C. J. Jacinto
O termo Woke, que significa
'acordado' ou 'desperto', refere-se a uma cultura que teve suas origens nos
Estados Unidos na década de 1960. Inicialmente alicerçada no movimento pelos
direitos civis da época, essa cultura expandiu-se para incorporar expressões
progressistas, caracterizadas por uma notável orientação política,
representando uma voz do progressismo de viés esquerdista de nossos dias.
Em outras palavras, a cultura woke se se
converteu, em essência, em uma vertente de índole progressista, intimamente
atrelada a determinados partidos de esquerda e correntes pós-modernas. Contudo, o movimento exibe características
peculiares. Entre elas, destaca-se a promoção de uma forma de tribalismo. Para
detalhar, enumero algumas de suas particularidades:
Em primeiro lugar, a categorização racial com
uma ênfase desproporcional na identidade. Em segundo lugar, o policiamento da
linguagem, com a imposição de novos termos e neologismos.
Em terceiro lugar, a cultura do cancelamento, manifestada na tendência de
desqualificar indivíduos sem diálogo e na prática de boicotes a artistas e
figuras públicas. Em quarto lugar, a adoção de uma visão binária e unilateral,
que freqüentemente se traduz em preconceito com relação aos que opinam
diferente embora tentem se apossar de uma luta social contra preconceitos. Esses aspectos, em conjunto, indicam uma
subordinação a uma doutrinação ideológica, desprovida de diálogo e avessa à
aceitação de perspectivas divergentes. Trata-se, portanto, de um manifesto com
uma acentuada propensão ao empoderamento, tanto político quanto ideológico, que
se revela como uma genuína apostasia moral.
Paulo, em uma de suas epístolas,
discorre sobre um movimento de cunho moral, político e social. Nesse ensejo,
ele profetizou que os derradeiros tempos seriam marcados por severas
dificuldades. O movimento woke, por sua vez, insere-se com exatidão nesses
padrões de decadência que caracterizam os últimos dias e os tempos desafiadores
que ora vivenciamos O movimento, portanto, representa um desafio significativo
à nossa democracia e, em particular, aos cristãos. Inicialmente, a liberdade de
expressão é posta em risco e combatida por meios de reações quanto a discórdia
de suas pautas. A conduta de seus membros, em muitos casos, demonstra falta de
abertura para diferentes opiniões. Há uma postura de intolerância, com
resistência ao diálogo. Ademais, observa-se a disposição de silenciar aqueles
que divergem de seus ideais e das doutrinas que defendem.
Outra ameaça reside na imposição de
neologismos. Estes, ao criarem novas palavras ou atribuírem significados
relativos a conceitos, em detrimento de seus sentidos absolutos, promovem uma
interpretação flexível. Essa tendência, ao dilatar o entendimento de
expressões, favorece a ascensão do relativismo moral, tornando-o uma norma
subjacente que caracteriza qualquer movimento ideológico ou social de caráter progressista
pós-moderno.
Embora o uso de neologismos seja recorrente,
observa-se que sua aplicação se intensifica em regimes autoritários e
intolerantes. Estes, ao se oporem a qualquer dissidência, buscam impor sua
visão de mundo como única e sua ideologia como verdade absoluta. O recurso aos
neologismos, portanto, serve como instrumento para reinterpretar conceitos,
abandonar os princípios absolutos e consolidar o relativismo moral. Em suma, a
utilização de neologismos é uma prática comum a todos os regimes intolerantes. Ademais,
é imperativo considerar outra característica notável do movimento woke: uma
moralidade relativista e subjetiva que, segundo observações, pode minar a
estrutura social e dissolver os valores tradicionais da família e da sociedade.
Em vista disso, é possível inferir que o movimento apresenta elementos que
divergem dos princípios cristãos e bíblicos, sugerindo uma oposição aos
ensinamentos religiosos tradicionais. Conseqüentemente, parece evidente que o
movimento woke também encontra suas origens ou influencias em uma esfera espiritual,
possivelmente por causa de sua tendências e aspectos puramente anticristão. Além
da tendência de minimizar a responsabilidade individual e promover um
empoderamento coletivo, observa-se uma consequente diminuição da responsabilização
pessoal pelos próprios atos. De acordo com a visão apresentada, os atos são
agora interpretados como manifestações de um grupo, uma coletividade. Essa
inclinação, portanto, revela-se prejudicial. A Bíblia Sagrada, por sua vez,
enfatiza a importância da responsabilidade individual, um princípio fundamental
contido em suas páginas, como será demonstrado a seguir.
Uma característica marcante desse movimento é a polarização radical de
sentimentos. A divergência de opiniões e a contestação de seus ideais não são
toleradas, gerando um sentimento de aversão. Essa intolerância se manifesta a
partir do momento em que uma pessoa se posiciona contrariamente às suas idéias
e as critica. Indivíduos pertencentes a esse grupo de militância demonstram, em
geral, intolerância e aversão acentuada por aqueles que divergem de suas
convicções.
A motivação central desse movimento, em
suma, induz seus participantes e apoiadores atados em uma forte influência
ideológica, utilizar as idéias controvertidas como ferramenta política para
promover agendas progressistas e pós-modernas. Atualmente, o movimento woke
demonstra uma clara afinidade com a esquerda e com a desconstrução moral,
característica de tendências modernas. Essas correntes buscam idealizar uma
nova forma de humanidade e de sociedade, desvinculada dos valores
judaico-cristãos. Em sua militância, empregam freqüentemente o discurso de ódio
e a doutrinação ideológica. Para obter apoio e continuar suas atividades,
procuram alianças ou associações com partidos políticos que compartilham seus
posicionamentos ou ideologias similares.
A composição do grupo demonstra uma
postura de rejeição e ataque às tradições e instituições estabelecidas, com
foco particular naquelas associadas aos valores religiosos, como a igreja e a
família, que são frequentemente identificadas com a tradição judaico-cristã.
Adicionalmente, o grupo parece divergir de interpretações históricas
consolidadas, buscando promover uma reestruturação social que reflita seus
ideais políticos e de militância. Essa postura se manifesta em um ativismo
enérgico e crescente, com o movimento ganhando visibilidade nos tempos recentes.
O que a cultura woke e seus
seguidores e defensores desejam é legitimação de comportamento em face da
opinião dos discordantes, e caso contrario a reação é a intolerância por parte
deles. Eles não estão se importando com justiça social coisa nenhuma! Você
nunca verá a grosso modo, grupos militantes woke lutando contra a perseguição
religiosa fazendo frente contra grupos terroristas que matam cristãos, embora
seja fato de que os cristãos sejam o grupo religioso mais perseguidos m nossos
dias. Cerca de 16 cristãos morrem por dia no mundo e quando há guerra civil em países
islâmicos, o massacre sempre é evidente, o que ocorre agora (2025) em alguns países
na Africa é uma prova irrefutável. Mas grupos progressistas estão apenas
lutando pelos seus direitos ou daqueles que estão inseridos na sua “cultura”
são seletivos e por isso o uso de dois pesos e duas medidas é ineviavel.
Uma resposta bíblica, primeiramente, ao relativismo moral. O profeta Isaías, em
seu livro, capítulo 5, versículo 20, profere juízo contra os defensores do
relativismo moral: "Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal."
Essa inversão de valores é considerada abominação aos olhos do Senhor, e o
juízo divino se estenderá sobre aqueles que a sustentam. Jesus, em Mateus,
capítulo 5, versículo 37, afirma: "Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim;
não, não. O que passar disto é de procedência maligna." Desta forma, tanto
o Antigo quanto o Novo Testamento sustentam a existência de valores morais
absolutos, em oposição ao relativismo moral.
Em relação à oposição à Igreja Cristã,
instituição que, conforme a crença, foi estabelecida por Deus, podemos observar
em Atos, capítulo 9, versículo 4, que, no momento em que Paulo perseguia os
cristãos, ele, na verdade, perseguia a Cristo. As palavras de Jesus a Paulo no
caminho de Damasco revelam essa conexão: "Saulo, Saulo, por que me
persegues?". Portanto, a partir dessas palavras, depreende-se que qualquer
movimento, seja político ou ideológico, que se oponha à Igreja de Cristo,
manifesta oposição ao próprio Cristo. Assim, por meio dessa passagem,
compreendemos que opor-se à Igreja é o mesmo que opor-se a Cristo. E é exatamente
isso que o movimento woke faz de modo direto ou indireto.
A postura cristã, diante da discordância, não
é a coerção ou o ódio àqueles que se opõem à mensagem ou aos pontos de vista
defendidos. Conforme as Escrituras, a orientação é clara: em Tito 3:10, a
exortação é para evitar aqueles que persistem em erros e heresias, após
advertências.
Nem Jesus Cristo, nem o apóstolo Paulo,
preconizaram o ódio as pessoas em face da divergência de ideias, mesmo que
estas contrariem os ensinamentos do cristianismo.
Em 1 Pedro 3:15, a recomendação é responder
com mansidão e respeito àqueles que buscam a razão da fé cristã. O cristão não
é chamado a odiar, mas a amar e, conforme o Sermão da Montanha, a orar até
mesmo pelos inimigos. O próprio Cristo, na cruz, exemplificou esse amor
incondicional, reconciliando o mundo com Deus, apesar da oposição de todos os
pecadores.
A resposta cristã, portanto, é a
mansidão, o temor e a busca pela reconciliação. Em caso de persistência no
erro, após as devidas advertências, a atitude a ser tomada, conforme Tito 3:10,
é evitar o contato com aqueles que se mantêm irredutíveis.
A passagem bíblica de 2 Timóteo,
capítulo 3, versículos 1 a 4, descreve os tempos difíceis que precederão o fim,
caracterizados por uma sociedade com comportamentos que se afastam dos
princípios morais. Paulo adverte sobre uma geração que, por egoísmo, se tornará
amante de si mesma, orgulhosa, blasfemadora, desobediente aos pais, ingrata,
profana, sem controle, cruel, indiferente aos outros, traidora, implacável,
arrogante e mais afeiçoada aos prazeres do que a Deus. No que concerne à
instituição familiar, Jesus a estabeleceu e defendeu, conforme se observa em
Mateus, capítulo 19, versículos 5 e 6.
Em relação ao coletivismo defendido pelo
movimento woke, a Bíblia, em Romanos, capítulo 14, versículo 12, estabelece de
forma inequívoca a responsabilidade individual. O apóstolo Paulo adverte que
cada um prestará contas de si mesmo a Deus. Portanto, essa passagem bíblica
evidencia que o ser humano será pessoalmente responsabilizado por suas ações
perante o Senhor. Assim, o ensinamento bíblico enfatiza a responsabilidade
pessoal como um valor fundamental, explicitamente demonstrado nas Escrituras. Que
estejamos vigilantes em relação às tendências perniciosas de nossa época. Freqüentemente
disfarçadas sob a roupagem da justiça social, essas tendências, em sua
essência, contrariam os valores bíblicos e se opõem aos princípios
judaico-cristãos, constituindo-se, portanto, em um instrumento do mundo contra
a Igreja de Cristo. Estejamos conscientes e preparados não apenas para enfrentar,
mas também para perseverar diante dessas inclinações que caracterizam a nossa
era, marcada pela proliferação da iniqüidade, conforme advertiu o Senhor Jesus
acerca do fim dos tempos.
Entenda um pouco mais aqui:
https://australiaunwrapped.com/woke-culture-what-is-it/