A sedução final e o
fruto degenerado produzido por falsos profetas no coração humano
Em I Reis 18 e 19 lemos
a história do confronto de Elias contra os apóstatas desvairadas, Acabe, Jezabel
e os profetas idólatras. Elias é um homem quase solitário, vivendo num cultura eclética,
a realidade espiritual daquela época era uma religião oficial relativa, sincrética
e ecumênica, nada de separação bíblica, servir a Deus e aos baalins, coxear em
dois pensamentos era a regra religiosa vigente.(I Reis 18:22) A mesa de Jezabel
era um caldeirão de crenças, e os falsos profetas estavam na moda sendo
sustentados e financiados por Jezabel e Acabe. Elias então é chamado de “perturbador
de Israel” a verdade dita incomoda quem está conformado com a mentira, verdades
duras incomodam os que amam as fabulas, a pregação das verdades do evangelho é
ofensiva aos apóstatas, a regra de ouro para a fidelidade em tempos de confusão
é manter-se num relacionamento pessoal com Deus e com a Sua Palavra e
desvincular-se da maioria dos que professam o erro. Você nunca encontra Elias almoçando
ao lado dos profetas falsos financiados por Jezabel. Os verdadeiros estão sendo
assassinados e os falsos estão sendo alimentados. Basta que um “Elias” se
levante com firmeza contra os pecados que o mundo venera e ele recebera um
ataque massivo de ofensas do mundo secular e do sistema religioso. Aqui vemos claramente a separação bíblica, não há tolerância com relação a prática da
idolatria, no caso estudado, a exegese do texto nos leva para uma conclusão óbvia, de acordo com o sentimento da oposição: Elias era um intolerante, fanático
e fundamentalista. Qualquer que tenha o interesse de ser sóbrio e biblicamente ortodoxo em nossos dias será acusado da mesma
maneira. Será tomado como um perturbador da sociedade, um inimigo da unidade e
da paz, um fundamentalista e um intolerante. Elias não comungava com o grupo “jezabeliano”
de profetas, não comparecia as suas celebrações comemorativas, sua vida era
reservada porque era consagrada, não havia alinhamento com a era secularizada
de uma religião que tolerava o erro e comungava com a idolatria do culto a Baal.
Ali estava Elias entre aqueles que não beijavam os pés das divindades. Era uma atitude ridícula aos olhos dos
religiosos de visão elástica que acreditavam ser a verdade mais relativa e
menos absoluta. Afinal de contas, Baal também deveria ser uma divindade respeitada,
porque seus profetas tinham prestígio popular e toleravam os pecados que Yaweh
condenava, a religião da moda tinha então um colégio de profetas que emitiam
pareceres favoráveis ao gosto humano pelas coisas erradas, ainda que a
Escrituras emitam o parecer de que a inclinação da carne adâmica é inimizade
contra Deus (Romanos 8:7) os falsos profetas pregavam que a prática do pecado
trazia paz com Baal. Só um fanático pode ir contra a religião do estado,
adotada por Jezabel e que representava a tolerância e a unidade de todos. Por
trás de toda a riqueza de tradições e liturgias e tantos profetas, já que Elias
conseguiu reunir do monte Carmelo um número bem considerável deles, era a moda
daquela época ter posse de um título de profeta, e as vantagens para isso?
comer á mesa no palácio de Jezabel é uma posição de Status. Tudo indicava a
ostentação, fama, vida boa. Enquanto os verdadeiros
profetas eram perseguidos e mortos, porquanto um homem piedoso chamado Obadias tinha
escondido cem deles em cavernas, para preservá-los da inquisição jezabeliana.
Aqui temos mais uma lição, em tempos de crise espiritual são poucos aqueles que
arriscam a vida para sustentar, defender e proteger os verdadeiros profetas, a
maioria ficava do lado dos falsos, é inclinação do homem amar falsamente quem
não lhe ofende e odiar de verdade quem prega a verdade.
Tal era a condição de apostasia daquela época,
uma crise espiritual de identidade e pratica da verdade marcava aquele momento
tão difícil para quem desejava servir a Deus em amor e fidelidade aos seus
mandamentos. “Mas que diz a resposta divina? reservei para mim sete mil homens,
que não dobraram os joelhos a Baal”(Romanos 11:4)
Que Elias seja o
exemplo, quando em nossos dias se erguem altares para tantos deuses estranhos
dentro da cristandade, olhem para nosso mundo atual, veja quantas divindades
surgiram, o panteão imenso de celebridades adoradas como se fossem divindades,
as coisas terrenas sendo buscadas e veneradas como se fossem deuses, pastores e
pregadores sendo idolatrados como sendo “Este é o grande poder de Deus”(Atos
8:10) o egoísmo sendo erguido dentro do próprio coração humano, a entronização
da razão humanista como um deus potente capaz de dar ao homem a venerável posição
de juiz relegando ao coração a autoridade final nas coisas relacionadas ao
certo e errado. Olhe em nossa volta e veja como as ideologias enraizadas no
marxismo são divinizadas, veja como toda sorte de ideologias políticas e seus falsos
profetas são veneradas com extremo fanatismo, todos esses deuses são novos
baalins defendidos por movimentos jazebelistas como o feminismo, este ultimo
uma perfeita expressão da predominância da autoridade feminista contra os princípios
bíblicos, nas melhores das expressões, uma rebelião contra as Escrituras e a
vontade de Deus. O cenário atual clama por homens idôneos como Elias, que sejam
corajosos e firmes, não corrompendo-se diante do cenário caótico e confuso que
se instaurou no mundo atual. Clama por sete mil que representam um remanescente
que está firme contra o sistema que estejam no rol dos novos heróis da fé “ “E
eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho, e não
amaram as suas vidas até a morte” (Apocalipse 12:11) Deus procura homens que
realmente estejam firmes nos princípios fundamentais das Escrituras.
Veja o amado leitor que
em I Reis 18:21 vimos que os falsos profetas e falsos doutores induzem o povo a
serem fracos nas convicções doutrinárias e relativos em relação as doutrinas
espirituais verdadeiras, de um modo geral o que predominava era gente coxeando
entre dois pensamentos sem saber de fato se o monoteísmo era uma verdade
absoluta ou não.
“Então Elias se chegou
a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? se o
Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o, Porém o povo nada respondeu” (I
Reis 18:21) O povo estava numa encruzilhada e não sabia qual era a direção
certa. Jesus afirmou: “Ninguém pode servir a dois senhores;porque ou há de
odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis
servir a Deus e a Mamom”(Mateus 6:24)
Unir
tese e antítese, essa era a política religiosa de jezabel, Para que o erro
predomine, não é necessário negar uma verdade, basta enfraquecer o conceito de
importância dela até o ponto de não mais ser considerada como uma verdade
fundamental, e então o falso ganhará domínio sobre o mundo e enganará todos
aqueles que não tem convicções fortes, mas que se iludem com as falsas aparências.
Acaso não é este o tempo da confusão? Não é agora um tempo difícil cheio de
placas de indicações e poucas certas? Embora Deus não seja um Deus de confusão,
o mundo é um mundo religiosamente confuso, e porque é confuso? Justamente porque
os fundamentos da verdadeira vida espiritual estão sendo corrompidos pelos falsos profetas, os fundamentos da fé
cristã foram abalados pro exemplo pela teologia liberal. O modernismo acrescido
de outros fatores vem corroendo as bases fundamentais da fé cristã histórica
veja o exemplo claro de coxear em dois pensamentos quando se professa em
cartilha a autoridade e suficiência das
Escrituras e na experiência mística se coloca os sentimentos e as revelações
acima delas. Isso é coxear em dois pensamentos. Outro exemplo é acreditar na
obra consumada e perfeita de Cristo na cruz e professar que a salvação é por fé
somente, mas na prática prega e defende a salvação pelos méritos e pelas obras,
isso é coxear em dois pensamentos. (Veja Tito 3:5) Outro exemplo é acreditar
que a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada e ao mesmo tempo defende paráfrases e
traduções modernistas e corrompidas como sendo da mesma autoridade de uma versão
tradicional. Coxear em dois pensamentos tem muitos outros exemplos, é defender
o direito a vida e depois votar em candidatos pró aborto, é ser um professo
defensor da família tradicional e depois apoiar quem luta contra os princípios morais
da família tradicional. Coxear em dois pensamentos é uma prova contundente de
hipocrisia no seu estado mais avançado de degeneração, é mostrar-se infectado
pela filosofia eclética e relativista de Jezabel e sua associação de falsos
profetas. Assim como também muitos professam uma religião morta com uma
confissão de fé e crença na existência de Deus mas como está escrito: “confessa
que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e
desobedientes, e reprovados para toda a boa obra” (Tito 1:16). O comportamento de muitos cristãos professos
é um verdadeiro coxear em dois pensamentos, estão mortos, estão fingindo que estão
vivos, mas estão mortos como alguns na igreja de Sardes (Apocalipse 3:1) Ainda outros professam uma teologia de
riquezas e bênçãos materiais, porém eram miseráveis e pobres espirituais “Como
dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; o que não sabes
que és um desgraçado, e miserável e pobre, cego e nu”(Apocalipse 3:17) as
palavras saíram da boca daquele que nunca proferiu mentiras ou engano; Cristo Jesus o Senhor, se ele proferisse
publicamente isso hoje em dia, seria arrastado novamente para o Calvário por
muitos lideres eclesiásticos, se subisse no púlpito da maioria das igrejas de
hoje em dia, seria expulso do templo. Mas aqui temos verdades solenes, você coxeia
entre dois pensamentos quando não segue a norma ética do Sermão da montanha: “Seja
porém o vosso falar: Sim, sim: Não, não; porque o que passa disto é de procedência
maligna”(Mateus 5:37) Assim temos uma serie de exemplos do que significa coxear
em dois pensamentos, entre verdade e a mentira escolhe os dois simultaneamente
e pedir para ser duas vezes condenado, primeiro por amar a mentira e depois por
rebaixar a verdade e adulterá-la para se ajustar com o erro. Coxear em dois
pensamentos é professar viver por fé e ao mesmo tempo ser viciado em
sentimentos, de modo que toda a vida espiritual não passa de um amontoado de experiências
místicas subjetivas e contraditórias entre si mesmas e contra a Palavra de Deus, O Dr Samuel F. M. Costa, em seu excelente
livro “Século 21 Estamos Sendo Seduzidos” escreveu: “A sedução mística está nos
cercando a cada passo e, sem perceber, estamos assimilando muitas doutrinas alienígenas
à Palavra de Deus. O que era esdrúxulo, passou a ser visto como normal. O que
era demoníaco passou a ser considerado divino e o que era restrito ao meio esotérico
tornou-se aceitável no circulo cristão”. Essa declaração vem de um estado de
confusão que se instaurou na cristandade de hoje, o que temos atualmente senão
uma enorme quantidade de religiosos que se encaixam perfeitamente na descrição
de Paulo: “Tendo a aparência de piedade, mas negando a eficácia dela, destes
afasta-te” (II Timóteo 3:5) Coxear em dois pensamentos nos tiram das certezas
do Novo testamento e nos remetem para o lamaçal das duvidas e das incertezas.
Como poderá permanecer firme em suas convicções doutrinarias um cristão que
segue doutrinas falsas e estranhas como a negação da autoria mosaica do Pentateuco?
Como podem viver na firmeza doutrinaria com convicções firmes aqueles que estão
freqüentando reuniões supostamente cristãos que negam as doutrinas fundamentais
e promovem todo o tipo de dúvidas e confusões? não é uma assembléia cristã
local a igreja que é a firmeza,a coluna e o baluarte da verdade? Como pode
descansar na obra consumada e perfeita de Cristo na cruz, alguém que ouve falsos
evangelhos? Poderia um homem confiar naquilo que Cristo realizou na cruz quando
aceita como verdadeira a heresia de que a salvação de adquire pelo esforço
humano? Não é coxear em dois pensamentos aceitar a graça ensinadora de Deus e
ao mesmo tempo confiar na observância da lei como via meritória de merecimentos
auto-redentores? Enquanto que a sã doutrina, os fundamentos da fé nos colocam
na Rocha e na firmeza espiritual, a confusão promovida pelo relativismo nos leva
de um lado para outro como a moinha carregada pelo vento. A W Tozer no livro “Recuperando
o Cristianismo” escreveu: “O fato de haver muitas questões nos dias de hoje, é
uma péssima indicação de que não estamos sendo iluminados. Quem tem a luz de
Cristo não faz perguntas; tem as respostas” Muitos séculos separam Elias de
nossos dias, porém o espírito do erro dos falsos profetas daquela época ainda
prevalecem hoje em nossos dias, lembre-se que mesmo depois de muito tempo, a
influencia espiritual misteriosa de Jezabel vai aparecer numa igreja cristã dos
primeiros séculos; a igreja de Tiatira (Apocalipse 2:19 a 28) e tem atuado hoje
em dia em nosso meio. Assim pela revelação progressiva, vimos no de texto de Apocalipse
que a Jezabel de Tiatira induzia suas presas a praticarem a fornicação e o adultério
espiritual se envolvendo coma idolatria. Coxear em dois pensamentos é
comprometer a nossa fidelidade à Cristo, de modo que amamos a Deus e também queremos
amar o presente século, assim muitos desejam chegar ao céu, mas não querem sair
do mundo, como os hebreus que no deserto comendo maná desejavam os alhos, os
pepinos e as cebolas do Egito, a proposta era retornar para o antigo mundo com
a velha vida e deixar a terra prometida para outra oportunidade. A idolatria na
sua forma mais sutil nada mais é do que manter o foco do coração nas coisas
falsas e passageiras é priorizar a vaidade como necessidade e celebrar uma
devoção amorosa por aquilo que está corrompido pelo pecado, a prostituição
espiritual é ter um relacionamento apaixonado por coisas que Deus abomina e
manter uma estima por aquilo que Deus detesta e nutrir uma afeição doentia por
coisas passageiras e cultivar a crença de que possuímos para sempre as coisas que
jamais podemos levar para a eternidade.
“O truque principal de
Satanás é enganar as pessoas, fazendo-as imaginar que podem misturar com sucesso
o mundo com Deus, andando na carne enquanto clama no Espírito. E então eles
"se beneficiam de ambos os mundos". Mas Cristo declarou enfaticamente
que ninguém pode servir a dois senhores (Mateus 6:24). Muitos entendem mal a
força dessas palavras penetrantes. A verdadeira ênfase não está no
"dois", mas em "servir", ninguém pode servir a dois
senhores. E Deus deve ser servido - temido, submeter-se e obedecer a Ele é o
imperativo maior. Que sua vontade regule a nossa vida em todos os seus detalhes
e aspectos. Veja 1 Samuel 12: 24-25. Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele
servirás (Mateus 4:10).” Arthur Pink
Clavio J. Jacinto
Comunhão Biblica
Bereiana
Paulo Lopes SC
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