Em II Pedro 2:4 Pedro
ensina que os cristão são participantes da natureza divina. Ora isso não
significa que somos pequenos deuses ou que herdamos a natureza divina do
criador, somos criaturas que podem por meio da regeneração receber as virtudes
daquele que nos salvou. Vejam bem:
Em primeiro lugar as
Escrituras afirmam que os que estão em Cristo são novas criaturas (II Coríntios
5:17) não divindades mas novas criaturas. Esse texto por si mesmo já seria uma
prova cabal para denunciar essa heresia.
Em segundo lugar,
participar da natureza divina é por imagem e não por natureza, Tiago 3:9 diz
que somos feitos a imagem e semelhança de Deus, ou seja, os seus aspectos
morais e suas virtudes refletem no nosso coração. Não se trata por assim dizer
que temos atributos de onipotência onisciência e onipresença, mas tão somente
aquelas capacidades e qualidades nobres que fazem do homem a coroa da criação.
Todavia, homens e anjos ainda são criaturas e não divindades.
Em terceiro lugar,
sendo, pois regenerado, o pobre e miserável pecador não deve cair na armadilha
da superstição ou do cerimonialismo que caducou quando Cristo realizou uma expiação
perfeita e inaugurou uma superior aliança com seu próprio sangue. Pois nos é
dito : “Porque em Cristo Jesus nem circuncisão, nem a incircucisão tem virtude
alguma, mas sim o ser uma nova criatura”( Gálatas 6:15 ACF) Devemos agir como
homens transformados para adorar e glorificar a Deus e não para sermos escravos
de superstições.
Em quarto lugar,
pregadores neopentecostais e carismáticos, hinduístas e adeptos da Nova era
erram por não conhecerem as Escrituras, quando apelam para o erro decorrente da
má interpretação de II Pedro 2:4. Esse erro já foi denunciado em Atos por Paulo
quando denunciou o antropocentrismo da idolatria dos pagãos, pois eles
esculpiram divindades por artifício e imaginação de homens (Atos 17:29) o erro
é o mesmo, a única diferença é que a crença herética da idolatria pagã se arremessa
para dentro de corações que esculpem pela má hermenêutica divindades corporais
de modelo antropocêntrico o que não deixa de ser um erro menos grave.
C. J. JACINTO