O Engano Fatal da Filosofia Transhumanista


 


 

O Engano Fatal da Filosofia Transhumanista

 

 

 

 

Então a serpente disse a mulher: Certamente não morrerás” (Gênesis 3:4)

 

“...E sereis como Deus” (Gênesis 3:5)

 

 

A seguinte observação retirada de um artigo sobre as tendências  da religião tecnocrática que ameaça a aurora do porvir ressoa como um claro movimento anticristão: “No início deste milênio, um grupo razoavelmente grande e diversificado de cientistas se reuniu na Califórnia para discutir o futuro próximo da pesquisa científica e do desenvolvimento tecnológico. Após uma série de apresentações e workshops, eles chegaram a um consenso, caracterizando o horizonte técnico-científico por meio de avanços na genética, interfaces homem- máquina, robótica, biologia sintética e inteligência artificial, tudo sustentado pela nanotecnologia. O relatório oficial que saiu disso, Converging Technologies for Improving Human Performance: Nano technology, Biotechnology, Information Technology and Cognitive Science, o precedente formal para o que mais tarde ficou conhecido como “Nano-Bio-In fo-Cogno Convergence”— abreviado para NBIC. A Convergência NBIC visava sincronizar essas Tecnologias Emergentes e definir (como são frequentemente chamadas agora) para um salto qualitativo na ciência em particular e na civilização em geral” (Alcibíades Malapi-Nelson)

 

 O que é relutante no caso acima, é a tendência puramente humana e a crença no esforço potencial da ciência transcender da condição atual para uma conquista que é o anseio dos mais incrédulos dos homens, alcançar uma independência de Deus e pelos méritos da inteligência experimentar uma imortalidade secular para sentir o prazer de perpetuar a crença em si mesmo e rebelar-se contra as leis divinas.

O pós-humanismo é uma religião alternativa, é a rejeição da doutrina da ressurreição, concedida por Deus Criador. O Evangelho é rejeitado, o homem pavimenta um novo conceito de imortalidade, o híbrido homem-maquina, é uma versão pós-moderna do velho paganismo obscuro nas religiões nascidas sobre os escombros da queda, que misturaram insights de verdades primitivas (a partir  de Abraão e os povos semitas mais antigos que receberam a revelação das verdades divinas e espalharam suas ideias pela Mesopotâmia e Egito) com mentiras. Na antiguidade o híbrido homem-animal era um meio de tentar entender que a imortalidade e a ascensão de criatura para divindade, transcende e resulta dessa união “mística” de duas criaturas. O conceito se desenvolveu, no neoplatonismo, a criatura consciente e sesciente se une com o Uno, homem e divindade se unem, essa seria a experiência de salvação que tem o representante máximo em Plotino. O conceito foi introduzido na cristandade por alguns místicos cristãos, a partir dos escritos de Dionísio Aeropagita, a pratica da ascese mística numa união com Deus alcançada através de cerimônias e ritos ou exercícios espirituais tornou-se uma pratica entre muitos místicos católicos. No trans-humanismo, o conceito religioso é abandonado, a fusão é homem-maquina, não é uma união mística com o “sagrado”, mas com as maquinarias cibernéticas, essa é a nova espiritualidade, um processo humanista  de reintegrar matéria e inteligência com propósitos definitivos: alcançar a imortalidade.

 

Essa é a base do humanismo secular e anticristão

 

Durante o Iluminismo, o Luciferianismo foi disseminado no nível popular como humanismo secular. Todos os preceitos governantes do Luciferianismo são abrangidos pelo humanismo secular. Isto fica evidente pela rejeição da filosofia da moralidade teísta e pela entronização do homem como sua própria autoridade moral absoluta. Embora o Luciferianismo não tenha textos sagrados, o Manifesto Humanista I e II delineiam sucintamente os seus princípios centrais. Whittaker Chambers, ex-membro da resistência comunista na América, resume eloquentemente esta verdade: O humanismo não é novo. É, na verdade, a segunda fé mais antiga do homem. Sua promessa foi sussurrada nos primeiros dias da Criação sob a Árvore do conhecimento do Bem e do Mal: ​​Sereis como Deus.

Algumas décadas atrás, numa forma mais primitiva de crer na ciência como um modelo de divindade criada pelo próprio homem, para promover a imortalidade, nasceu a criogenia. O modelo criogênico era mais rudimentar, cadáveres suspensos em cilindros metálicos cheios de hidrogênio, esperando  o momento em que a ciência conseguisse ressuscitar um cadáver e pudesse fazer todas as adaptações possíveis para dar ao morto a possibilidade de viver novamente sob as condições almejadas. Isso poderia ser uma simples cabeça humana, com a sua consciência em pleno funcionamento adaptado para conectar-se a uma maquina. Atualmente a evolução, ao nível de um salto gigantesco, a crendice científica ganhou notoriedade por desenvolver robótica e nanotecnologia, biologia sintética e inteligência artificial, os avanços na genética e a multiplicação do conhecimento tecnológico abriram novos horizontes para o criogenismo, um salto “quântico".

Agora há  uma perspectiva excessivamente otimista: a filosofia pós-humanista. O otimismo desses filósofos pós-humanistas é que o homem tem um potencial de superar as limitações impostas pelo universo, vencer as consequências do pecado com esforços próprios  e então podem quebrar o paradigma da morte, alcançando por conta própria a imortalidade e a vida eterna, seria esse um passo evolutivo fundamental da raça humana rumo ao ápice do orgulho, em outras palavras, para conquistar a vida eterna, o  transhumanista não precisa nem do Evangelho e muito menos de Cristo, nesse tecnognosticismo, a semente da imortalidade é o potencial dentro do homem, e agora, neste seculo que abre os portais do futurismo, profetas como Ray Kurzweil creem que o salto evolutivo para a imortalidade será alcançado em meados de 2045

Assim notamos que esse salto evolutivo tem implicações teológicas e espirituais sérias, isso não é novidade, desde que Max Planck, introduziu o conceito de física quântica na nossa era, as coisas começaram a tomar um rumo diferente, cada vez mais, pensadores começaram a notar e a buscar paralelos e conexões com o pensamento esotérico oriental, principalmente com o hinduísmo e o budismo, um exemplo claro foi o sucesso do livro “O Tao da Fisica” de Fritjof Capra, e muitos outros físicos e filósofos tomaram esse caminho, tentando equilibrar o pensamento esotérico oriental com conceitos de física quântica, já que de certa forma, segundo eles, existem certas conexões evidentes. Cria-se toda um sistema de novas crenças e a consagração do potencial humano a divindade que conquista com esforços monumentais a imortalidade

 A dogmática transhumanista proporciona um caldeirão alquimico verbal, um conjunto de disciplinas, crenças,  superstições, tecnologias sagradas (ocultismo)  e conceitos de tecnologia avançada tais como; Projeto Avatar , Robótica Androide, Telepresença antropomórfica , Neurociência, Teoria da mente , Neuroengenharia, Interfaces cérebro-computador , criopreservação, Neuropróteses, Neurotransplante , Previsão de longo alcance, Estratégia de evolução futura , Transumanismo evolutivo, Ética , Próteses biônicas, Extensão de vida cibernética ,Singularidade, Neo-humanidade ,Meta-inteligência, Imortalidade cibernética , Consciência, Desenvolvimento espiritual , nanotecnologia, Ciência, Espiritualidade etc.

 A nossa era é caracterizada por tendências que unem o pensamento pós-humanista com a tecnologia emergente, um otimismo humanista secular cada vez mais evidente em um mundo cada vez mais profano, Yuval Noah-Harari é um exemplo disso, sendo ateu promove um otimismo humanista celebre, no final das contas o ateísmo ergue-se sobre o altar da razão para “canonizar o próprio homem á Semi-divindade, a nova mitologia, prosaica, dantesca e avassaladora nos seus conceitos chaves; o Homem alcançará por contra própria, a imortalidade pode ser dizer então: “Os robôs herdarão a Terra; e eles serão Nó” (2) Não mais os mansos, mas as maquinas possantes, um híbrido de homem e maquina. um paganismo avançado numa tecnocracia transhumanista.

  Congressos E movimentos pós humanistas estão agora em todo o mundo promovendo reuniões e conferencias, seus profetas estão escrevendo livros e promovendo um falso evangelho, um exemplo é O Global Future 2045 , um congresso único, baseado na noção de que o mundo está à beira de uma mudança global. Para que a civilização se mova para um estágio superior de desenvolvimento, a humanidade precisa vitalmente de uma revolução científica e de mudanças espirituais significativas que estarão inseparavelmente ligadas, apoiando-se e complementando-se mutuamente.(3)

 A antiga serpente que engana o mundo nunca cessou de negar a Palavra de Deus e exaltar o homem a divindade, seu consorcio é induzir os homens ao erro, e quando se trata de uma sedução tão sutil, homens de intelecto avançado acabam cedendo a sedução demoníaca. Jesus, só Ele venceu a morte e pode nos dar a vida eterna “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer” (João 10:28)  “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna” (João 6:54) “Aquele que crê em mim tem a vida eterna” (João 6:47) “O salário do pecado é a morte mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna” (Romanos 6:23) “E esta é a promessa que Ele nos deu, a vida eterna” (I João 2:25) “Quem crê nele não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18)


Notas Finais:

 Mind Uploading: O processo de transferência da mente de alguém para o cérebro para um novo substrato, geralmente um computador. É matéria de ficção científica, imediatamente reconhecível na literatura e no cinema contemporâneos. No entanto, também se tornou cada vez mais respeitável - ou pelo menos acessível - dentro dos círculos tecnológicos, neurológicos e filosóficos. Este livro começa com uma rica taxonomia de procedimentos hipotéticos pelos quais o carregamento da mente pode ser alcançado, mesmo que apenas no domínio do experimento mental.

 Uma das ideias centrais que percebi no livro “eu, Robot” de Isaac Asimov seria uma vontade dos autômatos, maquinas possantes desejando serem reconhecidos como humanos, então temos agora uma escatologia futurista transhumanista onde a ordem central é humanos querendo ser reconhecidos como maquinas da imortalidade

A preservação química do cérebro pode prevenir a morte. A vida de um ser humano individual está inextricavelmente ligada à existência de sua mente. É amplamente aceito que a mente é um produto do funcionamento do cérebro, que, de acordo com essa visão, nada mais é do que uma máquina fantasticamente complicada. A preservação química do cérebro (imediatamente após a cessação das funções vitais) preserva não apenas a configuração neuronal, mas também grande parte da estrutura molecular. Assim, é plausível que um cérebro quimiopreservado contenha em si a informação do desenho da "máquina cerebral". Se assim for, então a tecnologia do futuro distante pode ser capaz de extrair essa informação e construir uma nova máquina cerebral funcionalmente idêntica (assim como um corpo), permitindo assim que o indivíduo correspondente acorde e viva novamente.

 Argumenta-se que a identidade de alguém é definida pelo que o cérebro faz, e não como ele faz ou com o que faz e, portanto, a substituição do cérebro de alguém por uma máquina funcionalmente idêntica não afeta a identidade de alguém.

 

 

 Fontes das Informações:

 https://www.youtube.com/watch?v=f28LPwR8BdY

http://www.ibiblio.org/jstrout/uploading

http://www.gf2045.com/read/200/

https://www.brainpreservation.org/

https://www.conspiracyarchive.com/2014/05/14/luciferianism-the-religion-of-apotheosis/

https://carboncopies.org/books

(https://www.scopus.com/record/display.uri?eid=2-s2.0-0024008517&origin=inward&txGid=90e46a29bbffbadb69bf6774db3caeb5)

 

 

----

 

Autor: Clavio J. Jacinto

 

 

 

 

 

 

0 comentários:

Postar um comentário