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Perene vislumbre do estado eterno

Onde a realidade é a consumação total

Vida perpetua e olhos em perolas

Formados nos sofrimentos da antiga vida

 

Reflexos da glória no êxtase santo

Quando a nós piedade a luz celestial

Dos ribeiros de risos que fluem mais puros

Santos salmos que nutrem o sacro amor

 

O açafrão de outono nos vales tranqüilos

As perpétuas matizes de sóis diamantes

Que orquestram canções em tais sinfonias

O infinito divino que regenera a alma

 

E que o céu numinoso transparece cristais

Como mármore dourado em luz de tarde

Fincada no vindouro mundo da essência

Vida eterna que da cruz cruel germinou

 

 

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