Métodos de Distorção das Escrituras Usados por Falsos Ensinadores



 


 

Por James Sire

 

Em debates e discussões com não-cristãos, como mórmons ou ateus, encontrei muitas áreas de distorção das Escrituras. No livro “Scripture Twisting”, James Sire tem um capítulo dedicado a cada um dos métodos, e eu vi TODOS eles sendo usados ​​de tempos em tempos. Dr. James Sire, de quem o Dr. Walter Martin cita as Vinte maneiras pelas quais os cultos e os falsos mestres distorcem as Escrituras. Inexatidão, contexto de citação incorreta são apenas alguns dos itens listados aqui. James Sire, autor de  Scripture Twisting: 20 Ways the Cults Misread the Bible , isolou vinte tipos distintos de erros de leitura que são caracteristicamente cometidos por cultistas ao interpretar a Bíblia.

Ele cobre toda a gama de simples citações incorretas a argumentação complexa que liga uma interpretação ligeiramente excêntrica a outra, mistura algumas leituras ortodoxas e termina com uma conclusão totalmente estranha à cosmovisão bíblica. Sire também lida com tradução distorcida, especificação excessiva, virtude por associação, ignorando o contexto e outras interpretações falhas. Um livro para nos ajudar a nos tornarmos melhores leitores das Escrituras.

 

1. COTAÇÃO INCORRETA:

Um texto bíblico é mencionado, mas não é citado da forma como o texto aparece em qualquer tradução padrão ou é atribuído erroneamente. Exemplo: O Maharishi Mahesh Yogi diz, “Cristo disse, 'Fique quieto e saiba que eu sou Deus.'” Considerando que este texto é encontrado APENAS em Salmos.

2. TRADUÇÃO TORCIDA:

O texto bíblico é retraduzido, não de acordo com a sólida erudição grega, para se adequar a um ensino preconcebido de uma seita. Exemplo: as Testemunhas de Jeová traduzem  João 1:1  como “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o verbo era um deus”.

 

3. GANCHO BÍBLICO:

Um texto da Escritura é citado principalmente como um recurso para atrair a atenção dos leitores ou ouvintes e, em seguida, seguido por um ensino que é tão antibíblico que pareceria muito mais duvidoso para a maioria das pessoas se não fosse precedido por uma referência à Escritura. Exemplo: Os missionários mórmons citam  Tiago 1:5  , que promete a sabedoria de Deus para aqueles que o pedem e, em seguida, explicam que quando Joseph Smith fez isso, ele recebeu uma revelação da qual concluiu que Deus, o Pai, tem um corpo.

 

4. IGNORAR O CONTEXTO IMEDIATO:

Um texto da Escritura é citado, mas removido dos versículos circundantes que formam a estrutura imediata de seu significado. Exemplo: Alan Watts cita a primeira metade de  João 5:39  (“Examinais as Escrituras, porque pensais que nelas tendes a vida eterna”), afirmando que Jesus estava desafiando Seus ouvintes sobre a ênfase do Antigo Testamento, mas o O resto do contexto imediato diz: “e são eles que dão testemunho de mim; todavia, recusais vir a mim para terdes vida” (versículos 39-40), o que mostra que Jesus estava defendendo o valor do Antigo Testamento como um testemunho de Si mesmo.

5. COLAPSANDO CONTEXTOS:

Dois ou mais versículos que pouco ou nada têm a ver um com o outro são colocados juntos como se um fosse um comentário sobre o(s) outro(s). Exemplo: Os mórmons associam  Jeremias 1:5  com  João 1:2 , 14  e, portanto, sugerem que ambos os versículos falam sobre a existência pré-mortal de todos os seres humanos; Jeremias 1:5 , no entanto, fala da presciência de Deus sobre Jeremias (não de sua existência pré-mortal) e João 1:2 refere-se à pré-existência de Deus Filho e não aos seres humanos em geral.

6. EXCESSO DE ESPECIFICAÇÃO:

Uma conclusão mais detalhada ou específica do que é legítimo é extraída de um texto bíblico. Exemplo: O manual missionário mórmon cita a parábola das virgens de  Mateus 25:1-13  para documentar o conceito de que “a mortalidade é um período probatório durante o qual nos preparamos para encontrar Deus”. Mas a parábola das virgens poderia, e provavelmente significa, algo muito menos específico, por exemplo, que os seres humanos devem estar preparados a qualquer momento para encontrar Deus ou para testemunhar a Segunda Vinda de Jesus Cristo.

7. JOGO DE PALAVRAS:

Uma palavra ou frase de uma tradução bíblica é examinada e interpretada como se a revelação tivesse sido dada naquele idioma. Exemplo: Mary Baker Eddy diz que o nome Adam consiste em duas sílabas, A DAM, que significa uma obstrução, caso em que Adam significa “o obstáculo que a serpente, o pecado, imporia entre o homem e seu Criador”.

8. A FALÁCIA FIGURATIVA:

Ou (1) confundir linguagem literal com linguagem figurada ou (2) confundir linguagem figurada com linguagem literal. Exemplo de (1): Mary Baker Eddy interpreta a NOITE como “nebulosidade do pensamento mortal; cansaço da mente mortal; vistas obscurecidas; paz e descanso.” Exemplo de (2): O teólogo mórmon James Talmage interpreta a profecia de que “tu serás derrubado e falarás do chão” como significando que a Palavra de Deus viria para as pessoas do Livro de Mórmon que foi tirado do chão em a colina de Cumora.

9. LEITURAS ESPECULATIVAS DA PROFECIA PREDITIVA:

Uma profecia preditiva é facilmente explicada pela ocorrência de eventos específicos, apesar do fato de que estudiosos bíblicos igualmente comprometidos consideram a interpretação altamente duvidosa. Exemplo: A vara de Judá e a vara de José em  Ezequiel 37:15-23  são interpretadas pelos mórmons como significando a Bíblia e o Livro de Mórmon.

 

1 0. DIZENDO MAS NÃO CITANDO:

Um escritor diz que a Bíblia diz tal e tal, mas não cita o texto específico (o que muitas vezes indica que pode não haver tal texto). Exemplo: Uma frase comum “Deus ajuda quem se ajuda” não é encontrada na Bíblia.

11. CITAÇÕES SELETIVAS:

Para fundamentar um dado argumento, apenas um número limitado de textos é citado: o ensino total da Escritura sobre aquele assunto levaria a uma conclusão diferente daquela do escritor. Exemplo: As Testemunhas de Jeová criticam a noção cristã tradicional da Trindade sem considerar o texto completo que os estudiosos usam para substanciar o conceito.

12. EVIDÊNCIAS INADEQUADAS:

Uma generalização apressada é extraída de muito pouca evidência. Exemplo: As Testemunhas de Jeová ensinam que a transfusão de sangue não é bíblica, mas os dados bíblicos que eles citam falham em falar diretamente sobre o assunto ou em fundamentar adequadamente seu ensino.

13. DEFINIÇÃO EQUIVOCADA:

Um termo bíblico é mal interpretado de tal forma que uma doutrina bíblica essencial é distorcida ou rejeitada. Exemplo: um dos seguidores de Edgar Cayce confunde a doutrina oriental da reencarnação com a doutrina bíblica do novo nascimento.

1 4. IGNORAR EXPLICAÇÕES ALTERNATIVAS:

Uma interpretação específica dada a um texto bíblico ou conjunto de textos que poderia muito bem ser, e muitas vezes tem sido, interpretado de uma maneira bem diferente, mas essas alternativas não são consideradas. Exemplo: Erich von Daniken pergunta por que em  Gênesis 1:26  Deus fala no plural (“nós”), sugerindo que esta é uma referência oblíqua a Deus sendo um dos muitos astronautas e deixando de considerar explicações alternativas de que Deus estava falando como “ O rei do céu acompanhado de sua hoste celestial” ou que o plural prefigura a doutrina da Trindade expressa mais explicitamente no Novo Testamento.

1 5. A FALÁCIA ÓBVIA:

Palavras como OBVIAMENTE, SEM DÚVIDA, CERTAMENTE, TODAS AS PESSOAS RAZOÁVEIS ACREDITAM ISSO e assim por diante são substituídas por razões lógicas. Exemplo: Erich von Daniken diz: “Sem dúvida, a Arca [da Aliança] foi carregada eletricamente!”

16. VIRTUDE POR ASSOCIAÇÃO:

Ou (1) um escritor de culto associa seus ensinamentos aos de figuras aceitas como autoridade pelos cristãos tradicionais; (2) os escritos do culto são comparados à Bíblia; ou (3) a literatura de culto imita a forma da escrita da Bíblia de tal forma que soa como a Bíblia. Exemplo de (1): Rick Chapman lista 21 gurus, incluindo Jesus Cristo, São Francisco e Santa Teresa, com quem “você não pode errar”. Exemplo de (2): Juan Mascaro em sua introdução aos Upanishads cita o Novo Testamento, os Evangelhos, Eclesiastes e os Salmos, dos quais cita passagens supostamente paralelas aos Upanishads. Exemplo de (3): A DOUTRINA E CONVÊNIOS mórmons entrelaça frases do Evangelho de João e mantém uma semelhança superficial com o Evangelho de tal forma que parece ser como a Bíblia.

17. INTERPRETAÇÃO ESOTÉRICA:

Sob a suposição de que a Bíblia contém um significado oculto e esotérico que é aberto apenas para aqueles que são iniciados em seus segredos, o intérprete declara o significado das passagens bíblicas sem dar muita, se houver, explicação para sua interpretação. Exemplo: Mary Baker Eddy dá o significado da primeira frase da Oração do Senhor, “Pai Nosso que estais nos céus,” como “Nosso Deus Pai-Mãe, todo harmonioso”.

18. AUTORIDADE BÍBLICA COMPLEMENTAR:

Novas revelações de profetas pós-bíblicos substituem ou são adicionadas à Bíblia como autoridade. Exemplo: Os Mórmons complementam a Bíblia com o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e a Pérola de Grande Valor.

19. REJEITANDO A AUTORIDADE BÍBLICA:

Tanto a Bíblia como um todo quanto os textos da Bíblia são examinados e rejeitados porque não se encaixam com outras autoridades – como a razão ou a revelação = não parecem concordar com eles. Exemplo: Archie Matson afirma que a Bíblia contém contradições e que o próprio Jesus rejeitou a autoridade do Antigo Testamento quando comparou Seus próprios pontos de vista com ele no Sermão da Montanha.

20. CONFUSÃO DE VISÃO DE MUNDO:

Declarações, histórias, comandos ou símbolos bíblicos que têm um significado particular ou um conjunto de significados quando considerados dentro da estrutura intelectual e amplamente cultural da própria Bíblia são retirados desse contexto, colocados dentro da estrutura de referência de outro sistema e, assim, recebem uma referência. significado que difere marcadamente de seu significado pretendido. Exemplo: O Maharishi Mahesh Yogi interpreta “Fique quieto e saiba que eu sou Deus” como significando que cada pessoa deve meditar e chegar à conclusão de que ela é essencialmente a própria Divindade.

https://amos37.com/stmotc/

 

0 comentários:

Postar um comentário