Durante o período correspondente
a segunda guerra mundial muitos intelectuais envolvidos com filosofia,
ocultismo e política foram influenciados por um alemão chamado de Jörg Lanz von
Liebenfels, que desenvolveu uma doutrina ocultista e racista chamada de
teozoologia. Lanz influenciou muito Hitler e o nazismo. Antes envolveu-se na
vida monástica, tornando-se um monge cisterciense, mas devido a influencia
paterna, tinha uma simpatia muito grande pela teoria da raça ariana germânica,
Lanz acreditava piamente que os germânicos descendiam de uma raça superior e
que essa raça pura degenerou-se geneticamente quando ocorreu casamentos mistos,
gerando assim raças inferiores (Hitler e muitos nazistas consideravam os
eslavos como sub-humanos e os judeus como raça uma raça inferior ou até mesmo demoníaca)
Durante toda a vida, Lanz buscou evidências que seriam provas de suas teorias,
desenvolveu uma racista ocultista chamada de Ostara.
é interessante
notar que Lanz buscou no antigo testamento apoio para usas idéias, incomodado
com o comportamento devassos dos homens, principalmente os pagãos, que se
comportavam com extrema devassidão. Isso o levou a pesquisar sobre a
malignidade do homem, pesquisou antropologia e chegou a conclusão de que os
homens de bens tinham características raciais distintas: eram loiros e de olhos
azuis, todas as outras raças não eram puras, mas corrompidas. A germinação dessa
idéia racial ganhou força numa Europa já enferma pelo anti-semitismo que perdurava
na sociedade por alguns séculos.
Lanz tornou-se um fanático,
acreditava que mesmo convertidas ao cristianismo as raças mistas estavam
condenadas a inferioridade, e que tinham dentro de si mesmas a semente da
corrupção genética, moral e espiritual.
Prosseguindo no
caminho do racismo e abraçando a ariosofia, Lanz via nos costumes antigos das
civilizações que foram o berço da raça humana, as evidencias que precisava,
assim os obeliscos, registros de odisséias que foram perpetuados em blocos de
pedras, entre fenícios, por exemplo, a mescla de homens com animais eram sinais
dessas perversões sexuais, o incesto e o cruzamento de raça pura com raças
inferiores produziu pessoas ruins e de baixo padrões genéticos e morais.
A raça começou a
se degenerar por causa da promiscuidade sexual de mulheres arianas e algo
precisava ser feito. Aqui posso supor que Lanz começou a desenvolver uma
doutrina soteriologica, a salvação da raça humana só pode acontecer se começar
um expurgo. Raças inferiores precisam sair do cenário da escala evolutiva, os
arianos puros são os salvadores da raça humana e da civilização futura, daí o
fato dele acreditar ter sido Cristo um ariano puro, e daí pra frente crer
fervorosamente na superioridade da raça ariana. Essas idéias influenciaram muito
o nazismo posteriormente com a sua ênfase dos povos nórdicos/germanicos, e
envolveu um novo paradigma que uniu doutrinas cristãs, ocultismo e
evolucionismo darwinista. Lanz escreveu um livro que defendia e explicava sua
teoria racial no começo do século passado, e com certeza seu ideal foi aceito
por muitos intelectuais europeus daquela época, e veio a pelo menos duas décadas
depois, influenciar muitas idéias do nazismo alemão. Lanz fundou uma ordem
muito parecida com a dos Templários, sua ressonância política era idealizada na
criação de um “terceiro Reino” absolutamente ariano, o ideal era reduzir as raças inferiores a escravos ou
eliminados da face da terra com o passar do tempo. Até hoje nos EUA algumas igrejas
cristãs de identidade assumem a ideologia da superioridade da raça branca,
tendo como influência essas tendências ocultistas. Dentro dessa visão ideológica
e doutrinária se encontra o cerne da gnose antiga e vertentes de gnosticismo hiperbóreo,
que acreditava serem as raças inferiores uma criação de demiurgos e que eles
produziram essas raças sub-humanas, incluindo os judeus, que seriam uma criação
do demiurgo. Posso supor que aqui também vimos uma distorção da teoria dos
nephilins ou a união de anjos caídos com as mulheres descritas em Genesis 6.
Uma resposta bíblica:
O racismo foi
resolvido na encarnação de Verbo de forma definitiva (Compare I Timóteo 3:16
com João 3:16) Lucas afirma que de um sangue veio todas as raças (Atos 17:26) e
Paulo ensinou que todos caíram num mesmo nível de depravação após a queda
(Romanos 5:12 e 18). Não existe uma raça pura como pregam os gnósticos hiperbóreos,
neonazistas e racistas atuais, todos pecaram e destituídos estão da graça de
Deus (Romanos 3:23) a teoria da pureza racial é uma heresia que confronta a
verdade bíblica de que todos os homens de todas as raças sem exceção, estão
contaminados com o pecado, daí o termo “raça pura” atribuído aos arianos ser
uma falácia, até porque a raça ariana primitiva (Índia e regiões nórdicas estavam
envolvidos no mais terrível paganismo idolátrico)
Autor: C. J.
Jacinto
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