Graça e Conhecimento


 

Há uma ordem no Novo Testamento, é o Espírito de Cristo quem ordena: Crescer na graça e no conhecimento (II  Pedro 3:8) e devemos saber mais sobre o Santo Salvador. Esse é um conhecimento espiritual e teológico, mas não vem senão através do cultivo de uma vida intelectual. no grego, crescer foi traduzido  de “αὐξάνετε”
(auxanete) significa aumentar, como uma planta no campo, ou seja ganhar uma forma maior em continuidade. Crescer na graça (charis) e no conhecimento (Gnosei) nessa polaridade, temos o equilibrio, a intelectualidade e a piedade produzem os maiores santos, Deus usa poderosamente pessoas que se dedicam a vida intelectual e piedosa.

Há um cristianismo disforme em nossos dias, antiteológico, a busca do conhecimento é invertida para a busca pela experiência mística. Uma idéia distorcida de que ser cheio do Espirito Santo não é compatível com o estudo das Escrituras. Inimigos do conhecimento teológico que acabam cedendo terreno para a apostasia do fanatismo, extremo esse que é o inverso daqueles que querem crescer no conhecimento sem crescer na graça, isso é a mornidão formalista de uma religião morta. Um grande teólogo de nossos tempos afirmou:

“O espírito de anti-intelectualismo é corrente hoje em dia. No mundo moderno multiplicam-se os programatistas, para os quais a primeira pergunta acerca de qualquer idéia não é: “É verdade?” mas sim: “Será que funciona?”. Grupos de cristãos pentecostais, muitos dos quais fazem da experiência o principal critério da verdade. Pondo de lado a questão da validade do que buscam e declaram, uma das características mais séria, de pelo menos alguns neo-pentecostais, é o seu declarado anti-intelectualismo. Um dos líderes desse movimento disse recentemente, a propósito dos católicos pentecostais, que no fundo o que importa” não é a doutrina, mas a experiência”. Isso equivale a por nossa experiência subjetiva acima da verdade de Deus revelada.” (John Stott em Crer tambem é Pensar)

 

 

C. J. Jacinto

 

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