AS 12 PEDRAS DO ÉFODE DE ARAÃO


AS 12 PEDRAS DO ÉFODE DE ARAÃO

 

 A versão King James da Bíblia contém surpreendentes 1.704 referências a pedras preciosas, e elas já aparecem no Éden, mas as passagens mais interessantes são que as mencionam junto às vestimentas do sumo sacerdote Araão no Antigo Testamento e na Nova Jerusalém no Novo Testamento. (Apocalipse 21) Há certa similaridade nas duas ocorrências, tudo indica que sejam as mesmas pedras preciosas, a dificuldade na identificação delas se dá pelo fato de na época em que as Escrituras foram redigidas por inspiração, a identidade das pedras não correspondam com as que conhecemos hoje com o mesmo nome. Isso não diminui o valor espiritual e a importância do assunto.

A primeira pesquisa acadêmica do Peitoral foi realizada pelo estudioso romano Flavio Josefo (c.37-100AD), ele estudou as doze pedras preciosas do Peitoral de Aarão e compilou a primeira lista de Pedras de Nascimento com base em suas descobertas.

Mas a historia relata que antes do período helenístico, pedras preciosas translúcidas e opacas coloridas eram as mais comumente usadas, mas após as conquistas orientais de Alexandre, o Grande, no final do século IV aC, pedras preciosas transparentes coloridas da Índia (e do Sri Lanka) começaram a fluir para a região do Mediterrâneo. Este fluxo tornou-se uma torrente no século I d.C. com a ascensão da Roma Imperial e a sua preferência por pedras preciosas transparentes coloridas. Este desenvolvimento deve ser mantido em mente ao usar  a História Natural de Plínio, o Velho , de 77 DC, na identificação das pedras preciosas da LXX. A crença errônea de que todas as pedras preciosas da época de Plínio eram de uso comum nos séculos anteriores ou de que os nomes das pedras preciosas tinham significados imutáveis ​​levou ao erro muitos escritores sobre as pedras preciosas da LXX”

 

No Antigo Testamento lemos que O peitoral de Arão ( escolhido ) é tecido de ouro, fios de lã coloridos e linho, de forma quadrada. o Santo dos Santos (Êxodo 28:15). Tem um palmo de comprimento e um palmo de largura, dobrado ao meio para formar uma bolsa (Êxodo 28:16) e preso ao éfode por argolas e correntes de ouro (Êxodo 28:22-28). Dentro da bolsa estão o Urim e o Tumim (Êxodo 28:30), usados ​​para consultar Yahweh. Do lado de fora há doze pedras em quatro fileiras de três, cada uma gravada com o nome de uma das tribos de Israel (Êxodo 28:17-21). 

Notamos que o Urim começa com aleph, a primeira letra do alfabeto hebraico, e Tumim com tav, a última letra. O que corresponde com o Alfa e Omega de Apocalipse 1:8 (A Peshita faz essa correspondência, pois é uma versão siríaca do Novo Testamento), assim entendemos que as pedras preciosas  apontam para Cristo, como todas as coisas preciosas apontam para Cristo o Filho Eterno do Deus Eterno, as pedras representam as riquezas no seu significado mais transcendente, e é correto entender que todas elas apontam para aquele que estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento: Cristo Jesus Nosso Senhor e Salvador (Colossenses 2:3)

Por Urim, na língua hebraica, significa o fogo brilhante, ou fogo que emite luz; e por Tumim é significada a integridade ou perfeição, que, em referência às pedras preciosas, deve denotar seu resplendor, brilho e extrema beleza. Estes foram colocados no peitoral que era então chamado de peitoral do julgamento, o julgamento dos filhos de Israel, e também o julgamento de Urim, porque assim as respostas foram dadas e as verdades divinas reveladas do céu. A comunicação assim aberta entre o céu e o povo de Israel por meio do sumo sacerdote foi inicialmente adotada em conjunto com aquela relação direta com Jeová que Moisés desfrutou durante sua vida; mas após a morte de Arão e de Moisés, foi estabelecido como o canal usual e regular para dar a conhecer a Jeová os pedidos do povo e obter Dele, em resposta, as respostas que a Sabedoria Divina pudesse ditar.

 

Era chamado de peitoral do julgamento, e isso nos faz lembrar que Cristo sofreu o nosso julgamento na cruz, ali no Golgota Jesus sofreu a sentença do nosso julgamento, levou sobre si os nossos pecados, tomou sobre si as nossas iniqüidades (I Pedro 2:24) nossa alma foi sarada por suas pisaduras, os que crêem na obra consumada e perfeita que Cristo realizou na cruz do Calvário não sofrerão a penalidade eterna da segunda morte. A chaga mortal do pecado pode ser curada pelo precioso sangue de Cristo.

Nas Escrituras o ouro e as pedras preciosas representam a glória de Deus, o espelho para refletir a gloria de Deus, a glória dos santos com corpos transformados, a glória da nova criação, tudo isso são as insondáveis riquezas de Cristo, a linguagem das pedras preciosas apontam para algo mais transcendente, mais real, mais espiritual, mais sublime, mais pleno, mais elevado,  mais celestial, apontam para Jesus Cristo e tudo o que Ele conquistou através da redenção.

Assim, Cristo foi preparar lugar para os salvos, então descritos no livro de Apocalipse, a Nova Jerusalém, capital do Novo Universo, local de regência do Salvador, Ele mesmo ensinou que devemos ajuntar os tesouros celestiais enquanto peregrinamos nesta vida (Mateus 6:20)

Não há um registro nas Escrituras sobre se a ordem das pedras correspondem exatamente aos filhos de Israel, ao nascimento, começando pelo primogênito, o Instituto do templo, uma organização judaica que promove o ideal da construção do terceiro templo para a chegada do Messias (Veja João 5:43 a profecia de Jesus vai se cumprir na integra!) coloca nessa ordem:

 

·         Rubi - Ruben 

·         Topázio - Shimon 

·         Esmeralda- Levi 

·         Carbúnculo - Judá 

·         Safira - Issacar 

·         Gema cor de mel - Zevulun 

·         Jacinto - Dan 

·         Cornalina - Naftali 

·         Ámetista - Gad 

·         Crisólito - Asher 

·         Berilo - Yosef 

·         Jaspe - Binyamin 

 

Usei a ordem apresentada pela bíblia Peshita, levando em conta a suposição de que ela pode apresentar a identificação das pedras com mais precisão devido ao contexto cultural em que ela foi traduzida.

 

Mas isso não é tão importante, assim como os animais do sacrifício tinham uma função litúrgica local no tabernaculo para as tribos de Israel e também apontavam para a obra redentora, a expiação e a substituição penal de Cristo na cruz, as pedras também tinham um significado local e também apontavam para as glórias de Cristo e tudo o que se refere às conquistas do redentor. Na verdade tudo no tabernáculo apontava para Cristo

 

 

C. J. Jacinto

 


 

 

 

 

 

 

 

 

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