Buscando Nossas Certezas em Cristo



O Dr Martin Lloyd Jones fala sobre o problema que os discípulos enfrentaram na percepção de um Messias sofredor, ele escreveu: “a curiosa incapacidade dos discípulos em aprender o ensino de nosso Senhor sobre Sua morte e ressurreição. Toda vez que Ele lhes falava sobre Sua morte, eles ficaram preocupados. Não conseguiam entende-la. Por alguma razão não podiam recebê-la. E tudo indica que ignoraram inteiramente tudo quanto Ele dizia sobre a ressurreição. Quando lhes informou que estava para ser crucificado, Ele prosseguia sempre dizendo que ressuscitaria no terceiro dia, porém não captavam isso. Razão por que todos eles se tornaram tão abatidos quando O viram ser crucificado e depois Seu corpo ser posto no tumulo”  (Martin Lloyd Jones – A Igreja e as Ultimas Coisas - pagina -  272 PES). É esse um fato que preciso abordar aqui, nem sempre estamos dispostos a aceitar os ensinos de Cristo que vão contra nossos equívocos ou contra aquilo que põe em risco nosso conforto conformista ou ainda que quebra nossa noção de imediatismo utilitarista. Não queremos falar sobre assuntos que revelam a superficialidade de nossas convicções e a insegurança no nosso coração. Queremos fugir daquilo que abala as estruturas frágeis de uma fé superficial, então temos um medo, insegurança, incertezas e não queremos que isso venha à tona. Pois bem, Cristo trata dessas coisas, a fé cristã nunca pode repousar sobre coisas superficiais. Jesus fala sobre assuntos que só homens que se renderam completamente a ELE podem suportar, Jesus ensinou sobre certos assuntos que podem ser insuportáveis aos que colocam a esperança nas coisas desta vida, que vivem um cristianismo muito raso, sem qualquer enraizamento profundo, mas apenas uma estrutura repousando sobre a fragilidade de um terreno arenoso. A religião cristã é uma religião de cruz, representa morte, morte para tudo o que é adâmico e corruptível.  É uma religião que vira os aspectos humanistas de cabeça para baixo, o ultimo será o primeiro, o que é humilhado será exaltado, o quarto secreto é bem melhor que o palco, etc. Os discípulos demoraram em entender a extensão do ministério messiânico de Cristo, de fixar os olhos e o coração no Senhor que veio como Cordeiro de Deus, numa humildade que foi considerada desastrosa aos olhos dos reis mundanos e bendita aos olhos de Deus Pai. Desde cedo, a vida de Cristo foi uma contradição aos costumes dos orgulhosos. Os discípulos não entenderam isso, pelo menos a principio. Nós perdemos a visão sobrenatural do evangelho, reduzimos a fé cristã aos interesses materialistas e egoístas. Então quando nossa existência humana começa a sofrer rupturas, tendemos a uma queda repentina, percebemos que a religião que confessamos é superficial. Mas há maneiras de reagirmos quanto a isso, uma comunhão mais profunda com a Palavra de Deus pelo estudo diário, o cultivo de um amor por Cristo que ultrapasse a muito o amor por nós mesmos. Um estudo sistemático do Novo Testamento, nos leva para a percepção de o regenerado está em Cristo, essa é uma posição intrínseca, nossa vida tem um centro eterno, por onde flui a eternidade e manutenção da vida espiritual, mais que isso, estar em Cristo é estar dentro da realidade verdadeira, o fundamento histórico repousa sobre o Senhor, a garantia da vida eterna está em quem declara ser o caminho, a verdadeira realidade e a vida.  A direção é única, é segura e é feita de material indestrutível: a pessoa divina do Filho de Deus, ninguém vai ao Pai eterno, ninguém experimenta a paternidade divina a não ser através de Cristo.  É necessário, portanto que nos aproximemos mais e mais de Cristo, creiamos nEle, somente nEle, pois em Romanos 11:36 Paulo escreveu: “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas, glória pois a ele eternamente, amém” se você realmente estiver ligado na videira verdadeira, estará também experimentado da doçura suave e agradável a redenção e a da vida eterna que Cristo pode produzir nos corações que permanecem confiando nEle.

 

 

Pr C. J. Jacinto

 

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