EVANGELHO PLACEBO
Você já ouviu falar
sobre placebo? Talvez você nunca tenha ouvido falar, quero deixar aqui nas
palavras de quem entende sobre o assunto, a explicação é: “O placebo é
uma substância inócua, quer dizer, sem propriedades terapêuticas, que, apesar
disto, leva a mudanças e melhorias nos doentes que acreditam que dita substância
possui capacidade de cura. A substância em questão pode ser água colorida ou
cápsulas recheadas com farinha. O importante é que o paciente acredite na
eficácia do remédio, visto que é sua mente que desencadeia o processo
curativo. É o que se conhece como efeito placebo.”(1)
Hoje na maioria das
igrejas evangélicas, principalmente pentecostais, carismáticas e
neopentecostais, existe o placebo espiritual atuando na vida de muitas pessoas,
é, pois o truque usado por muitos pregadores, que usam o poder da sugestão nas
pessoas para manipulá-las, enganá-las e fazer com que alguma coisa aconteça
mediante o poder da sugestão. Essa é uma prática antiga, muito parecida com o
mesmerismo
“A minha palavra, e a
minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana,
mas em demonstração de Espírito e de poder’ (I Coríntios 2:4). Paulo não usava
truques psicológicos, sua pregação tinha apenas um poder: o poder espiritual
vindo de DEUS, e nada mais.
Hoje não é assim, vimos
como muitos usam o placebo espiritual para fazer movimentos, apelam para uma
carga emotiva extrema, para fazer despertar nos outros comportamentos não direcionados
pelo Espírito de Deus, porém confundidos como se fossem dEle.
A lógica de muitas
pregações é uma ginástica física e espiritual, para manipular e exercitar as
gentes para produzirem movimentos mecânicos e efeitos de um “placebismo” sem
procedentes na historia do cristianismo, há muito barulho e pouco poder
espiritual. Mas esse barulho é produzido por uma espécie de placebo psicológico
que imita categoricamente efeitos de um poder espiritual. Hoje em dia
encontramos um número cada vez maior de espiritualidade superficial escondida
por trás de uma mascara de falsa piedade profunda
Com relação ao efeito
do placebo, a sua mecânica funcional é simples, mas gera resultados complexos:
“A base do efeito
placebo está na sugestão. Quando alguém acredita firmemente em algo, a mente
opera como se isso fosse verdade. Se um enfermo tem grande confiança em seu
médico, bastará que este lhe dê um placebo para que o doente obtenha a cura ou,
pelo menos, para que seus sintomas diminuam numa porcentagem importante. O efeito
contrário também acontece, por exemplo, quando alguém ingere algum veneno, por
menor que tenha sido a dose, o susto é muito grande e os efeitos superam o
efeito real” (2)
o placebo não tem um
funcionamento universal, ele não funciona com todas as pessoas, mas com
algumas, isso torna-se complexo, afinal de contas porque isso acontece? Além
disso, o efeito de um placebo pode ser algo milagroso. Alguém pode ser enganado
e acreditar que o placebo é um remédio potente e após ingeri-lo a risca,
experimentar uma cura mesmo que a doença seja grave e perigosa. Mas é apenas um
falso remédio, o que realmente faz com que um placebo funcione num enfermo é
que há uma dinâmica psicológica por trás do método, funciona como nas praticas
supersticiosas, talimãs e fetiches também podem trazer efeitos positivos, mas o
que realmente está em jogo é o psicológico e numa medida mais profunda o engano
espiritual, pois se trata de uma mentira que é a base, no caso do uso do placebo,
para despertar mecanismos psicológicos favoráveis a cura, mas no fundo o que se
usa é um remédio mentiroso.
A metodologia dos
placebos é simples: um engano. Um engano que pode funcionar. Hoje milhões de
pessoas estão sendo enganadas por um evangelho placebo. Ele não tem
consistência de verdadeiro evangelho. Um evangelho autêntico tem uma formula
que o placebo não tem. No evangelho verdadeiro, existe a doutrina da
pecaminosidade do homem, existe a doutrina do arrependimento, conversão
regeneração, justificação, obediência, santificação, separação do mundo,
compromisso com a ética e com DEUS. Luta extrema contra o pecado. O evangelho
placebo não tem nada disso, mas pode ser que alguém que use o placebo religioso
obtenha alguns indícios de cristianismo, mas na essência, o placebo é só uma
enganação, e se no campo da medicina, ele pode obter resultados benéficos e
temporais, na esfera espiritual o placebo espiritual causa devastação e danação
eterna, embora aparentemente pareça muito agradável. Por isso o alerta está no
ar. Pessoas de diversas áreas do cristianismo protestante, nunca nasceram de
novo, não experimentaram a conversão porque foram ou estão sendo enganadas por
um evangelho placebo, estão sendo enganados, porque acreditam que ir a frente
de um púlpito e receber uma oração, ou responder a um apelo, isso as tornará
pessoas cristãs e salvas.
A grande maioria dos
ditos cristãos modernos vive uma vida sob efeito de placebo espiritual, não
oram, não lêem a bíblia, não praticam a bíblia, não obedecem à bíblia, não se
separam do mundo, eles acham que tomando o placebo espiritual, terão suas
bênçãos terrenas e celestes garantidas, sem precisar apelar para algo mais
sério, que comprometa a vida terrena e também para os compromissos mais sérios
com CRISTO e com o evangelho.
“Assim sendo, podemos
concluir que muitas das curas espontâneas ou diminuições de sintomas têm sua
origem na sugestão. Isto pode ser notado em lugares especiais, feito aqueles
que são objeto de veneração ou de peregrinação, as pessoas chegam com uma fé
tão grande que realmente uma porcentagem dela é curada ou pelo menos encontra
alívio. Pode-se pensar, portanto, que uma pessoa qualquer, sem saber nada de
medicina, poderia curar outra se na relação entre ambas houvesse credibilidade
e confiança, é o que ocorre, por exemplo, com os xamãs.”(3)
o placebo não é um
remédio de verdade, ele é uma imitação enganosa, a única coisa que pode existir
de verdade nele é a aparência. Só isso. Nunca devemos viver um cristianismo só
de aparências, jamais devemos nos mover nesse sentido.
“E ao anjo da igreja
que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as
sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás
morto.” (Apocalipse 3:1) um cristianismo placebo pode apresentar alguns
indícios de verdadeiro cristianismo mais na verdade ele só tem aparências, e
nada mais. Sua formula espiritual é nula, não há nada de verdadeiramente
bíblico nele, apenas vive de uma formula inócua, sem efeitos espirituais
profundos na vida de um ser humano, com relação ao verdadeiro cristianismo, que
é capaz de transformar profundamente a vida de uma pessoa, porque a própria
pessoa e obra do Espírito Santo vem fazer tal obra nele:
“Assim que, se alguém
está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se
fez novo.” (II Corintios 5:17)
“Porque em Cristo Jesus
nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma
nova criatura.’ (Galatas 6:15)
“E vos revistais do
novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. “(Efesios
4:24).
Amado leitor, que você
possa avaliar a sua fé, para saber se está experimentando de fato a verdadeira
fé cristã, ou se está sendo enganado por placebos espirituais.
“Examinai-vos a vós
mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a
vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”
(2Co 13:5)
Essa é uma questão de
vida e de morte espiritual, e está em jogo a sua eternidade, não se iluda com
imitações e falsificações.
“A Imitação barata do
Evangelho tem cativado uma multidão de almas cegas que desejam muito receber
todos os tipos de vantagens pessoais mas que não estão dispostas a se sentirem
constrangidas por se considerarem pecadoras condenadas que precisam de
arrependimento para serem convertidas verdadeiramente a Cristo”
(1) http://www.infoescola.com/medicina/placebo2/ Autora
do artigo: Thais Pacievitch
(2) idem
(3) idem
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Clavio J. Jacinto
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