AMARGURAS


 


Cuidado com a Amargura

 

 

Leitura bíblica II Samuel 12 a 17

No Antigo Testamento encontramos a historia de um homem amargurado, seu nome era Aitofel, ele era amigo intimo e conselheiro de Davi, a capacidade intelectual de Aitofel era fora do comum, seus conselhos e o modo como podia responder as questões de Davi eram eficientes, por causa disso era um homem de confiança ocupando um cargo de confiança junto ao rei e era uma figura essencial na vida de Davi e no seu reino. Era uma posição de status, mas mesmo sendo tão inteligente, eficaz e capacitado, Aitofel teve um fim muito trágico, se suicidou. O que aconteceu? Como pessoas que tem uma estabilidade social, psicológica e são exemplos de vida podem desviar-se para o caminho da tragédia? Aqui tenho uma resposta, ela é de certo modo uma resposta de advertência para que você não caia nessa maldita armadilha para seguir os passos rápidos de uma tragédia.

Davi falhou diante da tentação, ele viu Bete-Seba tomando banho, ele estava no lugar errado, focando coisas proibidas, essa é uma abertura para o abismo do pecado, pois devemos olhar somente para o autor e consumador da nossa fé.  Urias foi enviado para frente do campo de batalha para morrer, a ordem foi dada por Davi, Urias era o esposo de Bete-seba, a mulher que Davi tomou e adulterou, Davi queria remediar a situação, a morte de Urias era parte do plano dele. É aqui que vamos descobrir o inicio do caminho trágico de Aitofel. Urias era casado com Bete-seba e ela era neta de Aitofel (2 Sam 11:3 com 23:34)  tudo indica que Urias e Aitofel  tinham certa amizade intima, pois Urias fazia parte da família dele, o contexto da historia mostra que Urias era um homem muito valoroso. Quando Aitofel observou a conduta catastrófica de Davi, ele se afastou e deixou de ser conselheiro do rei. A conduta errada de Davi é uma advertência, não devemos tomar decisões ou agir de modo a ferir as pessoas com nossas condutas ímpias, atos infames podem conduzir almas para o abismo. Mas vamos focar a questão em Aitofel, pois tudo indica que ele deixou nascer dentro do coração uma raiz de amargura, um ódio seguido de uma falta de perdão. Isso induziu Aitofel a planejar uma vingança contra Davi. Aitofel devia ter confiado em Deus, pois o Senhor estava usando um instrumento chamado Natã para disciplinar e corrigir Davi. No decorrer da historia, Davi estava colherá os frutos amargos de seu erro, nunca se esqueça disso, tudo o que o homem semear ele também colherá.  Absalão, o filho do rei Davi se levanta contra o próprio pai.  O filho do rei se levanta para tomar o trono, é uma rebelião, uma guerra civil, então Aitofel torna-se o conselheiro de Absalão, ele agora se posiciona contra Davi, é a chance da vingança!  A Amargura é o fertilizante do ódio, o ódio é a semente da vingança. Aitofel poderia ter perdoado e optado pela neutralidade, afastando-se do cargo e levado a sua vida para o rumo mais prudente, ficar quieto escolhendo outro serviço, pois era um homem de grande competência. Mas a amargura, a falta de perdão, destruiu as virtudes do seu coração. Num conflito complicado em que se envolveu, teria que perceber os riscos envolvidos, ao se tornar conselheiro de Absalão, teria que conhecer a índole do filho rebelde de Davi, pois Absalão era um homem altivo, arrogante e orgulhoso, se você se envolver com pessoas dessa natureza, a chance de você se ferrar é enorme, foi o que aconteceu. Aitofel era muito inteligente e experiente, ele sabia que o plano de ataque que apresentou a Absalão era extremamente eficiente e mataria Davi num golpe certeiro, mas havia outro conselheiro, que na verdade era um espião de Davi, esse espia conhecia Absalão e ele apresentou outro conselho, que era ridículo, uma armadilha que daria as chances de Davi vencer o conflito, o nome desse espião era Husai, e apelando para o orgulho de Absalão, o conselho de Husai foi aceito e o de Aitofel recusado.  Que tragédia, Aitofel foi ignorado e agora estava numa situação complicadíssima, tudo por causa da amargura guardada no coração.  Sua inteligência pouco lhe servia agora, ele fez os cálculos, previu que Davi ia vencer o conflito e estabeleceria o reino e ele seria punido por traição, receberia uma sentença de morte, então foi induzido pelo peso do desespero a cometer uma loucura, foi cometer suicido. Esse foi o fim de um homem que alimentou uma amargura no coração e não quis perdoar Davi.  Devemos sempre perdoar, não devemos guardar raiz de amargura no nosso coração, perdoar aqueles que nos tem ofendido, orar pelos nossos inimigos, abençoar aqueles que nos amaldiçoam, esse é o caminho da Nova Aliança, um caminho seguro onde encontraremos equilíbrio psicológico, paz e esperança.

 

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