Leitura Mateus 23:26 a
28
A religião
judaica na época de Jesus dava uma ênfase muito grande as aparências
exteriorizadas. O Judaísmo na época de Cristo tornou-se uma religião sem vida
interior. Há um erro decorrente da cristandade, vida espiritual superficial sem
interioridade, o traje da religião falsa é o disfarce mais bem feito para
encobrir a escuridão de um homem não regenerado. Tudo estava envolto numa
rotulação da religião, meras aparências e nada mais. Havia nome de vida mas sem
ação introspectiva que levava para uma demonstração de vida abundante. Cristo
Jesus começa seu sermão da montanha ensinando sobre a vida interior, ele diz
que seriam bem aventurados os pobres de espírito. A mudança da espiritualidade
estava sendo movida para o centro da consciência do homem: seu coração. Uma
veradeira transformação espiritual começa de dentro para fora, uma reforma
religiosa fica apenas com as aparências exteriores, o homem pode mudar as
vestes porém não tem poder para mudar o próprio coração, só o Espírito Santo
pode fazer tal obra, o novo homem criado em verdadeira justiça e santidade é
obra divina não humana, os que nascem de novo, experimentam esse nascimento por
vontade divina e não humana! Isso soava estranho para religiosos que tinham
como o ornamento religioso somente coisas exteriores, visíveis ao olho nu,
aquelas que impressionam por serem externas e obvias pelo contato visual
imediato, que pudessem ser vistas de modo aparente. Tudo no judaísmo naquela
época se resumia há um intricado sistema de regras praticamente mortas, vistas
de uma perspectiva completamente exteriorizada, sem nenhuma interioridade, toda
a importância era externa, a religião fundamentada em mascaras rotas e
denegridas pela impiedade humana. Mas Jesus Cristo, o mestre por excelência,
muda esse paradigma. Cristo fala sobre a verdadeira espiritualidade, a
santidade começa num coração regenerado e purificado, porque do coração
procedem toda a sorte de pecados que se concretizam em ações. (Mateus 15:19) A
vida interior é essa verdade
cristã: que a regeneração começa
dentro de nós, e a menos que o fluir interno seja de rios de águas vivas
produzidas pela presença do Espírito Santo, a limpeza exterior será algo
impossível, a única alternativa é esconder a sujeira do coração com uma capa de
hipocrisia
Não é de admirar
que Jesus ensine que os puros de coração verão a Deus. A pureza interior é uma
doutrina do Novo Testamento. O verdadeiro cristianismo não é um sistema cheio
de paramentos exteriorizados que escondem a vileza do homem adâmico, uma
transformação que procede da identificação do velho homem arrependido com a
obra consumada e perfeita de Cristo na cruz. Jesus deu muita ênfase sobre isso.
Nossa mente, nosso coração devem estar consagrados, nosso mundo interior
precisa estar organizado e santificado, porque o nosso corpo é templo do Espírito
Santo. Paulo por exemplo exorta aos cristãos a se purificarem de toda imundícia
da carne e também do espírito. (II Corintios 7: 1) Ou seja, não somente o
exterior do copo, mas o interior também. Uma aparência falsa e enganosa, um
rotulo enganoso, uma vida hipócrita que finge defender uma ética elevada, mas
lá dentro do coração sustenta paixões e todo o tipo de desejos abomináveis.
Cristo nunca defendeu esse tipo de espiritualidade Durante minha jornada
espiritual, ouvi muito pouco sobre o assunto. Quase não pregadores que falam
sobre isso ou aborde com profundidade o tema da vida interior transformada pela
regeneração. Poucos são os pregadores ou pastores que se dão ao luxo de pregar
sobre isso hoje em dia.
A vida interior deve
ser uma vida consagrada e santificada, Pois as escrituras falam, aliás o próprio
Cristo afirmou que Ele e o Pai fariam morada no cristão obediente. (João 14:23)
A vida espiritual
é união de nosso espírito com o Espírito do Senhor (II Coríntios 6:17) e a
regeneração começa no homem interior, ou seu espírito.Agora entenda; Não
significa que o exterior não seja importante. Em hipótese alguma, o que me
refiro é que não podemos viver de aparências. O exterior deve ser o que revela
a natureza interior, que é exatamente o contrario do hipócrita que esconde uma
natureza deprava por trás de uma capa brilhante de religiosidade. Jesus mesmo
fez uma comparação assim, quando chamou os fariseus de sepulcros caiados que
eram muito bonitos por fora e muito bem decorados e cheios de apetrechos, porém
por dentro, estavam cheio de imundícia. A comparação de Cristo tem um efeito
devastador sobre esse disfarce maligno, a comparação tem um peso por
excelência, de modo que era potencialmente ofensivo aos que não eram
verdadeiros de coração. E que tudo o que é em nós exteriormente, tem que ter um
reflexo de nossa vida interior santificada. As escrituras ensinam que corpo,
alma e espírito devem ser preservados em irrepreensibilidade.(I Tess 5:23)
Aqueles que querem
sustentar uma aparência de falsa santidade e esconder um interior
corrompido, caem na condenação de serem falsos profetas e lobos devoradores.
((Mateus 7:15) Um homem transformado tem pensamentos elevados e não degenerados
Tudo o que é bom, tudo o que é santo, tudo o que é reto, tudo o que é piedoso,
em tudo o que é virtuoso, nisso devemos pensar. (Colossenses 3:2) Que possamos pensar muito sobre isso, pois
essa é uma doutrina muito importante. É através de uma vida interior pura, que
vai resplandecer a glória de Deus e apresentaremos evidencia de uma vida
transformada pelo evangelho e cheia do Espírito Santo
Soli Deo Glória
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