Discernindo os Agentes Demoníacos que Atacam a Nossa Compreensão do Evangelho
No
capítulo 13 do Livro de Ato dos Apóstolos, temos uma passagem interessante
envolvendo o Ministério de Paulo na pregação do Evangelho. A partir do
versículo 6, nós encontramos a seguinte descrição. “E, havendo atravessado a
ilha de Pafos, acharam certo judeu mágico, falso profeta, chamado BarJesus, o
qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem prudente. Este, chamando assim
Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus, mas resistia lhes
Elimas, o encantador, porque assim se interpreta o seu nome, procurando
apartar-se da fé o procônsul. Todavia, Saulo, que também se chama Paulo, cheio
do Espírito Santo e fixando os olhos nele, disse: o filho do diabo, cheio de
todo engano e de toda malícia e inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar
os retos caminhos do Senhor? Eis aí, pois agora contra ti, a mão do Senhor, e
ficarás cego, sem ver o sol por algum tempo. E no mesmo instante, a escuridão e
as trevas caíram sobre ele, e, andando a roda, buscava quem o guiasse pela mão.
Então o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu um maravilhado na
doutrina do Senhor.”
Neste trecho, encontramos um relato
notável sobre o ministério de Paulo, enquanto este propagava o Evangelho.
Podemos extrair valiosas lições deste episódio na vida do apóstolo, que envolve
a intervenção de um indivíduo hostil ao Cristianismo, em um momento crucial da
pregação.
A narrativa apresenta um agente que tenta
obstruir a pregação, causando perturbação e impedindo que a mensagem chegasse
de forma clara ao procônsul Sérgio Paulo. Esse evento nos convida a uma análise
mais profunda do texto, a fim de discernir princípios espirituais aplicáveis à
nossa própria jornada.
Ao longo deste estudo bíblico, acredito que identificaremos elementos que nos
permitem compreender a razão pela qual Lucas registrou este acontecimento
envolvendo Elimas. Creio que o propósito do Espírito Santo foi revelar-nos
lições profundas sobre a batalha espiritual, a mensagem da cruz e a intenção de
Satanás em interferir na proclamação do Evangelho, visando comprometer sua
integridade aos que a necessitam.
Vamos analisar em profundidade a figura
desse agente, que personifica o principal obstáculo à propagação do
Evangelho.
Este indivíduo, descrito por Lucas como falso
profeta e filho do diabo, detém títulos que refletem sua natureza
essencialmente oposicionista. Ele se apresenta como um instrumento que procura
impedir a clara compreensão da mensagem de Deus, a fim de frustrar a conversão
e o arrependimento dos pecadores. O objetivo de Paulo era que Sérgio Paulo, por
meio da fé em Jesus Cristo e do perdão de seus pecados, alcançasse a salvação.
Vamos agora analisar mais detidamente
este evento. O único objetivo de Paulo era levar o evangelho da verdade para
que o procônsul Sérgio Paulo pudesse ouvir e converter-se. Bastava que o
procônsul estivesse receptivo para ouvir o evangelho que Paulo pregava.
Contudo, havia uma interferência, um agente maligno, um servo do diabo, que se
interpunha para atrapalhar, obscurecer a mensagem e impedir que o procônsul
ouvisse e compreendesse o que Paulo pretendia pregar. Esse agente demoníaco, um
mágico e encantador, instrumento do diabo, tinha apenas um propósito: impedir e
obstruir a mensagem do Evangelho, para que ela não alcançasse o coração do
procônsul Sérgio Paulo e este não cresse se convertesse.
Esta é a questão central que a mensagem de Atos, capítulo 13, nos apresenta. Acreditamos que esta é uma passagem histórica narrada por Lucas, mas que contém um princípio espiritual aplicável a todos nós. Barjesus, o mágico e falso profeta, representa, em geral, todos os instrumentos que o diabo utiliza para impedir a pregação do Evangelho e para que as pessoas ouçam e entendam. Ele simboliza também todo tipo de obstrução e obstáculo que se interpõe em nossa vida, a fim de que a mensagem da graça não alcance e e não seja compreendida de forma clara. Cada agente que tenta minar as bases da justificação pela fé e a salvação unicamente pela graça e inclui acréscimos e nega a total suficiência da obra consumada e perfeita de Cristo na cruz, está agindo como um Elimas, está causando transtorno e promovendo confusão, a fim de que a mensagem do evangelho não chegue com clareza e eficiência nos que ouve.
No capítulo 13, evidencia-se uma batalha espiritual, perceptível especialmente àqueles com maior discernimento espiritual. O indivíduo conhecido como Barjesus ou Elimas, descrito como um falso profeta e homem repleto de engano, age como um agente maligno, utilizando-se das circunstâncias para obstruir a clara transmissão da mensagem evangélica. Este padrão tem se repetido ao longo da história da Igreja, intensificando-se nos tempos atuais. Observamos, em particular, o surgimento de numerosos falsos profetas, instrumentos de Satanás, que empregam diversos meios de comunicação, como a mídia e as redes sociais, para semear confusão e, assim, dificultar a compreensão e a aceitação do Evangelho, desviando os indivíduos do caminho da fé.
Compreendemos que, em essência, haverá sempre
forças adversas atuando em nossas vidas e na vida de outros, com o intuito de
obstar a conversão, a regeneração e a precisa transmissão da mensagem àqueles
que desejam ouvi-la. Essas interferências espirituais são reais e se manifestam
em diversos aspectos de nossa existência, inclusive na esfera eclesial e em
nossos diálogos, utilizando variadas estratégias. Os agentes malignos empregam
táticas com o objetivo de alcançar seus propósitos.
Dessa forma, o diabo se utiliza de falsos profetas, que se apresentam
disfarçados de homens de Deus, como se fossem ministros da justiça. Eles se
introduzem, infiltrando-se nas igrejas, munidos de instrumentos religiosos,
pregando um evangelho distorcido, e promovendo escândalos, de modo a afastar os
descrentes. Estes, que porventura poderiam ser receptivos à mensagem da graça,
acabam desiludidos por esses indivíduos que se dizem cristãos, mas não
compreendem que estão sendo instrumentalizados em um plano demoníaco. Este
plano atua como uma armadilha, fazendo com que aqueles que demonstram
predisposição à fé evangélica se decepcionem com o Evangelho devido à ação dos
falsos profetas, que carecem de discernimento para identificar a existência
desses agentes e sua infiltração, tal qual Barjesus, que interferiu no diálogo
e no relacionamento entre Paulo e o procônsul Sérgio Paulo.
Essa infiltração, portanto, é real,
sendo perpetrada por um agente maligno com o objetivo de frustrar a propagação
e desacreditar a mensagem das boas novas. O trabalho do diabo, ao longo dos
séculos, tem consistido nisso: semear confusão, tanto dentro quanto fora da
Igreja, visando desacreditar o Evangelho. Ele investe intensamente em falsos
profetas, pois, quanto maior o número destes, mais confusa se torna a mensagem
do Evangelho. Seu objetivo é tornar o descrente ainda mais incrédulo e impedir
que ele alcance a graça de Deus por meio da mensagem da cruz, ele também deseja
que o maior numero de cristãos fiquem no estagio da ignorância, pois onde há
sabedoria e discernimento espiritual, a ação de seus instrumentos e agentes
serão detectados e seus planos serão frustrados, como ocorreu com o apostolo
Paulo, que repreendeu Elimas e o desmascarou, neutralizando a ação do inimigo.
Analisemos a figura de Barjesus, também conhecido como Elimas, o mágico. Observamos semelhanças com a figura de Balaão, do Antigo Testamento. Barjesus era tido como um falso profeta, o que indica que ele desempenhava funções religiosas e espirituais, provavelmente com grande notoriedade naquela região. O nome "Barjesus" significa "filho de Jesus", mas, na realidade, não possuía qualquer relação com o Cristo das Escrituras, sendo apenas uma designação enganosa, possivelmente empregada para obter reconhecimento e credibilidade junto ao público no contexto da narrativa de Atos.
Essa é uma característica marcante desse indivíduo, que praticava magia e bruxaria, possivelmente associado ao ocultismo. Ele compreendia e utilizava princípios espirituais ensinados no ocultismo para realizar seus prodígios e artifícios mágicos. Diante disso, é muito provável que as pessoas o considerassem um homem de Deus, confundindo seus atos com manifestações divinas. Além disso, suponho que ele também possuía uma boa retórica, de modo que profissionalizou suas funções e conseguia manipular a opinião publica com relação a seu caráter.
A questão central reside na possibilidade de
ele ter usado o nome de Deus e de Jesus para confundir, iludir e manipular as
pessoas através de suas práticas mágicas. A proximidade com o procônsul Sérgio
Paulo, um líder político influente, corrobora essa hipótese. Assim, um homem de
poder era assessorado por um indivíduo que utilizava a magia para enganar.
Em suma, ele se apresentava como um
agente de oposição, infiltrado para impedir que o Evangelho chegasse ao
procônsul Paulo, frustrando sua oportunidade de salvação através da pregação do
apóstolo Paulo quando o momento oportuno apareceu mediante o ministério do
apostolo Paulo.
É incomum encontrar nas Escrituras Sagradas uma figura com tantos epítetos depreciativos. Ele é descrito como mágico, falso profeta, encantador, filho do diabo, homem repleto de engano e malícia, e inimigo da justiça. Todas essas designações negativas são atribuídas a um único indivíduo, um agente do mal.
Observamos a cristandade ao nosso redor. Conheço muitos cristãos e pessoas que
desejam ser cristãos mais profundos, mas que, apesar de frequentarem a igreja e
ouvirem pregações, não conseguem se converter ou firmar-se na fé cristã. A
conversão e a adesão plena ao Evangelho parecem-lhes inatingíveis. Os que se
aproximam da fé de maneira superficial raramente perseveram. É precisamente
sobre isso que desejo refletir, utilizando a passagem de Atos, capítulo 13,
como base.
Essa passagem nos alerta sobre a existência de indivíduos, como elimas, encantadores e falsos profetas, que se infiltram em nossas vidas e na vida de outros, com o objetivo de obstruir o caminho da santidade, da conversão e do arrependimento. Essa realidade é observável diariamente. Muitas pessoas enfrentam dificuldades na vida espiritual, pois são influenciadas por agentes, instrumentos do mal, que causam aflição e impedem a realização espiritual, o arrependimento genuíno e a regeneração. Esse fenômeno se repete ao longo do tempo, e tenho testemunhado sua ocorrência na vida de diversas pessoas.
Paulo, cumprindo sua missão, anunciava o
Evangelho ao procônsul Sérgio Paulo. O propósito de Paulo era levar a mensagem
de arrependimento e fé em Jesus Cristo, o Messias que morreu por nossos pecados
e ressuscitou para nossa justificação. Nesse momento, durante a pregação,
ocorreu uma interferência espiritual. Um indivíduo chamado Elimas interveio,
procurando obstruir a mensagem, distorcê-la e impedir sua propagação integral.
Essa ação de Elimas visa confundir, desviar e prejudicar a compreensão do
Evangelho. Talvez você, leitor, esteja enfrentando semelhante batalha. A
confusão pode ser grande, com a proliferação de opiniões divergentes,
especialmente nas redes sociais, onde muitos utilizam artimanhas para confundir
e desviar os cristãos da verdade.
A falta de discernimento pode levar à aceitação dessas ideias, atraindo a atenção de vozes persuasivas. Essa situação pode conduzir ao afastamento da leitura bíblica, ao enfraquecimento da fé e à dúvida. E isso traz consigo um enorme prejuízo e é a causa da queda de muitos. O engodo satânico tem sido muito eficiente em causar confusão, produzir transtornos e desviar a fé de muitos. Isso está ocorrendo muito hoje em dia. O numero de falsas conversões é uma forma do diabo obter vantagem e usar esses falsos convertidos para produzir toda a sorte de declínios de caráter e provocar uma gama de escândalos e falsos testemunhos, ao ponto de muitos concluírem que a fé cristã é falsa. Essa astucia diabólica tem sido um enorme engodo infernal que arrasta milhões de indivíduos sem discernimento para o abismo.
Em nosso meio, falsos profetas têm se levantado, agentes enviados por Satanás para enganar e desviar um grande número de pessoas. Elimas, em suas diversas manifestações, infiltra-se em nossa vida. Se você se sente afastado da igreja, hesitante na fé, ou com dificuldades na oração, saiba que pode estar sofrendo os efeitos dessa interferência espiritual. O diabo envia seus agentes para minar a fé, e a falta de resistência pode levar à queda.
Ao analisarmos o nono versículo do capítulo 13 de Atos, onde Lucas relata, é
descrita a presença de um indivíduo chamado Elimas, o encantador, cujo nome se
traduz por "mago". Ele procurava desviar da fé o procônsul.
Observamos uma resistência, proveniente de uma força contrária, e o objetivo
primordial desse encantador era afastar o procônsul da fé, impedindo sua
compreensão acerca do Evangelho e sua
adesão a ele.
A intenção era evitar que o procônsul Sérgio Paulo se firmasse no Senhor Jesus Cristo. Esse, o filho da oposição, tinha um único propósito. De maneira semelhante, instrumentos demoníacos surgem em nossas vidas, com o objetivo principal de minar nossa fé, enfraquecê-la e levar à apostasia.
Inúmeros indivíduos, agindo como agentes do mal, têm emergido no mundo, enviados pelo diabo para provocar esses efeitos. Infelizmente, algumas situações têm ocorrido no meio cristão, devido à ação desses agentes do inimigo, que têm alcançado seus objetivos, pois muitos dão ouvidos a essas pessoas, a esses encantadores e "filhos da oposição", cujo propósito é destruir a vida espiritual e a alma. Portanto, é imperativo orar a Deus pedindo discernimento e vigilância, a fim de evitar cair nas armadilhas desses agentes e instrumentos do mal. Analisamos detidamente outro trecho, aquele que se alinha precisamente ao que tenho apresentado. Na segunda epístola universal do apóstolo Pedro, capítulo 2, versículos 1, 2 e 3, o apóstolo Pedro escreveu: "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos mestres, que introduzirão, dissimuladamente, heresias perniciosas, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas condutas vergonhosas, e, por causa deles, será blasfemado o caminho da verdade; e, por ambição, farão de vós negócio com palavras fingidas; a condenação deles há muito tempo não tarda, e a sua destruição não dormita."
Analisamos os capítulos 2 e 3 do livro do Apocalipse. Ali, detectamos a presença de entidades maléficas infiltradas na igreja de Pérgamo para propagar os ensinamentos de Balaão, responsável por instruir Balaque a colocar tropeços diante dos filhos de Israel. Em seguida, observamos a igreja de Tiatira, onde a profetisa Jezabel se infiltrou, enganando e conduzindo os cristãos à prostituição e à idolatria. Uma forma mais sutil de infiltração maligna manifestou-se em Laodiceia, quando o modernismo, o materialismo, o niilismo e o orgulho corromperam a espiritualidade dos crentes, levando-os a um desvio do amor, da ortodoxia e a uma adesão ao mundanismo. Lamentáveis acontecimentos ocorreram naquelas igrejas já no primeiro século, com a infiltração de diversas formas de agentes maléficos. Estes infiltraram-se na Igreja para corromper a fé de muitos e desviar outros ao caminho da perdição.
Ao longo da história da Igreja, tem-se observado um padrão recorrente: indivíduos que, após ouvirem o Evangelho, sucumbem à influência de entidades malignas. Estes agentes, através de seus enganos, visam a destruir a fé e desviar os fiéis do cerne do Evangelho, que é Jesus Cristo.
Esta ação é constante e universal, intensificada em nossos dias. Diante disso, torna-se imperativo examinar nossas próprias vidas e desenvolver discernimento para identificar a atuação desses agentes, que buscam impedir o crescimento espiritual e a consolidação da fé, tenhamos cuidado, usemos nosso discernimento para detectar esses agentes de destruição espiritual a fim de que não sejamos levados por falsos ensinamentos.
Atualmente, muitos cedem facilmente às
manifestações sobrenaturais e aos enganos promovidos pelos agentes do mal.
Estes, com sua capacidade de realizar feitos aparentemente admiráveis, exploram
a fragilidade da fé, levando os crentes à queda. Como o livro do Apocalipse
(capítulo 13) descreve, esses agentes possuem o poder de simular fenômenos
extraordinários, como a queda de fogo do céu e a animação de estátuas. Essa
narrativa revela o poder de enganação dos agentes do mal, que buscam desviar o
maior número possível de pessoas.
É crucial estar vigilante, pois ninguém
está imune a essa influência. É preciso identificar a presença desses agentes
que procuram minar a vida espiritual, desviar o foco do Evangelho e da mensagem
da cruz. Eles podem estar próximos, interferindo na jornada espiritual. Diante
de tal cenário, é essencial buscar a libertação dessas influências malignas.
A atividade central da ação desses agentes é minar e desacreditar o Evangelho. Cada vez que eles logram êxito em seus intentos com uma pessoa, alcançam uma vitória. Essa estratégia tem sido empregada desde a Antiguidade. Consideremos o exemplo do profeta Hananias, que se opôs a Jeremias, disseminando falsas profecias com palavras sedutoras, nas quais o povo depositou sua crença e confiança.
O papel de Hananias consistiu em desviar a atenção do povo da verdadeira mensagem, proferida por Jeremias. Este último foi escolhido por Deus para advertir o povo sobre o julgamento iminente, decorrente da apostasia e da desobediência daquela época. Contudo, alguém se infiltrou, utilizando o nome de Deus para propagar uma mensagem oposta à de Jeremias. Se você conhece muito bem a bíblia, conhecerá um pregador ruim, se você crê e aprova pregadores ruins, isso é evidencia que você está no mesmo nível dele.
A mensagem de Jeremias, por ser severa, contrastava com a promessa de Hananias, que era mais agradável e otimista. Em consequência, o povo se voltou para a mensagem de Hananias, negligenciando a de Jeremias.
Essa dinâmica persiste. O inimigo conhece a inclinação humana por mensagens otimistas e agradáveis, bem como o fascínio por promessas de bênçãos, milagres e maravilhas. Ele emprega seus artifícios e agentes, utilizando o sobrenatural para desviar as pessoas e levá-las ao engano.
Essa prática tem afetado milhões de pessoas, inclusive dentro das igrejas evangélicas, caracterizando uma tragédia na igreja moderna. As multidões frequentemente não conseguem discernir entre o que é divino e o que é diabólico.
O papel de Hananias foi desviar o povo da mensagem central de Jeremias, profeta escolhido por Deus para alertar sobre o juízo iminente, motivado pela apostasia e desobediência. Um indivíduo, que se apresentava em nome de Deus, propagava uma mensagem diametralmente oposta à de Jeremias. A mensagem de Jeremias, por vezes severa, contrastava com a mensagem de Ananias, que era palatável ao povo. Diante disso, a população se voltou para Hananias, negligenciando a pregação de Jeremias. Isso não parece tão normal em nossos dias? O diabo entende muito bem de manipulação, quando ele confronta Jesus na tentação, ele posa de teólogo e exegeta, como se fosse um erudito nas Escrituras, ele cita com facilidade como se fosse um mestre na arte da hermenêutica, mas o que fez foi citar a bíblia de maneira distorcida, dando a ela sua própria interpretação pessoal, colocando nela suas idéias, o diabo fez uma eisegese ao invés de uma exegese, você consegue discernir quando um pregador está fazendo uma eisegese ou uma exegese?
Essa dinâmica persiste. O adversário espiritual, ciente da predileção humana por mensagens agradáveis, de prosperidade e espetáculo, emprega artimanhas e agentes, inclusive dentro das comunidades religiosas, utilizando o sobrenatural e mensagens agradáveis para desviar as pessoas da verdade. Essa estratégia, que se manifesta de forma contínua, representa uma tragédia na igreja contemporânea, onde muitos não conseguem distinguir essas coisas e acaba caindo em confusão, porem Deus não é um Deus de confusão!
Apresentamos, a seguir, algumas verdades espirituais que podem ser aprendidas. A intenção maligna é manter as pessoas na ignorância. O adversário busca obscurecer o entendimento das questões relacionadas ao Evangelho. Ele se opõe ao aprendizado dos fundamentos da fé cristã e à aquisição de conhecimento sobre as coisas sagradas. Ele não deseja que alguém desenvolva uma vida de piedade e sabedoria. Ele utiliza seus agentes, que promovem a confusão, turvando a mente e o coração. Em um coração obscurecido, a visão espiritual se deteriora, e as trevas prevalecem, facilitando a ação do mal. Assim, o adversário age livremente, enviando falsos profetas que divulgam suas heresias em público. O povo, sem discernimento espiritual, aceita essas mensagens, confundindo-as com a palavra de Deus ou de seus enviados. Esses falsos profetas, agentes demoníacos, promovem a confusão, afastando as pessoas do verdadeiro Evangelho e conduzindo-as à perdição eterna e ao erro.
Com frequência, esses agentes se apresentam de diversas formas, adentrando nossas vidas de maneira semelhante a Golias, que surgiu no conflito entre Israel e os filhos de Deus. Naquele momento de batalha, Golias impunha-se sobre os demais soldados, desafiando todo o povo de Israel, que, por sua vez, sentia-se amedrontado. A imponente estatura de Golias, somada a seu treinamento para a guerra, conferia-lhe uma força superior, e ele demonstrava orgulho e arrogância. Aos olhos dos descrentes e dos fracos, Golias parecia invencível, tornando uma vitória em combate individual, humanamente impossível. Contudo, Davi surgiu, e ao contemplar Golias, enxergou a oportunidade de exaltar o Senhor. Ele não se intimidou diante da estatura do gigante; ao contrário, confiou em Deus. Essa fé e convicção o impulsionaram a enfrentar Golias, a derrubá-lo e a derrotá-lo. Agentes demoníacos sempre precisam sofrer derrota quando se intrometem na nossa vida e no nosso ministério.
De modo análogo, os agentes malignos que são enviados para nos testar, para tentar minar nossa fé e impedir nosso progresso, necessitam ser vencidos e afastados. Para tanto, é imperativo que confiemos em Deus, em Sua palavra, em Seus ensinamentos e em Suas promessas, centrando nossa vida em Cristo. Somente assim poderemos superar esses agentes demoníacos, que se infiltram em nossa existência e surgem em nosso caminho, buscando obstruir nossa fé, enfraquecer nosso alicerce e semear dúvidas, incredulidade e confusão em nossos corações.
Portanto, duas atitudes são essenciais: ou esses agentes devem ser derrotados,
ou devem ser completamente expulsos de nossas vidas. Assim como Davi enfrentou
Golias, Paulo, com sua autoridade, expulsou Elimas, permitindo que o Evangelho
chegasse em sua pureza ao procônsul Sérgio Paulo.
Tenho refletido sobre as questões relacionadas às influências demoníacas que agem em nossas vidas, buscando nos levar à derrota e impedir nosso progresso espiritual. Recentemente, realizei um estudo bíblico com um grupo de jovens que estavam em recuperação do uso de drogas. Durante um culto, abordei esse tema, mencionando passagens bíblicas, como o capítulo 13, e a interferência de Elimas na vida de Paulo e do procônsul
Ao final da pregação, questionei-os: "O que os trouxe aqui? Muitos de vocês não foram criados em lares evangélicos? Não possuem pais e familiares cristãos? Então, por que estão aqui?" A resposta, acredito, reside em um único motivo: a ação de agentes malignos, ou a utilização de instrumentos pelo diabo, que buscam frustrar nossa fé.
Muitas vezes, após o tratamento e a busca pela reintegração social, a recaída ocorre. Isso se deve à infiltração de agentes demoníacos ou ao uso de instrumentos que o diabo emprega, por vezes, próximos a nós, até mesmo dentro de nós. Esses instrumentos visam impedir a verdadeira libertação e a possibilidade de servir a Jesus livremente.
Há uma constante investida em nossas vidas, com o objetivo de nos desviar dos propósitos divinos e nos levar à derrota. Portanto, é fundamental que combatamos essas influências, identificando e removendo completamente esses agentes demoníacos de nossas vidas, a fim de experimentarmos a liberdade prometida por Cristo no Evangelho.
Recentemente, dialoguei com um irmão sobre a situação de outro irmão, que havia se afastado da fé. A razão para seu afastamento foi o contato com materiais audiovisuais que apresentavam conteúdo questionável e geravam confusão. Indivíduos que promovem a desconstrução do cristianismo histórico estavam influenciando sua mente, semeando dúvidas e incertezas. Diante dessa situação, ele não soube discernir, pois sua compreensão da fé cristã, tanto bíblica quanto histórica, era limitada. Desconhecia, portanto, as artimanhas utilizadas, que, embora revestidas de argumentos falaciosos, eram perigosas.
Essa pessoa, com uma fé superficial e pouco conhecimento, demonstrou ignorância em relação aos fundamentos da igreja. Continuou a assistir a vídeos que visavam negar as bases do cristianismo histórico, manipulando informações para desviar seus ouvintes da verdade e afastá-los de uma comunidade religiosa que se mantinha fiel à pregação e à prática do Evangelho. Deixou-se levar pela eloquência de um discurso enganoso, que aparentava piedade, mas continha em si um elemento destrutivo. Esse discurso, com sua falsa promessa, minou a fé do irmão, levando-o a abandonar a frequência na sua congregação.
Essa é a estratégia que, historicamente, tem sido empregada. São agentes semelhantes a Elimas e Barjesus, falsos profetas, agentes, instrumentos malignos que se infiltram na vida espiritual, buscando afastar as pessoas dos ensinamentos e práticas do Evangelho.
Com frequência, necessitamos de profundo discernimento espiritual para identificar os agentes e instrumentos que Satanás emprega para nos induzir ao erro. Um exemplo notável encontra-se em Atos dos Apóstolos, capítulo 5, onde observamos o diabo se utilizar de uma falha de caráter na vida de Ananias e Safira. Inicialmente, havia o hábito da mentira, evidenciado pelas ações do casal. Contudo, um fator adicional influenciou a mentira: a avareza. O diabo, portanto, não se utilizou de uma pessoa, mas de algo. Precisamos compreender essa dinâmica.
Assim como Elimas, que se opôs a Paulo, certas inclinações se infiltram em nossas vidas e interferem em nosso caminho. Não se trata meramente de um agente pessoal, mas de uma falha em nosso caráter que o diabo utiliza como instrumento para nossa destruição. É imperativo, então, que tenhamos a sensibilidade de perceber que muitas vezes devemos enfrentar e tratar nossos próprios problemas, nossas inclinações negativas e nossas falhas morais, a fim de impedir que sejam usadas pelo inimigo para nossa própria ruína.
Essa é uma questão crucial, a ser considerada com grande seriedade, pois é paradoxal pensar que o inimigo se aproveita de nossas próprias fraquezas para nos atacar. O que ocorreu com Ananias e Safira ilustra bem essa realidade. Nesse contexto, o inimigo consegue utilizar essas fragilidades para nossa autodestruição. Portanto, devemos ser cautelosos. A questão é relevante porque o instrumento que Satanás utiliza para a destruição e a indução ao erro não é somente um agente pessoal, mas também algo, como uma falha de caráter ou outras características semelhantes.
Frequentemente, observei indivíduos que, após ouvirem um pregador em suas congregações, demonstravam confusão e incerteza, questionando a validade de certos ensinamentos. Uma grande confusão se instalava, resultando em desorientação espiritual. Tal situação tem se repetido com frequência em nossa época, marcada por controvérsias, onde muitos que se autodenominam pregadores do Evangelho carecem de preparo adequado e pregam doutrinas distorcidas. Estes indivíduos, desprovidos de compromisso com a verdade, buscam apenas a autopromoção ou o lucro financeiro, utilizando a religião como plataforma para seus interesses pessoais. Agindo assim, tornam-se instrumentos do mal, cujos propósitos visam a desviar as pessoas da fé. Essa realidade representa uma grande tragédia para a nossa época.
Em meus anos de pastorado, sempre adverti minha antiga congregação sobre a importância de discernir as mensagens pregadas. Qualquer pregador que semeasse confusão, agia sob a influência de uma inspiração que não provinha do Espírito Santo de Deus, pois a palavra de Deus nos ensina que Ele não é Deus de confusão. O Espírito Santo, ao contrário, busca sempre nos conduzir à certeza das verdades fundamentais do Evangelho. Portanto, toda pregação que não alcance esse objetivo se distancia da vontade de Deus e pode ser um instrumento utilizado pelo mal para minar a fé, em vez de fortalecê-la.
Diante disso, considero crucial que adotemos um critério consistente em nossa vida cristã: a escolha cuidadosa de quem ouvimos e de quem nos instrui sobre o Evangelho. Caso contrário, corremos o risco de vivenciar a advertência de Jesus Cristo, que nos alertou sobre a consequência de um cego guiar outro cego, ambos caindo na desgraça do abismo. (Mateus 15:19)
Minha intenção, alicerçada na experiência adquirida e no amadurecimento da fé,que desde o início encontrou desafios. Enfrentei obstáculos provenientes daqueles que buscavam desviar-me do caminho, mas, pela graça divina, pelo estudo dedicado das Escrituras e pela ação do Espírito Santo em minha vida, fui capacitado a discernir e a encontrar respostas para minhas indagações. Desenvolvi, acima de tudo, prudência, o que me permitiu afastar-me de influências negativas e lutar contra minhas próprias fragilidades, identificando e neutralizando as artimanhas que poderiam ser usadas para minha ruína espiritual.
Em busca dessa compreensão, busquei a orientação do Espírito Santo por meio da oração, pedindo discernimento para identificar e evitar os instrumentos que o mal utiliza para me afastar da verdade, especialmente aqueles que deturpam os ensinamentos sagrados. Em conformidade com a orientação do apóstolo Paulo, que adverte sobre a necessidade de afastar-se do homem herege após advertências, reconheci a importância da prudência e dos conselhos divinos que encontramos nas Escrituras.
Dediquei-me a cultivar uma vida espiritual sólida, buscando um conhecimento profundo de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Procurei, dessa forma, firmar minhas raízes na fé, com convicção em tudo o que creio. Essa postura me proporciona uma posição abençoada, cheia de esperança e firmeza espiritual em meio à confusão e às diversas doutrinas falsas que infestam o mundo atual e a cristandade.
Meu propósito é conscientizar todos os cristãos, especialmente aqueles que se identificam como remanescentes e que aderem a uma visão conservadora do cristianismo, enfatizando uma teologia centrada em Cristo. Desejo que essas pessoas compreendam os princípios que tenho apresentado.
Observamos que, assim como na época de Paulo, um cristão de grande importância e com uma espiritualidade elevada, houve a interferência demoníaca através de uma pessoa ou entidade chamada Elimas. Essa interferência não apenas dificultou a pregação de Paulo, mas também prejudicou o ouvinte, o procônsul Sérgio Paulo.
Compreendemos que, se isso ocorreu na vida de Paulo, também pode ocorrer em nossas vidas, independentemente de nossa posição. Esse princípio se aplica tanto àqueles que pregam as Escrituras quanto àqueles que ouvem o Evangelho. De certa forma, isso é inerente à nossa experiência, tanto como ouvintes quanto como pregadores, pois todo bom pregador também é um bom ouvinte.
Portanto,
entendemos que essas interferências existem e devem ser identificadas como
demoníacas, combatidas e eliminadas, para que nada obstrua nossa fé e nossa
jornada espiritual seja livre desses agentes que buscam interferir em nossa
vida espiritual.
Considerando a promessa de vida plena em
Cristo, conforme revelada no Evangelho de João, "conhecereis a verdade, e
a verdade vos libertará," é fundamental compreender que, mesmo na
liberdade que encontramos em Cristo, a vigilância é essencial. Agentes
maléficos, instrumentos do mal, buscam constantemente interferir em nossa
jornada espiritual e em nosso ministério. Esses agentes podem atuar tanto sobre
aqueles que proclamam o Evangelho quanto sobre aqueles que o recebem, visando a
obstaculizar a fé e semear a dúvida. Portanto, é crucial exercitar o
discernimento espiritual, reconhecendo as táticas desses oponentes.
Diante de cada desafio e batalha, devemos estar preparados para resistir às artimanhas do mal que buscam destruir a fé, semear a confusão e obscurecer o entendimento, impedindo assim o progresso em nossa jornada de fé. Que a graça de Deus nos fortaleça. Amém.
“Algumas dessas coisas o diabo não faria se pudesse. Ele não despertaria a consciência e tornaria os homens conscientes de seu estado miserável causado pelo pecado. Ele não os tornaria conscientes de sua grande necessidade de um Salvador. O diabo não confirmaria os homens na crença de que Jesus é o Filho de Deus e o Salvador dos pecadores, nem aumentaria o valor e a estima dos homens por Ele. Ele não geraria na mente dos homens uma opinião sobre a necessidade, utilidade e verdade das Sagradas Escrituras, nem os induziria a fazer uso delas. Nem mostraria aos homens a verdade em coisas que dizem respeito aos interesses de suas almas. Ele não os desenganaria e os conduziria das trevas para a luz. Ele não lhes daria uma visão das coisas como elas realmente são... Portanto, podemos ter certeza de que essas marcas são especialmente adequadas para distinguir entre o verdadeiro Espírito e o diabo transformado em anjo de luz.” (Jonathan Edwards)
Esse estudo bíblico foi um sermão entregue para um grupo de irmãos no dia 11 de setembro de 2025 na fazenda Maranatha em Paulo Lopes - SC