Crer e não crer na existência de Deus



Apesar de haver mais gente que crê que Deus existe do que a mídia nos quer fazer acreditar, muitos ficam repetindo as declarações exageradas da mídia a esse respeito. E não faltam aquele que nos perguntam como se pode provar a existência de Deus.

No Salmo 115, o salmista responde à pergunta: “Porque dirão os gentios: Onde está o se Deus?”, mostrando a tolice, a verdadeira loucura da idolatria. Mas consideremos:

1.    Quando alguém fala em crer em Deus, é preciso ver de que Deus está falando. Quando alguém me diz que não crê em Deus, eu pergunto: Em que Deus você não crê? Pode ser que nesse eu também não creia. Em que Deus você crê? No deus que você formulou em sua mente, tirando um pedaço de um deus daqui, outro pedaço de um deus dali?

2.    É importante, indispensável, crer no Deus que se revela na natureza, na Bíblia, e supremamente em Cristo Jesus, o Deus eterno que se fez carne. É necessário crer no Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

E crer de fato! Tiago 2.19 nos adverte: “Crês tu que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem”. Os demônios não somente crêem em Deus; crêem que ele é único e tremem – levando vantagem sobre todos  os tipos de politeístas, que são mais numerosos do que à primeira vista parece, e  sobre os que dizem que crêem, mas não tem temor de Deus.

3.    A Bíblia censura os que não crêem: Salmo 14.1ss.: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus”. O insensato, o néscio, o tolo (ARA, ARC, NVI). O referido Salmo mostra a conseqüência geral dessa incredulidade: idolatria. No Salmo 115, é feita implicitamente a mesma relação entre a incredulidade e a idolatria. Em Ec 3.12, a Palavra de Deus nos mostra a causa essencial desse triste fato.

Lemos ali: “Deus pôs a eternidade no coração do homem”. Se a pessoa não crê no único Deus vivo e verdadeiro, procura atender ao anseio pela eternidade com alguma forma de idolatria. Em Ef 2.12, o apóstolo Paulo mostra que quem não tem Deus não tem esperança: está “sem esperança e sem Deus no mundo”. É notável essa relação: Deus e esperança.

Sem Deus o homem pode ter esperanças de coisas, fatos e experiências temporais, limitadas a esta existência. E mesmo dessas esperanças muitas falham. O Coração do crente em Deus tem esperança indestrutível, que se cumpre na glória eterna. Sem Deus, que esperança pode haver quanto ao futuro definitivo?

Autor: Rev. Odayr Ollivetti – pastor presbiteriano (IPB), ex-professor da Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor.

Fonte: Jornal Brasil Presbiteriano, edição  50 – Março de 2008, pg 3

 

 

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