Método Alegorico de Interpretação das Escrituras


O mundo clama por uma unidade religiosa, apelando para as emoções que envolvem uma Nova tolerância que não tolera absolutos, a nova ordem do relativismo religioso emerge de uma filosofia muito parecida com a do império romano na época em que os imperadores se consideravam divinos e exigiam um culto idolatra á eles. Todo e qualquer exclusivismo será considerado como “discurso de ódio”O tesofista Alvin Boyd Kuhn no seu livro “Um Renascimento para o Cristianismo. Jesus Homem ou Mito” propõe uma revisão completa da religião cristã, um abandono do conceito das Escrituras, principalmente o Novo Testamento e a vida de Jesus como algo histórico, mas como lenda, não literalidade nas paginas dos Evangelhos, apenas símbolos. Então sem essa mudança, o cristianismo torna-se insustentável, uma interpretação literal, histórico gramatical das Escrituras seria algo equivocado, ele então explica o que deve ocorrer: “De muitas regiões do campo religioso, ecoa hoje o apelo de uma nova era na interpretação da Bíblia. Existem dados substanciais para asseverar que estamos observando o alvorecer de um novo dia no conhecimento das escrituras, que realmente anuncia a clara promessa de uma nova tendência filosófica” Ele explica que essa tendência já era comum entre alguns teólogos antigos, cita Scotus Erigena, que causou controvérsias e agitação, quando usou o platonismo como “base elucidativa” para interpretar as escrituras. Ele também cita Clemente, Orígenes e Agostinho, para promover o subjetivismo, já que esses três lideres dos primórdios da igreja adotaram o método alegórico de interpretação das Escrituras. Eles foram influenciados por Filo, que foi o primeiro a apresentar um método novo, o alegórico, para compreender os textos sagrados, isso seria um abandono das Escrituras como narrativas históricas, não há fatos históricos, apenas “lições” figuradas nos seus símbolos e alegorias. Kuhn defende que tudo nas escrituras é lenda poesia e ficção, não há eventos históricos, tudo deve ser compreendido como narrativas alegóricas que seus valores espirituais herméticos. Na verdade ele mesmo declara que é impossível que certos acontecimentos descritos nas paginas das Escrituras possam ser fatos históricos, são mitos, o mundo da bíblia seria um mundo mitológico e nada mais, e  tudo deve ser interpretado desta forma: como alegoria. A idéia da desconstrução do cristianismo histórico é um processo necessário para a chegada do anticristo. Quando o Novo testamento é reduzido a alegorias, os absolutos são abolidos, a negação dos milagres de Cristo são relegados a contos de fadas, essa dissolvição dos fatos que envolvem a pessoa de Cristo, enfraquece o caráter e o poder do Senhor, e é necessário que o anticristo encontre um mundo que esteja flertando com esse conceito, a redução da verdade como privada e limitada a pessoa, com um sistema que tente unificar todas as crenças pelo relativismo é uma grande manobra para enfraquecer o Maximo possível a influencia das Escrituras e ao mesmo tempo, ter motivos para perseguir os que se opõem contra a unidade relativista que quer por fim a todos os conflitos causados pelo fanatismo religioso, a principio parece ser uma causa nobre, motivo pela qual tantos lideres cristãos irão apoiar a causa, e serão aplaudidos por se colocarem ao lado da unidade e da paz mundial, todo esse cenário é apenas uma encenação para um golpe, a antiga serpente começou com um tom pacifico, uma unidade entre Deus e os homens, o grito da igualdade, induzindo Eva a morder o fruto, mas logo em seguida, não muito tempo, o primeiro casal sentiu na alma, que a serpente lançou um bote mortal contra os homens quando Eva mordia o fruto. É necessário que a antiga voz dos inimigos do cristianismo sejam proclamadas novamente, a proposta é que Plínio, Celso e Suetonio, antigos pensadores que viviam no contexto cultural onde floresceu a igreja cristã, gritassem contra Cristo, protestando contra a fé cristã, acusando a fé cristã de superstição defendida por fanáticos. Uma plataforma precisa ser elaborada, é necessário que haja uma redução absoluta da importância e historicidade das Escrituras, o enfraquecimento das narrativas e a negação dos fatos contribuem para derrubar a doutrina da divindade de Cristo, impõe duvidas sobre seus milagres, incluindo seu nascimento virginal, sua morte redentora e sua ressurreição literal, sua ascensão e seu retorno triunfante, alegorizar tudo isso é um método necessário para desenvolver um ambiente para que o homem do pecado, o filho da perdição possa se erguer éter toda a atenção para si mesmo, pois uma vez que o mundo aceite os milagres do Novo Testamento como lendas e contos de fadas, e o anticristo se apresente ao mundo com sinais e prodigiosos fantásticos, encantará o mundo todo, uma vez que terão seus defensores, um novo argumento, a de acusar, mesmo não intencionalmente, que os milagres de Cristo no Novo Testamento eram apenas alegorias e não fatos, os sinais e prodígios de mentiras que o Novo Testamento apontam como ações do anticristo, serão agora aplicados a Senhor Jesus Cristo.

 

 C. J. Jacinto

 

 

 

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