Aprendendo a Lidar com as Crises Existenciais

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Aprendendo a Lidar com as Crises Existenciais


 

 

A vida é como um oceano. Há níveis — e o nível normal é quando estamos na superfície, respirando sensatez e obtendo luz moral. Na superfície temos equilíbrio: a vida flutua, temos definição de horizontes.

Muitas vezes, porém, chegarão sobre nós pedras pesadas. Elas têm uma função: nos levar para o fundo, provocar desequilíbrio, naufrágio e agonia. Essas pedras representam crises, problemas, decepções, remorsos, medos — tudo o que causa transtorno e desequilibra espiritual ou psicologicamente a nossa jornada. As pedras não flutuam; seguem seu destino para os lugares profundos e escuros do mar da vida.

Não devemos nos agarrar às pedras. Os problemas vêm e afundam, mas não devemos nos prender a eles. Se nos agarrarmos às pedras do medo, do passado, do desânimo, elas nos levarão para o fundo — qualquer uma delas. Esse é o curso natural das coisas: cada vez que uma pedra chega sobre nós, toda a nossa luta deve ser para nos desprendermos dela, e não para segurá-la. Não é fácil, mas essa deve ser a nossa função.

Os problemas que surgem em nossas vidas podem ser grandes e difíceis de resolver, mas nossa alma jamais estará estável se permanecermos agarrados a eles. As pedras aparecem, e todas elas levam para as profundezas escuras aqueles que se apegam a elas.

Jesus falou sobre isso quando tratou do perdão (leia Mateus 6:12). Não perdoar é segurar a pedra da amargura que a ofensa traz. Quem não perdoa se agarra à pedra da amargura e, pouco a pouco, perde a luz da superfície e a respiração da alma. Quanto mais fundo a pedra desce, mais fundo levará consigo quem estiver preso a ela.

Esse princípio é válido para qualquer tipo de problema que a vida traz — e quanto mais traumática for a experiência, mais pesada será a pedra. Devemos viver na plenitude da superfície e terminar nossa jornada lá. Esse é o padrão do Evangelho, pois a linha do horizonte não marca o fim; apenas indica que há continuidade depois dela. A sabedoria consiste em lidar com o sofrimento, os problemas e os traumas de maneira que não permitamos que as pedras provoquem nosso naufrágio existencial. Livre-se das pedras. Respire esperança. Experimente a presença de Cristo, indo até Ele com confiança:

“Vinde a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11:28) Na superfície podemos contemplar, mesmo na dor, o nascer e o pôr do sol, o céu azul; podemos ouvir o canto dos pássaros e sentir a brisa suave.

Nas profundezas, porém, só encontramos a escuridão que sufoca.

 

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A ÚNICA SAÍDA

 


 

Jesus ensinou que ao homem é necessário nascer de novo (João 3:7). Isto significa nascer do alto, pois o homem que crê em Cristo é atraído por Ele para as alturas — uma inversão da queda, que significa descer para as regiões infernais (Provérbios 15:24). Pecar é cavar, e quanto mais um homem cava na rebelião e no pecado, mais profundo ficará o seu próprio abismo. Quanto mais profundo é um poço, mais escuridão produzirá.

O poço abissal é a condição espiritual dos pecadores em Adão; essa é a direção natural decorrente da queda. Há, porém, homens que aceleram essa escavação; suas escolhas em chafurdar mais no pecado representam um processo acelerado de escavação contra a própria alma, mergulhando nas regiões mais abissais por causa da conduta agonizante de pecar através de seus vícios e da permanência na incredulidade. Quem se encontra em um poço abissal e escuro só pode encontrar uma saída olhando para cima. Tudo ao seu redor é uma parede compacta — não há portas de fuga! Como disse o salmista: “Elevo os meus olhos para os montes; de onde me virá o socorro?” (Salmo 121:1-2). A resposta é que o socorro vem do Senhor, como afirmou Paulo na carta aos Hebreus: “Olhando para Jesus, o autor e consumador da fé” (Hebreus 12:2).

Olhe para Cristo! Ele chama: “Vinde a mim” (Mateus 11:28). Na escuridão do poço da iniquidade, a luz de Cristo brilhou sobre Paulo, e ele saiu de lá. Pare de cavar seu poço! Olhe para cima, veja a luz da glória do evangelho resplandecendo sobre o seu rosto, como Estevão que, na hora da sua angústia e morte, olhou para o céu e viu Jesus Cristo em pé, com os braços abertos.

Não há alternativas! Não importa o quão profundo seja o seu abismo: Cristo está te chamando. Olhe para o alto — do céu vem a única saída.

 

C. J. Jacinto (48) 999616582

O Espinho e a Graça

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C. J. Jacinto

 

 

Em 2 Coríntios 12:1-7, Paulo relata suas extraordinárias revelações espirituais, um privilégio que o elevava acima do comum. Contudo, para conter o orgulho e a auto-exaltação, Deus permite um espinho doloroso em sua carne. Clamando por livramento, Paulo ouve a resposta divina: à dor do espinho, Deus adiciona Sua graça suficiente. O espinho, embora humilhante, devastador e agonizante, éra necessário. Ele fere, humilha até o pó, mas permanece fincado, como um lembrete da dependência de Deus. Nós, porém, rejeitamos os espinhos. Na teologia moderna, o espinho é visto como algo diabólico, desumano, a ser evitado a todo custo. Para muitos, a presença do sofrimento é incompatível com a santidade. Como a esposa de Jó, que aconselhou: “Amaldiçoa a Deus e morre” (Jó 2:9), alguns acreditam que um homem reto, temente a Deus, não merecia tal aflição. “Um santo não pode sofrer tanto!”, argumentam os teólogos e pregadores de nossa era. No entanto, Deus permite espinhos. Eles desaceleram o orgulho, apagam as chamas das paixões terrenas e funcionam como um tratamento divino, essencial para moldar o caráter. Quanto maior a revelação celestial, mais profundo o espinho deve penetrar, atingindo as medulas da alma. A igreja contemporânea, no entanto, faz campanha contra os espinhos. Seus pregadores promovem um manual teológico intitulado “Como se Livrar dos Espinhos de Deus”. Profetas modernos arrancam o que Deus permite, abraçando uma religião romântica que prioriza o alívio emocional por meio de entretenimento. A mensagem centra-se na fuga do sofrimento, na superação do que Deus ordena, em troca do hedonismo que a filosofia oferece. Para essa visão, o objetivo supremo da religião é a felicidade terrena, alcançada pela remoção dos espinhos, mesmo que isso signifique abrir mão da graça divina. Sem espinhos, dizem, a felicidade é plena — eis as delícias de uma religião antropocêntrica.Todavia, a graça de Deus é suficiente. Para muitos cristãos, porém, ela nunca basta. O velho homem insiste em salvar-se pelo suor de suas obras, lutando contra si mesmo. O espinho mortifica a carne, mas o desejo de arrancá-lo alimenta a busca por alívio e prazer hedonista. Assim, a religião se torna um esforço para extirpar o que Deus permite, como se a graça divina fosse insuficiente. Arrancar os espinhos passa a ser o motivo central de muitos religiosos, enquanto a verdadeira espiritualidade, que abraça a graça no sofrimento, é esquecida.

 

A Perenidade dos Bons Conselhos Biblicos

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Durante meus primeiros anos de fé, uma das passagens que mais me impactou foi o Salmo 1, versículos 1 e 2, que dizem: "Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.

Deste texto, depreendem-se duas lições importantes. A primeira concerne aos meus relacionamentos interpessoais. Devo agora cultivar especial cautela, pois o sucesso, a maturidade e o desenvolvimento da minha jornada cristã dependerão, em grande medida, da minha capacidade de evitar aqueles que possam me influenciar negativamente e de buscar a orientação, a companhia e a amizade daqueles que me edificarão espiritualmente. É fundamental que façamos sempre essa distinção, pois ela terá um impacto significativo em nossa vida espiritual. Se almejamos verdadeiramente a santificação e a consagração ao Senhor, nossos relacionamentos, por mais escassos que sejam, devem ser direcionados àqueles que genuinamente se dedicam à prática da fé.

Reconhecendo a importância de cultivar amizades e relacionamentos que possam enriquecer nossa jornada espiritual, promover o aprendizado e auxiliar no crescimento em Cristo, percebemos que essa é uma decisão valiosa, senão fundamental, em nossa vida. Tais vínculos podem contribuir significativamente para nossa maturidade e progresso espiritual. Embora a busca por pessoas com esses valores possa ser desafiadora em nossos tempos, aqueles que têm a oportunidade de se relacionar e nutrir amizades com indivíduos de tal calibre espiritual certamente colherão grandes benefícios.

A segunda parte do texto apresenta relevância significativa. Ela me ensinou, desde cedo, a valorizar profundamente a Bíblia Sagrada, dedicando-me ao seu estudo, análise e reflexão diária sobre suas passagens. Essa prática tem sido uma constante fonte de bênçãos em minha vida, e tenho compartilhado esse aprendizado com outros, que também passaram a ter grande apreço pela Palavra de Deus e a meditar nela continuamente. Essa abordagem prática nos leva a concluir que a contemplação das Escrituras, a meditação, a recitação de versículos, o armazenamento e a memorização, a fim de que durante o cotidiano possamos refletir e lembrar, são fundamentais. Dessa forma, as grandiosas promessas do Senhor, os valiosos ensinamentos do apóstolo Paulo, os provérbios de Salomão, os preciosos ensinamentos de Jesus e, de modo geral, os ensinamentos de Gênesis a Apocalipse, podem ser guardados em nosso coração, enriquecendo-nos com verdades e histórias que nos beneficiam em cada momento e circunstância da vida. Ao fazê-lo, sem dúvida, nossa vida se tornará rica espiritualmente, pois a Palavra de Deus é o tesouro do Seu povo, que é guiado por ela. Quanto mais nossa consciência e nosso coração se aprofundam no conhecimento das coisas de Deus contidas na Palavra, mais seguros estaremos em nossa jornada cristã. Por isso, a meditação nas Escrituras, dia e noite, tem sido fonte de grandes benefícios, fortalecimento e segurança para todos aqueles que desejam servir a Deus com temor e piedade.

 

 

 

 

 

 

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