R̷e̷v̷e̷l̷a̷ç̷ã̷o̷ ̷E̷s̷p̷i̷r̷i̷t̷u̷a̷l̷


 


R̷e̷v̷e̷l̷a̷ç̷ã̷o̷ ̷E̷s̷p̷i̷r̷i̷t̷u̷a̷l̷

Clávio J. Jacinto

 

Na confissão de Pedro em Mateus 16:13 a 20, encontramos algo interessante. Primeiro vimos a opinião social a respeito da identidade de Cristo. Pedro porém respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo"(Mateus 16:16) pelo que Jesus afirmou que ele tinha recebido uma revelação de Deus Pai.(Mateus 16:17) Aqui temos algo interessante, a realidade e o equívoco com relação a natureza das coisas estão na passagem citada acima. Pedro precisou de uma revelação, é algo de natureza espiritual, a identidade de Cristo, sua natureza e origem, não podia ser observada em condições intelectuais normais, Deus intervém na mente, o coração de Pedro precisava de uma luz celeste para compreender as coisas espirituais e reais por trás das aparências das coisas. Até bem pouco tempo, a visão mecânica e convencional do universo eram limitadas aos olhos ou equipamentos que apresentavam seus limites quando penetrados na materialidade das coisas. Então veio a física quântica e mudou tudo. Os cientistas penetraram mais fundo e revelaram que as coisas não eram como o saber convencional explicava. A grandeza da sabedoria está além das coisas que compreendemos na sua forma convencional. No âmbito da vida espiritual, que tem o centro na consciência, precisamos muitas vezes receber revelação para poder compreender as coisas num nível eterno. Cristo ensinou isso em João 16:8 quando falava acerca da vinda do Espírito Santo. Há certas coisas na vida que são meras ilusões, as experiências da nossa vivência podem revelar fatos escondidos por trás das falsas aparências. Por exemplo, as nossas posses, elas na verdade não são nossas. Não conseguimos reter nada da materialidade do mundo para levar para o além. Os mortos deixam heranças porque não podem levar nada para a sepultura. O que temos, de fato, temos por uma brevidade uma posse frágil de coisas temporárias. Uma vida toda labutamos para perder na conseqüência de um último fôlego que se apaga e extingue a vida biológica. Um dos meus livros de meditações diárias favorito é Imitação de Cristo de Tomás de Kempis. Um dos seus conselhos é fenomenal quanto ao assunto abordado, pois ele escreveu: "Aplica-se pois, em desviar de teu coração o amor das coisas visíveis e volta-te para as invisíveis; pois, os que seguem atrativos da carne, mancham a consciência e perdem a graça de Deus". O desapego às coisas passageiras, limpam o coração e o prepara para enxergar as que são mais importantes e eternas. Essa verdade consiste em olhar pelos olhos do amor, não o amor as coisas que temos posse, mas amor ao próximo, àquelas pessoas que podemos compartilhar de todas as coisas que estão desprendidas dos nossos afetos infinitos. Aqui está a liberdade espiritual que faz do homem uma pessoa feliz. Não há bagagens desnecessária que pesa a jornada, mas existe a lâmpada da prudência que conduz em cada passo da vida.

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