O resultado dos preconceitos
se vê com igual clareza na atitude dos falsos profetas para com os profetas
autênticos. Quão amargos foram os falsos profetas da antigüidade, contra Jeremias e contra
outros! Nosso próprio Senhor, certa vez,
clamou, angustiado de coração: "Jerusalém, Jerusalém! que matas os
profetas e apedrejas os que te foram enviados!" (Mt 23.37a). Os falsos profetas não
se contentavam apenas em desobedecer.
Eram amargurados e maldosos. A atitude deles em odiar e perseguir os profetas de Deus revela, uma vez mais, uma mentalidade que é exatamente
o oposto da tranqüila perspectiva científica. É impossível pensar com clareza
em tal estado mental. As pessoas que, na amargura, no escárnio e na maldição,
repelem a religião cristã, tão-somente declaram que nunca a consideraram, pelo fato de serem incapazes
de honestamente
pensar a seu respeito, por mais argutos e
bem qualificados que sejam em outros campos. E precisamos admitir que isso
continua a se manifestar no tempo presente. Os homens raramente se satisfazem com um mero discordar dos ensinamentos da Bíblia.
Sentem a necessidade de lançá-la no ridículo e de amaldiçoá-la. Precisam zombar
dela, exibindo seus sentimentos e ímpetos contra ela. Eles simplesmente
demonstram os seus preconceitos, embora agir dessa maneira seja a própria
antítese do raciocínio calmo e lógico.
Martin Llyd-Jones
Sicero mas Errado (Editora Fiel)
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