Por C. J. Jacinto
O verdadeiro amor, não é um sentimento que se esvai quando as coisas não estão indo bem, é um impulso de uma virtude que sobrevive as maiores crises. O amor é na sua faze primordial, divino: Deus amou ao mundo, declarou Cristo, e esse amor é um querer que conduz ao sacrifício por aquele que se ama, então Cristo é amor pelo que Ele é e pelo que Ele fez. A suma do amor não exclui justiça, portanto amar também é punir. Mas mesmo na punição, há o triunfo do amor sobre a injustiça. As dimensões do amor são humana e divina. Aos homens cabe amar verticalmente a Deus e horizontalmente a todos os outros homens. Há no amor horizontal o querer o bem do próximo, ainda que não seja digno dessa nossa benevolência. É uma contradição odiar ao ponto de desejar a destruição do outro e ao mesmo tempo viver predisposto a amar, este é um amor falso. Quando alguém diz que ama, mas dispõe-se a odiar alguém, principalmente a quem não tem um prazer de estima e admiração, aqui temos um homem truncado, arruinado e destituído de equidade. A ação do verdadeiro amor é o perdão e não o desejar mal. É suportar, o amor tudo suporta, os mais terríveis defeitos podem ser suportados, isso não significa aprová-los, mas na justiça divina, o pensar e o desejar do coração humano já coloca o que odeia como um homicida, e isso é algo sério, pois implica sofrer penalidades pesadas, aqui começa o caminho de Caim. Mas o amor é o querer bem, essa é uma medida de equilíbrio para a sensatez, sendo nós ainda pecadores, a graça divina, o encontro da misericórdia com a verdade fez com que fossemos alvo do amor de Deus, assim o amar divino é a afeição por quem na merece, e esse reflexo mantém o verdadeiro amor distinto do falso. O amor vencendo é o amor querendo o bem a quem não merece nosso afeto. O ódio sempre prevalece sobre quem deseja que a injustiça prevaleça sobre a justiça, e o ódio sempre cresce onde não há pinicão sobre infração, o ódio sempre prevalece onde a mentira é alimentada e por mais que se use de neologismos para tentar desfigurar o amor da sua verdadeira essência, esse será o maior dos insultos contra o próprio amor; tentar alimentar uma virtude nobre com uma divergência. Psicologicamente são raros os homens formados no verdadeiro amor, a maioria sustenta um falso amor, pois é pautado na defesa do próprio egoísmo e interesses pessoais, quase sempre quem muito fala em amor, nutre um ódio mortal por quem ele não gosta, e essa divergência é a mascara que encobre uma das mais tenebrosas hipocrisias
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