Por C. J. Jacinto
O Senhor proibiu a idolatria, (Êxodo 20:4 Deuteronômio 5:8 etc) a confecção de imagens que represente Ele ou outros deuses, essa proibição é muito explicita nas Escrituras, “Portanto meus amados, fugi da idolatria” (I Corintios 10:14) não vimos Jesus se prostrando perante ídolos e imagens de escultura, nem mesmo os apóstolos fizeram isso. Na antiguidade e no contexto do Antigo Testamento, os povos idólatras predominavam e o judeu era a exceção quando estava obedecendo as ordens do Senhor, a historia é muito explicita em demonstrar que a corrupção espiritual do povo de Deus começava quando se envolvia com a idolatria, a historia do profeta Elias é um exemplo. Quando Pompeu invadiu o Santo dos santos, por mera curiosidade e devido aos boatos de que os judeus escondiam um homem preparado para ser vitima de sacrifício humano ou ainda uma estátua de um homem com a cabeça de um burro, surpreendeu-se quando encontrou o “Sanctum Sanctorum” vazio, o lugar era preenchido pelo Deus Verdadeiro e Invisível. Não havia lá dentro senão a ausência de coisas físicas.
A crença antiga era que os terafins eram estátuas vivas, os povos idolatras circunvizinhos a Israel, adoravam suas estátuas que representavam seus deuses, Egípcios e gregos e até em nossos dias nos lugares mais misteriosos do Tibete por exemplo, estátuas são reverenciadas e tratadas como seres vivos, também acreditavam em estátuas vivas, os sacerdotes atuavam como médiuns, o espírito da divindade falava através dessas estátuas, o ídolo era uma espécie de receptor. Iniciados em mistérios e sacerdotes pagãos conversavam com seus “deuses” e consultavam suas divindades por intermédio das estátuas. O ex-medium convertido a Cristo Raphael Gassom certa vez afirmou: “Nos ouvimos de nossos missionários acerca de adoradores de ídolos, como figuras são criadas a partir de pedra e madeira e os adoradores pagãos chamam os espíritos para entrar e habitar neles” . Jaime Guedes autor de “Encontro com os Deuses - Pagina 158” explica: “Essas imagens são objetos de cuidados especiais, sendo sempre lavadas, vestidas, ornadas e perfumadas; recebem sempre flores para sua ornamentação e agitam-se luzes ao seu redor” essas cerimônias descrita por Guedes era muito comum na Mesopotâmia e Egito o motivo era que os antigos consideravam as estátuas dos deuses como estátuas vivas, é que espíritos falavam através desses ídolos, eram os oráculos por onde espíritos enganadores atuavam para enganar os homens, eles eram consultados e os sacerdotes e iniciados recebiam instruções e conhecimento por intermédio dessas entidades. A crença antiga era que a divindade vinha habitar no ídolo, a estátua era apenas um invólucro, um receptáculo intermediário onde o espírito da divindade poderia se comunicar com os vivos. A crença comum era que a própria divindade pagã podia habitar muitos ídolos simultaneamente, essa era uma crença fundamental dos povos idolatras da antiguidade. Para defender a pratica pagã e condenar o cristianismo ortodoxo que agiu contra o paganismo e a idolatria, o teosofista Alvin Boyd Kuhn escreveu que os povos antigos não praticavam idolatria, ele afirmou que essa acusação era falsa, pois os ídolos eram uma representação da divindade, o que ele quis dizer é que o a estátua era o vinculo de uma mediação receptora, servia como uma espécie de antena, o espírito era um emissor captado pela estátua e o sacerdote ou iniciado ou religioso invocador era o receptor, a estátua era apenas uma mediação, um portal de contato.(1) É verdade que encontramos algumas passagens nas escrituras que descrevem os ídolos como mudos e cegos, e de fato eles são, a natureza da pedra e da madeira é, porém devemos seguir adiante a pesquisa das Escrituras. (2) Os demônios estão associados à idolatria e isso é muito bem confirmado por Paulo em I Coríntios 10:20 quando acusa aqueles que cultuam e servem aos ídolos a terem contato com os demônios, processos de conjurações para manipular espíritos podem ser observados no comportamento de certos judeus que queriam exorcizar demônios, no contexto da passagem vimos que eles tinham contato com livros de magia e grimorios que ensinavam sobre a pratica de feitiçaria (Atos 19: 13 a 19) E em Apocalipse 13;11 a 18 vimos que a besta que sobe da terra, faz grandes sinais, até fogo faz descer do céu, engana os que habitam a terra, assim como enganou os povos envolvidos em idolatria. Ela manda que se faça uma imagem, um ídolo, então foi concedido que desse espírito a imagem da primeira besta, foi dado poder para essa estátua falar e também foi dada uma sentença de morte aos que não adorasse esse ídolo falante. É claro que o texto de Apocalipse 13 e I Coríntios 10;20 estão dentro do contexto religioso da antiguidade e a crença nos ídolos vivos. Na verdade as estátuas eram apenas um instrumento, demônios atuavam e ainda atua por trás da idolatria, esse é o motivo da severidade nas proibições quanto a isso nas Escrituras.
(1) Um Renascimento Para o Cristianismo – Alvin Boyd Kuhn - Editora Pagina 107 - Nova Era
(2) Veja o excelente artigo sobre idolatria e a crença dos antigos sobre os ídolos vivos no seguinte website: www.jewishvirtuallibrary.org/idolatry
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