foi redimido pelo
sangue de Cristo. Daniel fala sobre a ressurreição de salvos e perdidos (Daniel
12:2) Cristo reitera a doutrina (João 5:28 e 29) Paulo coloca as coisas em
ordem: Os que morreram em Cristo, primeiro (I Tessalonicenses 4:16) e o livro
de Apocalipse 20 estabelece a doutrina da ressurreição em duas fases, uma para
os salvos e uma para os perdidos. Podemos negar esses pormenores, mas eles
estão nas Escrituras, e seguem o progresso da revelação. Hoje em dia, a questão da importância da
ressurreição e do corpo glorificado é ignorada até pela maioria dos
conservadores e ortodoxos. Influenciados pela filosofia grega e pelo
gnosticismo que via a matéria e o corpo com essencialmente mal, e que a morte
com a separação alma e corpo seria uma libertação. Veja que atualmente as experiências
espiritualistas de quase morte e as descrições e de almas entrando em lugares
celestiais, soam muito próximo com as experiências
de viagens astrais e bilocação. Os que experimentaram EQMs (Experiências de
quase morte) sempre aludem a entrada da alma numa bem aventurança, um método de
dizer “não precisamos de ressurreição” a morte é a libertação do sofrimento de
corpo que carrega uma alma com centelha divina. Também em muitos círculos cristãos
não se dá ênfase ao retorno da alma ao corpo glorificado como um estado final
de vida eterna. Paulo em I Coríntios 15 fala sobre as três características do
corpo glorificado para habitar no novo céu e na nova terra, ele foi semeado em
corrupção mas ressuscitará em incorrupção, foi semeado em ignomínia mas ressuscitará
em glória, foi semeado em fraqueza mas ressuscitará em vigor, então será um
corpo incorruptível, glorioso e poderoso. A vida eterna do salvo tem esses
aspectos fundamentais, embora a alma esteja em um estágio de espera, não é pois
a morada nem um estado definitivo, ambos
salvos e perdidos viverão a eternidade com corpos ressuscitados, embora diferem
absolutamente nos aspectos qualificativos desses corpos, pois só o redimido
terá um corpo incorruptível, glorioso e poderoso.
Da mesma forma a
heresia mais terrível de nossos dias é a crença de que o homem pode alcançar a
imortalidade por si mesmo. O movimento transhumanista tem crescido muito nos últimos
anos, a fé na ciência como um modelo criativo que pode conquistar a
imortalidade pelo preço do conhecimento tecnológico tem sido defendido por
muitos acadêmicos, assim o humanismo Poe a honra no mérito do conhecimento como
uma resposta para o dilema da morte e ignora completamente a verdade, a única que
transcende a morte: Jesus Cristo, Ele ressuscitou da morte e só Ele tem o poder
de conceder a vida, Jesus disse ser a ressurreição e a vida, por esse motivo, homem algum pode
alcançar verdadeira imortalidade num corpo glorificado para viver uma vida
eterna. O que oferecem os transhumanistas é uma imortalidade robótica, a fusão
da carne corrompida com uma maquinaria sofisticada, criando uma espécie de
criatura bizarra e futurista. Não há no homem o gérmen da ressurreição, ele
inventa meios de fugir do plano divino, e cai no mesmo erro do princípio, pois
o jogo diabólico da queda era propor uma imortalidade independente de Deus,
então hoje em dia, se defende uma idéia muito similar com a proposta da antiga
serpente ao homem “certamente não morrereis” é irônico como os intelectuais
defensores da heresia transhumanista rejeitem Gênesis como lenda e ao mesmo
tempo caem na mesma armadilha proposta pelo diabo á Eva.
O homem corrompido não pode alcançar a imortalidade pelos
esforços próprios, esse tipo de salvação é um engano, só Cristo pode dar ao
homem vida eterna, ele afirmou ser o caminho a verdade e a vida e só através
dele, pela ressurreição dos mortos, homens redimidos podem alcançar essa
ressurreição e receber um corpo glorioso poderoso e incorruptível, esse corpo
não é uma maquinaria com softwares junto a um aglomerado de carnes, mas um
corpo criado pelo próprio Criador, não é uma, invenção da inteligência humana,
mas do poder de Deus, não é fruto da engenharia genética de homens adâmicos,
mas do Senhor que é o autor e sustentador da vida. “Disse Jesus: Eu sou a
ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto viverá”(João 11:25)
Essa nova metafísica transhumanista é uma oposição a proposta e promessas de Cristo
com relação ao assunto da imortalidade num corpo ressuscitado e glorificado. Só
quando alguém está em Cristo, torna-se nova criatura para poder desfrutar de
todas essas promessas maravilhosas do Evangelho, sei que a morte é a geradora
da grande crise existencial do homem moderno, o ultimo inimigo a ser vencido,
mas não é a engenharia genética e muito menos a robótica quem dará o golpe
fatal na morte. É Cristo quem dará esse golpe fatal nela e não o movimento
transhumanista.
Além disso, a vida
imoral num corpo ressuscitado só é cheia de significados plenos quando tem um
adendo escatológico de plenitude “Bem aventurado os puros de coração porque
verão a Deus” (Mateus 5:8) essa visão beatífica é a consumação da felicidade
mais plena, pois alcança o propósito pelo qual o homem foi criado, e porquanto
o transhumanismo e o espiritualismo apenas glorificam as criaturas objetivando
a crença de homens falidos em outros homens falidos, a visão beatífica é a essência
fundamental da vida cheia de gozo e felicidade que uma pessoa no seu mais
completo significado do ser alcançará vivendo no novo céu e na nova terra em um
corpo glorificado, incorruptível e glorioso
Clavio J. Jacinto
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